FAMÍLIA PRODUZ UNIDA NO CINTURÃO VERDE |
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Trabalhando diversas culturas, como a uva e o tomate, família garante o sustento e mostra que o Cinturão Verde ainda pode ser economicamente viável |
Num lote de dois alqueires e meio, a família
Bettinardi vem produzindo diversas culturas, empregando a mão-de-obra de toda a família e garantindo
o seu sustento, mostrando que o projeto Cinturão Verde, inaugurado em 1984, ainda pode ser uma realidade
em Ilha Solteira. Beneficiada por um açude que passa ao lado do lote, a família produz em escala comercial hortaliças em geral (alface, rúcula, almeirão, cheiro verde, pimentão, couve-flor, berinjela, jiló, etc), pupunha (ainda em fase de produção), uva, tomate, abobrinha, entre outras. Boa parte desta culturas está sob a responsabilidade do agricultor Valentin Cícero Bettinardi. Sua esposa, Elza Marques Bettinardi, cuida das hortaliças. A uva é responsabilidade do único filho do casal, Alex Bettinardi, que ainda frequenta um curso preparatório para o vestibular. Atualmete, a família vem concentrando esforços nas culturas de uva, tomate e nas hortaliças. O tomate está em plena produção. Já a próxima colheita da uva está sendo aguardada até o fim deste ano. A opção por trabalhar com diversas culturas, segundo o agricultor Valentin Cícero Bettinardi, dono do lote, objetiva o sustento de toda a família. "Trabalhando com culturas variadas, garanto renda semanal, quinzenal, mensal e periódica", disse o agricultor. |
Irrigação |
A família Bettinardi ainda faz planos para
trabalhar com novas culturas, como o coco e a pinha. Mas a falta de um projeto de irrigação no Cinturão
Verde é um empecilho. "Gostaríamos de plantar muita coisa, mas a água do açude
não é suficiente. Com a irrigação, poderíamos aumentar a área plantada,
garantir o escoamento da produção e até comercializála para outras cidades", afirma
Bettinardi. O lote até possui um pequeno e precário sistema de irrigação. Através
de uma moto bomba de 5 HP, a família retira água do açude e irriga a uva, o tomate e as hortaliças.
A energia para essa irrigação é paga pelo agricultor. "Estamos contando com esse projeto
de irrigação, pois a falta de água é um dos problemas. Esperamos muito que ele seja
colocando em prática no próximo ano, pois isso melhoraria muito a nossa vida", disse Bettinardi.
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Produção |
Boa parte da produção do lote é
comercializada para os mercados e vendedore ambulantes da cidade. O agricultor ainda comercializa algumas culturas
para o município de Selvíria/MS. Além de trabalhar diuturnamente no lote, a família
também procura participar de Dias de Campo e de cursos de capacitação promovidos pela Unesp
e pela Casa da Agricultura da Prefeitura Municipal de Ilha Solteira. "O aprimoramento de nossas técnisa
é muito importante. É através desses Dias de Campo e de cursos que descobrimos técnicas
que poderão ser ultilizadas no lote, e isso tem sido muito vantajoso. Aplicamos 90% daquilo que aprendemos
no nosso dia-a-dia e isso tem melhorado muito a produção ", garante Bettinardi. Apesar do problema
da falta d´água, o agricultor não exita em afirmar que hoje vive o seu melhor momento dentro
da propriedade |
Jornal da Ilha, 07 de Novembro de 2000, anoV nº 299 |
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