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ÁGUA: SABENDO USAR NÃO VAI FALTAR
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Rosa Marina Zarate V. Racanicchi
Fernando Braz Tangerino Hernandez

Água, matéria-prima essencial à vida. É impossível imaginar qualquer tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar, para a higiene do lar e das cidades, para uso industrial, irrigação das plantações, geração de energia, navegação, transporte de detritos, etc...

Temos a falsa idéia de que os recursos hídricos são infinitos. Realmen¬te, há muita água no planeta, porém, da água disponível, apenas 0,8% pode ser utilizada mais facilmente para abas¬tecimento público. Desta pequena fra¬ção de 0,8% apenas 3% se apresen¬tam na forma de água superficial. Ou seja, de extração mais fácil. Esses valores ressaltam a grande importância de se preservar os recursos hídricos da Terra, e de se evitar a contaminação da pequena fração mais facilmente disponível. O racionamento de energia imposto pelo Governo nos dá uma boa dimensão da sua essencialidade.

O lançamento de matéria orgânica em corpos d'água é uma das princi¬pais causas da poluição dos recursos hídricos, o que provoca muitos pro¬blemas, os quais estão se agravando, com o uso incorreto que o homem faz dos mesmos e das atividades que de¬senvolve em suas margens e na bacia hidrográfica como um todo.

As conseqüências negativas da positivas da água podem ser de caráter sanitário, ecológico, social ou econômico, podendo-se citar os prejuízos ao abastecimento humano. Tornando-se veículo de transmissão de doenças, os prejuízos a outros usos da água, como industrial, irrigação, pesca, recreação, entre outros, e a elevação do custo do tratamento da água. Refletindo-se no preço a ser pago pela população e afetando diretamente a saúde e a qualidade de vida a população.

Em 1992, foi criado pela ONU, o Dia Internacional da Água que vem sendo comemorado anualmente no dia 22 de março, com atividades que comprovam a consciência pública sobre o seu significado. Dados da ONU mostram Que 20% da população mundial não tem água potável, e em 2025 dois terços da população terão problemas de abastecimento. Aproximadamente 8% da água doce do planeta localiza-se no território brasileiro, o que deveria deixar o Brasil em uma situação tranqüila se comparada com o resto do mundo.

O Brasil conta com uma média anual de 36.000 m3/hab., mas, 80% dessa água está na Amazônia, onde vivem apenas 5% da população. Estados do Sul e do Sudeste, como São Paulo enfrentam problemas constantes de abastecimento sem falar no Nordeste, caso tipicamente conhecido.

Os recursos naturais sempre foram encarados como bens gratuitos e ilimitados. Parece difícil apontar medidas que contribuam para a manutenção de quantidades de água disponíveis, pois não parece muito evidente, que o ser humano possa, realmente, perturbar a natureza a ponto de eliminar ou reduzir parcelas importantes dos volumes de água disponíveis.

Na verdade, nós não fazemos desaparecer a água na natureza, como fizemos com as florestas ou com reservas minerais. A água é um recurso renovável, e não pode simplesmente ser eliminada. Ao contrário do Que acontece com os organismos, um rio morto pode ressuscitar. Se não receber novas cargas de poluição orgânica, ele será progressivamente depurado, graças à ação ininterrupta dos próprios decompositores, em um processo de autodepuração.

Porém, se ela não pode ser eliminada, ela pode mudar de lugar; em regiões da Terra onde antes chovia regularmente hoje são desertos que passam, às vezes, muitos meses (até anos), sem receber qualquer precipitação. Isso acontece porque outra região da Terra passou a receber mais chuvas ou porque a periodicidade pluvial no mesmo local sofreu alterações profundas: ao invés de chover regularmente, durante boa parte do ano, passa a chover torrencialmente, porém com menos freqüência. Isto pode ocorrer por fenômenos naturais ou por efeito das ações predatórias do homem.

Não devemos considerar o uso efi¬ciente dos recursos naturais somente no momento de cada decisão, mas também deve ser levado em consideração como estes recursos serão afetados futuramente para conseguir o desenvolvimento sustentável de sua utilização. O desenvolvimento sustentável é definido como o nível de utilização no qual maximizamos os benefícios de um recurso sem comprometer seu potencial de benefícios futuros.

Para que no futuro nossas necessidades sejam atendidas, é devemos ter uma mudança radical nas relações do homem com o meio ambiente. Para que isto aconteça, é preciso que haja uma educação ambiental em todos os níveis sociais.

As escolas e universidades têm a grande responsabilidade de formar decisões que beneficiam a sociedade, pois temos o dever de deixar para as futuras gerações recursos naturais iguais ou melhores do que temos hoje.

A Voz do Povo, Ilha Solteira, Ano 1, nº 60, 25 de outubro de 2001, p.1

 

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