Nenhum
setor escapa de passar por períodos de crises econômicas.
O produtor rural, diante das dificuldades, deve procurar alternativas
para melhorar seus rendimentos. DIVERSIFICAR poder ser sa saída
para quem procura maiores lucros do que os obtidos quando se pratica
uma única atividade. Basta planejar com cuidado para extrair,
da terra, maiores riquezas. O cultivo do palmito, da soja ou a avicultura
poder ser alguns dos caminhos. DIVESIFICAR não significa abandonar
o CAFÉ, produto que vem gerando riquezas ao nosso país
há 274 anos, mas fortalecer o agronegócio brasileiro
PALMITO
O
palmito é uma iguaria fina, valiosa e de grande aceitação no mercado,
tanto no Brasil como no exterior. Corresponde ao produto comestível,
extraído da extremidade superior do tronco de certas palmeiras, constituindo-se
de folhas jovens, internas, ainda em desenvolvimento, envolvidas pela
bainha das folhas mais velhas.
Originalmente, o palmito era extraído da palmeira Juçara (Euterpe
edulis), que possui palmito de altíssima qualidade, mas com ciclo
de produção longo, Por ter uma exploração predominantemente extrativista,
encontra-se em vias de extinção. Outra palmeira utilizada é o Açaí
(Euterpe oleraceae): possui ciclo longo, palmito de qualidade, mas
rendimentos inferiores à Juçara.
A Pupunha (Bactris gasipaes), palmeira nativa da Amazônia, apresenta
um rápido crescimento e produz palmitos de boa qualidade, podendo ser
plantada a pleno sol, ao contrário da Juçara e Açaí. Esta característica
facilita o seu manejo, possibilitando sua instalação em áreas tradicionais
de cultivo. Por esta razão, a palmeira Pupunha está sendo bastante aceita
no Brasil. Publicamos, à direita, quadro comparativo entre as espécies
utilizadas na produção de palmito.
POTENCIAL ECONÔMICO
A cultura da Pupunha apresenta excelente viabilidade econômica.
Entretanto, seu custo de implantação é elevado: gira em torno de R$
4.000,00/ha, com um custeio anual variando de R$ 500,00 a R$ 800,00/ha
(segundo NISHIKAWA et all., 1997).
O produtor pode comercializar sua produção tanto in natura como envasada.
A envasada é a mais lucrativa, porém há necessidade da instalação de
uma indústria para o seu processamento. Estima-se que produtores isolados
ou associados, com plantações acima de 300.000 pés de Pupunha,
já se encontram em um patamar economicamente viável para a instalação
desta indústria.
Um hectare de Pupunha produz cerca de 1.700 kg de palmito e 2.500
kg de sub-produtos (palmitos picadinhos ou em rodelas). O preço de comercialização
do sub-produto é 60% do valor do palmito.
Estes indicadores mostram que o investimento inicial, apesar de elevado,
pode ser recuperado já no primeiro corte.
INSTALAÇÃO DA CULTURA
Por se tratar de uma planta de floresta tropical, a cultura da Pupunha
é muito exigente em água. Em regiões onde ocorre déficit hídrico em
mais de dois meses seguidos, deve ser irrigada. Mais importante do que
a quantidade de água, entretanto, é sua distribuição ao longo do ano.
Tomando-se por base os plantios realizados no Estado de São Paulo, são
necessários no mínimo de 1.300 a 1.400 mm de água distribuídos ao longo
do ano.
A Pupunha não deve ser cultivada em regiões de solos mal drenados,
tampouco em altitudes superiores a 850 m, em função das baixas temperaturas
noturnas.
OBTENÇÃO DE MUDAS
O cultivo da Pupunha não apresenta grandes problemas de pragas
e doenças. A maior dificuldade está na formação das mudas e na escolha
das sementes para o plantio. É conveniente que se dê preferência ao
cultivo de Pupunha sem espinhos, pela facilidade de manuseio e de mão-de-obra.
A propagação
é feita via sementes, sendo necessário fazer um tratamento para quebra
de dormência.
A germinação ocorre de 1 a 3 meses após a semeadura.
A semeadura deve ser feita
em pré-germinador com substrato de terra/areia/esterco, sendo necessária
a construção de um túnel plástico com algum sombreamento.
A irrigação deve ser manual.
O transplantio é feito quando
as plântulas apresentarem duas folhas, em sacolas plásticas de 1000
cm3 com substrato terra/areia/esterco, acrescido de 10 gramas do adubo
10-30-10.
PLANTIO NO CAMPO
Antes do plantio, deve-se limpar completamente a área do mato, corrigir
o solo com calcário e realizar uma adubação. A Pupunha não suporta
a competição com mato, sobretudo com a braquiária. Recomenda-se, para
o plantio, elevar o pH para 5.0 e 5.5 e a saturação de bases para 60%.
