A CULTURA DA PUPUNHA (Bactris gasipaes) NO NOROESTE PAULISTA: VIABILIDADE TÉCNICA ATRAVÉS DO USO DA IRRIGAÇÃO.
 
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       A produção de palmito obtido a partir de pupunheiras vem se destacando tendo em vista as suas qualidades como precocidade, perfilhamento e boa aceitação organoléptica, entre outras. Por se tratar de uma cultura recente, é ainda carente em pesquisas que viabilize a produção de palmito e cada vez mais melhore as suas condições de cultivo. Este trabalho teve por objetivo avaliar a necessidade de irrigação da cultura sob as condições edafoclimáticas do noroeste paulista e, uma vez identificada a obrigatoriedade do uso da irrigação, avaliar a melhor dotação hídrica para a cultura, fornecendo coeficientes da cultura (Kc) para a região. O experimento contou com 6 tratamentos e 4 repetições cada, e os tratamentos foram: sem irrigação, reposição de 50%, 75%, 100%, 125% e 150% da evaporação do Tanque Classe A (ECA). Utilizou-se esta metodologia, uma vez que esta cultura não possui ainda um Kc fornecido pela FAO. As plantas foram distribuídas em um espaçamento 2,0 x 1,0 (entre linhas e entre plantas respectivamente) e o sistema de irrigação utilizado foi o gotejamento, com 2 gotejadores autocompensáveis (de 2,3 litros/horas) por planta, espaçados em 1,0 metro entre si e posicionados à 0,5 metro da planta. Os dados obtidos correspondem a 3 anos de produção. Ficou caracterizado que, sem o uso da irrigação, o agricultor teria sérios prejuízos devido a alta mortandade das plantas (38%) e a baixa e tardia produtividade. Os resultados obtidos até o momento, evidenciam não só a necessidade de irrigação, como também o seu correto manejo, pois esta palmeira não responde proporcionalmente as diferentes dotações hídricas aplicadas, sendo que para o primeiro ano de produção, estimou-se um Kc = 1,00, correspondendo a uma produtividade de 2,5 toneladas de palmito por hectare.ano-1 e, para o segundo e terceiro ano de produção estimou-se um Kc = 1,33, correspondendo a produtividades de 3,6 e 3,9 toneladas de palmito por hectare.ano-1, respectivamente. Para todos os coeficientes de cultura obtidos, utilizou-se o Kp médio da região, cujo valor é 0,75.
Apresentado na 
        XII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - UNESP - 2000.
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Câmpus de São José do Rio Preto 
17 a 20 de outubro.

 
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