----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Umidade do ar cai a níveis críticos na região. Índice é o mais baixo do ano
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A última terça-feira, 3 de abril, foi o dia que a região noroeste enfrentou a menor umidade do ar neste ano. Nada menos que cinco das oito estações agrometeorológicas da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira registraram índices próximos a 20%, considerados críticos pelos especialistas em saúde.

Em Pereira Barreto, a umidade ficou em 22,09%; em Sud Mennucci 20,95%; em Marinópolis 23.67% e em Pereira Barreto 27,03%. A mais baixa foi registrada em Ilha Solteira, 22.1%.

A baixa umidade do ar causa transtornos aos humanos, como desconforto respiratório e doenças, exigindo alguns cuidados, como evitar exercícios físicos intensos principalmente em vias de elevado tráfego de veículos; manter hidratação adequada, especialmente em crianças idosos (cinco à seis copos de água por dia); umidificar o ambiente domiciliar, principalmente o quarto de dormir com o uso de vaporizador, umidificador, recipientes com água, e toalhas úmidas; usar colírios umidificantes; aplicar diariamente cerca de 3 à 4 gotas de soro fisiológico nas narinas e usar cremes hidratantes.

Entretanto, o clima na região também não está favorável à agricultura e pecuária. Fatores como a falta de chuvas e a evapotranspiração também apresentaram valores negativos para essas práticas.

O fenômeno, que é a taxa de perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração registrou valores altos para esta época do ano tendo. As maiores taxas foram registradas em Pereira Barreto 5,7mm/dia) e Ilha Solteira (5,6mm/dia) e a menor em Sud Menucci com 4,0 mm/dia. Cada milímetro, segundo a Unesp, corresponde a necessidade de 10.000 litros de água por hectare e que deve ser reposto pela chuva ou pela irrigação para a máxima produtividade.

Tudo isso aliado à falta de chuvas, impõe prejuízos a várias culturas, com destaque para a cana e amendoim.

Ainda de acordo com os técnicos da Unesp, de 1º de março até terça-feira, o total de chuva acumulado no noroeste paulista foi de 29,5mm em Itapura, 146,8mm em Populina, 115,5 em Sud Menucci, 103.9 mm em Paranapuã, 13.7 mm em Ilha Solteira, 39.9 mm em Pereira Barreto e 55.6 mm em Marinópolis.

A UNESP permite o acompanhamento da Umidade Relativa do ar através dos links http://clima.feis.unesp.br http://clima.feis.unesp.br/ e da evapotranspiração acumulada diariamente em uma mapa atualizado a cada hora e disponível em http://clima.feis.unesp.br/sobrepor/eto.php

A Tribuna, 4 de abril de 2012.