Chat
sobre o cultivio do abacaxi na regiao de Bauru
Data: Thu, 10 Jul 2003 15:03:19 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos!
Divulgo o chat que será realizado com o Prof. Dr. Aloisio Costa
Sampaio, especialista em fruticultura da UNESP Bauru. Tenham todos um
bom final de semana! Fernando Tangerino
Chat técnico sobre Abacaxicultura na região de Bauru com:
Com o Prof. Dr. Aloísio Costa Sampaio da UNESP Bauru, Dia 14
de julho de 2003, Horário: 16:00 h
Chat é um bate-papo onde várias pessoas podem participar
ao mesmo tempo, neste caso uma pessoa especializada no assunto participará
tirando dúvidas relacionadas a Abacaxicultura na região
de Bauru e o internauta poderá participar com perguntas. Para
entrar no chat é necessário clicar no ícone limão,
localizado na parte superior de cada página do Toda Fruta (http://www.todafruta.com.br),
digitar um nome e entrar com as dúvidas para que o profissional
possa responder. Esclarecimentos podem ser feitos com: cristiane@todafruta.com.br
Quem é o profissional: Aloísio Costa Sampaio Formação
Acadêmica/Titulação: 1992 - 1995 Doutorado em Agronomia
(Horticultura) (Botucatu] Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brasil. Título: Ação
do Nitrogênio, de épocas de plantio e do ácido 2,3-clorofenoxipropiônico
sobre a produção do abacaxizeiro e características
físico-químicas do fruto, Ano de obtenção:
1995, Orientador: Rubens José Pietsch Cunha 1988 - 1991 Mestrado
em Agronomia (Produção Vegetal) [Jaboticabal] Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São
Paulo, Brasil Título: Efeito da Cobertura do solo com filme plástico
preto sobre o desenvolvimento do Abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merril),
cv. Smooth Cayenne, Ano de obtenção: 1991 Orientador:
Jairo Augusto Campos de Araújo 1984 - 1987 Graduação
em Agronomia Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, UNESP, São Paulo, Brasil, Ano de obtenção:
1991
Oportunidade de emprego em Novo Horizonte
Data: Fri, 18 Jul 2003 11:39:03 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! A Prefeitura Municipal de Novo Horizonte estará
contratando Engenheiro Agronomo. Trata-se de um municipio com uma grande
area plantada com limão e laranja e o profissional a ser contratado
deverá ter conhecimentos em irrigação desas culturas.Os
interessados podem enviar Curriculum ou entrar em contato para maiores
informações com Elizabeth Inácio, através
do endereco eletronico: beteconsuagro@terra.com.br
Abracos e tenham todos um bom final de semana!
Artigos
publicados em jornais sobre irrigacao e água
Data: Thu, 24 Jul 2003 14:39:20 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Boa tarde! Divulgo dois artigos que publicamos recente em jornais:
Água ou petróleo: O que vale mais? http://www.agr.feis.unesp.br/jac15072003.htm
Desenvolvendo com a agricultura irrigada e o agronegócio http://www.agr.feis.unesp.br/ji18062003.htm
Se tiverem tempo, é só conferir.....Tenha uma boa semana!
Reforma da previdência
Data: Fri, 25 Jul 2003 16:06:23 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
O Globo - 21/6/2003 MIRIAM Leitão
Senhor juiz
O Brasil está vendo uma absurda distorção do que
os líderes de um poder devem fazer no exercício de sua
autoridade. Desde que assumiu a presidência do STF, o ministro
Maurício Corrêa tem usado suas declarações
na defesa dos interesses da sua corporação. Seu comportamento
é tão esquisito quanto se, na Presidência do país,
Lula atuasse como presidente do sindicato dos metalúrgicos do
ABC. O mesmo padrão de comportamento tem sido seguido por outros
integrantes do Judiciário. O presidente do Tribunal Superior
do Trabalho, Francisco Fausto, lamentou não poder "pintar
a cara e sair por aí pedindo que o governo caia ou gritar 'fora
Lula'". O presidente do STJ, Ministro Nilson Naves, disse que o
governo estava jogando o Judiciário "na vala comum".
O ex-presidente do STF, ministro Marco Aurélio, disse que a previdência
só poderia ser alterada com revolução. Nunca se
viu tantos líderes de um poder usando tão mal o poder
que lhes foi entregue pela sociedade. Eles estão onde estão
para que oJudiciário funcione adequadamente, julgue e decida
questões do interesse do país ou dos cidadãos.
Não foram escolhidos para presidir uma espécie de sindicato
supremo do Judiciário. Pelo visto, é assim que se sentem:
"A magistratura pode ficar tranqüila porque ela não
está nem só nem desamparada", pontifica o ministro
Maurício Corrêa. O despropósito atingiu o absurdo
nas declarações de juízes publicadas nos jornais
de sexta-feira. Um chamou a reforma da Previdência de "canalhice",
outro comparou Lula a Hitler. E vários outros pelo país
afora em insistentes declarações dos últimos dias
fizeram a farsa de sempre: confundir a defesa dos seus interesses com
a defesa da democracia; de comparar tudo o que reduz vantagens corporativas
com atentados à liberdade. São muitos os números
e os fatos que mostram como o Judiciário tem tido privilégios
em relação a outros funcionários públicos
e aos brasileiros em geral. Na área dos números: durante
o governo Fernando Henrique, a despesa anual de pessoal do Executivo,
entre ativos e inativos, dobrou;do Legislativo, também dobrou
e, do Judiciário, saiu de R$ 2,6 bilhões, em 95, para
R$ 10,3 bilhões no ano passado, ou seja quadruplicou. Os juízes
têm sessenta dias de férias, salário acima da média
do funcionalismo, aposentadoria média muito acima dos outros
funcionários, são inamovíveis, vitalícios,
estáveis. A estrutura salarial do Judiciário tem inúmeras
distorções, criadas exatamente por julgamentos em causa
própria, que levam desembargadores a ganharem mais do que o presidente
do Supremo. Esse tipo de absurdo será corrigido pela Reforma
da Previdência. Há outros erros que a reforma corrigirá.
Tribunais superiores têm uma parte dos seus integrantes vindos
da OAB. Normalmente profissionais que contribuíram para o INSS
durante a maior parte de sua vida e que, com alguns anos nos tribunais,
aposentam-se com salários integrais. Eles perderão esse
privilégio na Reforma da Previdência. A proposta do governo
afeta também advogados que depois de anos do exercício
da profissão no campo privado ingressam na magistratura e se
aposentam com o último salário integral. São esses
os mais irados com as mudanças propostas pelo governo. No comando
da gritaria, o presidente do STF, que, em quase todas as declarações
publicas que fez, dedicou-se ao exercício da defesa dos interesses
corporativos como se fosse a defesa institucional do poder que preside.
Contrastado com o fato de que ele próprio tem o privilégio
de somar seu salário com dupla aposentadoria, o presidente do
Supremo Tribunal Federal emitiu um douto juízo: "Não
sou nenhuma mãe Joana para, tendo direito a algo, dizer que não
quero." Esta é a tragédia do país. Juízes
que julgam em causa própria, presidente de tribunais com linguagem
rastaqüera na defesa de direitos impróprios e ilegítimos,
elite usando o poder que tem na estrutura do estado para defender interesses
pecuniários travestidos de
institucionais. Um dos pontos da reforma contra a qual mais se insurgem
determinados magistrados é o do fim da aposentadoria aos 48 anos
para a mulher e 53 anos para o homem. Não tem cabimento juízes
se aposentarem nesta idade. Em algumas profissões, pode-se até
alegar que o tempo trabalha contra e que a idade torna os profissionais
inadaptados a determinados rigores físicos do trabalho; mas não
é o que acontece no exercício de julgar. O tempo, a experiência
e a maturidade, normalmente, aumentam o discernimento dos que julgam.
A idade lhes faz bem, senhores juízes! O Brasil está num
momento decisivo de sua vida. Tem a chance de reordenar os gastos públicos
para reduzir as desigualdades. Isso se faz reduzindo privilégios
e ganhos dos que têm mais, para aumentar os gastos com quem recebe
menos do Estado. O cortador de cana deve ser sim a preocupação
maior do presidente da República e não um desembargador
que ganha mais do que o presidente do Supremo, ou um advogado que entrou
na magistratura para se aposentar com rendimento maior, profissionais
que têm sessenta dias de férias, membros da elite que se
aposentam aos 53 anos. Todos se envergonham do fato de o Brasil aparecer
freqüentemente como vencedor no campeonato da desigualdade. Poucos
se dão conta de que, para mudar isso, é preciso combater
combates como o da reforma da Previdência. A desigualdade se perpetua
no Brasil porque, nas escolhas do que fazer com o dinheiro público,
os mais pobres são sempre esquecidos e os privilégios
sempre mantidos.
Paz
no Campo....
Data: Fri, 01 Aug 2003 17:58:17 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos...
