Nesta
aula prática foi visitada a Microbacia do Cinturão Verde
- Área Norte desde a sua nascente em uma área urbanizada,
passando por uma área de mata remanescente, passando por área
degrada tomada de macrófita, como aguapé e tabôa.
Ao final da aula, a expectativa é a de que o aluno possa consolidar
os conhecimentos em gerenciamento da água, reconhecendo os limites
de uma microbacia e a importância do trabalho de conservação
do solo e da água de maneira coletiva, a legislação
em vigor, a medição da vazão in loco e
a comparação com vazão regionalizada em suas várias
formas de cálculo e ainda a qualidade da água em seus
aspectos físicos, químicos e biológicos.
O uso e ocupação do solo e a ação antrópica
sobre a disponibilidade e qualidade da água discutida e vivenciada
em campo. O intenso uso da água e a conseqüente degradação
física, química e biológica contribuem para agravar
sua escassez e qualidade de água. Por esse motivo a Área
de Hidráulica e Irrigação, tem a necessidade crescente
do acompanhamento das alterações da qualidade da água
da região noroeste, que faz parte do monitoramento ambiental
de forma a impedir que problemas decorrentes da poluição
da água venham a comprometer seu aproveitamento múltiplo.
Para demostrar aos alunos os procedimentos de coleta em campo, houve
coleta de água neste local, pois a informação sobre
qualidade da água é necessária para que se conheça
a situação dos corpos hídricos com relação
aos impactos antrópicos na microbacia.
Nesta aula os alunos tiveram a oportunidade de conhecer dois métodos
de medição de vazão. O método do flutuador
e o método do molinete hidrométrico, o primeiro é
simples e barato de realizar em campo, mas com limitações
na precisão e o segundo um método mais eficiente de medição
de vazão, pois consiste em um equipamento que mede a velocidade
média do fuxo de água ao longo da largura do curso d’
água, sendo calculada da seguinte maneira:
Q= v1 . S1+ v2 . S2 + ... + vn . Sn, onde,
Q - vazão do curso d’água (m3/s);
v1 - velocidade do fluxo de água na seção molhada
1 (m/s);
S1 - área da seção 1 (m2);
v2 - velocidade do fluxo de água na seção molhada
2 (m/s);
S2 - área da seção 2 (m2);
vn - velocidade do fluxo de água na seção molhada
n (m/s);
Sn - área da seção n (m2);
No método do flutuador deve-se procurar um trecho do córrego,
uniforme e que o fundo não seja muito irregular. Determina dois
pontos com distância de 5 metros no trecho a ser medido, esta
distância vai ser usada para medir a velocidade do fluxo. No ponto
a montante constroi o perfil, medindo a largura e a profunididade da
seção. Disto resulta a área da seção
transversal do córrego (m2), a jusante realiza-se o mesmo procedimento,
no final tem a média das duas seções. Os tempos
gasto pelo flutuador para atravessar a distância dos dois pontos
devem ser anotados e o resultado é uma média dos tempos,
o objeto utilizado na prática foi um garrafa pet (600 ml). A
equação para cáculo de vazão, segue abaixo:
Q=
A . D . C / T, onde,
Q - vazão (m3/s);
A - área da seção transversal do córrego
(m2);
D - distância usada para medir a velocidade do fluxo d'água;
C - coeficiente de correção: usar 0,8 para córrego
com fundo rochoso; usar 0,9 para córrego com fundo lodoso;
T - tempo (s) gasto pelo objeto flutuador para atravessar a distância
D.
O local tem sido visitado como base para outras aulas práticas
(12 de março de
2007) e a amostragem da água nos diferentes pontos foi realizada
para avaliação em laboratório, que revelou os seguintes
dados:
::
Ponto 1. S 20º24'41.87" - W 51º20'25.85"
:: Ponto 2. S 20º24'04.10" - W 51º20'54.29"
:: Piscicultura. S 20º24'06.53" - W 51º20'57.24"
:: Ponto 4. S 20º24'00.39" - W 51º21'06.03"
Veja também a aula prática realizada em 13 de agosto de
2007 no Córrego
da Tabôa, também no entorno de Ilha Solteira.
