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A CHUVA E A PROTEÇÃO DO SOLO
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Fernando Braz Tangerino Hernandez*

A água que vem do céu voltou a cair no Noroeste Paulista - região de Ilha Solteira - no último dia 29 de setembro, quarta-feira, interrompendo um ciclo de 89 dias ininterruptos sem chuva. Choveu até 154 mm em alguns locais.

E daí? Temos bastante água no solo?

Diferentemente de um banco, que pode guardar todo o nosso dinheiro, a capacidade de armazenamento de água no solo é limitada e depende de sua constituição e da profundidade em que a água nele penetra, o que nós chamamos de CAD - Capacidade de Água Disponível.

A água, quando chega ao solo com alta intensidade pode não se infiltrar totalmente, escorrer, causando erosão, assoreamento dos mananciais, menor recarga do lençol freático e menor disponibilidade de água da estação seca subsequente.

Por isso, o solo deve estar sempre protegido, através de cobertura vegetal, terraceamento, uso do plantio direto, ou cultivo mínimo, de modo a segurar a água na bacia hidrográfica através da infiltração no solo e garantir, assim, a oferta dessa água por mais tempo na região, tanto para as plantas como para uso dos sistemas de irrigação.


* Fernando Braz Tangerino Hernandez, é Engenheiro Agrônomo e Coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. Mais orientações: Pod Irrigar, o PodCast da UNESP.

A Notícia, Junqueirópolis, Ano XIII, 6 de outubro de 2012, p.A7.