Segue para conhecimento de todos a Nota Oficial do Ministro da Agricultura
Roberto Rodrigues a respeito de declarações recentes e
do acirramento dos ânimos no campo. Segue também carta
enviada pela AEASP ao Excelentíssimo Presidente da Republica
manifestando apoio ao Ministro. Abracos e bom final de semana a todos!
Fernando Tangerino
25/07/2003 NOTA OFICIAL “O CAMPO PRODUZ PAZ”
A sociedade brasileira foi surpreendida com declarações
de representantes de movimentos sociais no campo incitando à
guerra contra os produtores rurais. Trata-se de um absurdo inconcebível,
um equívoco brutal, e uma ameaçadora agressão ao
Estado de Direito e à Democracia. Defender uma solução
violenta para a questão agrária é não ter
compromisso com o Império da Lei, com a Democracia e com a Paz.
Tais declarações estão na contramão dos
extraordinários avanços econômicos alcançados
pelo campo nos últimos tempos. A ameaça feita contra os
empresários rurais revela total desconhecimento sobre a verdadeira
revolução pacífica vivida pelo agronegócio
brasileiro. Basta ler o relatório divulgado pela ONU há
duas semanas, prevendo que o Brasil deverá ser o maior produtor
agrícola do mundo num prazo de 12 anos. O agronegócio
é o mais importante setor da economia nacional, responde por
27% do PIB, gerando 37% do total dos empregos no Brasil e garantindo
o saldo da balança comercial: a extraordinária competitividade
determinada pela impressionante modernização do campo
produziu um saldo comercial nos últimos 12 meses superior a 24
bilhões de dólares. É, na verdade, o setor que
mais incorporou tecnologia nos últimos anos: a área plantada
desde 1990 cresceu 14%, enquanto a produção em toneladas
aumentou 107%. E tudo isto foi feito suportando o peso imenso de ter
que garantir a estabilização da economia e o combate à
inflação. Não é por outra razão que
foi chamado de “âncora verde” no Plano Real e, hoje,
é considerado o grande motor da economia. Pois é este
setor, que trabalha dia e noite rasgando a fronteira agrícola,
enfrentando o protecionismo externo dos países ricos, abastecendo
o povo brasileiro, abrindo mercados estrangeiros na base da eficiência
e modernidade, que vem sendo ameaçado por declarações
que não podem ter mais vez no mundo democrático que todos
almejamos. O campo é moderno e competitivo, mas é pacífico
e solidário. Sua guerra é contra a fome e a miséria,
produzindo comida, empregos e excedentes exportáveis que reduzem
nossa dependência de dólares de fora e contribuem para
diminuir a vulnerabilidade externa de nossa economia. O campo quer a
Paz, sem o quê perde a confiança para investir e continuar
a ser a grande alavanca do desenvolvimento nacional, gerando poupança
para a promoção de outros setores da economia. O campo
precisa da Paz, até porque qualquer guerra não ficará
restrita a ele: terminará invadindo as cidades. O campo quer
a reforma agrária para promover a justiça social e compensar
os excluídos rurais, vítimas de erros passados, de décadas
de descaso para com o setor. Mas é absolutamente imprescindível
que esta reforma agrária seja feita dentro da legalidade, com
o respeito à Constituição, ao direito de propriedade
e à intocabilidade das terras produtivas. O Estado de Direito
é a única via para o país seguir avançando.
A alternativa a ele é a barbárie. Esta situação
não interessa à Democracia e muito menos ao cidadão
comum, que acaba sendo a grande vítima de uma eventual quebra
do Contrato Social. Não se pode continuar atribuindo atraso ao
setor que mais se desenvolveu no Brasil, pelo esforço hercúleo
dos produtores rurais. O discurso de que o campo é atrasado é
muito mais atrasado: estacionou no século passado, enquanto o
setor rural avançou rumo ao terceiro milênio. Paz no campo
é a verdadeira saída para o desenvolvimento equilibrado.
Preservá-la é uma garantia para atrair investimentos externos
produtivos. Reforma agrária sim, mas dentro da Lei. Sem violência.
Roberto Rodrigues Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento AEASP Nº 0308/03 São Paulo, 30 de Julho
de 2003.
Excelentíssimo
Senhor Luiz Inácio Lula da Silva Digníssimo Presidente
da República
Senhor Presidente, Tomamos a liberdade de vir à presença
de Vossa Excelência, para comentar nota publicada a Folha de São
Paulo, de hoje, e repudiar os termos do documento ali noticiado.Com
efeito, a matéria publicada reproduz trechos do “Manifesto
aos petistas e lutadores sociais, por medidas de urgência contra
a fome, para garantir salário, emprego e terra”, assinado,
entre outras pessoas, pelos deputados federais Babá, Luciana
Genro e João Fontes. Segundo o citado jornal, o texto pede a
demissão do Ministro Roberto Rodrigues, além de afirmar
“O Ministro da Agricultura, representante do latifúndio
no Governo, incentiva a defesa armada das propriedades rurais”.
Tais afirmativas são absolutamente extemporâneas, para
dizer o menos, na medida em que, recentemente, o Ministro Roberto Rodrigues,
em Nota Oficial, intitulada “O Campo Produz Paz”, define
claramente sua posição ao afirmar “Defender uma
solução violenta para a questão agrária
é não ter compromisso com o Império da lei, com
a Democracia e com a Paz”. Alguns outros conceitos desse Documento,
que teve o apoio integral das entidades ligadas aos Agronegocios, também
caminham no mesmo sentido: “O campo é moderno e competitivo,
mas é pacífico e solidário. Sua guerra é
contra a fome e miséria, produzindo comida, empregos e excedentes
exportáveis...; “Paz no campo é a verdadeira saída
para o desenvolvimento equilibrado. Preserva-la é uma garantia
para atrair investimentos externos produtivos. Reforma Agrária
Sim, mas dentro da Lei, sem violência”.Assim, soa completamente
absurdo o documento objeto da noticia da olha de São Paulo.Finalmente,
Senhor Presidente, queremos afirmar que repudiamos veementemente essa
tentativa, baseada em analises tendenciosas, de desestabilizar a gestão
do Ministro Roberto Rodrigues, que vem realizando um profícuo
trabalho à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, merecendo, portanto, total e firme apoio desta Associação
de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo.
Cordialmente, Engº Agrônomo José Cassiano Gomes
dos Reis Júnior, Presidente
Nova publicação: oportunidades no Ceará
Data: Sat, 02 Aug 2003 09:40:12 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! Recebo de Haroldo César Frota Bezerra a informação
de que o Banco do Nordeste acaba de publicar o documento "Pólo
de Desenvolvimento Integrado Baixo Jaguaribe: Informações
Estratégicas". Localizado na região semi-árida
do Estado do Ceará, este Pólo afigura-se uma das áreas
de grande potencial de desenvolvimento da irrigação e
do complexo agroindustrial. O Pólo detém recursos naturais
e vantagens comparativas significativas para seu crescimento e dinamização
de toda a área sob sua influência, atraindo o interesse
crescente de governos e de investidores privados, internos e externos,
dos vários elos da cadeia produtiva. O documento visa disseminar
junto aos parceiros, técnicos, instituições, empresariado
e a toda comunidade, informações estratégicas do
Pólo Baixo Jaguaribe sobre saúde, educação,
população, agricultura, entre outras, para que possamos
conhecer melhor o referido Pólo. Disponível para download,
a publicação pode ser encontrada a partir de:
http://www.bnb.gov.br/irriga
Tenham todos um bom final de semana!
Construção de sondas para TDR
Data: Mon, 4 Aug 2003 20:11:03 -0300
De: "cfsouza" <cfsouza@bol.com.br>
Prezados Colegas, Conforme foi solicitado por alguns participantes no
último Conbea eu coloco a disposição o endereço
da página que trata de forma bastante simples o tema sobre construção
de sondas contínuas para TDR.
http://www.claudineifsouza.hpg.ig.com.br/index.html#TDR1
Um abraço, Claudinei
Essas
e outras
Data: Tue, 05 Aug 2003 08:55:14 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Claudinei ... Bom dia
Obrigado pela indicação do site. Já o visitei anteriormente
e agora tb. Gostei muito e é uma ótima contribuição.
Estamos aguardando o resultado do concurso ...num e?! Abaixo há
um anuncio indicando a abertura do proximo concurso. Grande abraço
Flávio Arruda
04/08/2003
APTA/SP IRÁ CONTRATAR 176 NOVOS PESQUISADORES A APTA - Agência
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, abre, no próximo dia 18 de agosto, as inscrições
para o concurso público para o cargo de Pesquisador Científico
“Nível I”. Serão 176 vagas para atuação
nos Pólos Regionais de Desenvolvimento Tecnológico da
Agência, nas áreas de: Qualidade e Sanidade Vegetal, Qualidade
e Sanidade Animal, Aquicultura e Pesca Continental, Zootecnia e Produção
Animal, Agregação de Valor e Engenharia de Alimentos,
Economia do Desenvolvimento Regional, Fitotecnia e Exploração
Vegetal. Segundo o Secretário de estado de Agricultura e Abastecimento,
Duarte Nogueira, com a contratação dos pesquisadores,
a pesquisa regional será fortalecida. “A criação
dos 15 pólos regionais de desenvolvimento tecnológico
dos agronegócios foi baseada na necessidade de ´levar´
a pesquisa para todas as regiões do Estado. Esses novos pesquisadores
vão fortalecer o trabalho de pesquisa voltado às vocações
e necessidades de cada região”, disse o secretário.
