Entre este ano e o próximo, o valor arrecadado com exportações de frutas brasileiras deve crescer 112,45% sobre o período 1998/2002. Com isso, o valor obtido com as vendas externas pode chegar a US$ 512,1 milhões. As previsões foram divulgadas ontem pelo Brazilian Fruit, um programa de promoção da fruticultura coordenado pelo Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas) e pela Apex (Agência de Promoção de Exportações). Mas essas metas de incremento das vendas externas ainda ficam bastante aquém do projeto inicial do programa: alcançar a cifra de US$ 1 bilhão até o final deste ano. "Esse objetivo foi apenas adiado. Mas acho que o Brasil pode exportar US$ 1 bilhão por ano até o final desta década", diz Moacyr Fernandes, diretor do Ibraf. Uma das barreiras para alcançar a meta, porém, são as dificuldades logísticas do setor. Segundo Americo Tavares, consultor de logística do Ibraf, após setembro de 2001 a capacidade disponível para o transporte aéreo de frutas caiu 50% no Brasil. O modal é o principal meio de escoamento de frutas delicadas como o mamão papaia. "Com a crise no setor aéreo, muitas empresas preferem transportar cargas mais rentáveis", diz. Devido a acordos internacionais, o frete de frutas é mais barato.