CAFÉ IRRIGADO APRESENTA |
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Muitos produtores da região da Alta Mogiana estão
manifestando interesse no plantio de café com sistema de irrigação. É o que vem sendo
constatado pelo Departamento Agronômico da CAROL, após resultados satisfatórios obtidos com
as lavouras irritadas e, também, em função dos sérios prejuízos causados pela
forte estiagem deste ano.
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É Interessante a Diversificação | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O agronômo
da CAROL entende que o plantio de café na região é um fator positivo no sentivo da diversificação
de culturas. "Numa mesma propriedade, é interessante que sejam mantidas diferentes lavouras, como soja,
milho, cana-de-açúcar e café". Arnaldo ressalta que, ao contrário do que acontecia
antigamente, hoje não é necessário manter uma área extensa para o café, podendo
sua exploração ser feita em até pequenas glebas, desde que a lavoura seja conduzida de maneira
tecnicamente adequada.
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RENDIMENTO DA CULTURA COMPENSA O INVESTIMENTO |
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Quadros
demonstrativos elaborados pelo Departamento Agrômomo da CAROL( quadro abaixo) comprovam, para relação
custo/benefício, que compensa implantar o sistema de irrigação em lavouras de café.
Em circunstâncias normais, o café sequeiro rende 22 sacas beneficiadas, por hectare, na primeira safra,
chegando a 103 sacas no final de três safras, ao passo que o café irrigado rende 37 na primeira e
150 sacas nas três safras. Já em circunstâncias anormais, conforme o exemplo que se teve este ano com a forte estiagem, a diferença é bem maior em favor da área irrigada. O café sequeiro este ano, na primeira safra, em algumas lavouras ainda atingiu perto de 15 sacas, enquanto em outras não chegou sequer a render 6 sacas por hetare. |
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Um problema : Os terreiros lotados | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O agrônomo Arnaldo Martins de Andrade toma o exemplo da Fazenda São José, Nupuranga; de propriedade
do cooperado Fernando Martins de Barros, onde toda lavoura de café é bem conduzida. Na área
de sequeiro, a média de produção da lavoura de primeira safra (em 60 hectares) superou 40
sacas/ha. "O rendimento na área irrigada superou nossa expectativa", confirma Fernando Martins de Barros, revelando que passou a ter um problema: a falta de espaço nos terrreiros para secagem do café colhido. A solução pensada dou suspender a colheita por uma semana, mas aí haveria um outro problema, o de ultrapassar o período normal da safra, que dever terminar em agosto para não prejudicar a florada de setembro. O cooperado cogita, para o próximo ano, utilizar produtos que possam uniformizar a maturação dos cafeeiros, tal como é feito nos canaviais. "Cada vez mais nos convencemos de que o sucesso na produção do café depende do manejo da lavoura, no sentido ded sua condução mais tecnicamente recomendada", conclui Fernando Martins de Barros. |
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QUANTO CUSTA IMPLANTAR E MANTER O CAFEZAL |
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Os dois quadros dão uma idéia de quanto custa a implantação e manutenção
da cultura do café em área de sequeiro ou irrigada, oferecendo também uma noção
quanto à produtividade. De acordo com os números relativos a cada ano, conclui-se que, ao final de
quatro anos e meio, o produtor terá gasto, por hectare, R$ 14.644,83 em área irrigada. No primeiro
caso, estima-se que ele estará colhendo um total de 103 sacas beneficiadas: com irrigação,
a colheita será de 150 sacas. Traduzir essa produção em dinheiro fica difícil, tendo em vista a intensa oscilaçào nos preços do café, podendo variar de 100 a 200 reais a saca, conforme o ano. Mas, imaginando-se o preço médio de R$ 150,00 durante todo o período, a conclusão é que a receita bruta, por hectare, com o café de sequeiro será de R$ 15.450,00 e coim o café irrigado, R$ 22.500,00 dando resultado líquido, respectivamente, de R$ 805,17 e R$ 4.035,19 nos quatro anos e meio. |
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Estimativa de custos e perspectiva do café sequeiro (por hectare)
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Estima de custos e perspectiva do café irrigado (por hectare)
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Informativo CAROL, Tecnologia, Julho de 2000, p.6 |
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