ÁCARO DA SERINGUEIRA É TEMA DE PALESTRA 


No último dia 04 de julho, a convite do Presidente da Comissão Técnica de Seringueira da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Dr. Paulo de Souza Goncalves do Centro de Café e Plantas Tropicais-Programa Seringueira, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Dra. Marineide
Rosa Vieira
do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da UNESP/Ilha Solteira esteve proferindo palestra na Estacão Experimental do IAC em Votuporanga.

O assunto do encontro foi a divulgacão dos resultados de pesquisa publicados recentemente na revista Cultura Agronômica, sobre o ácaro da seringueira (Calacarus heveae), responsável por intenso desfolhamento das plantas atacadas.

O trabalho publicado apresenta informacões sobre a época de ocorrência da praga, os sintomas provocados, o seu potencial de desfolhamento das plantas, define alguns acaricidas que podem ser usados no seu controle, bem como o momento em que devem ser usados.

Estiveram presentes à palestra estiveram os membros da Comissão Técnica de Seringueira, técnicos ligados ao Instituto Agronômico de Campinas e à iniciativa privada, além de produtores rurais.

A palestra feita pela
Dra. Marineide Vieira foi oportuna porque os produtores de seringueira retomaram as esperanças no setor em função do aumento substancial nos preços pagos pelo látex pelas empresas beneficiadoras. Neste sentido, possíveis problemas no processo produtivo pode representar perdas ao segmento, como é o caso da ocorrência deste ácaro que ataca as plantas de seringueira. Nos últimos anos os preços pagos pelo látex aos produtores fizeram com que muitos deixassem de sangrar suas seringueiras, levando desemprego e pessimismo ao campo.

SAIBA MAIS SOBRE O ÁCARO QUE ATACA A SERINGUEIRA

Este ácaro, o "Calacarus heveae" é uma espécie pertence a um grupo de ácaros muito pequenos (0,1 a 0,3 mm de comprimento), com o corpo vermiforme semelhante a uma pequena vírgula e apenas dois pares de pernas. Apresenta coloracão marron-acinzentada e desde 1989 tem sido encontrado em altas populacões na face superior das folhas de seringueira.
Até o momento só foi encontrada no Brasil e a primeira publicacão sobre a sua ocorrência é de 1992, feita a partir de ácaros coletados no município de José Bonifácio-SP. Como consequência de seu ataque as folhas perdem o brilho e apresentam um amarelecimento progressivo de sua superfície intercalado com áreas verdes normais formando desenhos característicos. Esses sintomas desenvolvem-se a partir da região inferior da copa, ascendendo progressivamente. As folhas atingidas acabam caindo, resultando em diferentes níveis de desfolha das plantas.

SAIBA QUEM É A DRA. MARINEIDE ROSA VIEIRA

A Dra. Marineide Rosa Vieira é Engenheira Agrônoma pela Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP-Botucatu (1978), Mestre (1983) e Doutora (1995) em Entomologia pela ESALQ-USP. É especialista em Acarologia Agrícola e leciona as disciplinas de Acarologia, Nematologia e Métodos de controle de pragas no curso de Agronomia da UNESP - Ilha Solteira.

Maiores informações sobre ácros e seu controle: (0xx18) 3743-1143 ou
marineid@bio.feis.unesp.br

Dra. Marineide Rosa Vieira 

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