As inscrições devem ser realizadas de 18 de agosto a 05
de setembro, nas sedes dos Institutos Agronômico (IAC), de Economia
Agrícola (IEA) e Pesca (IP), além do Centro APTA de Pescado
Marinho, em Santos, e da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bauru.
Em março, a APTA abriu concurso para 30 vagas destinadas a pesquisadores
científicos com pelo menos seis anos de experiências. No
total, a agência deverá contratar 382 pesquisadores, número
que representa 60,7% do quadro de pesquisadores, que conta 629 profissionais.
Para maiores informações, os candidatos podem entrar em
contato com a APTA nos telefones (11) 5058-6554/2773, pelo e-mail: concurso@apta.sp.gov.br
ou através do site da Agência, que é o www.apta.sp.gov.br.
(APTA)
Ainda
sobre TDR
Data: Tue, 05 Aug 2003 09:00:44 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Claudinei, já que é pra ficar amolando .... rs Estou lhe
enviando a apostila que fizemos para uso de
TDR. Tem sido bastante útil para novos usuários, junto
com aquela que vc. escreveu para uso em uma aula na FEAGRI. Estamos
sem lugar para coloca-la na Internet ... se quiser faze-lo estou lhe
mandando uma cópia para sua apreciação (precisa
melhorar). Flávio Arruda
Oops
e novo e-mail
Data: Tue, 05 Aug 2003 14:45:01 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Prezados colegas de Lista, Desculpe o endereçamento errado de
e-mail. Aproveito para informar aos colegas sobre a mudança de
meu endereço eletrônico para: farruda@iac.sp.gov.br
Obrigado. Flávio Arruda
Concurso
Público para Pesquisador - SP
Data: Tue, 05 Aug 2003 15:06:49 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Informo aos interessados que já está disponível
na Internet as informações para Pesquisador nivel I para
atuar nos
diversos Centros e áreas da Secretaria de Agricultura e Abstecimento
do Estado de São Paulo no seguinte endereço:
http://www.apta.sp.gov.br/concursos/concurso.htm Não há
a especialidade de Irrigação e Drenagem, mas encorajamos
enfaticamente para que se inscrevam na área de "Fitotecnia
e Exploração Vegetal", pois são 65 vagas num
total de 176. Para aqueles que se inscreveram no concurso anterior,
verifique se sua inscrição foi homologada pelo seguinte
endereço: http://www.apta.sp.gov.br/concursos/pqc3.htm
Abraço à todos, Flávio Arruda, Pesquisador Científico
IAC - S. Irrigação
ESALQ/USP
Data: Wed, 06 Aug 2003 19:47:54 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Amigo Jose, Eu em http://www.ruralnet.com.br
tambem tenho várias listas de discussão. Várias
vezes eu e o Fernando discutimos como incrementar o movimento das listas
e chegamos a conclusao q se todos os q se inscrevessem se apresentassem,
afinal qdo entramos em um ambiente é de bom tom , comprimentar
os q ja lá estao seria uma forma que incrementaria bem o movimento.
Quero parabeniza-lo por ter feito algo q nem 3% faz.. Abraços
a todos
XX
Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola
Data: Thu, 07 Aug 2003 08:46:21 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia! À pedidos, repasso convite para o XX Congresso Nacional
dos Estudantes de Engenharia Agrícola CONEEAGRI). Abracos a todos
e tenham um belo dia! Fernando Tangerino
* * CONVITE * *
A União Brasileira dos Estudantes de Engenharia Agrícola
(UBEEAGRI) juntamente com o Diretório Acadêmico de Engenharia
Agrícola e a Universidade Federal Fluminense (UFF - Niterói),
com seus estudantes do curso de Engenharia Agrícola representada
por uma Comissão Organizadora, irão promover a realização
do XX Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola
(CONEEAGRI). O XX CONEEAGRI reunirá congressistas, estudantes
de engenharia agrícola e profissionais da área de ciências
agrárias de todas as regiões do país, para juntos
poderem discutir situações, estratégias e metas
para o desenvolvimento da Engenharia Agrícola e da agricultura
de um modo geral. O evento acontecerá do dia 10 à 16 de
Agosto. ( maiores informações www.uff.br/xxconeeagri )
O evento irá constar de cursos e palestras que irão abordas
sobre as diversas áreas de atuação do Engenheiro
Agrícola, bem como será estimulada a realização
de discussões técnicas para proporcionar um melhor relacionamento
dos profissionais com as diversas áreas de atuação
do Engenheiro Agrícola. As palestras serão proferidas
profissionais experientes e atuantes numa das diversas áreas
de atuação da Engenharia Agrícola, bem como a ministração
dos mini-cursos. As linhas desenvolvidas no congresso serão:
Engenharia de Águas e Solos; Máquinas e Mecanização
Agrícola; Armazenagem e Processamento de Produtos Agropecuários;
Construções Rurais e Ambiência; Eletrificação
Rural e Energia Alternativa; Sistema Solo Água Planta Atmosfera
Gestão e Tecnologia Ambiental; Sistema de Produção
Agroindustrial e Agronegócio. O Congresso está sendo divulgado
nacionalmente através de homepages, cartazes, panfletos, televisão,
radio, e vários outros meios de comunicação visando
atingir 2500 estudantes das 21 faculdades de Engenharia Agrícola
e profissionais afins distribuídos ao longo do Brasil. Contudo,
teríamos o imenso prazer em convida-los a participar deste evento.
A abertura oficial será no dia 11 de Agosto, na Reitoria da UFF.
Gratos, UBEEAGRI www.uff.br/xxconeeagri
tel- 2620-7070 R: 222
Água
ou petróleo: O que vale mais?
Data: Thu, 7 Aug 2003 23:23:44 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Água ou petróleo: O que vale mais?
http://www.agr.feis.unesp.br/jac15072003.htm
Subsídios para a discussão de tão importantes temas.
Implicitamente somos levados a concluir que a resposta certa é
a água. O petróleo teve um momento na História
da energia do planeta, tomou o espaço que lhe permitiram, e hoje,
ainda com o freio nos dentes, não sabe muito bem se continua,
se pára. Sem querer tirar o lustro de tão importante energético,
nem das obras que foram possíveis á humanidade com sua
utilização, penso que é chegado o momento de ele
pensar em se reformar. Porque os estudos mais profundos, bem como as
paredes de nossos prédios dizem o mesmo: Basta de tão
negra poluição. Outros gritos se ouvem de outras áreas
e a mais séria conclusão a que se chega nos tempos que
correm é de que esse movimento deve parar. Assim o importante
do petróleo é a sua saída de cenário. Saindo
do Mundo Como Deveria Ser e entrando no Mundo Como Ele É, tambem
sentimos que o problema desta aposentadoria não é fácil,
porque se teme não encontrar substituto á altura para
as funções que o petróleo vem desempenhando, há
décadas de sucesso energético. E assim vamo-nos acomodando
sem nada decidir, enquanto alguns persistentes insistem em abrir aqui
e ali, mais uns poços de petróleo e umas festivas garrafas
de champanhe, como se o ato merecesse absoluta comemoração.
Regredindo nesta corrida de queimar os fósseis, estaríamos
diretamente prestando um favor ás ações de limpeza
das águas e do ar do Planeta, pelo que com apenas essa medida,
deixaríamos de sujar, e não teríamos de usar água
para limpar, água essa que está restando suja. Ficaria
então por resolver o problema energético se pudessemos
parar com a extração desses poluentes. Problema insolúvel
para uns, difivil para outros e problema ignorado por muitos e temido
por alguns poucos. Incómoda essa mudança. Quem não
tem parente que vive de posto de gasolina, ou que trabalha na petrobras
com bom salario? Quem indiretamente e diretamente não depende
de uns litros de combustível para ir diáriamente para
o serviço, levar as crianças á escola, correr á
farmácia no desespero da noite ou planejar aquelas férias
com um belíssimo carango? Ou seja , por enquanto todos temos
o dito amarrado ás conveniências diárias e de tão
estressados que andamos, não ligamos a mínima para mudanças
e tememos os arrojados que intentem esse "perigo". Vai perder
o emprego? Comprar briga com as petrolíferas? Morrer asfixiado?
No entanto, a mudança chegará. Todas as grandes montadoras
têm projetos em desenvolvimento para substituição
dos energéticos para seus modelos de motores. Por enquanto seguem
pesquisando soluções inviáveis e literalmente escondendo
as soluções viáveis, tomando o espaço das
palestras, dos simpósios enfim usam o verbo de encher com as
soluções paliativas de fraca expressão em relação
ao potente modelo de combustíveis fósseis e de seus companheiros
de viagem , o álcool e o GLP, assim como todas as soluções
que não periguem a hegemonia do cartel hoje no trono do mundo
económico ou que estejam tomados pela mesma turma dos petróleos
ou dos petrodólares. Como então resolver o problema energético
sem continuar com a poluição e aquecimento pelo efeito
estufa? A solução mais uma vez é a água.
