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Catanduva Registra Índice Ínfimo de Chuva no Primeiro Semestre
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NESTA quinta-feira, uma frente fria chega na região de Catanduva e provoca mudança no tempo
A partir de hoje a tão esperada chuva pode chegar à cidade e trazer para a população o alívio tão esperado quanto à umidade relativa do ar - que deve ser em torno de 95% a máxima e 75% a mínima. De acordo com informações do metereologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), nesta quinta-feira uma frente fria chega na região de Catanduva e provoca mudança no tempo, com possibilidade de chuva, vento forte e queda nas temperaturas. “Entre sexta-feira e nos próximos dias a tendência é de muita umidade, aberturas de sol e pancadas de chuva sobre Catanduva”, afirma o metereologista.
O período que provocou tardes secas com pouca chuva no inverno, segundo Schneider é normal. “O que fugiu da normalidade foi o período com temperaturas acima do normal e chuvas muito abaixo da média do primeiro semestre, especialmente a falta de chuvas e o calor intenso no verão (época de chuvas)”, frisa.Ainda de acordo com o especialista não houve frentes frias intensas, a corrente de ar quente e úmido ficou canalizada sobre a metade mais oeste do Brasil (entre o oeste das regiões Sul, Centro-oeste e oeste da Amazônia (houve enchentes no Acre e em parte do oeste-noroeste região Sul). “Temperaturas ficam baixas nos próximos dias”, afirma.
Já a CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, por causa da falta de chuva na região, determinou que ficaria suspensa a queima da palha da cana de açúcar em alguns municípios da microrregião de Catanduva. A CETESB informa também que, em cumprimento ao disposto no Artigo 1º da Resolução SMA 40, de 7 de maio de 2014, no período de 1º de junho a 30 de novembro não é permitida a queima da palha da cana-de-açúcar das 6h às 20 horas.
Vale a pena lembrar que em Pereira Barreto, às margens do Rio Tietê já conta com 62 dias sem chuvas. Em Ilha Solteira às margens do Rio Paraná e em Populina às margens do Rio Grande a situação não é diferente e há 60 dias não se conta um dia de chuva maior que 10 milímetros. O nível destes rios no noroeste do Estado de São Paulo que formam o complexo hidroelétrico de Urubupungá continua a diminuir impondo um grave problema de captação de água aos irrigantes.
O volume de chuvas até o momento está bem abaixo da média histórica, que tem um total de chuvas para os seis primeiros meses do ano igual a 775 mm, em 2013 esse total ficou em 700 mm, sendo que em 2014 esse volume chegou apenas a 610 mm, 165 mm a menos, uma quantia considerável e que ilustra o momento atual como informa o Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira.
Os 775 mm da média histórica representam 63% do total de chuvas no ano, que corresponde a 1228 mm, em 2013 essa porcentagem entre janeiro e junho ficou em 57%, porém em 2014 o volume de chuvas no mesmo período atingiu apenas 51% deste total, indicando que houve 12% a menos de chuva até o momento.
Sem chuva, a umidade relativa chega ao nível de alerta e a temperatura tem sido baixa nas noites no noroeste paulista. Segundo dados da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, nesse final de semana a temperatura registrada foi a menor desde o começo do ano.
Nessa época uma das preocupações é com a Umidade Relativa do ar, e as estações agrometeorológica do noroeste paulista registraram valores muito inferior ao recomendado para a saúde, chegando próximo à valores encontrados em deserto. As altas temperaturas e a estiagem de cerca de 60 dias favorecem a queda da umidade a 13,8%, registrada nesse fim de semana na estação presente na Fazenda Bonança.
O Regional.com, 24 de Julho de 2014
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