BANESPA PRORROGA
VENCIMENTOS DE CONTRATOS 
DE CRÉDITO RURAL

 
         O movimento das entidades e associações profissionais ligadas à agricultura, iniciado em janeiro e que produziu o documento intitulado Programa de Revitalização da Fruticultura, já conseguiu sua primeira vitória.
          O Banespa, instituição bancária que detém o maior número de operções de crédito rural na praça, especialmente na fruticultura, prorrogará até 31 de dezembro o prazo para o pagamento de dívidas vencidas dos produtores.
           A conquista é fruto de gestões realizadas pelo prefeito José Carlos Guisso e pelo Secretário Municipal da Agricultura, Luís Carlos Floriano da Silva, em nome das entidades signatárias do programa, junto ao Gerente Regional do Banespa em Araçatuba, Antonio José Martins. 
          Segundo o que apurou o JORNAL DE JALES com produtores interessados, são três as condições de acesso à prorrogação: que as lavouras tenham sofrido problemas climáticos (como chuvas de pedra), problemas de comercialização (calotes) ou problemas vegetativos (houve a poda, mas não se conseguiu a safra), tudo devidamente documentado por laudos técnicos na época dos fatos.
         De acordo com o levantamento feito na sexta-feira, dia 9, deverão ser beneficados aproximadamente 70 fruticultores, cujas dívidas aproximam-se de R$ 3 milhões. O Banespa, na safra anterior, financiou mil contratos de crédito rural no valor de R$ 15 milhões o que corresponde a 85% do orçamento do município de Jales.
          O programa de Revitalização da Fruticultura, divulgado oficialmente dia 10 de fevereiro, prevê cinco ações para recuperar o setor, tanto de natureza tecnológica quanto de marketing, além de uma eminentemente econômica: a extensão das prerrogativas de renegociação, prorrogação e composição de dívidas previstas no artigo 3º da Lei Federal nº 10.177, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 12 de janeiro de 2001. 
         Os produtores de Jales pleiteiam estabelecimento de um período de carência de dois anos, amortização da dívida pactuada em um mínimo de 4 anos, tratamento retroativo aos financiamentos vencidos ou a vencer e programa emergencial para empréstimos de custeio para a safra 2001, com amortização em dezembro/2001 (50%) e dezembro/2002 (50%). 
          Enquanto isso, a UNESP de Ilha Solteira transformou o município de Marinópolis em um importante campo de pesquisa de desempenho de videiras.

Jornal de Jales, nº 1.889, 11 de março de 2001, p.01 


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