IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO ABACAXIZEIRO

(Ananas comosus Merril)
Cláudio Ricardo da Silva
 


 
 
1.INTRODUÇÃO
O abacaxi (Ananas comosus [L.] Merril) é uma cultura tropical nativa da América. Collins citado por BARTHOLOMEW & MÉLÉZIEUX (1994) relata que pela distribuição da cultura na região indica uma longa história de cultivo pelos índios nativos. 

O abacaxi é consumido na maioria dos países e produzido fundamentalmente nos de clima tropical e sub-tropical, sendo a variedade Smooth Cayenne cultivada em menor escala. (TAMAKI & CARDOSO, 1982).

O Quadro 1 mostra a área colhida, produtividade e produção dos principais países produtores. Dentre estes, o Brasil ocupa, atualmente, a 3ª colocação com 1,612 milhões de toneladas obtidas no ano de 1998. 
 
É significativo o ganho obtido na produção brasileira que na década de 70 e início dos anos 80 onde apresentava algo em torno de 570 mil toneladas (TAMAKI & CARDOSO, 1982).
Este acréscimo foi propulsionado, muito possivelmente, pelo aumento do consumo interno na última década, gerando aumentos na área plantada e acréscimos de produtividade.

A suplementação hídrica, através da irrigação, pode ser uma técnica que pode aumentar a produtividade do abacaxizeiro em virtude da possibilidade de ganhos tanto em peso de fruto, tamanho e redução de ciclo (EMBRAPA, 1998).

 
QUADRO 1 - Área colhida, produtividade e produção total de abacaxi dos principais países produtores . De 1990 a 99 segundo a FAO (1999).
Abacaxi
Área colhida (1000.ha)
Ano
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
Brasil
32,092
34,331
35,524
38,078
43,570
42,947
49,196
53,035
50,059
Filipinas
59,619
57,745
60,588
66,925
68,708
43,962
48,280
50,212
52,000
Tailândia
74,514
79,693
89,760
99,840
99,360
90,493
83,341
85,000
83,000
Estados Unidos da América
12,500
11,500
10,600
8,900
9,025
8,050
8,090
8,050
8,050

 
Abacaxi
Produtividade (t/ha)
Ano 
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
Brasil
33,415
34,267
34,704
32,231
33,166
31,310
32,858
34,688
32,032
Filipinas
19,856
19,464
18,356
19,364
19,295
32,197
31,437
32,811
32,923
Tailândia
25,327
24,266
24,870
25,315
23,527
23,704
23,382
24,105
23,465
Estados Unidos da América
41,304
43,826
47,707
37,146
36,894
38,820
38,370
36,217
36,217

 
Abacaxi
Produção (1000t)
Ano
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
Brasil
1,086,040
1,168,170
1,213,870
1,226,990
1,460,320
1,371,340
1,622,770
1,806,837
1,612,060
Filipinas
1,155,748
1,117,156
1,135,151
1,287,398
1,334,960
1,442,820
1,542,240
1,630,940
1,700,000
Tailândia
1,865,290
1,930,691
2,180,000
2,589,000
2,370,000
2,087,707
1,986,700
2,083,390
1,970,960
Estados Unidos da América
521,630
503,500
498,950
335,660
331,122
313,000
315,000
294,000
294,000
A irrigação constitui-se em uma das técnicas que podem ser adotadas pelo produtor visando a minimização dos efeitos do déficit hídrico. Porém, na maioria dos casos os custos são mais elevados e o acréscimo desejado na produtividade não é atingido, ficando desta forma, comprometidas a receitas líquidas do produtor. Isto pode ser atribuído em grande parte à falta de informações e conseqüente manejo inadequado da irrigação por parte dos agricultores, principalmente com relação a quantidade adequada de água e o momento oportuno de aplicação.
Para tanto, faz necessário por parte do irrigante o conhecimento da cultura, tipo de solo, condições climáticas bem como, a utilização do melhor método de irrigação.

Isto posto, o presente trabalho teve por finalidade, discorrer algumas informações sobre a exigência hídrica da cultura, manejo e métodos de irrigação viáveis para a cultura do abacaxi.

2. Necessidades hídricas
O abacaxizeiro é uma planta que conta com alguns mecanismos fisiológicos, destacando-se ente eles a baixa taxa de transpiração, que lhe confere alta eficiência no uso da água (CARVALHO, 1998).

