O mês de janeiro se encerrou com um volume de 243,5 mm de chuva. Na região da Nova Alta Paulista, o volume anual de chuvas é, em média, de 1250 mm. Essa seria um quantatidade suficiente para produzir a maioria das culturas, se fosse bem distribuída, ou seja, um pouco de chuva em cada mês do ano.
Porém, o que acontece é bem diferente. Normalmente existe uma oscilação muito grande na distribuição da chuva, concentrando-se nos meses de dezembro a março e sendo insuficiente entre maio e setembro. Isso pode ser observado na figura abaixo em que temos o volume de chuva (barras) e a quantidade de água que foi necessária jogar através de diferentes sistemas de irrigação (linhas), como suplementação hídrica na cultura da uva 'Itália".
Mas se o déficit hídrico é prejudicial à produção, o excesso de água é igualmente desfavorável. Isso porque, aliado às condições de clima quente, favorece a incidência de doenças, principalmente as que são causadas por fungos.
Além do mais, a grande infiltração de água no solo provoca a "lavagem" dos nutrientes fonecidos pela adubação e o escorrimento superficial desta, causa carregamento das partículas da superfície do solo levando à erosão.
Em consequência temos a diminuição na produtividade, aumento de custos devido às necessidades de tratamento fitossanitário, a perda na qualidade final do produto e, o que é mais grave, a degradação ambiental.
É por isso que a produção de alimentos torna-se uma atividade de alto risco e que coloca o produtor rural numa situação de incerteza e ansiedade.
Nesse caso só nos resta tentar driblar São Pedro com a utilização de tecnologia tais como: utilização de sementes melhoradas, época de plantio adequada, tratamento fitossanitário eficiente e monitorado e adoção de técnicas de conservação do meio ambiente.
Volume de água aplicado na cultura da videira e de chuva ocorrida no período de julho/1998 a dezembro/1999 no Sítio Santo Antônio em Irapuru - SP.
Fonte: "Desenvolvimento da cultura da videira sob irrigação localizada na região da Nova Alta Paulista" - Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Agronomia - UNESP - Campus de Ilha Solteira por Eng. Agr. Adriana Secco Brigatti Kimura.