Todos sabem hoje em dia que a água é composta de Hidrogénio
e Oxigénio. Sabem também o quanto tem sido combatido esse
conhecimento para não afrontar o poder dos petróleos e
de outros seguimentos energéticos incluindo as hidreeletricas.
Muitos apenas desconfiam que essa é uma possibilidade que depende
mais de decidirmos politicamente a quem será dada a vez no SEC.
XXI , implicando essa decisão na continuidade da habitabilidade
do Planeta Terra. Poucos têm a certeza de que esse é, em
curto prazo, o caminho viável, pois a energia contida na água
supera muitos milhões de vezes a energia das reservas petrolíferas,
mesmo porque, é um recurso renovável e inesgotável,
bastando para tanto que não se o suje com petróleo, entre
outros poluentes. Alguns apenas sabem que a extração da
energia da água é simples e factível por qualquer
cidadão ao qual se permita ter acesso a pequenas regras de fisica
e quimica, sabidas por esses poucos e, porque não, pelo pessoal
da NASA. Resulta daqui que a água é soberana neste pleito.
Sei muito mais sobre a água. Você também!
Atenciosamente, Engº Jorge de Sousa jorge@nortecnet.com.br
0xx3838212224
Clipping
Data: Fri, 08 Aug 2003 09:00:58 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! Pois é Jorge, mas se não cuidarmos, não
teremos água em quantidade e qualidade razoável para atender
às nossas necessidades, especialmente às nossas, digo
do pessoal que depende dela para fazer a irrigação. Esta
semana a Folha de Sao Paulo divulgou uma materia grande sobre a qualidade
da agua na regiao metropolitana (ver http://www.agr.feis.unesp.br/fsp04082003.htm)
e fala que no oeste paulista temos um oásis de boa qualidade.....Mas
o buraco é mais embaixo, pois sofremos muito com o assoreamento
e com a falta de tratamento de agua das cidades. Catanduva tem 0% de
esgoto tratado, Sao José do Rio Preto 6% e as pequenas cidades,
muitas delas, quando dispõem de lagoas de tratamentos, este se
mostra deficiente e joga em pequenos cursos....Veja o caso de Marinopolis,
onde desenvolvemos um trabalho. Pela primeira vez, o ponto 4 de coleta
(em vermelho - mais distante da nascente) apresentou uma vazão
inferior à medição a montante (ponto 3, em azul
- 2190 metros antes do ponto 4), em função das retiradas
de água para irrigação. Soma-se à isso o
fato de que 50 metros à montante do ponto 3 temos a lagoa de
tratamento de esgoto jogando o seu efluente....... Como compatibilizar
isso tudo: esgoto, necessidade de irrigação para ter uma
atividade lucrativa, disponibilidade de vazão e ainda conservação
do solo...... E olha que estamos falando de pequaneas vazoes, mas essenciais
para a sobrevivencia de pequenos agricultores...Somente planejamento
e programas consistentes de trabalho = profissionalismo = pessoal treinado
e consciente = comprometindo entre a sociedade civil organizada. Vai
ainda um pouquinho de tempo, mas chegaremos lá.....Tenham todos
um bom final de semana! Fernando Tangerino
Pronunciamento
do Deputado Mendes Thame
Data: Fri, 08 Aug 2003 18:02:29 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá, boa tarde a todos! Segue anexo o pronunciamento feito na
Câmara Federal no em 24 de julho pp. pelo Deputado paulista Antonio
Carlos Mendes Thame. Senti falta da irrigação no texto
do Deputado Thame. Creio que o Deputado foi muito modesto ao enunciar
apenas o Moderfrota como fonte de financiamento no campo. Foi e é
um fator de modernização, mas não de aumento de
produtividade, como se consegue na irrigação. Poderia
ter lembrado que o FINAME financiou muitos dos equipamentos de irrigação
que contribuiram para o aumento sim da produtividade das lavouras, agora
irrigadas. Mas não tivemos apenas grãos. O Governo FHC
formatou e operacionou o PROFRUTA, que muito fez pela modernização
da fruticultura brasileira. Será que os recursos alocados para
financiamentos agropecuários este ano serão suficientes
para repetirmos a performance de 2002/2003? Abracos e tenha um bom final
de semana!
Pondo tudo a perder - Antonio Carlos Mendes Thame*
O Governo do PT recebeu uma herança bendita e colhe os louros
de uma safra agrícola recorde (120 milhões de toneladas
de grãos, segundo o Ministro Roberto Rodrigues), sem que quase
nada tivesse sido plantado neste ano. É safra cujo plantio, com
exceção da “safrinha” de milho, ocorreu em
2002. Os números do campo impressionam. A agropecuária
já responde por 27% do PIB, cria 37% dos empregos e é
responsável por 40% das exportações brasileiras.
Além disso, é o único setor que gera superávit
(mais de 20 bilhões de dólares) na nossa balança
comercial. Não fosse o agronegócio, o País estaria
em situação crítica. O que está por trás
desse extraordinário sucesso? A nosso ver, quatro fatores. O
primeiro é a securitização das dívidas.
Em 1996, iniciou-se a repactuação, por prazos que superam
20 anos, das dívidas de mais de 300 mil agricultores, dívidas
estas herdadas do período de superinflação, quando
os indexadores econômicos corrigiram os débitos dos contratos
com os bancos em percentuais muito acima da variação dos
valores recebidos pela venda da produção, gerando um descasamento
que tornava impagáveis os empréstimos. O segundo fator
é a pesquisa agrícola. Não é de hoje que
ela vem dando extraordinário suporte à produção.
Sem a pesquisa, não haveria variedades adaptadas às nossas
condições, nem a agricultura de precisão, nem teríamos
conseguido incorporar as terras dos cerrados e estaríamos com
a fronteira agrícola esgotada. Cerrados que transformam o Brasil
hoje na mais vigorosa agricultura tropical do planeta. O terceiro fator
é o programa Moderfrota. A agricultura brasileira registrou nos
últimos anos um notável crescimento, não somente
na produção por hectare, mas também na área
cultivada por homem, para o que contribuiu decisivamente o programa
Moderfrota, linha de financiamento do BNDES criada para que os produtores,
com juros subsidiados entre 9,75% e 12,5% ao ano e prazos de pagamento
entre 5 e 6 anos, pudessem adquirir tratores, implementos, colheitadeiras,
cultivadores e equipamentos para secagem e beneficiamento de grãos.
De março de 2000 a dezembro de 2002, foram aplicados R$5,6 bilhões
para financiar a aquisição de quase 50 mil tratores e
mais de 12 mil colheitadeiras. Quarto fator: a relativa tranqüilidade
de que os agricultores não teriam suas terras invadidas ou desapropriadas
com base em critérios meramente políticos, o que só
foi conseguido em parte, graças: a) a vigoroso esforço
de assentar famílias sem terra; b) à edição
de medida provisória, transformada em lei , que impede por 2
anos a desapropriação de áreas invadidas e exclui
os invasores, que eram cadastrados, de assentamentos em outras áreas;
c) ao cabal cumprimento das decisões judiciais para reintegração
de posse de áreas. A reforma agrária feita sem alarde
no governo anterior foi o mais ambicioso plano de distribuição
de terras já executado de forma democrática em todo o
mundo. O governo FHC destinou R$ 13,2 bilhões para retalhar quase
20 milhões de hectares, área maior que o Uruguai, e neles
assentou 588.000 famílias. Quase 2 milhões de brasileiros
receberam terras, entre 1995 e 2002. Se boa parte dos assentados ainda
não prosperou, foi porque só assentar não é
suficiente: faltou crédito (nem mesmo os vultosos R$ 14,5 bilhões
em 7 anos de PRONAF foram suficientes), faltaram recursos técnicos
para cultivar o solo de maneira produtiva e também faltou, em
muitos casos, vocação para a vida e o árduo trabalho
no campo. De toda forma, o governo FHC mostrou: a) que é possível
iniciar e promover no País ampla reforma agrária, sem
desrespeitar as leis, superando os longos entraves burocráticos
que começam com as vistorias e vão até a imissão
na posse de uma área para nela proceder ao assentamento de famílias;
b) que não são excludentes (ao contrário, podem
e devem coexistir) políticas de apoio ao agronegócio e
à agricultura familiar; c) que existe uma crucial diferença
entre uma efetiva e desejável reforma agrária (que agrega
e promove) e um mero processo de invasões (que desagregam e desestimulam
a produção). O que mudou no Governo Lula? Em primeiro
lugar, o governo parou de assentar. A meta inicial do Governo do PT
era assentar 37 mil famílias neste ano, mas o Orçamento
só dispõe de R$250 milhões, suficientes para assentar
27 mil. Meio ano já se passou, e o Governo praticamente assentou
ninguém. Somente iniciou a desapropriação de 197
mil hectares de terras, nas quais, quando concluídos os processos,
poderão ser assentadas apenas 6 mil famílias. Em segundo
lugar, o Governo criou tácitos estímulos às invasões
de terras, ao sinalizar que nada fará para impedi-las, ou seja,
não aplicará as leis atinentes à matéria.
