OS EXCLUÍDOS DOS EMPREGOS AUTORA: Paula Lago |
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Por mais que se diga que não há uma receita infalível
para passar em uma entrevista e ganhar a vaga, é possível apontar uma lista até extensa do
que nunca fazer quando se é candidato. Levantamento feito pela Folha com 37 grandes empresas traça justamente isso: as deficiências que eliminam sumariamente o profissional do processo seletivo. São atitudes ou características psicológicas e técnicas de candidatos que marcaram -negativamente- a memória dos recrutadores. Essa lista de atributos pode dar uma idéia sobre qual comportamento é mais adequado para quem está na fase da seleção. O item mais citado, de maneira espontânea, por responsáveis pelos departamentos de recursos humanos das companhias, foi não ter conhecimento de inglês ou de algum outro idioma, resposta de 80% dos recrutadores. As empresas deixam claro que, se o candidato não tiver uma outra nítida e importante virtude para compensar essa "falha" na formação, não tem jeito. Ele não vai conseguir passar nem da primeira triagem dos currículos recebidos pela companhia. Mas no levantamento também surgiram aspectos curiosos que já causaram liminação de profissionais, como o uso de óculos escuros durante a entrevista. Arrogância, falta de higiene e até o fato de ser fumante podem pôr a perder todos os esforços do candidato na busca pela vaga. |
Os consultores
dão uma série de recomendações para os candidatos não serem eliminados dos processos
seletivos por "bobeira". A principal é a racionalidade. "O profissional tem de demonstrar naturalidade e equilíbrio", afirma Laís Passarelli, sócia-diretora da Passarelli Consultores. Para começo de conversa, um ponto importante é prestar atenção ao modo de se vestir durante o processo de seleção. "Tente descobrir qual a cultura da empresa. Se não conseguir, o mais indicado é o tradicional: terno e gravata para os homens e tailleur para as mulheres", indica Lizete Araújo, do Grupo Catho. Ansiedade O passo seguinte é preparar-se para a entrevista, o que pode não ser tão simples assim. "Você tem de racionalizar sua história e contar, sem arrogância e com bjetividade, quem você é e o que você quer", afirma Laís. Como muitos dos tropeços acontecem por causa da ansiedade dos candidatos, tente ao menos controlar os nervos. "Não dando certo, informe ao entrevistador que você está nervoso com a situação e que aos poucos irá se tranquilizar", diz Sandra Regina Gouveia Moreira, Consultora da Manager. Mas isso não é tudo. Pense que tem de tentar aparentar bom humor. Esse tem sido um dos requisitos nos processos seletivos. "Ninguém quer um funcionário depressivo ou insatisfeito. Esse tipo de atitude negativa mostra alguém que não tem confiança em seu potencial", afirma Sandra. Vocabulário Para passar uma imagem de profissional confiante, uma boa ferramenta é a linguagem. Como seu vocabulário pode ser uma maneira de garantir a vaga, fique atento. Nada de usar gírias ou termos técnicos demais. O mais indicado é ser formal. Para Laís Passarelli, é o momento mais importante. "É quando o candidato se vende. Sempre com transparência, ele tem de mostrar seu melhor lado", avalia. Outro ponto: se você tiver problemas de relacionamento com os antigos empregadores, cuidado. Alguns recrutadores costumam checar o histórico do candidato. "Referências inadequadas podem excluir o candidato, independentemente do resultado obtido nos testes", alerta Lizete. Concluída a entrevista, ficou aquela sensação de que você poderia ter ido melhor? Não desanime, a vaga ainda pode ser sua. Os consultores dizem que está havendo uma preocupação redobrada em não excluir um candidato por um fator isolado não muito grave. |
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