Os
alunos de Graduação da Disciplina de Irrigação
e Drenagem, do curso de Agronomia, realizaram aulas práticas
de campo sobre disponibilidade e qualidade de água para irrigação,
no córrego da "Taboa", um pequeno afluente do Córrego
do Ipê, nas proximidades de Ilha Solteira e com Coordenadas Geográfica
de 20º27'13.1''S
e 51º20'25.6'' W.
Parte deste córrego nasce no Bairro do Ipê e no seu percuso
recebem seus tributários, como o córrego da Taboa que
deságua no córrego do Ipê, próximo a rotatória
de entrada da cidade de Ilha Solteira. Boa parte deste manacial está
degradado, com ausência de matas ciliares, processo erosivo acentuado
e toda sua extenção ocupado por Taboa (Typha
sp.), a razão do seu nome. Recentemente neste local a pastagem
degradada foi substiuida pela cultura da cana-de-açucar, entretanto
a
sustentabilidade destes agroecossistemas dependerá de mecanismos
de proteção dos recursos naturais renováveis centrados
na conservação do solo, dos recursos hídricos e
da biodiversidade.
O intenso uso da água e a conseqüente degradação
física, química e biológica contribuem para agravar
sua escassez e qualidade de água. Por esse motivo a Área
de Hidráulica e Irrigação, tem a necessidade crescente
do acompanhamento das alterações
da qualidade da água da região noroeste, que faz parte
do monitoramento ambiental de forma a impedir que problemas decorrentes
da poluição da água venham a comprometer seu aproveitamento
múltiplo. Para demostrar aos alunos os procedimentos de coleta
em campo, houve coleta de água neste local, pois a informação
sobre qualidade da água é necessária para que se
conheça a situação dos corpos hídricos com
relação aos impactos antrópicos na microbacia.
Nesta aula os alunos teviram a oportunidade de conhecerem os dois métodos
de medição de vazão. O método do flutuador
e o método do molinete hidrométrico, o primeiro é
simples e barato de realizar em campo e o segundo um método mais
eficiênte de medição de vazão, pois consiste
em um equipamento que mede a velocidade média do fuxo de água
ao longo da largura do curso d’ água, sendo calculada da
seguinte maneira:
Q= v1 . S1+ v2 . S2 + ... + vn . Sn, onde,
Q - vazão do curso d’água (m3/s);
v1 - velocidade do fluxo de água na seção molhada
1 (m/s);
S1 - área da seção 1 (m2);
v2 - velocidade do fluxo de água na seção molhada
2 (m/s);
S2 - área da seção 2 (m2);
vn - velocidade do fluxo de água na seção molhada
n (m/s);
Sn - área da seção n (m2);
No método do flutuador deve-se procurar um trecho do córrego,
uniforme e que o fundo não seja muito irregular. Determina dois
pontos com distância de 5 metros no trecho a ser medido, esta
distância vai ser usada para medir a velocidade do fluxo. No ponto
a montante constroi o perfil, medindo a largura e a profunididade da
seção. Disto resulta a área da seção
transversal do córrego (m2), a jusante realiza-se o mesmo procedimento,
no final tem a média das duas seções. Os tempos
gasto pelo flutuador para atravessar a distância dos dois pontos
devem ser anotados e o resultado é uma média dos tempos,
o objeto utilizado na prática foi um garrafa pet (600 ml). A
fórmula para cáculo de vazão, segue abaixo:
Q=
A . D . C / T, onde,
Q - vazão (m3/s);
A - área da seção transversal do córrego
(m2);
D - distância usada para medir a velocidade do fluxo d'água;
C - coeficiente de correção: usar 0,8 para córrego
com fundo rochoso; usar 0,9 para córrego com fundo lodoso;
T - tempo (s) gasto pelo objeto flutuador para atravessar a distância
D.
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