SIMPÓSIO SOBRE 
UVAS DE MESA ATRAI PRODUTORES DA REGIÃO


 
 Empreendimento:Viticultores procuram aprimorar técnicas para aumentar  produção
  A Unesp de Ilha Solteira através do departamento de Agronomia está promovendo o Simpósio Brasileiro sobre Uvas de Mesa, com a coordenação dos Professores especialistas em viticultura Luiz de Souza Corrêa e Aparecida Conceição Bolini.
    O simpósio despertou o interesse de vários produtores do Cinturão Verde que já cultivam a chamada uva de mesa, entretanto o simpósio foi muito mais além ao atrair produtores de várias cidades da região e até de outros estados.
    O simpósio abordou vários assuntos relacionados ao setor; o Correio da Ilha selecionou alguns dentre tantos explanados no simpósio. Confira
 Divisão:
As uvas são divididas em duas categorias: uvas de mesa e as uvas de vinho e outros fins industriais
Produção:
    Calcula-se cerca de 80% do total de uvas produzidas anualmente em todo o mundo são transformadas em vinho ou em outros tipos de bebidas alcoólicas; cerca de 5% destina-se ao processo de sucos; outros 5% viram uvas passas; e 10% são consumidas como sobremesa.
    O estado de São Paulo produz apenas 25,5% do total de uvas o país, sendo que 99,2% tem como objetivo o mercado de frutas para mesa.
História:
    No país, a videira foi introduzida em 1532 através da expedição colonizadora de Martin Afonso de Souza. As mudas, oriundas de Portugal foram plantadas na Capitania de São Vicente, no litoral paulista.
    Com o decorrer dos anos foi levada para outras regiões do país, porém pelas dificuldades da época, bem como pela falta de adaptação das variedades européias às condições ambientais, não chegou a constituir uma cultura de capital importância e com o descobrimento do ouro, no séculoXVII e posteriormente com a expansão da cultura de cana-de-açucar e do café a viticultura praticamente desapareceu durante o século XVIII e parte do século XIX.
    O cultivo só tomou impulso mais tarde, no século XIX, quando entre1830 e1840 foram trazidas para o Brasil videiras americanas mais rústicas(Izabel) de maior resistência a praga e doenças, apresentando maior adaptação ao ambiente brasileiro.
    Em 1894 foi introduzido a videira "Niágara Branca", que a paritr do início do século XX, em São Paulo foi aos poucos desbancando a "Izabel" que dominava o mercado de uva para mesa.
    Em 1933, surgiu uma mutação desta variedade a "Niágara Rosada"sobrepujou a variedade branca.
    Vale salientar, que o cultivos da videira somente adquiriu importância econômica com a imiração Italiana que se estabeleceu nso Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Correio da Ilha, ano IX, nº 1263, 11 de novembro de 2000, pág 03