MANDIOCA:
PRODUTORES DE MARTINÓPOLIS COMEMORAM RESULTADOS |
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Giselle
Tomé |
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Recuperar
pastos (a curto prazo) e conseguir uma boa produtividade no primeiro
ano. Foi este o objetivo que os irmãos Walter Roque Gonçalves
Vagner Carlos Gonçalves de Martinópolis apostaram na mandioca.
Há três anos os matinopolenses escolheram a raiz como fonte
de renda para a familia e hoje são um dos maiores produtores
da cultura no oeste paulista com 60 alqueires com o produto. "Como
muitos procuramos uma forma rentável e segura de continuar progredindo,
a mandioca fez grande diferença para nós mesmo com outras
opções como milho, soja, melancia, tomate e outras...ela
se tornou atrativa pois pode ser lucrativa tanto quanto estas culturas
(no momento, até mais qua a maioria)", comenta Walter. |
Demanda
para a cultura é maior que a oferta de terras |
A
idéia de arrendar terras para investir na agricultura está
sendo a opção de muitos agricultores do oeste paulista.
Tanto é que o múmero de produtores interessados em plantar
mandioca é maior do que a oferta de terras (Isto segundo dados
da Bolsa de Parcerias e Arrendamento de Terras do Oeste Paulista). Segundo
a coordenadora do programa, Anna Cláudia Berno, estes resultados
são positivos e só mostram uma coisa: a região
tem vocação para a agricultura. Para ela, a diversificação
das lavouras é essencial para o progresso regional e a mandioca
é uma opção para pequenos agricultores. "Falamos
sempre da soja porque promove a renovação das pastagens",
explica. Berno diz que a Bolsa deverá estabelecer contato com o prefeito de Tarabai, Waldemar Calvo, para ajudar a estimular a produção de mandioca brava. "A agricultura está forte, estamos mantendo contato com algumas empresas interessadas em investir na região, e neste clima tão positivo não podemos deixar que a fecularia de Tarabai, que está sob uma nova direção apostando na cidade e no oeste paulista, fique sem matéria-prima", enfatiza Berno. Em visita recente a Presidente Prudente Ovídio Carlos de Brito, presidente do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de São Paulo (FUNDEPEC), ficou surpreso em ver o interesse da região pelo arrendamento e parcerias de terras. "A Bolsa é uma ferramenta importante de transformação do oete paulista, provocando geração de recursos e atraindo grandes investidores", ressaltou Brito que, na oportunidade, jantou com empresários prudentinos e proprietário da esmagadora Granol de Osvaldo Cruz, que demostra interesse de se instalar na região. Brito explica que a última grande área de exportação de agricultura no mundo é o Brasil, "Se tivermos competência para usarmos todo nosso potencial temos tudo para crescer, pois é aqui que tem que acontecer a expansão de alimentos pra o planeta". |
O
Imparcial, Presidente Prudente, 23 de Agosto de 2003, Caderno B, p.
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