A
região Noroeste do Estado de São Paulo encontra-se em
situação de extremo privilégio no contexto estadual.
Detentora de clima e solo favoráveis à uma agricultura
moderna, tanto para o cultivo de hortaliças e frutas ou cereais,
água em abundância para irrigar suas terras e conta todos
meios de transporte possíveis (rodovia, hidrovia e pistas de
pouso) para escoar sua produção, noentanto o modelo agrícola
dessa região parece ultrapassado.
Predominância da pecuária extensiva, geração
de poucos empregos, tanto no campo como na cidade e principalmente baixa
distribuição de renda isso sem falar no alto custo de
terras para esse tipo de atividade.
É preciso inverter com urgência essa situação
e o uso da irrigação pode promover uma verdadeira revolução
no meio agrícola. No Brasil em média, um hectare irrigado
gera quatro empregos e a distribuição de renda é
consequência do processo.
Enquanto os produtos de sequeiro assitem as chuvas de verão provocarem
queda vertiginosa de preços pagos pela saca do feijão
no campo e seus grãos germinarem na vagem, os produtos irrigados
podem assistir o filme em que lavouras de milho lhes assegurem R$ 483,00
por hectare. Será que em 150 dias existe alguma instituição
financeira disposta a pagar essa rentabilidade?
Com a irrigação escolhemos quando e os que plantar, mas
representa também mais trabalho mais emprego e mais renda do
campo para a cidade, isso sem discutir os efeitos da agroindústria
ou do "agrobusiness"
como um todo.
Já passou da hora dos agricultores e pecuaristas serem chamados
a assumirem a posição de empresários rurais. Mas
a situação já começou a mudar e com alegria
assistimos em 1994 ao fechamento de negócios que incorporam à
região cerca de 900 hectares irrigados. Parabéns senhores
empresários rurais, se conduzirem com profissionalismo suas lavouras,
seguramente servirão de exemplos à seus pares. |