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O professor doutor Luiz
Antônio Graciolli, do Departamento de Biologia da UNESP de Ilha Solteira,
vem pesquisando o Shiitake - espécie de cogumelo comestível
- e expondo as técnicas de cultivo aos agricultores na região,
inculindo o Mato Grosso do Sul, além de auxiliar, através
do SEBRAEtec, àqueles que já produzem o cogumelo. Segundo
o professor, embora sejam poucos os que conhecem as técnicas de
produção, o número de interessados está aumentando
devido à influência de colônias orientais e ao aumento
da demanda do consumo. A produção de "sementes" do shiitake
se dá através de um tecido do próprio cogumelo, num
substrato de serragem (o professor Graciolli produz "sementes" registradas
na Secretaria da Agricultura e adaptadas à região). O cultivo
é realizado em toras de eucalipto. Toras de mangueiras e abacateiro
também podem ser utilizadas. A partir daí, são feitos
vários orifícios nessas toras. Cada um desses orifícios
é preenchido com a "semente". Depois, essas toras são colocadas
na sombra, onde são irrigadas pelo menos uma vez por dia. Assim,
as toras permanecem empilhadas durante 6 meses.
A partir disso, são imersos num tanque de água fria (10º C abaixo da temperatura ambiente) por 12 horas no mínimo. Daí, é só bater uma das extremidades do toro no chão para que os cogumelos cresçam. Depois de uma semana, num local com temperatura e umidade adequada, já podem ser colhidos. Ilha Solteira - A produção o shiitake vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente porque exige um investimento relativamente baixo e dá um bom retorno financeiro, que pode vir em menos de um ano e meio. Além disso, o cultivo pode ser feito em pequena área e tem um ciclo de vida curto, o que garante constante safras. Em Ilha Solteira, por exemplo, o shiitake vem sendo produzido pelo engenheiro civil aposentado Makoto Yendo, que vem cultivando a cultura há cerca de um ano e meio. A cada semana, através de um manuseio adequado das toras, Makoto vem colhendo cerca se 25 kg de shiitake, que são vendidos para toda a região. Segundo uma análise econômica feita por professores da Unesp de Ilha Solteira, o lucro por cada kg de shiitake pode chegar a 50%. Mais informações sobre o cultivo do shiitake podem ser obtidas através do telefone (0xx10) 762-2179, ou ainda pelo gracioli@bio.feis.unesp.br. Jornal
da Iha, Ilha Solteira, Ano IV, nº. 231 p. A8
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