A legislação envolvida com a aula seria:
- Lei 9.433 de 8/01/1997 - Lei
das Águas
- Lei 9.034 de 27/12/1994 - Dispõe
sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - SP
- Resolução CONAMA 369/2006 de 28/03/2006 - Dispõe
sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse
social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção
ou supressão de vegetação em Área de Preservação
Permanente -APP .
- Resolução CONAMA 357 de 17/03/2005 - Dispõe
sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições
e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências .
- Resolução CONAMA 20 de 30/07/1986 - Classificação
das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa
de seus níveis de qualidade, avaliados por parâmetros e
indicadores específicos, de modo a assegurar seus usos preponderantes.
Já a bibliografia sugerida seria:
ANA - Agência Nacional de Águas. Panorama da qualidade
das águas superficiais no Brasil. Brasília: ANA - Superintendência
de Planejamento dos Recursos Hídricos, 2005. 176p.
ANDERSON, M.G.; BURT, T.P. Hydrological forecasting. John Wiley &
Sons, 1990. 604p.
AYERS, R.S. Calidad del agua para la agricultura. Roma: FAO, Estudio
FAO Riego y Drenaje, n.29, 1984. 85p.
CARVALHO, N.O.; FILIZOLA JÚNIOR, N.P.; SANTOS, P.M.C. LIMA, J.E.F.W.
Guia de avaliação de assoreamento de reservatórios.
Brasília: ANEEL, 2000. 132p.
DAEE - DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Manual
de cálculos das vazões máximas, médias e
mínimas nas bacias hidrográficas do Estado de São
Paulo. São Paulo, 1994, 64p.
DIAS, M.C.O. (Coordenadora). Manual de impactos ambientais: orientações
básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas. Fortaleza:
Banco do Nordeste, 1999. 297p.
HERNANDEZ, F.B.T. et al. Aproveitamento
Hidroagricola no Estado de São Paulo - Projeto piloto de
conservação dos recursos de solo e água e irrigação
coletiva nas microbacias hidrográficas dos córregos Sucuri,
Bacuri e Macumã em Palmeira d´Oeste - SP. Ilha Solteira:
UNESP / Governo Federal, 2000. 191p. (3 volumes)
HERNANDEZ, F.B.T. et al. Cinturão Verde - Projeto piloto de agricultura
irrigada em Ilha Solteira - SP. Ilha Solteira: UNESP / FEPISA, 2000.
85p.
NAKAYAMA, F.S.; BUCKS, D.A. Trickle irrigation for crop production.
St. Joseph: ASAE, 1986. 383p.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL (U.S.). Irrigation - induced water quality
problems: what can be learned from the San Joaquim Valley experience.Washington,
National Academy Press, 1989, 157p.
PESCOD, M.B. Wastewater
treatment and use in agriculture. Roma, FAO Irrigation and Drainage,
Paper 47, 1992.
SETTI, A.A.; LIMA, J.E.F.W.; CHAVES, A.G.M.; PEREIRA, I.C. Introdução
ao gerenciamento de recursos hídricos. Brasília: ANEEL
- ANA, 2001. 328p.
TUCCI, C.E.M. (Organizador). Hidrologia: ciência e aplicação.
Porto Alegre: ABRH - EDUSP, 1993. 943p.
TUCCI, C.E.M.; PORTO, R.L.L.; BARROS, M.T. (Organizadores). Drenagem
urbana. Porto Alegre: ABRH / Editora da Universidade / UFRGS, 1995.
428p. (Coleção ABRH de Recursos Hídricos, Volume
5).
TUCCI, C.E.M.; MARQUES, D.M.L.M. (Organizadores) Avaliação
e controle da drenagem urbana. Porto Alegre: Editora da Universidade
/ UFRGS, 2000. 558p.
Os sites sugeridos são:
Agência
Nacional de Águas (Legislação, softwares, etc)
Artigos assinados pela Área
de Hidráulica e Irrigação publicados em jornais
e revistas
Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral (PEMBH)
Dados agroclimatológicos do oeste do Estado de São Paulo
Departamento de Águas e Energia
Elétrica do Estado de São Paulo (Outorga e recursos hídricos)
Sistema de Informações
para Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo
Textos técnicos publicados pela Área
de Hidráulica e Irrigação
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