"A ÁGUA É FINITA", |
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"Qualquer projeto deve considerar que um dia a água
vai acabar". Com essa frase, o professor Paulo Augusto Romera e Silva, novo diretor da divisão de hidrologia
do Centro Tecnológico de Hidráulica, da USP, abriu o curso Práticas de Irrigação
da Escola Técnica, que ocorreu durante esta semana. A partir desta constatação, segundo ele, as pessoas devem dimensionar seus processos de irrigação. "A água é finita e temos que tomar isto como ponto de partida para qualquer projeto que nós implantemos em qualquer lugar do mundo, isto é, os projetos de irrigação devem ter como pré-condição a avaliação da disponibilidade de água que existe naquele local, sem isso, certamente será jogar dinheiro fora", argumenta. Romera coordenou um trabalho realizado nos córregos do Jataí e Comprido, de Urânia, divulgado pelo JORNAL DE JALES, em maio do ano passado, apontando o estado crítico das reservas desses locais. "A conclusão daquele levantamento que fizemos foi que a região mais crítica é o Jataí, na região próxima à Jales. Em outros pontos do Comprido e mesmo logo abaixo, aonde Comprido se juntou ao Jataí, existe também a irrigação, mas a situação é bastante tranqüila", acrescentou. "Agora, além de tudo isso que nós estamos conversando, tem uma boa faixa de manobra em relação a forma de como o uso da água é feita, porque também no nossos trabalhos de cadastramento do ano passado nós pudemos concluir que as pessoas estão gastando água muito além daquilo que a planta precisa. E por que? Porque acham que é um luxo ir buscar a assistência técnica, ou a opinião de um técnico, para saber sobre o seu plantio", concluiu. |
Jornal de Jales - n. 1840 - 26 de março de 2000 - p. 1-9 |
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