Segundo o autor citado acima, o abacaxizeiro necessita de 1000 a 1500 mm/ano de chuvas bem distribuídas. Se ocorrerem em três meses consecutivos com índices pluviométricos inferiores a 15mm, ou quatro meses de 40mm, deve-se fazer uma suplementação via água de irrigação. Nas áreas onde a precipitação anual for inferior a 500mm, recomenda-se a exploração da cultura sob irrigação.

Com base nestes dados verificamos no Quadro 2, que a região de Ilha Solteira-SP nos anos de 1994, 96 e 98, apresenta níveis adequados (exceto em 94, ano considerado atípico). No entanto, faltam ainda, trabalhos que ilustrem os possíveis benefícios da irrigação suplementar, principalmente nos meses de precipitações inferiores a 15 mm.

QUADRO 2 - Precipitações ocorridas na cidade de Ilha Solteira-SP. Dados fornecidos pelo Laboratório de Hidráulica e Irrigação da FEIS-UNESP

O abacaxizeiro apresenta estádios de desenvolvimento bem distintos e mesmo não definidos experimentalmente na nossa região os coeficientes de cultivos (kc) em função destes estádios estes podem ser obtidos na literatura brasileira (Almeida (1995) citado por CARVALHO (1998)) e internacional (FAO, 1999).
As fases de maior demanda hídrica, segundo CARVALHO (1998), são as seguintes:

a - do plantio ao segundo mês: é necessário umidade elevada e constante, a fim de permitir o desenvolvimento das raízes e uma boa pega das mudas. Nessa fase a planta não tolera variação de umidade, uma vez que as raízes estão muito próximas da superfície do solo e morrem rapidamente com a seca;

b - do terceiro ao quinto mês: as necessidades hídricas da planta são crescentes, por causa da emissão e desenvolvimento das raízes e das folhas. No entanto, pelo fato de o solo não estar todo coberto, ocorre alta evaporação, necessitando de irrigações crescentes com lâminas mais elevadas;

c - do sexto mês ao término da diferenciação floral (aproximadamente 50 dias após a indução): quando o desenvolvimento foliar é máximo e as necessidades hídricas das plantas são altas. Não é recomendado nesse período nem o racionamento, nem o excesso de água, uma vez que o crescimento ativo nesse estádio torna a planta com maior probabilidade de altos rendimentos e frutos de melhor qualidade;

d - da floração a colheita: nessa fase os frutos crescem e ganham forma em função do potencial inicial e do clima. A planta é tão sensível à falta quanto ao excesso de umidade, ocorrendo o pique de sensibilidade um mês antes da colheita;

e - durante a fase propagativa (produção de mudas) ou da segunda safra: seguir as indicações da letra "b", logo após a colheita dos frutos até 60 dias após a indução floral,e letra " d", do inicio da floração até a colheita dos frutos.

QUADRO 3 - Coeficientes de Cultivo (Kc) em função dos estádios de desenvolvimento do abacaxizeiro.
 
Estádio de Desenvolvimento Caracterização do Estádio Coeficiente de Cultura (Kc)
Inicial Da pega até cobrir 10 % do solo 0,4 a 0,6 Média (0,5)
Desenvolvimento vegetativo Do final do 1º estádio até cobrir 70 a 80 % de seu desenvolvimento Varia linearmente entre os valores do 1º ao 3º estádios
Intermediário ou de produção Do final do 2º estádio até o início da maturação 1,0 a 1,2
Final ou de maturação Do início da maturação até a colheita ou fim da maturação Varia linearmente entre o 3º estádio e 0,4 a 0,6
Fonte: Almeida (1995) citado por CARVALHO (1998).

3. Efeito do estresse hídrico
O efeito do estresse hídrico foi muito bem descrito por BARTHOLOMEW & MÉLÉZIEUX (1994):

a - Umidade

Nenhum trabalho foi encontrado sobre efeito da umidade relativa do ar no abacaxizeiro. No entanto, assumisse que a cultura é tolerante a uma grande faixa de valores de umidade, isto porque, vendo sendo cultivada tanto em áreas úmidas quanto em áreas semi-áridas.

b - Seca

O abacaxi vem sendo cultivado em ambientes onde as chuvas variam de 600mm (Havaí ) para mais de 3500 mm por ano (Guadalupe) Sua grande capacidade de sobreviver a seca e a sua alta produtividade sob condições de baixa pluviosidade são bem conhecidas. Dependendo da localização, clima e balanço de água no ciclo da cultura ou em parte dele poderá ter efeitos positivos ou negativos. Em alguns locais o potencial evaporativo é maior do que as chuvas. Em Wahiawa-Havaí, a evaporação e a chuva são 1850 mm e 1000 mm por ano, respectivamente.