Com isso, desaparecem as ações políticas para levar
segurança, assegurar o exercício da justiça e dar
estabilidade ao campo, a fim de que possa em paz e continuar a produzir.
Em seu lugar, intensificam-se as invasões e inaugura-se uma escalada
de crescente desobediência civil, desrespeito ao Estado de Direito,
de afronta e enfrentamento, para desmoralizar as autoridades e, o que
é pior, as próprias instituições. Nenhum
Governo tem condições de impedir completamente as invasões,
mas pode e deve desestimulá-las, acelerando os assentamentos,
aprimorando as condições de vida dos que já foram
assentados e zelando pelo cumprimento das leis e das decisões
judiciais. A presente omissão ou ausência de consistente
política fundiária pode redundar em tremendo retrocesso
e colocar a perder um processo de desenvolvimento social que já
está transformando o Brasil num dos principais celeiros de um
mundo que tem fome.
*Antonio Carlos Mendes
Thame, Deputado Federal (PSDB/SP), é professor (licenciado)
do Departamento de Economia da Escola Superior de Agricultura “Luiz
de Queiroz” / USP.
Clipping
Data: Fri, 8 Aug 2003 23:45:15 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Fernando, Se não abrirmos os olhos para as soluções,
não resolveremos o problema com choradinhos. Existem soluções
e gente que não quer as soluções. Existem problemas,
devidamente identificados, como o mau uso da água, mas não
se tomam medidas educacionais para conduzir as pessoas ao enquadramento
de um uso auto-sustentável. Não ouvi quase ninguém
se manifestar contra o mau uso dos mananciais represados, ( com a finalidade
de gerar energia) ( uma forma de energia limpa) em que se tira um baixíssimo
proveito no atual sistema de usinas turbinadas. Acabo de dizer que,
muito embora o Brasil seja prestigiado por ter um dos maiores parques
de usinas hidreletricas do Mundo, com todas as qualidades intrinsecas
de ser um tipo de energia renovável pelas chuvas e não
poluente, tendo em contrapartida hoje quem reclame desse sistema por
ter desalojado imensas empresas, fazendas, áreas urbanas etc,
para inundação definitiva das bacias de reserva volumétrica,
também o Brasil desperdiça muita água por esse
mesmo sistema, tido como um dos melhores . Será? Um dos melhores?
Já vai o tempo em que a carroça era um excelente veículo
principalmente do ponto de vista de quem estava a pé. Os tempos
passaram e hoje uma carroça é uma carroça! Significa
a comparação que os sistemas de turbinas hidreletricos
também devem ser reconvertidos senão não teremos
como ultrapassar os apagões. E porquê? Porque o Orçamento
de Estado não comporta os investimentos necessários ao
crescimento da economia? Também por isso mas fundamentalmente
porque esse sistema está obsoleto, caro e nas mãos de
quem se dá muito por feliz cobrando de um povo que não
reclama. Já divulguei aqui alguns dados que não foram
contestados nem retrucados nem por simples curiosidade abordados, a
nâo ser pelo Sr. Marcassa que teve curiosidade de mais querer
saber. Os dados que indiquei revelam que a energia contida na água
pode ser cerca de 36.000 vezes superior á energia potencial que
ela exibe do alto das suas represas até ao eixo de suas turbinas.
Este valor é aproximado e pode em certas situações
ser o par de comparações diferentes mas de uma amplitude
que impressiona quem se aprofundar levemente nesse estudo da Fisica.
A tecnologia para se obter essa energia é simples e está
ao alcance de quem o queira fazer, desde que não tenha medo de
lobies afetos ás grandes companhias energéticas. Significa
que virtualmente toda a água que se consegue represar poderá
ser usada para fazer irrigação , bem como aquela que não
se consegue represar , e que sai pelo ladrão, poderia ser transposta
para outras regiões como se cogita de fazer com o São
Francisco. Sobraria já muita água para termos um folego.
A viabilidade desta obras certamente existe, pois temos engenheiros
á altura para tais cálculos. Dou-lhe toda a razão
quando fala na exigência de controle, planejamento etc, etc, que
já nos habituamos a ouvir em quase todos os programas televisivos.
A gritaria é igual em todo o Mundo. E ainda bem que todos falamos
a mesma linguagem em termos de sobrevivência da Humanidade. Mas
o degrau que resolve já não é meramente politico
nem estrictamente para a tecnologia atual. Insisto que devem ser postas
em pratica outras tecnologias em oposição a algumas que
teimam em se perpetuar e que são de enorme grau poluente e têm
seus donos acirradamente defensores. Veja o noticiário de hoje
á meia noite e comprove a satisfação de tantos
"governadores " dos Estados Brasileiros esfregando as mãos
de contentamento por terem dividido o bolo dos impostos sobre o consumo
de combustíveis. Como podem tantas e diversas personalidades
de destaque se harmonizar de olhos fechados numa questão que
tem muito para se reflectir quanto aos malefícios que os atuais
combustíveis têm para o Mundo? Como se pode esperar que
eles não torçam agora e afincadamente por mais uma fatia
do bolo como a CPMF que pleiteiam, assim como já estão
ventilando a taxação de Exportações? A vertente
política está aí á vista de quem quer ver.
A vertente tecnológica é mais séria e depende de
profissionais sérios e criativos que busquem resolver as carências
energéticas em primeira mão como forma de alcançar
a viabilidade de outras obras em sequência, como a Educação,
a Saúde, a Habitação digna, o Emprego e o Desenvolvimento
do Brasil e do Mundo. Por todas estas dicas que espero sirvam para reflectir
sobre o problema da água, afirmo de novo que, a falta de água
não será tão assustadora se buscarmos novas formas
de uso, inclusivé como combustivel substituto dos petróleos,
álcool, diesel, gases fósseis, carvão e outros
que sejam tão perniciosos quanto, para a Humanidade. Por estas
dicas se vê também que o âmbito da Agronomia está
sendo solicitado para a compreensão de outras áreas da
ciência que não apenas a faculdade de plantar e colher
alimentos. Como tributo á discussão recordo que os atuais
motores diesel ou ciclo Otto, têm um péssimo rendimento
que na média não ultrapassa os 30% da energia liberada
na combustão. Sabe-se de há muito que outros dispositivos
como as CC Células a Combustível podem chegar a 85% ou
mais de rendimentoem módulos de cogeração associada.
Sabe-se também que o Hidrogénio é o mais perfeito
combustível para essas CC. Sabe-se muito sobre o Hidrogénio
e sobre a Àgua donde ele provém. Precisamos querer usar
essas tecnologias sem medo. Para termos água limpa também
para Irrigação. Atenciosamente Engº Jorge de Sousa
jorge@nortecnet.com.br 0xx3838212224
Clipping
Data: Sat, 9 Aug 2003 07:40:52 -0300
De: "Elias Cata Preta" <catapreta@matrix.com.br>
Esta lista é sobre filossofia? Se for considerar que na história
da humanidade sobrevive o mais resistente e paciente, em relação
aos componentes da classe do poder eles são desenvolvidos com
a cultura geral e, muitas vezes só repetem o que ouvem, portanto,
se quiseres mudar algo, mude para um local ermo, inicie uma comunidade
e passo a passo contrua uma nova sociedade sobre novos paradigmas senão
voce ficará dando murro em ponta de faca, melhor discutir sobre
tecnologia de sistema de irrigação..
Agricultura
no Governo Lula
Data: Sat, 09 Aug 2003 16:08:13 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos! Faz pouco tempo enviamos texto neste Grupo
de Discussão contrário ao manifesto do MST que "pedia
a cabeça" do nosso Ministro Roberto Rodrigues. Agora, lendo
a Exame (6/8/03, pag.39 - 'Não é hora de pôr panos
quentes') , no comentário sobre a atuação membros
do governo, encontramos o seguinte: "De todos os ministros do governo,
apenas um - Roberto Rodrigues, da Agricultura - foi capaz de condenar
com clareza e vigor a mais recente e mais explícita convocação
do líder nacional do MST, João Pedro Stédile, em
favor da violência, ao dizer que suas tropas não podem
"descansar"enquanto "não acabarem" com todos
os proprietários rurais que têm mais de 2.000 hectares".
Roberto Rodrigues comprou uma briga, com certeza. Mas temos convicção
de que vai vencer a parada. Seguem abaixo mais algumas boas noticias
da agricultura retiradas na Revista EXAME.....