O transplante das mudas deve ser realizado quando esta apresentar mais
de seis folhas e cerca de 40 cm de altura. Deve ser realizado na estação
chuvosa, em dias nublados e com boa umidade no solo, pois nesta fase
necessita de água em abundância.
Para o transplantio das mudas, devem ser abertos sulcos de 40 cm de
profundidade para a realização da adubação e posterior cobertura destes
sulcos. Depois, buracos devem ser abertos com cavadeiras, no espaçamento
recomendado, que é de 2,0 x 1,0 m para palmito envasado. Assim serão
5.000 plantas/ha, o que garante uma maior produtividade do palmito.
Após o transplante deve ser realizada a aclimatação e adubação, evitando-se
períodos secos prolongados.
Características
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Pupunha
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Juçara
|
Açaí
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Perfilhamento |
bastante variável
|
não perfilha palmeiras de tronco único
|
de 15 a 45 unidades
|
Qualidade |
excelente textura macia
|
ótima textura com fibras
|
boa textura, mais firme
|
Rendimento |
de 500 a 700 g
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de 500 a 600 g
|
de 150 a 300 g
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Diâmetro |
3 a 7 cm
|
2,5 a 4 cm
|
1 a 2,5 cm
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Primeira
Colheita |
de 1 a 2,5 anos
|
de 8 a 12 anos
|
de 8 a 12 anos
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Colheitas
seguintes |
de 1,5 em 1,5 anos
|
não tem
|
de 4 em 4 anos
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Área
de cultivo |
a pleno sol, com muitas chuvas
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sombreada, de preferência dentro da mata
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mais aberto e de maior insolação
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Cor |
marfim
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branca
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branca
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SOJA
Cooperados de Monte Santo de Minas vem apresentando bons resultados
com o plantio de soja. Alguns chegaram a atingir produtividade média
de 50 sacos por hectare. O clima e a altitude do sul de Minas favorece
o plantio e as doenças raramente ocorrem. Por esta razão, a soja pode
ser uma alternativa para quem ainda nao diversificou. Como alguns dos
entraves de uma atividade estão na armazenagem e comercialização do
produto, a COOXUPÉ foi ouvirquem entende do assunto: a CAROL.
No dia 20 de agosto, o presidente José Oswaldo Galvão Junqueira e demais
diretores da Carol estiveram na Matriz, em Guaxupé, acertando os detalhes
para o início de uma parceria que visa ampliar os rendimentos do produtor
rural. Na safra 2000/01, a produtividade da soja brasileira superou
a obtida nas lavouras dos Estados Unidos e Argentina e foi a mais alta
do mundo. Segundo estatísticas divulgadas pelo Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos, para cada hectare de soja plantado no Brasil foram
colhidos, em média, 2.600 quilos.
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Em 28 de fevereiro de 1963, 59 produtores
rurais tiveram a idéia de se reunir para adquirir
fertilizantes em conjunto. Nascia, desta forma,
a CAROL - Cooperativa dos Agricultores
da Região de Orlândia (SP). Atualmente,
congrega mais de 1.800 cooperados de
48 municípios do norte de São Paulo e 45 do Triângulo Mineiro. Tornou-se
a maior Cooperativa de GRÃOS dos Estados onde atua.
Destaca-se por apresentar capacidade estática para armazenar 650
mil toneladas de grãos. |
FRANGO
Assim como existem cooperados que optaram pela soja na diversificação
de suas atividades, outros preferiram a avicultura. A partir deste mês,
a COOXUPÉ passa a atuar mais diretamente ao lado desses cooperados,
pois acaba de firmar parceria com a Osato Alimentos, uma das principais
empresas produtoras de frangos e seus derivados no Brasil.
A convite da COOXUPÉ, os diretores Pedro e Justino Osato estiveram
na Matriz acertando detalhes para viabilizar a comercialização dos lotes
a serem entregues pelos cooperados a partir deste mês. "Temos como meta
disponibilizar, à Osato, 80.000 aves por semana", afirma o veterinário
José Maurício Lima Rezende. Segundo ele, a COOXUPÉ dará toda
assistência aos cooperados na nutrição e manejo das aves, que no prazo
de 45 a 50 dias devem atingir o peso ideal para serem comercializadas.
"Nesta integração, quem praticar a atividade com eficiência, vai obter
preços compensadores", conclui o veterinário.
A OSATO ALIMENTOS conta com uma estrutura verticalizada: abrange
desde a seleção de matrizes e o abate e processamento. Busca,
por meio de pesquisas contínuas, aperfeiçoar cada vez mais o seu
trabalho, cujo maior compromisso é com a qualidade e satisfação
de seus consumidores. Ao firmar parceria com a Ajinomoto no Japão,
ampliou sua atuação, já reconhecida como sendo de qualidade no
mercado brasileiro, até o sudeste asiático, Japão e Europa.
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