Apesar da sua capacidade de sobreviver a seca, o desenvolvimento da planta e a produtividade são reduzidas quando o estresse hídrico ocorre na Guiana, Austrália, Havaí e Tailândia. Consequentemente, a irrigação tem sido amplamente utilizada pelos agricultores em muitas partes do mundo onde o abacaxi tem sido cultivado

Embora muitos estudos relatem que o não há efeito da irrigação no crescimento do abacaxizeiro até mesmo onde a seca ocorre, o benefícios da irrigação foi demostrado na Guiana, Havaí e India e Tailândia. Na Tailândia, obtiveram um ganho de 30 % na produtividade quando a água foi aplicada quinzenalmente durante o desenvolvimento do fruto.

c - Tolerância entre cultivares

Enquanto a tolerância relativa a seca dos cultivares não são conhecidas, a reflectância foliar da variedade Smooth Cayenne e Pérola antes e durante a desidratação dão alguma indicação da possibilidade de diferenças entre estes dois grupos. A superfície adaxial da folha da Smooth Cayenne tem maior reflectância na faixa do visível do que a folha da cultivar Pérola. Após a desidratação, a reflectância até 1440 nm foi maior para a Pérola do que na Smooth Cayenne. Isto parece sugerir que a tolerância a seca é maior na Smooth Cayenne do que na Pérola.

d - Efeitos no crescimento, morfologia, anatomia e reprodução

O crescimento, desenvolvimento e produção do abacaxizeiro são significativamente reduzidos nas estações secas do ano em muitas áreas onde vem sendo cultivado. Os sintomas da estresse desenvolvem lentamente, os primeiros sinais iniciam-se pelo redução e murchamento das folhas mais velhas. Na Guiana, na estação seca, a largura das folhas jovens, a taxa de emissão de folhas e o peso de sucessivas folhas D foi reduzido. Com severos e prolongados estresses a coloração das folhas pode mudar do escuro para pálido verde, para amarelo e finalmente vermelho. Se o estresse ocorrer durante o desenvolvimento do fruto o pedúnculo pode tornar-se seco e os frutos deveram romper-se. Os sintomas de estresse poderam ocorrer mais rapidamente se a capacidade de armazenamento de água no solo é baixa e se a profundidade do sistema radicular é limitada ou se o sistema radicular está sendo atacado por pragas e doenças.

Os sistemas visíveis da seca são reversíveis e, quando as plantas são supridas devidamente, as folhas são novamente hidratadas e crescimento torna-se normal.

O déficit hídrico também reduz o número e o crescimento das raízes. A elongação das raízes cessam quando a tensão no solo se aproxima de -1.5 MPa. Prolongando a exposição para tensão maiores, resulta em morte das raízes

No Havaí, em solos com 10 ou 15 % de umidade o crescimento foi significativamente menor, enquanto que o crescimento das plantas mantidas a 20%, 25% e 30%.de umidade não foi diferente. Para solos arenosos de baixa capacidade de retenção de água o desenvolvimento foi reduzido a tensões menores que -0.015 MPa.

O excesso de água pode acarretar diminuição da eficiência do sistema radicular por falta de aeração e conseqüente perda de produtividade, além de perdas na qualidade do fruto.

MARKOSE et al. (1991) analisando algumas características fenológicas e produtivas no abacaxizeiro (cv.Ken), quando esta foi irrigada no primeiro ano (6 meses depois do plantio) entre Janeiro e Abril nos seguintes intervalos: 7, 10, 20, 30 ou 45 dias, com cada planta recebendo 3 litros de água. A produtividade sob irrigação atingiu 55,42 t/ha nos 45-dias de intervalo para 63,06 t/ha aos 10-dias de intervalo. A produtividade foi 44,8 t/ha na área não irrigada. Todos os outros índices (altura, comprimento e peso das folhas-D) também melhoraram sob irrigação.

4. Métodos de Irrigação
Para a produção de abacaxi tem-se utilizado o método de irrigação suplementar por aspersão. Isto se deve, principalmente, ao caráter nômade da cultura dificultado a instalações de sistema de irrigação localizada (fixos).

Dentro do método de irrigação por aspersão existem numerosas maneiras para se irrigar a cultura , variando em função da área, condições climáticas, capital investido, qualidade e quantidade de água, entre outros.

Neste seminário, procuramos nos ater aos mais usuais em nosso país.

