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Queimadas e seca mudam a paisagem em Ilha
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A seca recorde e as constantes e cada vez maus numerosas queimadas, vem mudando a paisagem em Ilha Solteira. Onde antes dominava o verde, hoje só se vê o amarelo do mato seco ou o preto daquilo que foi consumido pelo fogo.
Além de registrar a maior seca da história, 2018 também é o ano com mais dias, não consecutivos, sem chuva em Ilha Solteira.
A última chuva em Ilha Solteira, com volume superior à dez milímetros, foi registrada no dia 1º de abril, há exatos 162 dias. Até chegou a chover em alguns dias no período, mas em volume pequeno, insuficiente para recuperar a água do solo. Com poucas horas de sol, ela se evapora. Por isso, o órgão só considera como chuva as de volume superior a dez milímetros, que não ocorreu nenhuma vez desde o início de abril.
Já era esperado que a seca este ano seria a maior da história de Ilha Solteira. Isso porque a estiagem começou mais cedo do que a média histórica. E chuvas volumosas só devem ocorrer a partir da segunda quinzena de setembro. Em 2010, por exemplo, ano da até então maior seca da história (141 dias sem chuva), só voltou a chover em 27 de setembro.
Queimadas - O Corpo de Bombeiros continua registrando vários focos de incêndio em Ilha Solteira, principalmente devido ao tempo e mato secos.
A baixa umidade do ar e a falta de chuva é a combinação perfeita para o surgimento de incêndios em área de vegetação e terrenos baldios. E são nesses locais que vem sendo registrados a maioria dos focos.
Além da fumaça trazer prejuízos à saúde de crianças, idosos e de quem possui problemas respiratórios, o fogo ainda pode resultar em tragédia. Na tarde desta segunda, por exemplo, uma família teve que deixar sua casa, na zona rural, devido ao incêndio que tomou conta da região.
Ilha de Notícias, Ilha Solteira, 12 de Setembro de 2018.
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