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JANEIRO FECHA COM POUCA CHUVA
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Rita Fernandes

O ano de 2009 começou com sinal de alerta para a agricultura, já que o volume de chuva em janeiro é um dos mais baixos dos últimos tempos. Segundo o engenheiro agrônomo Fernando Braz Tangerino Hernandez, coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira, historicamente a precipitação média de água nos meses de janeiro, em Ilha Solteira, é de 234 milímetros (mm), conforme levantamento feito entre 1967 a 2008. “A primeira análise é que a chuva de janeiro está aquém do que a gente gostaria. Este mês choveu 158 mm, considerando até 27 de janeiro”, afirma. Segundo Tangerino, no ano passado e em 2007, foram registrados 596mm e 540mm, respectivamente. Já em 2006 foram 199 mm. “Saímos de 2006 abaixo da média, tivemos o ano de 2007 muito acima da média e 2008 muito mais acima ainda. Estamos para fechar 2009 com uma precipitação de 158mm. Tivemos apenas sete dias de chuva”, diz ao explicar que, para agricultura, a chuva só é contada quando o volume é acima de 10mm. Apesar da oscilação cíclica (considerando os meses de janeiro de 2006 a 2009), Tangerino diz que não há variação anual. “O volume total da chuva não varia ano a ano. A média histórica é 1.267mm.”

Segundo o professor da Unesp de Ilha Solteira, atualmente as chuvas estão cada vez mais intensas e espaçadas. “Quando chove, chove bastante e quando seca, seca bastante. E isso para a agricultura é péssimo.” Tangerino explica que “quem bebe água é a raiz”, ou seja, a água deve percorrer todo solo até recarregar o lençol freático. Isso porque a raiz do milho, por exemplo, fica em torno de 40 centímetros abaixo da terra. De acordo com o engenheiro agrônomo Orivaldo Brunini, diretor de Ecofisiologia e Biofísica do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), do governo do Estado de São Paulo, a região Noroeste de São Paulo passou por um período momentâneo de estresse hídrico provocado pela falta de chuva no mês de janeiro. “Abaixou o armazenamento hídrico, mas não chegou a ter um reflexo grande na produtividade”, afirma.

A chuva intensa e espaçada que afetou a região Noroeste, segundo Brunini, favoreceu a formação de frutos iniciais, como café, milho e soja. “A cana que foi plantada em outubro e novembro é favorecida na rebrota e crescimento para, a partir de maio, ter período de indução para colheita em junho e julho.”Apesar de intensa e espaçada, Tangerino diz que a chuva veio tarde neste ano, o que pode prejudicar as plantações feitas em outubro passado. Além da falta de chuva, Tangerino diz que janeiro é o mês em que há maior taxa de evacotranspiração (perda de água por transpiração da planta e evaporação do solo). “A saída é irrigar, enquanto não chover”, diz. A falta de chuva afeta mais as pastagens, segundo Tangerino. “No campo fica um pasto verde, mas sem ser volumoso, sem matéria seca, que é o que vai garantir a comida. Ele está bonito, mas não está com muita massa. Pensando nos próximos meses, quem talvez tenha sentido muito é o capim”, afirma.

Estações automáticas

O Instituto Agronômico (IAC), por meio do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), investe em cinco Estações Meteo-rológicas Automáticas (EMA) na região Noroeste do Estado: Rio Preto, Mirassol, Fernandópolis, Paulo de Faria e Monte Azul Paulista. Por meio das estações, o IAC capta informações sobre temperatura, chuva, umidade do ar, velocidade do vento, precipitação pluviométrica e temperatura do solo. Os resultados fornecem dados úteis às atividades agrícolas e às ações preventivas junto à sociedade, como previsão de fortes chuvas que podem provocar desabamentos e outras ocorrências. Orivaldo Brunini, diretor do Centro de Ecofisiologia e Biofísica do IAC, diz que o investimento total será de R$ 150 mil, com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rio Turvo/Grande (CBH-TG). “A região de Rio Preto é muito importante, especialmente pelo cultivo de cana-de-açúcar e citros”, afirma.

Das cinco estações, apenas a de Paulo de Faria já está em funcionamento em área próxima a prefeitura, junto à antena de TV. “A expectativa é que, dentro de dois meses, todas as estações automatizadas já estejam em pleno funcionamento”, afirma. De acordo com Brunini, o local da estação de Rio Preto ainda está indefinido. O IAC articula a instalação em área do Horto Florestal. Apesar disso, todos os equipamentos como senso de temperatura e umidade, radiação solar, direção do vendo e chuva, fluxo de calor e temperatura do solo já foram adquiridos. Em Fernandópolis, a estação foi construída na Unicastelo. Já em Mirassol e Monte Azul Paulista, as instalações são no Instituto de Zootecnia e Cati, respectivamente.

www.diarioweb.com.br, São José do Rio Preto, 9 de fevereiro de 2009

 

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