4.1. Irrigação por aspersão
O método de irrigação por aspersão consiste na aplicação de água às plantas em forma de chuva artificial, por meio de dispositivos especiais (aspersores), abastecidos com água sob pressão. Estes dipositivos especiais chamados de aspersores são basicamente, pequenos orifícios ou bocais com a função de pulverizar os jatos d'água que saem das tubulações, conferindo uma certa uniformidade na precipitação (GOMES,1996). Este método é muito indicado principalmente para solos arenosos com alta capacidade de infiltração e portanto alta percolação, inviabilizado a utilização da irrigação por superfície. Estes tipos de solos também possuem uma baixa capacidade de retenção de água requerendo irrigações constantes, com aplicação de menor quantidade d'água, o que é mais fácil de ser conseguido com irrigação por aspersão do que por superfície (BERNARDO,1989).

A aspersão permite a utilização da quimigação( aplicação de fertilizantes e produtos químicos via água de irrigação) propiciando grande economia de mão-de-obra.

Vários fatores climáticos afetam a distribuição da precipitação, como o vento, umidade relativa do ar e temperatura. Em locais de ventos fortes e constantes, temperaturas altas e de baixa umidade relativa do ar inviabilizam a utilização do método.

Os componentes básicos são: aspersores, tubulações, conjunto motobomba, sendo este responsável pela captação da água de irrigaçãodo manancial, sua condução à linha lateral e aspersores.

4.1.1. Sistemas de aspersão convencionais

A denominação "convencional" deve-se ao fato de este tipo de aspersão Ter sido o primeiro a ser idealizado e ainda o de emprego mais tradicional (VIEIRA,1995)
Na aspersão convencional a água é aplicada na cultura por meio de aspersores instalados ao longo de uma tubulação. Os aspersores são de baixa (4 a 20 mca) e média pressão (20 a 40 mca), com espaçamentos compreendidos de 6 a 36m, instalados sobre tubos porta-aspersores conectados à linha lateral e estes à fonte de abastecimento de água mediante uma rede principal de tubulações de distribuição. Os métodos de aspersão convencionais são os mais empregados devido ao menor custo de implantação e a maior flexibilidade no manejo.

São classificados, segundo a forma de instalação, manejo das tubulações e aspersores, em portátil, semiportátil e fixo.

4.1.1.1. Sistema portátil
São aqueles cujas tubulações de distribuição e as linhas laterais são instaladas sobre o terreno, sendo transportadas para várias posições de irrigação dentro da área. Normalmente são feitos com materiais leves, como alumínio ou PVC rígido, dotados de engates rápidos para facilitar as operações de transporte.


São sistemas que requerem menor investimento em capital. Entretanto, apresentam como desvantagem, maior necessidade de mão-de-obra.
Deve-se projetar o sistema com no mínimo 2 linhas laterais trabalhando de 18 a 24 horas por dia, para que quando completar um irrigação em toda a área, deve estar na hora de iniciar uma nova irrigação.

4.1.1.2. Sistema semiportáteis

Considerado uma variação do sistema portátil, a exceção que as tubulações de distribuição (linha principal) são fixas e normalmente ficam enterradas.
4.1.1.3. Sistemas fixos
As tubulações de distribuição e as linhas laterais cobrem toda superfície da parcela irrigada, necessitando de pouca mão-de-obra. É um opção quando o custo do sistema portátil, mais os custos adicionais com a mão-de-obra necessária para a irrigação, supera o custo de implantação da instalação fixa.

4.1.2. Sistema de aspersão não convencionais
São aqueles empregados em condições especiais de solo, topografia do terreno, área a irrigar, disponibilidade de energia ou capacidade de investimento das instalações. Possui restrições de aplicação a determinados tipos de cultura. Destacam-se o canhão hidráulico e o pivô central.

4.1.2.1 Canhão hidráulico
São equipamentos de irrigação que funcionam com pressões que variam de 40mca a até mais de 100mca, e cujo raio de alcance varia entre os valores compreendidos desde 30 a 100m, dependendo do modelo de cada fabricante.

Na maioria dos casos o canhão hidráulico é utilizado de forma portátil, instalado sobre as linhas laterais, de maneira similar ao funcionamento de um sistema convencional. O canhão irriga separadamente cada setor da área da parcela e é deslocado de uma posição a outra após a aplicação de cada irrigação. Ele também pode ser utilizado acoplado a sistema autopropelido ou automotriz. O sistema autopropelido recebe água por meio de uma mangueira suficientemente resistente para suportar a pressão interna do líquido e os arrastes sobre o terreno. Quando se adota esta solução, a instalação da rede de abastecimento de água se reduz exclusivamente a tubulação de distribuição, normalmente enterrada, com válvulas ou hidrantes para conectar com a mangueira do sistema móvel.

