ESTUDIOSO DE BESOURO DEVASTADOR
DE FLORESTAS PARTICIPA DE
CONGRESSO NOS EUA

O Entomólogo (estudioso de insetos), Carlos Hector Flechtmann, participou de 50ª edição do Congresso Anual de Entomological Society of America, na cidade de Fort Lauderdale, Flórida , EUA. Hector é docente do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da Faculdade de Engenharia da UNESP, de Ilha Solteira. Também é especialista em pragas florestais. Durante o evento, um dos mais importantes do mundo no estudo de insetos, ocorreu o Simpósio Forest Pest Management: Developing Tools to Solve the Challenges of Tomorrow, no qual o docente minitrou a palestra Scolytidae in Brazilian Forest Plantations: Overview and Current Status With Emphasis on Recent Research Efforts, a respeito do desenvolvimento desses insetos no Brasil. Flechtmann apresentou histórico das florestas plantadas no País - utilizadas exclusivamente para extração comercial de árvores, como as do gênero Pinus e Eucalyptus - e falou dos danos causados pelos scolitídeos nas reservas nacionais. "Tive a oportunidade de divulgar resultados das pesquisas que realizei ao longo de mais de uma década de trabalho com esse tipo de praga", diz. Com isso, ele passou aos participantes informações valiosas para o combate e a prevenção desses besouros nos respectivos países.

Destruidores de árvores
Os insetos da família dos Scolytidae matam árvores e são responsáveis pela maior parte dos danos causados às florestas destinadas à extração de madeira nos países do hemisfério norte. Podem chegar a outros países alojados nos troncos utilizados para exportação. Flechtmann adverte que, em meio a fatores climáticos, o manejo florestal inadequado favorece ainda mais o desenvovimento da praga. "É preciso que as árvores sejam plantadas a uma boa distância umas das outras. Quando permanecem muito próximas, a concorrência por água, luz e nutrientes aumenta consideravelmente", explica. Isso prejudica-lhe o desenvolvimento e faz com que elas cresçam menores e menos saudáveis, facilitando a penetração de insetos em seu tronco. No Brasil, esses besouros estão se multiplicando a cada ano, resultando em número cada vez maior de árvores afetadas em nossas áreas de reflorestamento.

Da Agência de Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da UNESP agencia@imprensaoficial.com.br

D.O.E., Poder Executivo, Seção I, São Paulo, 113 (58), 26 de Março de 2003, p. 02




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