PÚBLICO DEVE PARTICIPAR DE DECISÕES DOS GOVERNOS, DIZ BIRD

Jane Wardell

Os governos devem incluir o público em decisões que afetam os ecossistemas do mundo e fornecer mais acesso a informações a fim de interromper a degradação ambiental no planeta, afirmaram especialistas internacionais. Desastres ambientais são frequentemente o resultado de decisões tomadas sem informação ou apoio locais, de acordo com um relatório publicado ontem, denominado "Recursos Mundiais 2002-2004: Decisões para a Terra - Equilíbrio, Voz e Poder". O estudo foi um projeto conjunto do Bird (Banco Mundial), do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Ambiente) e da ONG World Resources Institute. Klaus Töpfer, diretor-executivo do Pnuma, disse que a falta da chamada "governança" foi a quarta preocupação ambiental mais citada pelos cientistas contatados pelo estudo, atrás de mudanças climáticas, escassez de água e poluição e desmatamento. "A falta de governança ficou na frente de assuntos como migração populacional e espécies ameaçadas de extinção", Töpfer disse em uma conferência de imprensa em Londres. Um estudo sobre nove países considerou Tailândia e Indonésia lugares onde não há espaço para apreciação pública nas atividades de desenvolvimento, enquanto os EUA e a África do Sul foram citados como os países com mais espaço para o público em decisões ambientais. Os países estudados foram Chile, Hungria, Índia, Indonésia, México, África do Sul, Tailândia, Uganda e EUA.




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