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bacia hidrográfica dos rios Turvo e Grande precisa de R$ 517,4
milhões de investimentos nos próximos 20 anos, para ter
todos os seus problemas ambientais resolvidos. É o que mostra
o estudo "Relatório Zero", apresentado recentemente
pelo Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande
(CBH-TG).
O plano de Bacia foi elaborado a partir de um estudo do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo
(USP), por meio de uma varredura por satélite de toda a área.
O Relatório Zero apontou mais de 40 itens fundamentais para a
solução dos problemas hidrográficos da região.
O baixo potencial hídrico superficial - agravado pela poluição-,
o alto desperdício de água, o uso indiscriminado da irrigação,
a expansão das cidades sem planejamento e critérios ambientais
e a grande suscetibilidade do solo à erosão são
os principais problemas detectados.
O estudo também revela a superexploração pontual
dos aquíferos subterrâneos existentes na região.
Este é o caso, por exemplo, de São José do Rio
Preto que consome cerca de 60% deste potencial, com o abastecimento
por poços.
Apesar da grande quantidade de água existente no aquífero
Guarani, um dos que abastece a cidade, a exploração pontual
causa rebaixamento nos lençóis locais, que precisam de
tempo para de recuperar.
O Engenheiro Germano Hernandes Filho afirma que a fonte dos recursos
para a solução dos problemas ambientais da bacia hidrográfica
dos rios Turvo e Grande ainda não foi definida. |
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Tribuna, Jales, Ano XVII, nº 776, 12 de Outubro de 2003, p. A3 |