A
parceria estabelecida entre o a UNESP,
o LEO Clube de
Ilha Solteira, o NEP - Objetivo e a SERVITEC viabilizou o Projeto
“Escola e Meio Ambiente: a Parceria que dá Certo”
que tem por objetivo levar aos estudante do ensino fundamental o conhecimento
sobre os elementos do meio ambiente e a conscientização
sobre como conservá-lo.
Na parceria, o LEO
Clube cuida da logística, a UNESP
Ilha Solteira através da Área
de Hidráulica e Irrigação entra com o conhecimento
técnico, o NEP - Objetivo com as crianças entre 10 e 12
anos da quinta série e a Servitec proporciona o transporte e
assim, todos participam da visita a uma microbacia hidrográfica,
conhecendo todos os problemas envolvidos desde a nascente até
foz do manancial recebendo informações que vão
desde legislação, qualidade e oferta de água, erosão,
assoreamento e plantas presentes.
A primeira edição do Projeto aconteceu neste sábado,
dia 22 de novembro de 2008, iniciando as 8 horas em sala de aula, onde
o Professor Fernando Tangerino e o Bolsista Gustavo Barboza fizeram
a apresentação de como seriam as atividades da manhã
e da importância da bacia hidrográfica, da mata ciliar
e demais elementos a serem presenciados, tais como assoreamento, qualidade
da água, vazão, turbidez, APP, entre outros. Ainda em
sala de aula os alunos receberam o folder “Córrego do Ipê:
Conhecer para Conservar” com mapas e definições
e a seguir seguiram para a nascente do Córrego do Ipê,
observando no caminho as duas represas sem proteção ambiental
nenhuma instaladas na área do Assentamento Estrela da Ilha.
Ainda em sala de aula, os alunos viram uma sequência de fotos
que mostravam em setembro de 2006 a total ausência de árvores
na APP, ou Área de Preservação Permanente da nascente
do Córrego do Ipê e depois a mesma área sendo revegetada
e com as árvores crescendo ao longo do tempo. Em campo, puderam
observar o tamanho tamanha atual das diferentes espécies, aprendendo
ainda que a legislação exige que sejam plantadas ao menos
80 espécies diferentes, para que todo o meio ambiente seja beneficiado.
APRENDENDO NA PRÁTICA
A visita à microbacia do Córrego do Ipê começou
pela APP que há dois anos recebeu o plantio de diferentes espécies
e hoje se encontram em diversos estágios de desenvolvimento.
Sempre acompanhados da Professora de Geografia do NEP - Objetivo Daniela
Carla Garcia, os alunos verificaram as diferenças entre as espécies,
receberam informações sobre a legislação
ambiental,de proteção de nascentes e mananciais e ainda
se divertiram com a visualização de ninhos e pássaros.
Na sequência estiveram na represa formada a partir da nascente
e receberam as informações sobre a conservação
do solo e os reflexos na qualidade e disponibilidade de água
e fizeram a primeira amostragem da água que seriam comparadas
visualmente com as demais amostragens ao longo do Córrego do
Ipê.
A represa do Grêmio XV de Outubro foi a próxima parada
onde tiveram conceitos sobre assoreamento e plantas aquáticas
com predominância da taboa e dos aguapés e fizeram o lanche
preparado pela equipe do LEO Clube sob a Presidência de Janaína
Zanquetta.
A próxima parada foi em uma área totalmente assoreada
do córrego onde se observou a presença em alta concentração
de ferro e taboa. Depois da nova coleta de água voltaram ao NEP
onde para marcar a atividade plantaram um ipê regado com a água
que trouxeram do Córrego do Ipê.
Nesta oportunidade a Professora Daniela ressaltou a importância
de se ver na prática os ensinamentos dados em sala de aula, enquanto
que o Professor Fernando
Tangerino da UNESP Ilha
Solteira elogiou a participação e qualidade do conhecimento
apresentado pelas crianças e agradeceu a Servitec por participar
do projeto proporcionando o ônibus que permitiu o deslocamento
das crianças. Gustavo
Barboza, que atuou também como instrutor ressaltou a importância
da formação da consciência ecológica desde
cedo e ainda Renata Lodi Maranhão, Coordenadora Pedagógica
do NEP, fez questão de destacar que “o NEP sempre estimulou
todas as formas de aprendizado, sendo a marca característica
da escola, inovação e participação”.
Janaína Zanquetta encerrou a atividade explicando o que é
o LEO Clube, a característica voluntária dos associados
e que “o objetivo de se reunirem é terem a oportunidade
de adquirem experiência desenvolvendo atividades para a comunidade
que contribuirão para a formação de líderes.
O LEO Clube se reúne todos os sábados as 19 horas na sede
do LIONS e é formado por jovens entre 12 e 28 anos”.
O PROJETO
O projeto “Escola e Meio Ambiente: a parceria que dá certo”
tem como atividades principais:
• Reconhecimento de uma bacia hidrográfica e os elementos
que a constitui;
• Conscientização para a preservação
e implantação das matas (especialmente as ciliares), da
sua biodiversidade (aves, mamíferos, répteis e artrópodes)
e das nascentes (mina d´água);
• Uso responsável da água doce, tanto para consumo
humano como para a agricultura;
• Conservação do solo e da água.
CÓRREGO
DO IPÊ: CONHECER PARA CONSERVAR
O projeto “Escola e Meio Ambiente: a parceria que dá certo”
escolheu a microbacia do Córrego do Ipê para início
das atividades devido ser de interesse estratégico para o município
de Ilha Solteira definida no Plano Diretor aprovado em 2.008, por conviver
com uma multiplicidade de interesses listados a partir da nascente do
leito principal:
• Nascente desmatada, com cana a montante e com presença
de coliformes fecais na água, provavelmente pela presença
de fossas e animais;
• Área urbana sem estruturas de contenção
de água das chuvas e desprovida de rede de esgotos;
• Represa utilizada para lazer localizada em clube recreativo;
• Leito totalmente assoreado totalmente tomado de macrófita
da espécie Tipha sp. (tabôa);
• Ausência de vegetação ciliar;
• Presença de duas represas que seriam as principais fontes
de água para a irrigação dos assentados do INCRA
estabelecidos na margem direita da Rodovia, observando também
a total ausência de matas ciliares desde a nascentes dos córregos
que abrigam as represas;
• Área de expansão da cidade;
• Local para a implantação do “Cinturão
de Amortecimento da Biodiversidade”, buffer verde, com recomposição
ciliar que seria estabelecido no entorno da cidade.
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