EM FRANCA PRODUÇÃO, ACEROLA AMARGA PREJUÍZOS AOS PRODUTORES 


Em pleno auge, a produção de acerola, que atribui ao nosso município o nome Capital da Acerola pelo alto índice de produção com qualidade inigualável, vem trazendo transtornos para os produtores. A colheita prevista para este ano é de 2000 toneladas, com melhor mercado para acerola verde a preço de R$ 0,48 centavos o quilo, comercializado com uma industria de Salvador/BA. A acerola madura é comercializada a preço de R$ 0,40 centavos. Para ambas, existem a abertura e garantia de compra.
Durante o período de colheita da acerola, o setor gera cerca de 1000 empregos por dia.
A Associação Agrícola conta com seis câmaras, mas duas delas não estão funcionamento, e as que funcionam encontram-se abarrotadas com caixas de furtas, que devem ser congeladas para o transporte. Não tendo como armazenar, os produtores são obrigados a cumprir uma cota de entrega, deixando de fazer a coleta em grande parte da lavoura.
Como exemplo, temos o caso do Sr. Wilson Luiz, que possui em sua propriedade 700 pés da fruta com alta produtividade, e poderá colher somente 100 pés ao dia, para cumprir a cota. Esta semana, até quarta-feira não foi possível colher, pelo armazenamento estar inviabilizado.
A solução, segundo um fruto de produtores que se reúne aos domingos na Associação Agrícola, estaria na aquisição de duas câmaras de 10 toneladas, com valor de 140 mil reais cada. Para a Associação o valor é muito alto, o que torna a compra de imediato inviável.
No fechamento desta edição, fomos informados pelo coordenador da Agricultura e presidente da Associação, Osvaldo Dias, que está sendo pleiteado um financiamento para aquisição de pelo menos, mais uma câmara para atender a demanda. 
A perda para este ano é de mais de 50% da produção, caindo pela metade o faturamento dos produtores e, da mesma forma, a geração de empregos.

Cidade Verde, Junqueirópolis, 10 de março de 2001 - p. 02


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA