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METEOROLOGIA AJUDA IRRIGAÇÃO AGRÍCOLA
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Projeto de instalação de sete estações em SP e PE fornecerá mapas de condições climáticas

Um projeto elaborado na Faculdade de Engenharia (Feis), câmpus de Ilha Solteira, em parceria com a Embrapa Semi-Árido (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), deverá instalar sete estações meteorológicas no agreste de Pernambuco e outras sete no noroeste paulista. As estações ajudarão a desenvolver a agricultura irrigada, oferecendo mapas completos e em tempo real das condições climáticas da região onde vão funcionar.

A Fapesp (Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Facepe (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pernambuco) estão dando apoio financeiro à iniciativa, que terá um custo de R$ 333 mil na parte executada em São Paulo e de R$ 334 mil no lado pernambucano.

Para a montagem das estações serão importados equipamentos desconhecidos por muitos estudiosos brasileiros, o que levará os especialistas a aprender a usá-los. A execução do projeto em duas localidades com ecossistemas diferentes também intensificará o aprendizado dos pesquisadores. “Eles poderão realizar intercâmbios e atuar em uma geografia totalmente diversa daquela a que estão acostumados”, diz Fernando Braz Tangerino Hernandez, professor da Feis, autor e coordenador do estudo da Unesp. A coordenação dos trabalhos em Pernambuco será do pesquisador Antônio Heriberto de Castro Teixeira, da Embrapa Semi-Árido.

Outro ponto de investigação será o “efeito oásis” que uma região irrigada pode provocar num microclima. Esse fenômeno se caracteriza pela diminuição da temperatura e o aumento da umidade e evapotranspiração – a perda de água de um ecossistema para a atmosfera –, provocados pela irrigação e crescimento da cobertura vegetal.

Jornal Unesp , São Paulo, n° 253, março de 2010, p.07