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No próximo dia 21 de fevereiro acontece o lançamento
do Programa de Viabilidade da Atividade Leiteira na Agricultura Familiar. O evento acontece na Câmara Municaipal
de Jales, que fica na rua 6, 2.241 - Centro. É um trabalho conjunto da Secretaria Estadual de Agricultura
e Abastecimento, através da CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e da EMBRAPA
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de São Carlos, e conta com o apoio do Bird - Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
O objetivo desse trabalho é mostrar ao agricultor familiar que a pecuária leiteira é economicamente
viável. O programa vai disponibilizar tecnologias de produção de leite que proporcionem a
reversão do processo de degradação ambiental, melhoria da qualidade de vida do produtor rural
através do aumento da renda e da redução de custos, implementação de práticas
que melhorem a qualidade e a comercialização do leite.
No lançamento, que vai contar com a participação do Secretário de Agricultura e Abastecimento,
João Carlos de Souza Meirelles, do Coordenador da CATI, José Carlos Rossetti, além de técnicos
e pesquisadores do segmento, serão abordados temas como Produção Leiteira na Agricultura Familiar,
rastreabilidade do teor de aflatoxina no leite, tecnologias disponíveis para a produção leiteira,
sanidade e qualidade do produto, comercialização e atendimento a programas sociais, financiamento
disponível para a atividade, entre outros.
REVISÃO DAS ESTRATÉGIAS
Segundo o engenheiro agrônomo Rossetti, Coordenador da CATI, a maioria das propriedades paulistas utilizam
as pastagens extesivas como fonte principal de alimento para o gado. Cerca de 80% dessas pastagens encontram-se
com algum grau de degradação, interferindo diretamente na produtividade.
Por esse motivo, é que se torna necessária a revisão das estratégias de atuação
na pecuária leiteira, para que se obtenha uma mudança no padrão de desenvolvimento rural,
que proporcione a trasnformação de sistemas agrícolas convencionais em sistemas sustentáveis
de produção.
Nesse contexto, a Microbacia Hidrográfica é a unidade ideal de intervenção e análise
onde se pretende introduzir um novo conceito de desenvolvimento socio-econômico, melhorando o nível
de renda dos produtores e as condições do ambiente, promovendo a organização social
e tendo como produto final a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais que garantirá a sustentabilidade
do processo.
AS RAZÕES DA ESCOLHA
O município de Jales foi escolhido para o
lançamento do Programa de Viabilidade da Atividade Leiteira na Agricultura Familiar, porque a região
já vem desenvolvendo um trabalho nesses moldes, desde maio de 2000. O projeto de agricultura familiar, voltado
para a produção leiteira, implantado na região, conta com oito unidades assistidas.
Segundo o diretor da CATI - Regional de Jales, o médico veterinário Braz Valdir Tomaz, um dos responsáveis
pelo projeto, o mercado de leite é muito variável, pois o lucro depende do preço praticado
na comercialização, da produtividade e do custo da produção.
O programa implantado na região, buscou aumentar a produtividade, baixar o custo de produção,
melhorar a renda e proporcionar qualidade de vida em pequenas propriedades, além de reduzir o êxodo
rural. Ele afirma que, na época, muitos produtores estavam desistindo da atividade e hoje, com as tecnologias
aplicadas, os produtores estão satisfeitos e motivados para o desenvolvimento da atividade leiteira.
Agora, a CATI pretende implantar essa tecnologia dentro do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas
já em andamento em todas as regiões do Estado, como mais uma alternativa para os agricultores familiares
produtores de leite. Essas unidades, serão irradiadoras de tecnologias e centros de reciclagem de conhecimentos
de técnicos e produtores.
O PROGRAMA
O programa foi implantado em janeiro de 2000, após
a assinatura de acordo de empréstimo entre o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria
de Agricultura e Abastecimento, e o Bird.
Tem um orçamento de 124 milhões de dólares, para trabalhar 1.500 microbacias em seis anos,
beneficiando 90 mil produtores rurais. O objetivo desse trabalho é desenvolver ações e implantar
tecnologias que proporcionem o desenvolvimento rural sustentável e melhore a qualidade de vida do produtor
rural.
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