Um bom fim-de-semana e um Feliz DIA DOS PAIS a todos. Fernando
Tangerino
Superávit
do agronegócio soma US$ 13,5 bilhões até julho
São Paulo, 6 de agosto (Portal EXAME) - As exportações
brasileiras do agronegócio atingiram novo recorde histórico
no período compreendido de janeiro a julho deste ano, com o valor
de US$ 16,2 bilhões, superando o segundo maior resultado registrado
nos sete primeiros meses de 1997, que foi de US$ 14 bilhões.
A informação é do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os gastos com as importações
acumulados de janeiro a julho de 2003 foram de US$ 2,7 bilhões.
Com isso, o superávit comercial do agronegócio no período
atingiu US$ 13,5 bilhões, também recorde histórico
e superior em 40,27% ao saldo registrado no mesmo período de
2002 (US$ 9,62 bilhões).O complexo soja (+76,56%), papel e celulose
(+55,07%), frutas (+30,6%), carnes (+28,3%) e pescados (+ 26%) lideram
o ranking da balança. As exportações aumentaram
para todas as regiões: Ásia (74%); Ocenania (55,6%); Oriente
Médio (38,5%); União Européia (28,8%); Europa Oriental
(23,8%); Mercosul (26,6%); Nafta (20,4%). A União Européia
(UE) foi o principal comprador do período, com 36,3% das exportações
totais, seguida pela Ásia, com 19%, e Nafta, com 18,3%. No acumulado
entre agosto de 2002 a julho de 2003, as exportações brasileiras
do agronegócio também atingiram recorde histórico
para períodos de doze meses, com o total de U$ 28,781 bilhões.
O valor também é 27% acima do total exportado no período
de agosto de 2001 e julho de 2002, que foi de US$ 22,6 bilhões.
O complexo soja e o grupo papel e celulose foram os principais responsáveis
pela elevação no período, com crescimentos de 70%
(US$ 7,9 bilhões contra US$ 4,6 bilhões nos doze meses
anteriores) e de 42% (US$ 2,6 bilhões contra US$ 1,8 bilhão),
respectivamente. As importações no período somaram
US$ 4,5 bilhões, um aumento de 1,4% em relação
aos doze meses anteriores. Como resultado, a balança do agronegócio
no período de agosto de 2002 a julho de 2003 atingiu superávit
de US$ 24,2 bilhões, 33% acima dos US$ 18,1 bilhões alcançados
nos doze meses anteriores. Julho No mês de julho de 2003 as exportações
do agronegócio somaram US$ 2,594 bilhões, o segundo maior
valor para esse mês desde julho de 1997 (US$ 2,636 bilhões).
As importações totalizaram US$ 378 milhões, o que
representa uma redução de 14,6% em relação
a julho de 2002. Com estes resultados, a balança comercial do
setor atingiu em julho um superávit de US$ 2,216 bilhões,
5,9% acima do saldo alcançado em julho de 2002 e o maior superávit
já registrado para os meses de julho.
Agricultura no Governo Lula
Data: Sat, 09 Aug 2003 16:27:56 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Tangerino,
Devemos ter em mente que não é somente os MST que usa
a violência em defesa da posse da terra, mas a polícia
(lembra do massacre de carajás?) e os proprietários de
terras devolutas. Não sou a favor da violência no campo,
mas os MST é um movimento de famílias excluídas
do processo produtivo no nosso país, que vivem abaixo da linha
da pobreza, eles querem fazer valer a lei. Será que a população
irá perceber que existe exclusão nos no campo sem o MST.
A violência não está apenas no campo, mas no meio
urbano. Tenhamos um mínimo de sinceridade: o que se fez de consistente
em termos de políticas públicas para os milhões
que moram nas favelas e nos fundões de nosso pais? Há
muita raiva e decepção no meio do povo para com os políticos
e o Estado excludente. A ausência culposa do Estado criou um vazio
que foi sendo preenchido pelos traficantes. Eles oferecem trabalho,
renda, subsistência básica a milhares de jovens para os
quais o Estado e a sociedade não oferecem nenhuma alternativa
decente. Organizou-se entre eles um outro pacto social, ilícito,
outra ordem, outras leis, o "Estado" bandido. Ai há
lideres que ditam normas e praticam crimes injustificáveis. O
que estão ocorrendo agora é o enfrentamento das duas ordens.
A "outra ordem" tomou consciência de que é o
injusto, corrupta e hipócrita é a ordem vigente, a nossa.
É em nome dela que os policiais sobem às favelas, arrombando
portas, batento, atirando, humilhando pessoas, em sua maioria trabalhadora
e inocente. Para nosso escândalo, não foi exatamente isso
que a Carta do Tráfico disse, em publicação dia
25 de fevereiro? Nela se testemunha o que todos sabemos e tememos reconhecer
" que os verdadeiros marginais não estão nas favelas,
nem atrás das grades, e sim, no alto escalão da pollítica.
Será que entre os presos deste país existe um que tenha
cometido um crime mais hediondo do que matar uma nação
de fome e na miséria? Então BASTA. Não queremos
nossos direitos". E a carta mostra confiança em Lula, pois
confessa que "as pessoas humildes e pobres contam com o Sr. para
sair desta lama". E se eles tiverem razão????????????????????
Todos nos sentimos aliviados com a transferência de Fernandinho
Beira-Mar. Pode ser perigoso, pois nos faz desviar a atenção
sobre os mesmos, causa decisiva, embora não única, da
desgraça social que produz a marginalidade e os líderes
do tráfico. Se não fizermos outro pacto social que inclua
a todos, vamos ter, de tempos em tempos, caos social e paralelismo de
duas ordens, ambas perversas, cindindo de cima abaixo o único
país que temos. Nildo
Clipping
Data: Sat, 09 Aug 2003 17:49:35 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Elias, este é um Grupo de Discussão cujo objetivo maior
é agricultura irrigada. Não é fácil fomentar
o debate e fazer as pessoas falarem, digo, escreverem..... Qdo o fazem,
serão sempre bem vindas, inclusive a sua msg. Este é um
espaço democrático e aberto a todas as opiniões
e correntes de pensamento. Do meu lado procuro divulgar noticias que
possam subsidiar decisoes e promover a disseminação do
conhecimento ligados à agricultura e ao desenvolvimento sócio-econômico.Gostaria
muito de estar discutindo com mais afinco irrigação, mas
enquanto não há a participação maior do
grupo, lanço informações gerais que possam contribuir
para a discussão. Vc mesmo, poderia ter dado sua contriuição
ao debate: ao invés de solicitar informações técnicas
sobre a cultura do melão (altamente dependente da irrigação)
diretamente à Área de Hidráulica e Irrigação,
poderia ter feito o questionamento no IRRIGA-L. Com certeza além
de nós daqui da UNESP Ilha Solteira, outras pessoas poderiam
ter contribuido com respostas mais complexas ou mais interessantes do
que as que respondemos a vc, que poderiam te ajudar a fazer um plantio
melhor. Assim, é questão de jogar no IRRIGA-L suas duvidas,
que certamente, haverá alguma boa alma disposta a socializar
o conhecimento adquirido. Filosofia tb faz parte do crescimento intelectual
das pessoal.... Nao vivemos bem somente com conhecimentos tecnicos.......
Clipping
Data: Sat, 09 Aug 2003 19:23:15 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Valeu Tangerino,
Muito bom. Você foi muito feliz em falar que a filosofia tb faz
parte do crescimento intelectual dos profissionais, principalmente político,
pois a crescimento da agricultura do nosso país depende não
somente da técnica, mas principalmente de decisões políticas.
Nildo da Silva
Dias
Rua Dr Paulo Pinto, 2067. Vila Independência. Piracicaba SP. CEP
13418-050. Fone (19) 3434 0741. Sala (19) 3429 42 17 (R 273)
Hans Jonas,
o filósofo do "princípio de responsabilidade"
formulou assim o imperativo categórico: "aja de tal maneira
que as consequências de suas ações não sejam
destrutivas da natureza, da vida e da Terra".
Clipping
Data: Sat, 9 Aug 2003 22:38:25 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Valeu Fernando.
Quanto mais ecletico melhor. A contribuição do Elias foi
mais importante do que talvez ele possa pensar. Foi o grito inconformado
de quem necessita muito de conhecimentos sobre a irrigação
e que talvez ache que não estamos fazendo nada pela sua economia.
Mas certamente, pela negativa não iremos a lado nenhum. Mantenho
o que disse e afirmo que tem muito mais bala na agulha em se tratando
de novos paradigmas e novas filosofias, ferramentas com as quais se
têm criado condições de desenvolvimento também
, mas não só, da irrigação. O Brasil é
o que é hoje, uma Nação que se orgulha de suas
conquistas em todos os campos da Ciência, do Humanismo, fruto
de muita Filosofia e de profunda Intelectualidade. Os Brasileiros que
impulsionaram o Brasil, foram, são e
serão sem dúvida muito inteligentes e dedicados e entre
eles estão sempre muitos e bons Filósofos. "aja
de tal maneira que as consequências de suas ações
não sejam destrutivas da natureza, da vida e da Terra".
Valeu Nildo!