4.1.2.2 Pivô Central

O sistema pivô consiste fundamentalmente de uma tubulação metálica, onde são instalados os aspersores, que gira continuamente ao redor de uma estrutura fixa. Os aspersores, que são abastecidos pela tubulação metálica (ala do pivô), dão origem a uma irrigação uniformemente distribuída sobre uma grande superfície circular (fig. 7). A tubulação que recebe água sob pressão do dispositivo central, denominado "ponto pivô", se apoia em várias torres metálicas triangulares, montadas sobre grandes rodas pneumáticas. As torres se movem continuamente, acionadas individualmente por dispositivos elétricos ou hidráulicos, descrevendo circunferências concêntricas ao redor do ponto do pivô (GOMES,1994).
A superfície irrigada pelo pivô é proporcional ao quadrado do comprimento (L) da tubulação de distribuição (A=Õ L2), e por essa razão quanto maior for o comprimento da ala maior será a superfíce irrigada por metro de tubulação. O investimento unitário ( em unidades monetárias por hectare), necessário para equipar uma unidade pivô, será tanto menor quanto maior for o comprimento da ala (GOMES,1994).

São as seguintes as principais vantagens e desvantagens do sistema (BERNARDO, 1989):

à A principal vantagem é a economia em mão de obra, para efetuar a irrigação;

à Economia de tubulações, quando se usa água subterrânea, pois não precisa de linha principal;

à Mantém o mesmo alinhamento e velocidade de movimentação, em todas as irrigações;

à Após completar uma irrigação, o sistema estará no ponto inicial, para a outra irrigação;

à Pode-se obter uma boa uniformidade de aplicação, quando bem dimensionado;

Desvantagens:

à É muito difícil mudá-lo da área, para poder aumentar a área irrigada, por unidade de equipamento;

à Perde 20% da área, aproximadamente ( com um raio de 400 m irriga de 50 a 54 ha de cada 40 a 140 mm/h);

à Tem uma alta intensidade de aplicação, na extremidade do pivô, geralmente variando entre 40 a 140mm/h;
à Por causa da alta intensidade de aplicação, na extremidade do pivô, precisa-se tomar cuidado com o escoamento superficial.
Note que, na cultura do abacaxizeiro, teoricamente, é possível a utilização de diferentes tipos de irrigação pressurizada. A definição por um método vai depender do local , clima e os aspectos econômicos e sociais (mão-de-obra).

O sistema de irrigação localizada não tem sido utilizado no Brasil na cultura do abacaxizeiro, em função do elevado custo com tubulações e devido ao caráter nômade da cultura, já que este sistema é fixo.

5. Manejo de irrigação
Os aspectos teóricos e práticos envolvidos no manejo de irrigação na cultura do abacaxizeiro e para outras culturas foram muito bem descritos e exemplificado por HERNANDEZ (1999):

Uma irrigação não pode e não deve ser entendida, única e exclusivamente, como um procedimento artificial para atender às condições de umidade de solo visando à melhoria da produção agrícola, tanto em quantidade como em qualidade ou oportunidade.

Na realidade, ela constituí um conjunto de operações (compondo em si um sistema) necessário ao atendimento das necessidades de água para as plantas, bem como eliminar seus excessos, que transcedem à relação solo-água-planta, pura e simplesmente. Agrega-se, aí, o clima, o homem, além de outros campos do conhecimento da humanidade com tamanha abrangência, que hoje tem-se intitulado conhecimentos básicos das ciências ambientais.

A ciência e a arte da irrigação, como definida desde seus primórdios são abrangentes e interdisciplinares, passando pelo campo das ciências agrárias, exatas (engenharia hidráulica, civil, elétrica, etc.), sociais (economia, sociologia, política, etc). Nenhuma delas é mais importante que a outra, pois quando da decisão final quanto ao uso da água, todos esses fatores conjuntamente têm que ser levados em conta.

Sistemas devem serem entendidos como um conjunto de elementos que se integram e que atuam agrupadamente para o objetivo geral do todo. Quem se dedica à irrigação, queira ou não, deve ter um conhecimento eclético, entender de todo o processo de produção até a comercialização, estar, portanto, habituado a trabalhar com equipes multidisciplinares. Não pode ser um especialista em generalidades, não podendo, no entanto, prescindir de uma sólida formação generalista nessas áreas.

É consenso que o irrigante está de posse da mais moderna tecnologia de produção agrícola disponível, pois juntamente com um programa de adubação equilibrado, ele reúne todas as condições para que seu material genético em campo, expresse todo seu potencial produtivo, o que certamente não seria obtido sem esses insumos acima. Ainda, atualmente estes dois insumos, água e nutrientes, passam a andar juntos, sendo possível disponibilizá-los ao solo ao mesmo tempo, através da fertirrigação com inúmeras vantagens.

