Área de Hidráulica e Irrigação

usuários on-line

Artigos | Fale conosco | Localização | Irriga-L

Clima Ilha Solteira | Clima Marinópolis

INSTITUCIONAL
Home
Apresentação

Corpo Técnico
Ex-orientados
Diversos
 

 

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Por que não adubar o milho via PIVÔ?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Um estudo apurou aumento da receita líquida entre 5,7% e 10,8% numa área de milho adubada via fertirrigação. Quanto maior a área, maior a lucratividade e menor o tempo para se pagar o investimento no equipamento que aplica o fertilizante

Fernando Braz Tangerino Hernandez, engenheiro agrônomo e professor titular da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp Ilha Solteira, www.feis.unesp.br/irrigacao/irrigacao.php

Uma irrigação não pode e não deve ser entendida, única e exclusivamente, como um procedimento artificial para atender às condições de umidade de solo visando à melhoria da produção agrícola, tanto em quantidade como em qualidade ou oportunidade. Ou simplesmente a técnica que permite suprir as perdas de água pelo processo de evapotranspiração, ou seja, a evaporação do solo e a transpiração das plantas. Seria uma definição simplista demais pelo que ela pode oferecer ao produtor. Melhor seria definir irrigação como um conjunto de ações e conhecimento eclético que pode levar o produtor a concretizar maiores produtividades e auferir maiores lucros.

É consenso que o irrigante está de posse da mais moderna tecnologia de produção agrícola disponível, pois, juntamente com um programa de adubação equilibrado, ele reúne todas as condições para que o material genético em campo expresse todo seu potencial produtivo, o que certamente não seria obtido sem esses insumos. Ainda atualmente estes dois insumos, água e nutrientes, passam a andar juntos, sendo possível disponibilizá-los ao solo, ao mesmo tempo, por meio da fertirrigação, com inúmeras vantagens. Neste contexto, acredita-se que ainda são poucos que compõem a parcela desejável de irrigantes que otimiza seus sistemas de irrigação com a técnica da quimigação ou, ao menos, a mais conhecida delas, a fertirrigação, que é a aplicação de fertilizantes juntamente com a água usada para a irrigação, e não por meio do trator.

Muitos irrigantes não praticam a fertirrigação por desconhecimento e/ou por limitação técnica. Há duas formas de injetar o fertilizante: usando o tipo fluido (ou líquido), que não será diluído, e o fertilizante sólido, que deverá ter uma solubilidade alta e deverá ser diluído em um tanque antes de se fazer a injeção. Em ambos os sistemas, tratorizado ou em fertirrigação, o total de nutrientes é o mesmo, o que muda é a forma como é aplicado. E também na fertirrigação se deve fazer um maior parcelamento da aplicação, respeitando a curva de absorção dos nutrientes. Outros não a usam por desconhecerem seus benefícios econômicos e acreditarem que o investimento no sistema de injeção será mais um “gasto”, e assim perdem uma grande oportunidade de auferir mais lucratividade das suas lavouras.

Para esclarecer esta situação, no trabalho “Estudo de caso – análise econômica da fertirrigação e adubação tratorizada em pivôs centrais considerando a cultura do milho”, os autores escolheram a injetora mais sofisticada do mercado, que aplicou fertilizantes por meio de pivôs centrais de áreas diferentes, foi obtida a produção real, os autores assumiram que não haveria nenhum aumento de produtividade pelo uso da fertirrigação e foi feita a análise econômica baseada na comparação com a adubação que seria feira tradicionalmente por tratores.

Ou seja, se analisou a pior situação de investimento necessário à prática da fertirrigação com a pior situação de receitas, considerou-se apenas uma safra. E sabe-se que em muitas regiões podem ser feitas ao menos duas safras ao ano. Também foi usado o sistema de injeção apenas para fertirrigação – que deve ser utilizado também para a injeção de inseticidas – e a conclusão é a de que a adubação via fertirrigação para a cultura do milho proporcionou vantagens econômicas traduzidas em maior lucratividade e rentabilidade, quando comparada com a adubação tratorizada, sendo que em pivôs de áreas maiores o retorno do investimento é alcançado em menor tempo.

O aumento da receita líquida nesse estudo variou entre 5,7% e 10,8% em função da área irrigada pelo pivô central. Quanto maior a área, maior a lucratividade e menor o tempo para se pagar o investimento no equipamento que faz a injeção de fertilizantes e outros químicos, que têm preço fixo, independente da área irrigada. A diferença na receita líquida é obtida pela diminuição dos custos da operação de adubação de cobertura tratorizada, que é substituída pela fertirrigação, prática que não demanda o uso do trator e os custos associados.


Hernandez: “A razão imediata para se praticar ao menos a fertirrigação é o retorno econômico, ou seja, maior lucro ao produtor"

A razão imediata para se praticar ao menos a fertirrigação é o retorno econômico, ou seja, maior lucro ao produtor. E ainda se pode aumentar a produtividade da cultura se aplicado um programa de adubação que leve em consideração a marcha de absorção de nutrientes pelas plantas. Uma outra vantagem se refere à menor compactação do solo, uma vez que haverá tratores passando menos vezes sobre o solo. Trata-se de trabalho simples, mas sua leitura resulta em um ótimo poder de convencimento aos irrigantes que não desejam fazer investimentos no sistema de injeção de fertilizantes e químicos por acreditarem ter de fazer mais um “gasto” e não perceber que trata- se de um investimento com retorno assegurado.


A Granja, Edição 771, 15 de março de 2013.

 
ENSINO, PESQUISA E
EXTENSÃO

Atividades Acadêmicas
Eventos
Defesas
Galeria
Projetos e Pesquisas
Fotos: as 10 mais
 
SERVIÇOS
Assuntos Diversos
Clima
Links
Downloads

Textos Técnicos
Previsão do Tempo
Publicações e Produtos
Extensão Universitária
 
VISTE O BLOG DA  ÁREA DE HIDRÁULICA E IRRIGAÇÃO DA UNESP ILHA SOLTEIRA