ESTUDIOSOS AMERICANOS VISITAM JATAÍ-BARRA BONITA


Uma delegação de 16 integrantes, entre graduandos, pós-graduandos e professores do Curso de Economia da Fruticultura da Universidade da Flórida (Estados Unidos), estiveram visitando o município de Jales, na última segunda-feira.
O intercâmbio de informações entre produtores e pesquisadores foi o ponto alto da visita técnica, que teve como líder o agrônomo Waldir B.Fernandes Jr., de origem riopretense, que atualmente realiza curso de doutorado na renomada universidade americana.
Na região, o grupo Gators Club (um clube de alunos e professores que promove eventos e excursões técnicas) recebeu apoio logístico do ex-presidente do Rotary Club de Jales, Antonio Conde, do professor da UNESP de Ilha Solteira, Dr.Fernando Tangerino Hernandez, e do secretário da Agricultura de Jales, engenheiro agrônomo Luiz Carlos Floriano.
Integrado por americanos e estudiosos oriundos do México, Tailândia, Egito e Índia, o grupo visitou a empresa rural Uvas Gouveia, onde conheceram todas as fases do processo produtivo das uvas finas de mesa.
Na ocasião, o proprietário Durvalino Gouveia desdobrou-se para responder ás centenas de questionamentos oriundas de economistas, fisiologistas e nutricionistas vegetais.O abortamento prematuro de bagas, uma anormalidade constatada na maioria das parreiras nesta safra, acabou sendo o centro das discussões, sendo várias as sugestões de diagnose e recomendações.
Outra propriedade visitada foi a Agropecuária Costa Mello, um dos maiores produtores e processadores de limão do Brasil, sendo recebidos pelo proprietário Ernestino Costa Melo e pelo consultor Antonio Augusto Fracaro. O moderno "packing house" e a área produtiva de tangerina foram objeto de visita e questionamentos.
Outro lado interessante desde intercâmbio, além do aspecto técnico, mostra ainda uma segunda vertente do turismo regional (o turismo técnico ou de negócios) e vem fortalecer o denominado Complexo Agro-turístico Jataí-Barra Bonita, alvo de projeto específico da Secretaria Municipal da Agricultura.
O choque de culturas também pôde ser notado, á partir do próprio financiamento da excursão que mostra um diferencial no nível de desprendimento e organização dos americanos: os dólares necessários para as passagens aéreas e deslocamentos e estadia no Brasil foram conseguidos, em sua maioria, pela venda de laranjas, doadas aos estudantes pelos citricultores da Flórida, na época do Natal.
Os próprios estudantes venderam as frutas a famílias americanas, arrecadando o montante necessário para a viagem.O grupo permaneceu na nossa região durante o dia todo, dirigindo-se á noite para São José do Rio Preto, partindo no dia seguinte, para um roteiro que inclui Botucatu, Piracicaba, Jaboticabal e outros estados, como o Rio de Janeiro, permanecendo no Brasil por uma semana.

A Tribuna, Jales,12 de maio de 2002, Ano XV, nº 706, p. A12




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