Assim, a escolha de variedades adaptadas à uma região, bem como espaçamentos de plantio adequados, adubação que satisfaça as condições de altas produtividades, controle fitossanitário, combate à erosão, aplicação correta da água de irrigação e finalmente a colheita e a comercialização, devem fazer parte de um só sistema de produção e não serem consideradas atividades isoladas. Todas as técnicas envolvidas nestes processos devem ser dominados pelo irrigante.

Grande fonte de preocupação dos irrigantes são os questionamentos de quando e quanto irrigar.Saber o momento certo de iniciar as irrigações e quanto de água devemos aplicar é o objetivo do manejo racional da irrigação. Nos dias atuais tem se verificado não somente uma elevação dos custos da energia, mas também a escassez do recurso água, obrigando o irrigante a assumir posturas diferenciadas a cerca deste assunto. Portanto, o manejo racional da irrigação passa necessariamente pelos aspectos econômicos envolvidos no processo.

Nesse sentido, aparece outro componente nem sempre diagnosticado pelo irrigante: tanto o excesso quanto a falta de água pode ter reflexos expressivos na produtividade de uma cultura. Por exemplo, sabemos que o feijão não é muito tolerante ao excesso de água, enquanto por outro lado, o abacaxizeiro suporta períodos maiores de déficits hídricos.

Assim, antes de se iniciar um programa de manejo da irrigação, torna-se fundamental o conhecimento da fisiologia da planta a qual pretendemos irrigar. Conhecer a fisiologia de uma cultura é saber quais os períodos críticos de consumo de água e seus reflexos na produtividade.

5.1. Controle e manejo da irrigação
No manejo da irrigação surge a palavra frequência de irrigaçao ou turno de rega, que nada maisé do que o número de dias decorridos entre uma irrigação e outra. A frequência de irrigação poder ser fixa ou variável, dependendo da postura assumida pelo irrigante. A frequência de irrigação fixa traz consigo a vantagem da possibilidade da programação das atividades ligadas à irrigação das culturas, uma vez que se sabe por antecipação o quando irrigar, ficando apenas a definição de quanto irrigar.

Por outro lado, com uma frequência de irrigação variável, não se sabe exatamente quando se praticará a irrigação, mas é possível ter em mãos uma aproximação bastante boa de quanto de água aplicar.

Assim, passamos então a estudar quais os fatores envolvidos no processo de controle da irrigação, e quais os mecanismos utilizados para tal fim. Mas antes de se iniciar um processo de irrigação é necessário um conhecimento da cultura que será irrigada. Assim, as fases da cultura ou ciclo fenológico, as exigências de água e seus períodos críticos devem ser conhecidos.

Existem três processos básicos de se controlar a irrigação: processos baseados nas condições atmosféricas, nas condições de água do solo e nas condições de água nas plantas. Pode ser feita também a conjugação do controle da irrigação via atmosfera e via solo.

Antes de se conhecer ou definir qual tipo de controle a ser adotado, o irrigante deve ter em mente, que quando maior a profundidade efetiva do sistema radicular, melhor para a cultura. O aumento do sistema radicular da planta é proporcional umidade do solo, onde este aumento está diretamente relacionado com a produtividade. Assim, práticas culturais devem ser realizadas de modo a garantirem esse objetivo.

5.1.1 Processo baseado nas condições do solo
O controle da irrigação via solo passa necessariamente pelo conhecimento de suas características. Assim densidade aparente, granulometria, declividade, velocidade de infiltração básica (VIB), capacidade de água disponível (CAD), umidade de saturação, capacidade de campo, ponto de murcha permanente e curva característica do solo são propriedades que devem fazer parte do conhecimento do irrigante.

Devemos considerar e fazer uma analogia do solo com um reservatório de água e assim consumir uma quantidade de água de tal modo que não cause problemas para o suprimento futuro de água às plantas.

De maneira simples podemos chamar a CAD de "tamanho do reservatório" e de Água Disponível (AD) a quantidade de água a ser consumida pelas plantas e que deverá ser reposta pelas irrigações. A CAD é calculada pela diferença entre a umidade na capacidade de campo (q CC) menos a umidade no ponto de murcha permanente (q PMP), multiplicada pela profundidade efetiva do sistema radicular (PESR).

