Rede
Francesa fecha acordo com Apex para promover produto brasileiro
O Carrefour do Brasil poderá dobrar as exportações
de frutas brasileiras nos próximos 12 meses. São uvas,
mangas, bananas, mamão papaia, cupuaçu, entre outras frutas,
que serão vendidas em 16 dos 26 paises nos quais a companhia
tem lojas. Ontem, a rede francesa de supermercados fechou acordo com
a Agência Promotora de Exportações (Apex) do Ministério
do Desenvolvimento, Indústrial e Comércio Exterior para
promover frutas brasileiras no exterior. Em 2003, a empresa exportou
US$10 milhões em um ano.
Batizado de "Brazilian Fruit Festival", a iniciativa do programa
partiu do Carrefour com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). "Entramos
em contato com a Apex para apresentar o projeto", conta o diretor
de Agronegócios do Carrefour Brasil, Arnaldo Eijsink. O primeiro
embarque deverá ocorrer entre agosto e setembro e será
para a Polônia. Na agenda do programa desde ano, estão
Bélgica e Espanha. Para 2005, está prevista a divulgação
da fruta brasileira em mais 15 paises espalhados entre Europa, Ásia
e Oriente Médio.
Eijsink explica que o programa terá duração de
dois anos e conta com 30 produtores cadastrados. A Apex entra com metade
dos recursos usados para promover o produto e o Carrefour com o restante.
Na primeira rodada de promoção marcada para este ano,
envolvendo três paises, serão gastos R$ 400 mil em promoção.
A intenção da Apex é contratar brasileiros residentes
nesses paises para serem garotos propaganda das frutas brasileiras.
Como eles têm facilidade com a lingua local, esses brasileiros
ficarão nas lojas do Carrefour e abordarão os clientes.
Há um imenso espaço para aumento da oferta de frutas brasileiras
no mercado mundial, diz o presidente Apex, Juan Quirós. Segundo
ele, o mercado mundial de frutas fresca movimenta 42 milhões
de toneladas a cada ano, dos quais o Brasil participa com apenas 800
mil toneladas. A Apex estima que o programa com o carrefour deverá
criar 80 mil empregos.
Em 2003, o pais exportou US$ 335 milhões em frutas e importou
US$ 68 milhões. O saldo foi 39% maior do que o de 2002, graças
a aumentos de 77% na exportação de uvas, 71% de limões
e 59% nos abacaxis. ( Colaborou Lu Aiko Otta).
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