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UNESP analisa as chuvas e a evapotranspiração no noroeste paulista
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A estiagem ocorrida neste ano virou tema importante entre pesquisadores, produtores e comunidade, o que acabou resultando em uma seca antecipada, reduzindo o nível dos reservatórios afetando não apenas a vida urbana, mas também prejudicando e muito a vida no campo, como produtores que fazem uso da irrigação afim de garantir sua produtividade e que em 2014 estão passando por uma situação difícil com a falta de chuvas.

 Em 2013 nos meses de janeiro, fevereiro e março as chuvas alternaram-se entre as estações, mas mantiveram um bom nível de precipitação, sendo que, com exceção de Santa Adélia (Pereira Barreto) que manteve o nível de precipitação abaixo de 200 mm nos três meses, todas as demais estações registraram precipitações com valores superiores, chegando em dois casos ultrapassarem os 300 mm, como foi o caso de Ilha Solteira em janeiro e Santa Adélia Pioneiros (Sud Menucci) em fevereiro. Ainda em Abril os níveis de chuva ficaram acima de 50 mm, e em três estações esses níveis ficaram próximos aos 150 mm, como Ilha Solteira, Santa Adélia e Populina.


Já em 2014 esses valores ficaram abaixo do esperado, em janeiro e fevereiro nenhuma das oito estações registrou precipitação maior que 200 mm, sendo que em janeiro a maioria ficou próxima a 100 mm e Santa Adélia Pioneiros e Populina não chegam nem a este valor. Em fevereiro houve um pequeno aumento e cinco das oito estações ultrapassaram a faixa dos 150 mm, apenas Paranapuã e Santa Adélia ficaram mais próximas de 100 mm e Populina que permaneceu abaixo dos 100 mm mais uma vez. Em março metade das estações passou a marca dos 200 mm, como foi o caso de Ilha Solteira, outras como Santa Adélia e Marinópolis chegaram à faixa dos 300 mm e Itapura alcançou os 350 mm.

O ano de 2014 apresentou-se um tanto distinto com precipitações em janeiro próximas a 100 mm, em fevereiro três das oito estações não chegaram a acumular 300 mm e em março houve uma maior heterogeneidade de precipitações, em que Populina e Santa Adélia Pioneiros não acumularam 400 mm, Bonança (Pereira Barreto), Ilha Solteira, Paranapuã e Santa Adélia ficaram próximas a 500 mm e Itapura e Marinópolis dispararam a 600 mm. Em abril, maio e junho Itapura, Santa Adélia e Marinópolis mantiveram cerca de 700 mm e Ilha Solteira 600 mm, enquanto que as demais com acumulo inferior a 600 mm e Santa Adélia Pioneiros e Populina abaixo de 500 mm acumulados.

Além de precipitações em 2014 mais heterogêneas e em menor volume que em 2013, o número de dias sem chuva em 2014 também foi maior.

Em 2013, dos 167 dias (1° de janeiro a 16 de junho, último dia com chuva no mês de junho de 2013), em 146 dias (maior número de dias) não houve chuva em Itapura (21 dias com chuva), sendo o maior intervalo 49 dias - meados de abril à início de junho. 2014 em Santa Adélia Pioneiros dos mesmos 167 dias, em 153 não houve precipitação, são 11 dias a menos de chuva se comparado ao ano anterior na estação.

Porém não são apenas as chuvas que influenciam na disponibilidade de água, que depende também da evapotranspiração. Em 2013 Ilha Solteira, Itapura e Santa Adélia marcaram uma evapotranspiração de aproximadamente 650 mm até meados de junho, enquanto que as demais estações ficaram próximas ou abaixo dos 600 mm:


Um quadro diferente é apresentado em 2014, onde apenas Santa Adélia Pioneiros marcou evapotranspiração acumulada no mesmo período inferior a 600 mm, apesar de bastante próximo (597,3 mm), enquanto que as demais superaram este valor e apenas Bonança e Populina não registraram valores superiores à 650 mm:

Um reflexo desta situação é o nível dos reservatórios, que continuam abaixando, comprometendo a captação de água dos sistemas de irrigação, sendo necessário já em muitos casos o prolongamento da válvula de pé e do crivo, podendo em muitas destas situações comprometer o desempenho do sistema de irrigação, seja na lâmina máxima que pode ser aplicada como a sua distribuição na área irrigada, porque ao prolongar a sucção se altera a relação altura manométrica e vazão, podendo no limite a bomba até mesmo cavitar, que seria o não funcionamento da mesma.

É valido ainda chamar a atenção para a necessidade de conservação da água, para reter a água na bacia: "Esta situação de dependência das chuvas exige discussões e ações mais profundas e objetivas sobre a capacidade de retenção de água na bacia hidrográfica. Devemos envidar esforços para segurar a água na bacia, promover a infiltração de água no solo e aumentar o escoamento de base ao invés do superficial. Devemos nos preocupar em combater de forma objetiva e urgente as erosões, o assoreamento e promover a recuperação das nossas nascentes e córregos, com conservação do solo através de terraceamento, recomposição das matas ciliares, desassoreamento e a construção de barramentos.

Não se enganem, devemos começar a produzir água na bacia hidrográfica e são os nossos córregos que dão origem aos nossos rios e por eles devemos começar o nosso trabalho!", recomenda o Engenheiro Agrônomo e Professor Titular da Área de Hidráulica e Irrigação, Fernando Braz Tangerino Hernandez.


AGROLINK, 25 de Junho de 2014

 

 

 

 

 

 

 
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