CAD = (q CC - q PMP) x PESR

Assim, se um determinado solo possui uma umidade na capacidade de campo (CC) de 0,260 cm3.cm-3 e uma umidade no ponto de murcha permanente (PMP) de 0,083 cm3.cm-3 e a profundidade efetiva do sistema radicular é de 300 milímetros (30 cm), temos uma CAD de 53,1mm. Ou seja, nosso "reservatório" deverá ter uma capacidade de 53,1 mm. Se considerarmos uma água disponível (AD) de 50%, nossa maior irrigação será de 26,6 mm. Acima deste valor estaríamos substituindo o ar do solo por água, podendo trazer problemas para a cultura pelo excesso de água.

A saturação é o ponto em que todos dos poros do solo são preenchidos pela água, não restando oxigênio para ser utilizado pelas plantas, causando problemas. Já o PMP é o limite de absorção de água pelas plantas. Assim, se a umidade do solo chegar à esse ponto, as plantas não terão condições de se recuperar.

A CAD é uma característica do solo, portanto varia de solo para solo, dependendo da sua granulometria, compactação e teor de matéria orgânica. O turno de rega máximo a ser adotado por um agricultor será dado pela divisão da CAD pela máxima evapotranspiração, que seria o maior consumo de água pelas culturas.

A curva característica do solo (CAD) é um gráfico que relaciona o potencial de água do solo com a umidade à base de volume do mesmo. Como a maior variação da umidade do solo se dá na faixa inferior à 1000 centímetros de coluna de água, ou 1 atm, e a curva característicacompreende desde a saturação (0 atm ou centímetros de coluna de água) até 15 atm (15.000 centímetros de coluna de água), é comum a representação do potencial matricial em logarítmo do módulo do potencial matricial, uma vez que ele é negativo. O logarítmo do módulo dopotencial matricial é normalmente representado por pF. A Figura 7 ilustra a curva característica de um podzólico vermelho amarelo.

Com base em leitura dos potenciais matriciais de água do solo, através de tensiômetros, e a curva característica do solo pode-se determinar qual o esgotamento máximo de água do solo. Este ponto passa a ser chamado de tensão crítica de manejo, sendo que ao atingir este nível deve ser iniciada a irrigação.
À rigor, o potencial matricial tem o seu valor negativo, portanto, quanto menor seu valor, menor também será a umidade do solo. Mas na prática, utilizamos seu valor em módulo, para simplificar sua utilização.

Quando não se dispor da curva característica do solo, deve ser adotado um potencial matricial crítico baseado em pesquisas ou informações de literatura. Para a cultura da uva, o uso de um potencial matricial (ou tensão) de manejo de -500 cca (centímetros de coluna de água) pode ser considerado crítico, ainda que este valor está extremamente relacionado com a capacidade de água disponível dos solos. Ao se praticar uma irrigação deve-se dar uma quantidade de água tal que o solo fique com a umidade na capacidade de campo. Esta pode ser adotada como a umidade correspondente à 100 centímetros de coluna de água. Para a transformação do potencial matricial em porcentagem da CAD, é necessária a conversão deste para umidade atual.

5.1.2. Processo baseado nas condições atmosféricas
O conhecimento dos fatores climáticos é de fundamental importância para o manejo racional da irrigação. Estes fatores permitem com uma aproximação bastante boa estimar a evapotranspiração, que é o consumo de água de um determinado local, através da evaporação da água do solo e pela transpiração das plantas, ocorrida durante o processo de fotossíntese.

Chamamos de evapotranspiração de referência (ETo), a evapotranspiração estimada através das diferentes fórmulas empíricas obtidas por diferentes autores. Essas fórmulas baseiam-se em dados meteorológicos e apresentam-se em grandes variações, necessitando desde poucos dados, até modelos mais complexos, que exigem um grande número de elementos climáticos climáticos.

Uma maneira bastante prática e barata de se estimar a ETo, é através do Tanque Classe A. Trata-se de um evaporímetro (tanque) circular, com 1,21 metros de diâmetro, por 0,254 metros de altura e construído em chapa galvanizada número 22. É assentado no solo sobre um estrado de caibros de 0,10 x 0,05 x 1,24 metros, nivelado sobre o terreno. O Tanque Classe A é cheio de água limpa até 5 cm da borda superior e se permite um nível mínimo de água de 7,5 cm, a partir da borda, ou seja, a cada 25 mm (2,5 cm) de evaporação devemos restaurar o volume do tanque. Sua operação é bastante simples e a variação do nível da água é medida com o auxílio de uma ponta de medida, tipo gancho, assentada em cima do poço tranquilizador, também devidamente nivelado, sendo a precisão da medida de cerca de 0,02 mm. A leitura do nível de água é realizada diariamente e a diferença entre leituras caracteriza a evaporação no período. Com as leituras diárias ainda não temos a evapotranspiração, portanto torna-se necessária a conversão da evaporação do Tanque Classe A, para evapotranspiração de referência (ETo). A ETo é definida como a perda de água sofrida por uma superfície coberta de vegetação rasteira, em fase de desenvolvimento ativo, cobrindo totalmente o terreno, no qual a umidade não limita o desenvolvimento ótimo da planta. Estas condições observadas determinam que somente os parâmetros externos à superfície (parâmetros climáticos) sejam os responsáveis pelo processo de evapotranspiração. Assim, a ETo pode ser calculada pela expressão:

