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Inovações tecnológicas e a utilização da fertirigação A cultura do milho no país vem passando por mudanças tecnológicas visando o aumento da produção e da produtividade. As principais mudanças ocorrem para uma produção sustentável, e ao que diz respeito às melhorias do solo, isso inclui o manejo e a adubação. Pensando no aumento da produtividade encontramos a técnica de fertirrigação, que consiste na aplicação de nutrientes via água de irrigação. Podendo ser utilizada nos diferentes sistemas, como pivôs central e lateral, gotejamento e micro-aspersor, a fertirrigação proporciona uma redução dos custos operacionais ao produtor. Segundo Adrian Loprestti, gerente de vendas da John Deere na Argentina, esta é uma das maneiras mais eficazes da planta receber nutrientes. Ele reforça que a técnica tem sido utilizada no mundo inteiro. "Esta técnica é utilizada tanto na Argentina, EUA, México, quanto na Austrália e na Europa. Acredito que a prática vai continuar a crescer e gerar lucros no mundo, consequentemente mais alimentos", diz. Quando as plantas recebem os nutrientes via água de irrigação, a recepção de nutrientes é imediata. Desse modo a fertirrigação otimiza todo o processo, já que não há a necessidade da solubilização do grânulo do fertilizante, pois este se encontra diluído na água irrigada. Cintia Neves, Consultora de Mercado, Desenvolvimento e Inovação da Yara, reforça que na fertirrigação as aplicações são precisas e uniformes, pois independente do sistema de irrigação utilizado, seja ele pivô, micro-aspersor ou gotejo, a lâmina de água ou bulbo úmido formado conterá o nutriente do fertilizante, fazendo com essa distribuição seja uniforme. Utilizada no mundo todo para alcançar altas produtividades das culturas, no Brasil a fertirrigação começou a ser difundida na década de 80 com estudos da Embrapa Semiárido. Segundo Cintia Neves, no país a fertirrigação teve inicio com a aplicação de resíduos orgânicos e posteriormente evoluiu para aplicação de fertilizantes minerais. Para introdução da técnica, basta investir em um bom sistema de irrigação e em equipamentos ou locais para dissolução dos fertilizantes que serão injetados na colheita. Atualmente, a técnica já está bastante difundida e é utilizada em diversas regiões, sobretudo no nordeste brasileiro. Ainda assim, estudos apontam uma tendência ao aumento da prática. Pesquisadores e estudiosos vem investindo para melhorias no setor de fertirrigação. A Unesp – Universidade Estadual Paulista, por exemplo, na unidade em Ilha Solteira possui a "Área de Hidráulica e Irrigação", onde encontramos o Grupo de Discussão em Agricultura Irrigada, o "IRRIGA-L", dirigido pelo Professor Fernando Tangerino. O grupo possibilita a oportunidade de discussão, debates e pesquisas à todos os profissionais e estudantes interessados no setor de hidráulica e irrigação. Os resultados obtidos nos estudos do grupo evidenciam a vantagem econômica de se utilizar a fertirrigação como prática de manejo. Se tratando de fertirrigação o professor Fernando Tangerino chama atenção, também, para a cultura específica empregada. Os cuidados variam de acordo com as necessidades nutricionais de cultura para cultura. "A quantidade de fertilizantes aplicados deve ser devidamente calculado, levando em consideração o tempo de deslocamento do equipamento e a necessidade de nutrientes de cada cultura", afirma. No caso da cultura do milho, deve-se ficar atento a qualidade e quantidade de fertilizantes que será injetada, para que não ocorram "queimas" nas folhas, pois o cereal é muito sensível a estresse salino. Fernando destaca ainda, a vantagem de se trabalhar com a fertirrigação em longo prazo, o que gera uma menor compactação do solo e melhoramento das condições de plantio, cultivo e desenvolvimento das raízes. Sem contar na economia de mão de obra. Os estudos feitos na Unesp de Ilha Solteira, nomeado de 'Estudo de caso - Análise econômica da fertirrigação e adubação tratorizada em pivôs centrais considerando a cultura do milho' revelou um aumento da receita líquida variando entre 5,7% e 10,8% em função da área irrigada pelo pivô central. "Quanto maior a área, maior a lucratividade e menor o tempo para se pagar o investimento no equipamento que faz a injeção de fertilizantes e outros químicos, que tem preço fixo, independe da área irrigada", explica. Para escolher o melhor sistema de fertirrigação, assim como de irrigação os produtores devem procurar um engenheiro agrônomo ou agrícola, pois o profissional saberá reunir as informações técnicas necessárias para a melhor decisão a ser tomada. Mas de um modo geral não existe uma regra básica, apenas que o sistema deve ser feito pensando nas condições do solo, topografia, do clima, da cultura a ser irrigada e ainda da disponibilidade financeira do produtor. Cintia Lopes destaca que para se trabalhar com fertirrigação é necessário um bom conhecimento não apenas em irrigação, mas principalmente em fertilidade do solo, fisiologia vegetal e fontes dos fertilizantes, garantindo assim o correto fornecimento dos nutrientes de acordo com solo e clima da região. É necessário manejar adequadamente de acordo com a realidade local esse fornecimento de nutrientes. A cultura do milho no Brasil apresenta em média uma produtividade em torno de 4,2 toneladas por hectare sendo que em regiões com uso mais intenso de insumos e de irrigação, a produtividade média aumenta, podendo chegar a 8 toneladas por hectare. Além de se empregar a fertirrigação visando o aumento da produtividade, da lucratividade e rentabilidade na cultura do milho, também vale a atenção ás análises de solo, fazer se possível parcelamento da adubação nitrogenada, além do controle de doenças e pragas.
Adma Cozac, REVISTA PRODUZ, Ano VII, Número 77, 15 de outubro de 2012, p.70-73.. |
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