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CAPACITAÇÃO E COMPETITIVIDADE
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Fernando Braz Tangerino Hernandez*
Este texto tem o foco principalmente em todos os estudantes brasileiros. Mais um semestre se inicia em grande parte das universidades e sempre é o momento de reflexão e decisão. Vivemos numa época de constante mudança, em uma sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva e certamente correrá sérios riscos quem não perceber isso e ficar esperando para ver o que acontece. Portanto, a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência.
Uma sociedade em desenvolvimento exige rompimento, mudança e novidade em linguagem, conceitos e modos. A cada dia que passa os produtos concorrentes ficam mais similares em termos de tecnologia e preços e estejam certos, o diferencial está e estará, portanto, na capacidade da empresa ou pessoas em se diferenciarem no mercado e este diferencial estará a cada dia mais na prestação de serviços.
É preciso inovar, não dá para apenas copiar e é preciso criar uma nova postura e reinventar o setor nosso setor. Mas como fazer isso? Com certeza com a capacitação, com estudos, dedicação e foco!
E este é um momento oportuno para que nossos estudantes reflitam também sobre a pressão que o Brasil recebe para facilitar a entrada de profissionais de outros países que estabelecem concorrência conosco. E há divisão de opinião entre os especialistas, uns dizem que a chegada de estrangeiros estimularia a nossa economia e a competitividade. Temos a vantagem do domínio da língua portuguesa, mas para vencer esta competição, só vejo um caminho, ter uma formação forte, adequada e diferenciada!
Aqui na UNESP Ilha Solteira ofereceremos a disciplina de Irrigação e Drenagem. Pense numa área agricultável de 119 milhões de hectares, sendo 30 milhões de hectares de área potencial para a agricultura irrigada e irrigamos apenas 5,5 milhões de hectares e incorporamos anualmente em torno de 140 mil hectares de área irrigada. Com todo este potencial de terras aptas à irrigação e mantido este ritmo de crescimento, levaríamos quase 200 anos para esgotar nossas potencialidades.
Aos estudantes e stakeholders da agricultura irrigada, pense no fato de que com irrigação garantimos produtividades elevadas, a irrigação é ainda considerada uma das ações mitigadoras ao aquecimento global, tem ação agregadora da economia, temos agora o marco regulatório definido na Política Nacional de Irrigação, entre outros benefícios, então, bem vindos à um mundo de oportunidades representada pela agricultura irrigada!
Assim, fica a dica: vamos aproveitar a oportunidade e nos dedicar aos estudos, à capacitação técnica e vamos nos diferenciar, em cada área em que escolhemos atuar! Fé, obra e sucesso!
* Fernando Braz Tangerino Hernandez, é Engenheiro Agrônomo e Coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. Mais orientações: Pod Irrigar, o PodCast da UNESP.
Ilha de Notícias, Ilha Solteira - SP, 5 de março de 2013.
A Voz do Povo, Ilha Solteira, 7 de março de 2013, p.
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