ETo = ECA x Kp Kp = f (vento, umidade relativa, bordadura)

onde, Kp = coeficiente de Tanque.

O coeficiente do Tanque Classe A (Kp) depende da velocidade do vento, da umidade relativa e do tamanho da bordadura formada por grama batatais plantada em volta do Tanque Classe A. Para a nossa região, a maior parte do ano se apresenta com um Kp da ordem de 0,75.

No entanto, o que realmente se deseja é a evapotranspiração da cultura, ou seja, devemos repor a água que foi consumida pela cultura de interesse econômico e este consumo varia em função do estágio de desenvolvimento da cultura e de cultura para cultura. Assim, a evapotranspiração da cultura é obtida multiplicando-se a evapotranspiração de referência pelo coeficiente de cultura (Kc).

ETc = ETo x Kc Kc = f (espécie, estádio)

O ciclo da cultura é dividido em fases fenológicas e cada fase assume valores distintos de Kc. Para a cultura da uva na região noroeste do Estado de São Paulo estes valores variam entre 0,45 e 0,75. Assim, estas fases são chamadas de período de crescimento (ou período vegetativo) cultura, floração, formação da colheita (aumento da tamanho dos frutos) e maturação. Os valores de Kc devem ser multiplicados pela ETo para aobtenção da evapotranpiração cultural (ETc).

5.1.3 Processo conjugado de controle da irrigação
No controle da irrigação pelo processo conjugado, toda a irrigação é feita com base na evapotranspiração e é monitorada pelos tensiômetros instalados no solo. Caso se verifique que para uma dada condição, o solo atingiu a CAD crítica, se processa a irrigação.

5.2 Avaliação dos sistemas de irrigação
A prática da irrigação deve ser entendida não somente como um seguro contra secas ou veranicos, mas como uma técnica que pode dar condições para que o material genético em campo expresse todo o seu potencial produtivo. Além disso, se bem utilizada, a irrigação é um instrumento muito eficaz no aumento da rentabilidade dos empreendimentos, permitindo a racionalização dos insumos, por exemplo, através da

fertirrigação.

No entanto, para que o processo seja eficiente, é imperativo que o sistema de irrigaçãotenha uma alta uniformidade de aplicação da água, isto conseguido através de bons projetos, que são feitos a partir de materiais idôneos e cálculos hidráulicos precisos.

Uma vez instalado um projeto de irrigação, é interessante verificar se as condições previstas inicialmente se confirmam em campo. Para tanto, é necessário fazer uma avaliação de campo, onde se levantam as condições de pressão, vazão e lâminas aplicadas. Em relação à lâminas de irrigação aplicadas, o CUC, ou Coeficiente de Uniformidade de Christiansen, é o índice mais utilizado para se verificar como está a

distribuição de água na área irrigada.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A produtividade máxima de uma espécie é dependente do potencial genético do material, da disponibilidade de água e nutrientes e da população de plantas. A combinação racional desses elementos levará certamente ao produtor à uma excelente safra.

Assim, o irrigante tem na irrigação e adubação, dois elementos para o aumento imediato de suas produtividades, nunca menosprezando a necessidade da escolha de sementes e mudas de qualidade, fator inicial e essencial para a obtenção de altas produtividades.

Todo o processo envolvido na agricultura irrigada começa pela escolha do sistema de irrigação. Dessa maneira, a escolha do sistema deve ser criteriosa, observando a seriedade da empresa projetista, o projeto propriamente dito, sua capacidade técnica e também sua capacidade em prestar assistência técnica, pois é desejável que o sistema de irrigação adquirido acompanhe o agricultor por um longo tempo.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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* Trabalho apresentado em abril de 1998 na Disciplina de Fruticultura Tropical da FEIS/UNESP - Ilha Solteira sob responsabilidade da Prof. Drª. Aparecida Conceição Boliani.


 
 
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