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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A expectativa de chuvas não se confirmou e veio de maneira escassa por várias partes do país e no noroeste paulista a situação não é diferente. A cada dia o problema de baixa oferta de água de superfície se agrava mais. O último sinal de chuva que ocorreu na região, entre os dias 9 e 10 de julho, não alcançou sequer a marca de 10 mm, mínimo necessário para que seja considerado dia de chuva na agricultur. Desta maneira, a contagem de dias sem chuva está em 43 dias em Paranapuã e em 53 dias para as demais estações da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, operada pela Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. O volume de chuvas até o momento está bem abaixo da média histórica, que tem um total de chuvas para os seis primeiros meses do ano igual a 775 mm. Em 2013 esse número ficou em 700 mm, em 2014 esse volume chegou apenas a 610 mm, 165 mm a menos, uma quantia considerável e que ilustra o momento atual como informa o Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira. A média do total de chuvas entre os meses de janeiro e fevereiro chama a atenção, em janeiro segundo o histórico eram esperados 237 mm, mas a precipitação do mês foi quase a metade em 2014, ficando em 121 mm. Em março de 2014 o volume deu um salto e ficou acima da média histórica que é de 154 mm e do volume de 2013 que ficou em 188, chegando a 230 mm, porém não foi o suficiente para alcançar os 562 mm acumulados nos três primeiros meses, acumulando apenas 502 mm. Depois de janeiro, junho foi o mês que teve o pior desempenho no quesito chuvas, a diferença foi de 75 mm em relação ao histórico, com uma precipitação média entre as estações de 7 mm em 2014, contra 81 mm registrado no histórico. A expectativa continua a mesma, que ocorra a chuva “inesperada” fora de época, como ocorreu em 2012, quando em junho choveu 160 mm, o dobro esperado para o mês. Em 2013 a região noroeste paulista chegou a ficar até 94 dias sem chuvas, porém a estação seca teve início em 26 de junho e atualmente se verifica toda a área cultivada em regime de sequeiro no noroeste paulista em estado crítico de umidade do solo, com pastagens totalmente secas. O verde é encontrado apenas em ambientes irrigados e em algumas áreas de cana. Esta situação crítica de oferta de água que traz prejuízos e consequências para toda a agropecuária, inclusive a irrigada, é discutida pelo Prof. Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez no artigo “Oferta de água deixa irrigantes em situação crítica no noroeste paulista” e também no Canal Terraviva da Rede Bandeirantes de Comunicação do programa Terraviva Sustentável com Tobias Ferraz, quando ao longo de cinquenta minutos conversaram sobre irrigação, agricultura irrigada, recursos hídricos e conservação do solo e uso racional da água. O programa foi dividido em quatro blocos: o primeiro com os prejuízos causados pela água aos produtores, no segundo bloco foi comentada a situação de baixa oferta de água nos mananciais, no terceiro bloco sustentabilidade e uso racional da água e por fim, no quarto bloco, alguns indicadores de sustentabilidade na propriedade rural. Para acompanhar o tempo na região e obter mais informações sobre o clima acesse o Canal CLIMA da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP em: http://clima.feis.unesp.br/index.php SERVIÇO: Fonte: UNESP/ES
Jovem Sul News, 15 de Julho de 2014
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