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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A região compreendida entre os rios Tietê e Paraná, que por sua vez é formado pelo encontro dos rios Grande e Paranaíba é marcada pela presença de algumas usinas hidrelétricas e formam o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá. Com apenas o reservatório de Jupiá sendo de fio d´água, os demais de acumulação sofrem o efeito da crise hídrica que levou ao abaixamento dos níveis dos reservatórios em até 9 metros, impondo grande restrições e prejuízos a toda a região, especialmente a ligada a agropecuária irrigada e a aquicultura. Neste cenário, o Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, Coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira proferiu duas palestras, para públicos distintos, explicando a crise hídrica, suas consequências e o que devemos fazer para tirar da crise o aprendizado necessário a mitigar ou evitar crises hídricas futuras. Em sua primeira palestra, o Professor esteve no último dia 29 de maio de 2015 em Três Lagoas onde discursou sobre “Criando resiliência a partir da crise da água” no Instituto Federal do Mato Grosso do Sul para um público formado por professores e estudantes da área de eletrotécnica e de informática. Sua segunda palestra foi no encerramento da SEAGRO – Semana Acadêmica do Agronegócio promovida pela FATEC e ETEC Jales que aconteceu na Câmara Municipal de Jales, para um público voltado para alunos e professores da área da agropecuária, o título a palestra “Transformando em oportunidades a crise hídrica”. “Criando resiliência a partir da crise da água” no Instituto Federal do Mato Grosso do Sul em Três Lagoas Com um público diferente do agropecuário, Fernando abordou além do tema “Criando resiliência a partir da crise da água” falou sobre a sociedade dinâmica, instável e evolutiva e a necessidade de inovar. A palestra foi bastante dinâmica, com várias perguntar e participação dos presentes. Para fechar, ele fez um apanhado dos meios de comunicação que a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira utiliza com a finalidade de disseminar o conhecimento nas mais diversas linguagens. “Transformando em oportunidades a crise hídrica” em Jales. O Professor iniciou sua palestra apresentando os diferentes canais de comunicação utilizados pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, sob sua Coordenação, mostrando que acreditam e como utilizam as ferramentas disponíveis na Internet para atingirem públicos diferentes e assim levar a mensagem do uso racional da água à um público maior e mais diversificado e a seguir fez uma análise da sociedade atual, definida como em mudança, mas espantosamente dinâmica, instável e evolutiva, afirmando que “correrá sérios riscos quem ficar esperando para ver o que acontece e a adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência”. Exemplificou como os desafios e mudanças ao longo do tempo, como as novas tecnologias em sistemas de irrigação e que a sustentabilidade dos sistemas de produção deve se dar à luz do cumprimento da legislação ambiental, cada vez mais restritiva, mas que deve ser entendida em oportunidade, porém os profissionais devem se preparar e se capacitar cada vez mais. “A cada dia que passa os produtos concorrentes ficam mais similares em termos de tecnologia e preços. Assim, o diferencial estará, portanto, na capacidade da empresa ou profissional em ser diferente e este diferencial estará a cada dia mais na prestação de serviços”, disse à um público formado por essencialmente estudantes e professores ligados a agropecuária. Para mostrar a importância da agropecuária utilizou os números do PIB divulgados em 29 de maio em que mais uma vez o setor cresceu, mostrou sua força econômica, enquanto que os demais setores da economia encolheram, tema que havia abordado na edição semanal doPod Irrigar – o Pod Cast da Agricultura Irrigada – que havia sido divulgado no período da tarde. Apesar dos números favoráveis da agropecuária Fernando mostrou que há ainda muitas oportunidades a serem aproveitadas, fez uma comparação com as dificuldades e adversidades climáticas dos principais concorrentes brasileiros – Estados Unidos e China – e ainda como uma extensão do período frio na Europa favorece nossa agricultura e que a demanda sempre será crescente por proteínas e energia, levando a mensagem de otimismo para o público presente. Em sua análise disse que “se a agropecuária produz toda esta riqueza toda sob as condições de instabilidade das chuvas, imagina se aumentássemos a nossa área irrigada?” questionou. Mostrou que em 2013, ano considerado o melhor da expansão da agricultura irrigada, com a incorporação de novos 284 mil hectares irrigados, a crise hídrica afetou desempenho do setor que cresceu apenaas 221 mil hectares, foi quando mostrou com números as diferenças entre as crises de 2001 e 2014, ambas acontecendo em períodos eleitoral, mas guardando grandes diferenças, tanto na intensidade, como na maneira de enfrentá-las. “A água sempre e historicamente foi utilizada como fator de desenvolvimento sócio-econômico, mas temos desafios grandes pela frente para manter e conservar os recursos hídricos em quantidade e qualidade para atender as demandas dos diferentes setores, o que chamamos de segurança hídrica. Temos um passivo ambiental, ligado ao desmatamento e degradação dos recursos hídricos que precisa ser resolvido, precisamos que a água que vem do céu, pelas chuvas, ao invés de escorrer, seja infiltrada ao solo, recarregue o lençol freático e garanta a vazão das nascentes por todo o período seco. Diminuir as diferenças entre as mazões máximas e mínimas dos nossos córregos e rios é o objetivo de todo o trabalho de conservação do solo. Nossas nascentes estão desprotegidas e é por elas que devemos iniciar nosso trabalho de “produção de água” o ano inteiro”, disse enfaticamente. Ainda mostrou com os dados coletados pela Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, como se comportou as chuvas desde janeiro de 2014, mostrando grande dispersão no tempo e no volume total na região enfatizando a importância de uma rede agrometeorológica densa, que possa mensurar as variações entre os municípios, sendo as variáveis climáticas uma importante ferramente de planejamento ambiental, assim como destacou a inexistência de estações que avaliam sistematicamente a vazão e qualidade da água dos diferentes mananciais da região. Para fechar sua palestra mostrou o exemplo da transformação de desertos e área semi-áridas em terras de altas produtividades, regiões maiores adversidades, convidando os presentes a uma maior capacitação para enfrentar o desafio de produzir água e ampliar a área irrigada que com seus efeitos multiplicadores ampliam as condições sócio-econômicas de regiões e defendeu a democratização e transparência da informação, do conhecimento e de ações entre os diferentes órgãos públicos.
Irrigazine,08 de junho de 2015.
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