AULA TEÓRICA E PRÁTICA:
Disponibilidade e qualidade de água para irrigação

UNESP Ilha Solteira - Área de Hidráulica e Irrigação

13 de agosto de 2007

Os alunos de Graduação da Disciplina de Irrigação e Drenagem, do curso de Agronomia, realizaram aulas práticas de campo sobre disponibilidade e qualidade de água para irrigação, no córrego da "Taboa", um pequeno afluente do Córrego do Ipê, nas proximidades de Ilha Solteira e com Coordenadas Geográfica de 20º27'13.1''S e 51º20'25.6'' W.

Parte deste córrego nasce no Bairro do Ipê e no seu percuso recebem seus tributários, como o córrego da Taboa que deságua no córrego do Ipê, próximo a rotatória de entrada da cidade de Ilha Solteira. Boa parte deste manacial está degradado, com ausência de matas ciliares, processo erosivo acentuado e toda sua extenção ocupado por Taboa (Typha sp.), a razão do seu nome. Recentemente neste local a pastagem degradada foi substiuida pela cultura da cana-de-açucar, entretanto a
sustentabilidade destes agroecossistemas dependerá de mecanismos de proteção dos recursos naturais renováveis centrados na conservação do solo, dos recursos hídricos e da biodiversidade.

O intenso uso da água e a conseqüente degradação física, química e biológica contribuem para agravar sua escassez e qualidade de água. Por esse motivo a Área de Hidráulica e Irrigação, tem a necessidade crescente do acompanhamento das alterações
da qualidade da água da região noroeste, que faz parte do monitoramento ambiental de forma a impedir que problemas decorrentes da poluição da água venham a comprometer seu aproveitamento múltiplo. Para demostrar aos alunos os procedimentos de coleta em campo, houve coleta de água neste local, pois a informação sobre qualidade da água é necessária para que se conheça a situação dos corpos hídricos com relação aos impactos antrópicos na microbacia.

Nesta aula os alunos teviram a oportunidade de conhecerem os dois métodos de medição de vazão. O método do flutuador e o método do molinete hidrométrico, o primeiro é simples e barato de realizar em campo e o segundo um método mais eficiênte de medição de vazão, pois consiste em um equipamento que mede a velocidade média do fuxo de água ao longo da largura do curso d’ água, sendo calculada da seguinte maneira:

Q= v1 . S1+ v2 . S2 + ... + vn . Sn, onde,
Q - vazão do curso d’água (m3/s);
v1 - velocidade do fluxo de água na seção molhada 1 (m/s);
S1 - área da seção 1 (m2);
v2 - velocidade do fluxo de água na seção molhada 2 (m/s);
S2 - área da seção 2 (m2);
vn - velocidade do fluxo de água na seção molhada n (m/s);
Sn - área da seção n (m2);

No método do flutuador deve-se procurar um trecho do córrego, uniforme e que o fundo não seja muito irregular. Determina dois pontos com distância de 5 metros no trecho a ser medido, esta distância vai ser usada para medir a velocidade do fluxo. No ponto a montante constroi o perfil, medindo a largura e a profunididade da seção. Disto resulta a área da seção transversal do córrego (m2), a jusante realiza-se o mesmo procedimento, no final tem a média das duas seções. Os tempos gasto pelo flutuador para atravessar a distância dos dois pontos devem ser anotados e o resultado é uma média dos tempos, o objeto utilizado na prática foi um garrafa pet (600 ml). A fórmula para cáculo de vazão, segue abaixo:

Q= A . D . C / T, onde,
Q - vazão (m3/s);
A - área da seção transversal do córrego (m2);
D - distância usada para medir a velocidade do fluxo d'água;
C - coeficiente de correção: usar 0,8 para córrego com fundo rochoso; usar 0,9 para córrego com fundo lodoso;
T - tempo (s) gasto pelo objeto flutuador para atravessar a distância D.

 
CLICK NAS FOTOS PARA AMPLIA-LAS


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA