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TEMPO SECO FAZ CRESCER PROCURA POR INALAÇÕES
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Araçatuba - A baixa umidade do ar, cujos índices vêm piorando conforme se prolonga o período de estiagem, castiga moradores de Araçatuba e região. Entre maio e julho deste ano, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, houve aumento de 23% na procura por inalações nas unidades de saúde da cidade em comparação com o mesmo período de 2009, passando de 6.438 atendimentos nos dois meses do ano passado para 7.919 neste ano. Anteontem, a umidade relativa do ar na região atingiu mínima de 17,3%, considerado nível crítico para a respiração da população. Em Araçatuba, a média, ontem, foi de 23%.
Preocupada com a saúde do filho André Luiz Andrade da SIlva, 2 anos, a dona de casa Angélica Andrade Moreira, 18, recorreu à UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Alfredo Dantas de Souza, no bairro Umuarama, para fazer inalação na criança. "Ele sente muita falta de ar, caseira e está com o corpo ruim faz 15 dias.
Segundo Angélica, não é só o filho que sofre com as alterações na temperatura. "Eu tive que procurar o pronto-socorro porque estou com a respiração ofegante". De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, também houve aumento na procura peloo atendimento médico para doenças do sistemas respiratório, como asma e bronquite, além de gripes e resfriados. Na região não chove há mais de cem dias, segundo a àrea de hidráulica e irrigação na Unesp de Ilha Solteira.
Toalhas molhadas e recipientes com água em ambientes fechados são algumas das práticas recomendadas pelo médico pneumologista Antônio Roberto Sandoval Barbosa. Segundo ele, esse período do ano é considerado o mais crítico para a saúde da população e afirma que as crianças, idosos e portadores de doenças respiratórias são os que mais sofrem.
"Falta de ar, nariz seco e sensação de cansaço são sinais de baixa umidade do ar. A inalação é importante porque leva o medicamento para dentro do pulmão. Até mesmo só com o soro já alivia", diz. De acordo com ele, pessoas que sofrem de asma ou bronquite alérgica não devem fazer inalação com soro fisiológico, mas apenas com medicamento receitado por um especialista.
Patrícia Rimonato, 32 anos, também levou a filha Raiane Rimonato Azevedo Rodrigues, de 3 anos, À UBS Wanderley Vuolo, no Jardim TV. Segundo a mãe, o tempo seco e a constante mudança de temperatura deixou a criança com febre e tosse.
folhadaregiao.com.br, 21 de agosto de 2010
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