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Reservatórios da região têm menor nível em 10 anos
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Conforme o ONS, quantidade de água no reservatório de Ilha Solteira chegou aos 4,5% em maio
A porcentagem do volume útil dos reservatórios das usinas hidrelétricas Mário Lopes Leão (Promissão) e de Ilha Solteira atingiu o menor nível para o mês de maio dos últimos dez anos. O boletim diário de operação do ONS (Operador Nacional do Sistema) na segunda-feira (23) apontou que o volume útil do reservatório de Ilha Solteira era de 0%. A tendência foi decrescente nos últimos meses. Conforme o ONS, a quantidade de água no reservatório de Ilha Solteira - terceira maior hidrelétrica do País, no rio Paraná - chegou aos 4,5% em maio.
O nível mais baixo que havia alcançado no mesmo mês, desde 2004, tinha sido em 2013, quando a marca foi de 69,67%. Ainda na hidrelétrica de Ilha Solteira, em janeiro, a quantidade de água era de 45,03%. O nível do último mês de maio é menor até do que no mesmo período em 2001, ano do apagão, quando o volume útil chegou a 35,91%. De acordo com a Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp (Universidade Estadual Paulista), o município de Ilha Solteira completou ontem 32 dias sem chuva maior que 10 milímetros, volume considerado como mínimo para influenciar a agricultura, por exemplo.
Em Araçatuba, que é atravessada pelo reservatório de Três Irmãos, a última precipitação de importância foi registrada em 23 de maio (18,2 mm), conforme a Defesa Civil do Estado. Ainda segundo o órgão estadual, maio terminou em Araçatuba com o volume de chuva 34% abaixo do esperado, marcando 27,4 milímetros, ante média climatológica de 41,8 mm. Com base no que historicamente costuma chover, o cenário atual é bem diferente que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o desvio foi positivo em 209% (129,2 mm).
CESP E AES
A reportagem questionou a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), responsável pelas usinas de Ilha Solteira e Pereira Barreto, e a AES Tietê, que gerencia a hidrelétrica de Promissão, se o baixo nível poderia comprometer a geração de energia e quais medidas estavam sendo adotadas. Por meio de nota, a AES Tietê não respondeu aos questionamentos, limitando-se a dizer que a geração de energia em todas as suas usinas é realizada de acordo com o que é definido pelo ONS. A Cesp não se manifestou. Para priorizar a geração de energia elétrica, a movimentação na hidrovia Tietê-Paraná, no canal de Nova Avanhandava, em Buritama, começou a ser restrita em fevereiro, quando o calado (distância entre a quilha do navio e a linha de flutuação da água) das embarcações foi reduzido para um metro.
Jornal Dia Dia, 26 de Junho de 2014
Portal PCH, 27 de Junho de 2014
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