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-------------------------------------------------------------------------------------------------- Com 84 dias sem chuva, a agropecuária do noroeste paulista enfrentou problemas como pastagens secas, queimadas e temperaturas máximas na média de 31,8 °C, de acordo com boletim divulgado pela Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Ilha Solteira. Uma frente fria trouxe nova queda de temperatura e a volta da chuva a partir do final de semana passada, porém em volume ainda insuficiente e com distribuição desigual, de acordo com a rede. “Com tantos dias sem chuva, a agropecuária sofre e não produz e os sistemas de irrigação fazem a diferença na região noroeste paulista irrigando neste momento feijão, milho, pastagens, videiras, banana e citros, principalmente”, informou o órgão. A ausência de chuva também eleva a taxa de evapotranspiração, como é chamada a perda ou transferência de água para a atmosfera provocada pela transpiração das folhas e evaporação do solo. De acordo com o professor e coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira, Fernando Braz Tangerino Hernandez, a redução da água deve ser resposta pela chuva ou por sistemas irrigação para que os cultivos atinjam a máxima produtividade. 80 DIAS Já a pastagem impactada pelo clima seco gera perda no peso do gado, segundo Viol. O presidente do Siran comenta que o criador tem uma ampliação dos custos, já que é obrigado a investir em complementação alimentar para os animais. Viol acredita que as chuvas que caíram nos últimos dias ainda não são o suficiente para reverter a situação. “Elas serão boas se permanecerem com constância, senão haverá prejuízo maior com relação à pastagem, por exemplo.” Acompanhamento da Somar Meteorologia, mostram que em junho, julho e a primeira quinzena de agosto deste ano o município de Araçatuba registrou apenas sete dias de chuva, ante nove dias de 2016. O volume pluviométrico também foi inferior em 2017. Choveu o equivalente a 43,5 milímetros no período, quase 70% a menos que os 111,3 milímetros observados entre junho, julho e a primeira quinzena de agosto do ano passado. TÍPICO Quem cultiva feijão nesse período, por exemplo, aposta em cultura irrigada. No caso das pastagens, o criador da região também está acostumado com o problema, segundo Moimás. Ele diz ainda que a cana-de-açúcar precisa de uma etapa de seca para a maturação. “Mas a volta da chuva é bem-vinda. Ela ajuda as pastagens a começarem a se recuperar e lhe dá sobrevida.”
Folha da Região, 21 de Agosto de 2017.
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