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Oferta de água em mananciais se mantém crítica no noroeste paulista
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A expectativa de chuvas não se confirmou e veio de maneira escassa por várias partes do país e no noroeste paulista a situação não é diferente e a cada dia o problema de baixa oferta de água de superfície se agrava mais. O último sinal de chuva que ocorreu na região entre os dias 9 e 10 de julho não alcançando nem a marca de 10 mm, mínimo necessário para que seja considerado dia de chuva na agricultura, desta maneira a contagem de dias sem chuva está em 43 dias em Paranapuã e em 53 dias para as demais estações da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.
O volume de chuvas até o momento está bem abaixo da média histórica, que tem um total de chuvas para os seis primeiros meses do ano igual a 775 mm, em 2013 esse total ficou em 700 mm, sendo que em 2014 esse volume chegou apenas a 610 mm, 165 mm a menos, uma quantia considerável e que ilustra o momento atual como informa o Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira.
Os 775 mm da média histórica representam 63% do total de chuvas no ano, que corresponde a 1228 mm, em 2013 essa porcentagem entre janeiro e junho ficou em 57%, porém em 2014 o volume de chuvas no mesmo período atingiu apenas 51% deste total, indicando que houve 12% a menos de chuva até o momento.
A média do total de chuvas entre os meses de janeiro e fevereiro chama a atenção, em janeiro segundo o histórico eram esperados 237 mm, mas a precipitação do mês foi quase a metade em 2014, ficando em 121 mm. Em março de 2014 o volume deu um salto e ficou acima da média histórica que é de 154 mm e do volume de 2013 que ficou em 188, chegando a 230 mm, porém não foi o suficiente para alcançar os 562 mm acumulados nos três primeiros meses, acumulando apenas 502 mm.
Depois de janeiro, junho foi o mês que teve o pior desempenho no quesito chuvas, a diferença foi de 75 mm em relação ao histórico, com uma precipitação média entre as estações de 7 mm em 2014, contra 81 mm registrado no histórico.
A expectativa continua a mesma, que ocorra a chuva "inesperada" fora de época, como ocorreu em 2012, quando em junho choveu 160 mm, o dobro esperado para o mês.
Em 2013 a região noroeste paulista chegou a ficar até 94 dias sem chuvas, porém a estação seca teve início em 26 de junho e atualmente se verifica toda a área cultivada em regime de sequeiro no noroeste paulista em estado crítico de umidade do solo, com pastagens totalmente secas. O verde é encontrado apenas em ambientes irrigados e em algumas áreas de cana.
Esta situação crítica de oferta de água que traz prejuízos e consequências para toda a agropecuária, inclusive a irrigada é discutida pelo Prof. Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez no artigo "Oferta de água deixa irrigantes em situação crítica no noroeste paulista" e também no Canal Terraviva da Rede Bandeirantes de Comunicação do programa Terraviva Sustentável tendo o Jornalista Tobias Ferraz como âncora, quando ao longo de cinquenta minutos conversaram sobre irrigação, agricultura irrigada, recursos hídricos e conservação do solo e uso racional da água.
O programa foi dividido em quatro blocos: o primeiro com os prejuízos causados pela água aos produtores, no segundo bloco comentamos a situação de baixa oferta de água nos mananciais, no terceiro bloco sustentabilidade e uso racional da água e por fim, no quarto bloco, alguns indicadores de sustentabilidade na propriedade rural.
Para acompanhar o tempo na região e obter mais informações sobre o clima acesse o Canal CLIMA da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP em: http://clima.feis.unesp.br/index.php
FOLHA CIDADE,Ano V, Edição 208, 18 de Julho de 2014
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