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CLIMA - Umidade relativa do ar já chegou a 25%
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Índice foi registrado na última quarta-feira; ontem, UR estava em 39%, dia em que Votuporanga amanheceu sob forte ventania
Votuporanga ontem amanheceu sob forte ventania. Além da tempestade de vento que varreu a cidade, a baixa umidade relativa do ar já começa a preocupar os moradores. De acordo com o Departamento de Climatologia Agrícola do Centro de Ecofisiologia e Biofísica de Campinas, o índice era de 39%, por volta das 16h de ontem.
A temperatura de 26ºC contribuía ainda mais para a secura do ar.
No entanto, para quem se assustou com os 39%, vale informar que esse índice foi ainda mais baixo na semana passada. No último dia 1.º, a umidade relativa do ar chegou a 25%, número que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), caracteriza estado de atenção.
Em agosto do ano passado, Votuporanga registrou o menor índice de umidade relativa do ar de 2010 — 13.1% às 6h e a 16% às 13h.
Chuva
Mas, por incrível que pareça, a ventania de ontem, trouxe, junto com a sujeira, a esperança de chuva em Votuporanga — fato que não acontecia há mais de um mês. De acordo com o Silo Graneleiro da Coacavo, a última vez que choveu foi dia 1.º de maio (equivalente a 2 mm).
De acordo com o site Climatempo, a probabilidade de chuva no início da noite de ontem era de 80%. No entanto, até o fechamento desta edição, alguns bairros da cidade registraram apenas uma fina garoa e pancadas isoladas e rápidas.
A previsão do tempo para hoje é de sol com muitas nuvens durante o dia; períodos de nublado, com chuva a qualquer hora e temperatura máxima de 27ºC e mínima 16ºC.
Região
Mas esse problema não é enfrentado só por Votuporanga. A região também está há mais de 40 dias sem chuva, o que já traz problemas para a agricultura e para a saúde pública. Os sensores operados pela Área de Hidráulica e Irrigação da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS/UNESP) registraram a última forte chuva no dia 12 de abril (quando choveu o equivalente a 74.2 mm).
Em maio, a temperatura média ficou em 20,8ºC, sendo que apenas 5 dias fugiram à regra e registraram temperatura mínima próxima à meia noite. Nos demais dias, a temperatura mínima foi sempre entre 5h e 6h30. Esse fato se deve à quantidade de horas sem recebimento de radiação solar, que às 06h chega ao seu limite.
No mês passado, também se registrou o dia mais frio do ano (3/5), quando a temperatura chegou a 11,5°C registrada, às 05h37s.
Brasil
Ontem foi um dia complicado para seis capitais brasileiras, que registraram índice de umidade relativa do ar abaixo de 20%, de acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). As regiões mais críticas são Sudeste e Centro-Oeste. A cidade com a pior situação no horário era Goiânia (GO), com 13% de umidade no ar.
Escala
A OMS criou uma escala relacionada à umidade relativa do ar. Estado de atenção é quando a umidade está entre 30% e 20%. Entre 20% e 12%, já é estado de alerta, e recomenda-se o uso de soro fisiológico nos olhos e nariz. Abaixo de 12%, é estado de emergência.
Frente fria
A ventania desta terça tem explicação. Segundo o Climatempo, a frente fria que avança rapidamente pelo Sudeste também provocou o aumento da nebulosidade no Estado de São Paulo. À medida que a frente fria avança, as nuvens crescem e provocam pancadas de chuva nas demais áreas paulistas, no sul de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro.
Essa mesma frente fria que está avançando por São Paulo provocou ontem a intensificação do vento na cidade do Rio de Janeiro. No aeroporto de Jacarepaguá as rajadas de vento chegam a 44 km/h. Na base aérea de Santa Cruz, as rajadas de vento chegam a 46 km/h. Em outras localidades os ventos passaram dos 75 km/hora, de acordo com o Inmet. Os cariocas tiveram que lidar com o frio e ventos fortes nesta terça-feira. Na Barra da Tijuca, a força dos ventos destelhou o posto de vistoria do Detran.
Recomendações
Neste período do ano, é comum o aparecimento de doenças respiratórias. Laringite, otite, amigdalite e faringite são as mais corriqueiras. Além disso, quando o clima está seco as doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite e rinites, ficam mais agudas.
Para lidar com a baixa umidade relativa do ar, a dica primordial dos especialistas é a umidificação do ambiente. Quem tiver nebulizador ou umidificador pode usar à vontade. Para crianças e idosos, o ideal é fazer inalação com água. Em todos os casos, a recomendação antiga prevalece: colocar recipientes com água nos quartos e salas ajuda a umidificar o ambiente. No entanto, não deve se descuidar da dengue. As bacias e vasilhas precisam ser limpas e desinfetadas, para evitar que o mosquito transmissor da doença se crie.
Além disso, beber bastante líquido é fundamental. Quanto mais desidratada a pessoa estiver, mais vulnerável ela fica. Idosos e crianças são os que mais sofrem com o tempo seco. O ideal é ficar, ao máximo, em locais frescos e úmidos, se reidratando sempre.
Ao notar qualquer sintoma, como dor de garganta, febre ou resfriado, deve-se procurar um especialista. A automedicação é contra indicada. Portanto, a qualquer sinal de doença respiratória, procure um médico.
E-Mail Responsável: redacao@diariodevotuporanga.com.br
Diário de Votuporanga, Votuporanga, 08 de junho de 2011, on line
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