ESTUDOS DA ACEROLA VISAM MELHORAS NA PRODUÇÃO


Com o objetivo de comparar o desempenho dos sistemas de irrigação da acerola, profissionais da área de agronomia da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Ilha Solteira realizam estudos da fruta, em uma propriedade de junqueirópolis. O trabalho vem sendo efetuado há dois anos pela universidade e ocorre em parceria com a Associação Agrícola do município vizinho.
Segundo o Engenheiro Agrônomo Maurício Konrad, de Adamantina, o estudo possibilitou a comparação do desempenho de quatro sistemas de irrigação entre eles: gotejamento superficial, gotejamento subsuperfície, microaspersão e magueira perfurada a laser.
Konrad explicou que os sistemas de gotejamento e mangueira são os que apresentam melhor desempenho. "Com aqueles dois modos de irrigação é possível aumentar a produção da acerola. Ela sendo mais constante, os produtores terão melhoras na comercialização", afirmou Konrad.
Além da irrigação, os profissionais também verificaram ocorrências de doenças como antraquinose e mancha de corynesporá em alguns pés de acerola. "Para iniciarmos o controle fitossanitário das doenças, iniciaremos um sistema de poda", concluiu Konrad.
O estudo também inclui consumo e armazenamento de água no solo, produção da cultura, peso médio de frutos, rendimento de suco e porcentagem de sólidos solúveis.
Safra chega a 1.550 toneladas
O cultivo de acerola, em junqueirópolis, elevou o município à posição de maior produtor brasileiro da fruta. Atualmente, com cerca de 55 mil plantas, a cultura tornou-se importante na diversificação agrícola da Nova Alta Paulista. Em maio deste ano, Junqueirópolis teve uma safra de 1.550 toneladas de acerola e, de acordo com o coordenador da Casa da Agricultura, Osvaldo Dias, o plantio teve início em outubro do ano passado. "Toda produção já foi vendida para empresas de suco da Grande São Paulo e também para a Fruteza", explicou Dias.
Neste período de inverno, ele contou que o ciclo de produção fica parado, pois a acerola é uma fruta que produz essencialmente nos meses mais quentes do ano.
Dias relatou que a expectativa é aumentar a produção. "Daqui a dois anos, pretendemos colher 2.500 toneladas de acerola". Ele concluiu dizendo que, ultimamente, a infraestrutura da associação também aumentou e, com isso, será possível o aumento da produção.

Engenheiro Agrônomo Maurício Konrad
Aceroleira com frutos
Jornal Regional, Dracena, Ano XVI, número 3.013, 13 de julho de 2002. P. 04



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