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RESUMO:A cultura
da videira vem expressando grande importância econômica na
região noroeste paulista. Avaliou-se a eficiência do controle
da irrigação pelo Tanque Classe A, em comparação
com o tradicional praticado pelos agricultores, ou seja, sem controle
da irrigação. Os parâmetros avaliados foram produção
de uva por planta, comprimento dos ramos aos 35, 50, 65, 78 e 92 dias
após a poda. Observou-se que a produção de uva por
planta não foi afetada quando realizou-se o controle da irrigação
pelo Tanque Classe A. Neste tratamento, o desenvolvimento dos ramos foi
menor, em relação ao do produtor e isto é interessante
porque um crescimento vegetativo intenso causa um aumento de área
foliar exposta às doenças e comprimento de ramos, fazendo
com que os futuros cachos se distanciem do ramo principal, exigindo uma
poda mais longa. PALAVRAS-CHAVE:
Controle de irrigação, uva, Tanque Classe A. RELATIONSHIP
BETWEEN HANDLINGS OF IRRIGATION AND DEVELOPMENT OF BRANCHES AND PRODUCTION
OF GRAPES, SUMMARY:
The culture of the grapes is expressing great economical importance
in São Paulo northwest area. It was evaluated the efficiency
of the irrigation control for the Pan Class A, in comparison with the
traditional practiced by the growers. The appraised parameters were
grape production for plant length of the branches to the 35, 50, 65,
78 and 92 days after the pruning. It was observed that the grape production
for plant was not affected when he took place the control of the irrigation
for the Pan Class A. In this treatment the development of the branches
was smaller in relation of the producer and that is interesting because
an intense vegetative growth cause an area increase to foliate exposed
the diseases and length of the branches, doing with that the futures
bunches go away of the main branch, demanding a very long pruning. .
KEYWORD:
irrigation control, grape, pan Class A. INTRODUÇÃO:
No noroeste do Estado de São Paulo os municípios de Jales,
Palmeira D’Oeste, Urânia e Marinópolis apresentam uma cultura
que destaca-se pela expansão em área implantada pela alta
rentabilidade: o cultivo de videira (Vitis vinifera L.). Esta cultura
demanda tecnologia adequada devido a intensos tratos culturais que garantem
a produção e, dentre as técnicas empregadas, destaca-se
a irrigação, visto que a maior produção
ocorre na estação seca do ano. No entanto, esta pratica
é realizada pelos produtores de forma aleatória, sem estabelecer
correlação de quando e quanto irrigar, podendo ocasionar
desperdício ou falta, afetando a disponibilidade de água
para todos os produtores da região e a produção
relativa da cultura. MATERIAL E MÉTODOS:
Este experimento foi instalado no Sítio Três Irmãos,
no município de Marinópolis - SP, cujas coordenadas geográficas
são 200 26’ 26” Latitude Sul, 500 49’ 23” Longitude Oeste e altitude
de 408 m. De acordo com a classificação de Koppen, o clima
da região é como subtropical úmido, Cwa, com inverno
seco e ameno e verão quente e chuvoso. O experimento objetivou
verificar o consumo de água pela cultura. A parreira onde foi
desenvolvido este experimento é formada pela variedade Benitaka
e com à 7 anos de plantio, sendo irrigada por aspersores sob
copa, com bocais de diâmetros diâmetro distintos. A parreira
foi dividida ao meio e abriga os dois tratamentos: RESULTADOS E
DISCUSSÃO - Analisando o Quadro 1 pode-se observar que há
diferença significativa no comprimento dos ramos da videira aos
50, 65, 78 e aos 92 após a poda, e o tratamento do produtor foi
o que proporcionou o maior desenvolvimento dos ramos. Isto se deve a
maior quantidade de água aplicada na cultura, (156,3% com relação
ao controle). Almeida e Garcia (1969), citados por BOLIANI (1994), afirmam
que cada planta de videira, necessita, em torno de 500 litros por quilograma
de material lenhoso formado, já Gallet (1983), também
citado por BOLIANI (1994), diz ser necessários 250 a 700 litros
de água para produzir um quilograma de matéria seca. Quando
se fala em videira, um desenvolvimento muito vigoroso não é
interessante, pois isto pode levar a um desenvolvimento vegetativo intenso,
cujas as conseqüências são, aumento de área
foliar exposta as doenças, alongamento dos entrenós, e
aumento do número de entrenós, fazendo com que os futuros
cachos se distanciem do ramo principal, exigindo uma poda mais longa.
Pela tradição dos produtores a poda é realizada
por volta da 10a gema, e um crescimento exagerado pode proporcionar
a formação de cachos alem da 10a gema, praticamente zerando
o potencial de produção do parreiral no ato da poda. Em
pessegueiro, MIKA (1986) cita que um lento crescimento de broto é
indispensável para a formação das flores, já
que as auxinas dos pontos de crescimento podem inibir este processo.
A produção de uva por planta não foi afetada pelo
controle da irrigação, isto também foi observado
por PIRE e TORTOLERO (1993) que mantiveram o pomar com quatro níveis
de umidade no solo a partir da poda e concluíram não haver
efeito significativo no teor de sólidos solúveis e na
produtividade. QUADRO 1. Produção e comprimento dos ramos de uva, da variedade Benitaka, podada dia 01 de setembro de 1997 (safrinha), em Marinópolis-SP.
A Figura 1 demostra que o desenvolvimento dos ramos das videiras. Para o tratamento controle houve um crescimento moderado, e sua redução no comprimento após os 75 dias foi devido a poda que o produtor realiza com a finalidade de forçar o “amadurecimento” do ramo
CONCLUSÃO O comprimento de
ramos foi afetado pelo manejo da irrigação. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Apresentado no
XXIX Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola – CONBEA 2000. Imperial Othon Palace, Fortaleza – Ceará, 4 a 7 de julho de 2000. |
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