MIME-Version: 1.0
Data: Tue, 12 Aug 2003 10:41:47 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos
da Lista gostaria de convida-los para uma discussão... ...Todos
nós que trabalhamos com irrigação sabemos que a
técnica da lisimetria pode ser utilizada para se determinar a
evapotranspiração das culturas e por sua vez transformar
isso em coeficiente de cultura Kc, que é utilizado no manejo
correto da irrigação, dimensionamentos hidráulicos
e etc. Pois, bem...Alguém tem alguma sugestão a resopeito
da determinação da ETc de uma planta (citros, café,
roseira e etc) isolada dentro do lisímetro? Quais seriam os procedimentos
para a determinação de ETc e Kc ?
MIME-Version: 1.0
Data: Wed, 13 Aug 2003 09:23:19 -0300
De: Tonny Jose Araujo da Silva <tjasilva@carpa.ciagri.usp.br>
Prezado José
Alves Júnior, As
informações sobre coeficiente de cultivo para culturas
isoladas é sem dúvida um parâmetro necessário
para o manejo racional da irrigação. Porém, não
se tem no mundo uma metodologia definida para a obtenção
deste parâmetro em plantas isoladas. Ao contrário de culturas
de cobertura total do solo, que elimina significativamente a contribuição
da evaporação do solo, o kc é facilmente obtido
pela razão entre a ETc e a ETo, sem preocupar-se com a área
de exposição do lisímetro, desde que controladas
as condições mínimas necessárias para uma
boa determinação. Sabemos que esta área de exposição
é uma verdadeira fonte para a evaporação do solo
nú em lisímetros com plantas isoladas, principalmente
no primeiro estágio de evaporação (logo após
uma chuva ou irrigação) que as vezes em alguns estudos
fornece valores elevados de kc acima dos limites indicados pela FAO
"1,2". Depende também do sistema de irrigação
utilizado que determina o tamanho da área molhada no solo, da
época do ano, direção da linha de plantio, etc.
tudo afetando o sombreamento sob copa. De qualquer forma, se uma planta
for cultivada em um grande volume de solo ou em um recipiente hidropônico,
a genética da espécie não muda, e seu consumo será
determinado pela área foliar exposta às condições
climáticas. Uma outra informação que deve ser considerada
é que não interessa para planta o volume de água
que se tem em um grande volume de solo e sim qual a energia como essa
água está retida, e esta informação complementa
a hipótese de que o tamanho do lisímetro pode ser corrigido
trabalhando a frequência da irrigação. Mas ainda
não resolvemos o problema da evaporação do solo
e esta sem dúvida deve ser objeto de estudo para todos que buscam
o kc em plantas isoladas. Acredito que a solução mais
coerente seria trabalharmos com a área foliar de uma cultura
isolada comparada com a área foliar da grama (2,89 m2), aproximando-se
da transpiração, e corrigindo o consumo através
da área molhada promovida pelo sistema de irrigação
e tipo de solo (evaporação). Cabe a todos nós,
principalmente todos os envolvidos nesta lista, discutirmos em busca
do amadurecimento no que se referere a determinação do
kc. Parabéns,
José Alves por preocupar-se com o tema. Gostei da iniciativa.
Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Wed, 13 Aug 2003 10:57:11 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Caro Tonny....
Tambem concordo com a questão de que não importa o tamanho
do lisimetro desde que a umidade esteja suficientemente adequada para
as raizes mas sabemos que esta area disponivel para molhamento (chuva
e irrigação) vai afetar a evaporação...e
como o lisimetro registra a evaporação + a transpiração
os resultados obidos irão variar muito com a dimensão
do mesmo. A separação dos termos parece ser a mais coerente
mesmo, pois haveria uma maior pluralidade na utilização
dos valores...mas como faze-lo dentro do lisimetro? Abraços...
Lancamento
do Agrofaz
Data: Wed, 13 Aug 2003 14:29:48 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos! Divulgo que será realizado em Jales
- região noroeste do Estado de São Paulo - neste proximo
dia 22 de agosto, as 19:00 horas o lançamento oficial do Fórum
Regional do Desenvolvimento do Agronegócio Hortifrutícola,
que compõe o PROJETO AGROFAZ. Local: Câmara Municipal de
Jales
Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Wed, 13 Aug 2003 14:33:13 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Mais um "ingrediente" para essa equação: considerando
que a area do lisimetro é limitada, será que o consumo
de água pela planta (evapotranspiracao) + evaporação
do solo será a mesma se irrigarmos o lismitro por aspersao (area
total) ou por gotejamento (bulbo umido no interior do lisimetro) será
o mesmo? Creio que não..... Neste caso como separar as partes?
Outros lisimetros sem cultura, mas com sistemas de irrigacao diferentes?
Bom trabalho a vcs! Fernando Tangerino
kc
Data: Wed, 13 Aug 2003 15:09:41 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Sr Claudio, Se não existe uma metodologia definida para a obtenção
do kc em plantas isoladas, o que se tem de trabalho para solucionar
este problema? ou melhor qual seria as condições de contorno
para determinar o kc nestas condições? Esta é a
principal limitação do uso de lisímetros? Encontrei
um trabalho no CONBEA 2003 sobre perfil de umidade em solos irrigado
por gotejamento (bulbo), não sei se isto teria influência.
Sou leigo no assunto. Nildo
Por que?
Data: Wed, 13 Aug 2003 15:18:50 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Natal, 12 de agosto de 2003
Por que? Escrevo este artigo para defender um brasileiro que sempre
sonhou por fazer de seu país, um país mais justo, sem
tantas desigualdades sociais, sem tanta pobreza. País este que
é muito rico, porém que possui uma população
pobre e miserável. Pobre em rendimentos econômicos, pobre
em conhecimento, pobre em cidadania. Defendo Lula, por que nunca neste
país se viu um presidente com tanta disposição
para negociar com todas as classes trabalhistas e empresariais, como
ele, infelizmente algumas poucas classes partidárias de nosso
país, em defesa do que existe de mais atrasado e mais conservador,
em defesa de um corporativismo que privilegia apenas uma classe de trabalhadores
em detrimento a toda uma nação de trabalhadores, se arma
com paus, bandeiras, pedras e gritos de ordem cheios de ódio,
e vão para as ruas em passeatas tidas por pacificais, porém
que sempre terminam em promoção de quebra-quebra e baderna,
o que vem a envergonhar o povo brasileiro nos tablóides nacionais
e internacionais. Sou a favor das Reformas de Lula, não por que
elas
realmente sejam o melhor para o Brasil, por que não o são
(pelo menos para o funcionalismo público!), más porque
pela primeira vez em nossa história recente, um presidente tomou
a iniciativa de tentar diminuir as grandes desigualdades existentes
entre os mais pobres e os mais ricos, (só é uma pena que
esteja nivelando por baixo, uma vez que não concordo com um teto
tão baixo, que punirá, por exemplo, professores mestres
e doutores que deram sua vida em detrimento do conhecimento científico
e do crescimento do país). Sou a favor da política de
Lula, por que pela primeira vez na história da República
Federativa do Brasil um presidente recebeu em sua sala os 72 reitores
das Universidades Federais para discutir a situação de
cada uma destas instituições de ensino superior e da pesquisa
científica produzida por elas. Reitores que enquanto eram recebidos
pelo presidente para negociar sua situação frente às
universidades públicas, tinham parte de seus funcionários
fazendo greve e marchando à Brasília para quebrar o Congresso
Nacional; Enquanto o intransigente poder Judiciário negociava
com o governo sobre a reforma da previdência do judiciário
para não fazer greve, alguns docentes das universidades públicas
em greve, ao invés de tentar dialogar com o governo chamando-o
para um debate mais aprofundado, dirigiram-se ao Congresso Nacional
para jogar pedra nas janelas, quando não se jogar por elas, deixando
um prejuízo para a nação brasileira pagar de R$
30 mil; estranho que se costuma dizer que são nas universidades
onde encontramos as elites pensantes deste país (ou seria melhor
dizer, alguns bárbaros pensantes deste país). Defendo
o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, porque pela primeira vez no
Brasil, destes 40 milhões de brasileiros que serão beneficiados
com aposentadoria de um salário mínimo depois das reformas
previstas nas previdências públicas e privadas, pelo menos
75% correspondem a trabalhadores do campo nacional, estes mesmos brasileiros
que vivem de capinar o solo e plantar as hortaliças que nós
comemos no conforto de nossas casas. São estes brasileiros que
acordam às 4h da manhã, e sem tomar café vão
para a roça trabalhar pela sua sobrevivência e para produzir
a comida de outros 120 milhões de brasileiros que não
querem reconhecer o seu sacrifício. São estes brasileiros,
faça chuva ou faça sol, que chegam a trabalhar 12h por
dia (de 04h às 16h) sem direito a final de semana, a uma carteira
de trabalho assinada, ao gozo de férias premio, sem direito a
décimo terceiro salário e também sem direito a
uma aposentadoria que seja. Estes são os 40 milhões de
brasileiros a quem Lula quer levar o mínimo de direito regido
no Art. 06 da Constituição Federal, e aos quais o funcionalismo
público está contra. Agora me pergunto, Por que?
kc
Data: Wed, 13 Aug 2003 16:58:23 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Nildo...Até onde eu conheço não sei de nenhuma
metodologia sobre isso na literatura internacional, acredito que o assunto
é recente...com certeza a área molhada é influenciada
pelo sistema...a grande questao é como isolar isso no lisimetro...e
depois determinar esses valores para cada tipo de solo e sistema...sugestões???
Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Thu, 14 Aug 2003 11:18:39 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Tangerino...sem dúvida o sitema de irrigação
irá influenciar no consumo de água do "lisímetro"
(planta + solo)...Se molharmos a área total do lisímetro,
estaremos molhando também a porção de área
periférica dentro do lisímetro que é constituida
de solo nú 100% exposta ao sol, e que em um primeiro momento
contribui muito com a diferença de peso total do lisímetro
de um dia para outro devido a sua elevada taxa evaporativa. E o que
é pior, quanto mais jovem for a planta dentro do lisimetro, maior
será essa área periférica. Ela refere-se a toda
área dentro do lisímetro que não está sobre
influencia do sistema radicular da planta. Portanto, seu consumo não
deve ser considerado, deve ser descartado de alguma forma. Para não
mascarar o verdadeiro consumo da planta, que é constituido da
transpiração+ evaporação do solo sobre influencia
do sistema radicular da cultura. Portanto fica a pergunta: Como descontar
o consumo de água dessa área evaporante, que não
está sobre influencia da planta? Tangerino, por outro lado, se
usarmos irrigação localizada (gotejamento principalmente)
estaremos molhando somente a região do sistema radicular. Toda
aquela área periférica e evaporante dentro do lisímetro
estará seca, com uma pequena taxa evaporativa. Dessa forma, o
sistema localizado, isolaria seu efeito, tornando a diferença
de peso do lisímetro de um dia para outro, como o verdadeiro
consumo de água da planta (transpiração+ evaporação
de água do solo onde tem raízes = evapotranspiração
da cultura). Mas, fica a pergunta: Quantos gotejamentos devemos usar?
Pois, quanto maior a área molhada maior será a taxa evaporativa.
Mas, deve ser uma área molhada tal, que consiga deixar a planta
sem restrições hídricas. Para colocar mais lenha
na fogueira... Vamos imaginar que o problema relatado acima tivesse
resolvido. Dessa forma conseguiríamos determinar o consumo de
água (em litros) de uma planta isolada dentro de um lisímetro.
Como transformar essa evapotranspiração da cultura em
litros para milímetros???? Jose Alves Junior
kc
Data: Thu, 14 Aug 2003 11:37:23 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Nildo... Acredito que o problema que o Cláudio levantou
é o seguinte: se não existe uma métodologia para
se determinar o consumo de água de plantas isoladas, então
vamos cria-la. O que não podemos é continuar irrigando
pomares, e dimensionando sistemas de irrigação, e até
mesmo discutindo outorga de uso de água para agricultura, se
não sabemos o quanto de água que as culturas consomem...Não
podemos tampar nossos olhos para esse problema e continuar usando coeficientes
que não sabemos como foi determinados, em que tipo de solo, em
que parte do mundo e para que variedade, como é o caso dos Kc
da (FAO). Diante disso que sugiro a criaçao de uma metodologia
utilizando a técnica da lisimetria. Mas, para isso precisamos
do envolvimento de todos...acredito que os profissionais dessa lista
são suficientemente capazes de gerar as discussões necessárias
e chegar ao resultado...obrigado pela sua contribuição...Jose
Alves Junior
Necessidade
de pesquisa
Data: Fri, 15 Aug 2003 08:42:33 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Será
que ninguém quer discutir sobre determinação de
Kc? Por que?Já que a pesquisa gera tantos trabalhos nessa área.
Será que estamos determinando-os de forma correta? Jose
Alves Junior
kc
é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 11:15:08 -0300
De: Tonny Jose Araujo da Silva <tjasilva@carpa.ciagri.usp.br>
Segue abaixo minha sugestão referente a convocação
do José Alves Júnior. Bom final de semana para todos do
irriga-L.
Prezado José Alves Júnior. A utilização
da evapotranspiração de referência para determinar
o coeficiente de ajuste (kc) para uma cultura inclui os componentes
de evaporação do solo e transpiração da
planta, como já discutido por nós (Prof. Tangerino, Cláudio,
Nildo, etc). Como a separação destes dois componentes
é difícil, porque não estabelecer uma relação
entre as superfícies expostas aos fatores climáticos,
sendo estas a área foliar da grama parametrizada pela FAO-56
e a área foliar da cultura. Dessa forma não dependeremos
da evaporação do solo para obtenção do kc.
Não estou falando em desprezar a evaporação abaixo
da copa, mas esta deverá ser computada como um percentual adicionado
à lâmina de acordo com a eficiência do sistema. Será
que funcionaria? O problema ainda está em determinar a área
foliar das culturas de modo não destrutivo, para acompanhar a
evolução dos estádios fenológicos de desenvolvimento.
Gostei de sua convocação para discutirmos sobre kc. É
verdadeira sua afirmação de que muitos trabalhos de kc
são gerados sem que possamos comparar sua metodologia. E o que
é pior, são utilizados no manejo da irrigação.
Será que estamos utilizando de forma racional??? Quando vejo
a tabela do boletim 56-FAO acho muito linda e gostaria MUITO!!! de aprender
a magia negra para obter aqueles números.
Injeção de Cloro
Data: Fri, 15 Aug 2003 12:03:15 -0300
De: "Marcos Alves" <alves@uflanet.com.br>
Caros colegas, gostaria de saber informações e/ou sugestões
sobre a tecnica de cloração em sistemas de irrigação
localizada, com o intuito de limpeza do sistema atacado por altos teores
de Ferro. Atualmente estamos mandando uma proposta para um cliente que
terá as seguintes condições:
a) Area total = 15 ha b) Gotejador: RAM (Netafim) autocompensante c)
Tipo de injeção: hipoclorito de sodio. Concentração
na água de irrigação 15 ppm (tratamento de choque)
com duração de 4 horas/injeção. Numero de
injeção: 5 para cada setor. Curiosidade: o gotejador citado
apresentou um aumento de vazão quando "entupido". Segundo
tecnicos da empresa esta situaçào é possível
`(e é caracteristica) em gotejadores auto-compensantes, uma vez
que a "sujeira" calça a membrana responsável
pela compensação. Este aumento de vazão foi comprovado
atraves de ensaio de vazão no campo, seguindo metodologia para
gotejadores. Agradeço desde ja as sugestões. Tenham todos
um otimo fim de semana Marcos Alves
Injeção de Cloro
Data: Fri, 15 Aug 2003 14:30:10 -0300
De: Ronaldo Souza Rezende <rsrezend@carpa.ciagri.usp.br>
Observe que, diferentemente do cálculo de concentração
de soluções salinas, a concentração final
de cloro livre na água a ser tratada (cloro livre é o
que interessa) não é função direta da quantidade
calculada de cloro (para atingir, p.ex., 15ppm). O cálculo deve
levar em conta a demanda intrínsica da água, por cloro.
O ponto porém é outro; o cloro é um oxidante e
sua ação em águas com teor de ferro seria a de
oxidar esse elemento ainda em estado solúvel (Fe+2) para uma
forma de menor solubilidade (Fe+3), precipitando-o.... se o sistema
já foi afetado, a eficiência do tratamento fica comprometida,
pois o ferro já passou para estado de Fe+3. Realmente o aumento
de vazão é comum nesse tipo de emissor, pelo motivo que
lhe foi explicado. Eng. Agro. Ronaldo S. Resende Embrapa Tabuleiros
Costeiros (79) 217-1300 R-1354 Aracaju-Se
kc é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 15:37:29 -0300
De: João Antonio Galbiatti <galbi@fcav.unesp.br>
Caros amigos Não vou entrar nesta "briga", mas gostaria
de sugerir uma reunião específica sobre este assunto,
onde poderíamos discutir os problemas e elaborarmos um projeto
temático para futuras pesquisas. Abraços João Antonio
Galbiatti
Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Fri, 15 Aug 2003 17:05:04 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Prezados Colegas da Irriga-L O Boletim n. 56 da FAO, encontrado gratuitamente
em http://www.fao.org/docrep/x0490e/x0490e00.htm#Contents
trás alguma informação (pag. 184-185) sobre a correção
de plantas em condições não-tipicamente agrícolas.
A determinação do kc em plantas isoladas é algo
que demanda atenção redobrada. Nos anos 60 o IAC tinha
uma planta adulta de café sendo monitorada num lisímetro
de pesagem, aqui em Campinas, SP. A excessiva exposição
daquela unica planta (isolada) ao sol (ao ambiente) e o cálculo
do consumo de água sendo baseado na pequena área do lisímetro
produziu valores de evapotranspiração maiores do que 10
mm. Planta isolada não adimite a terminologia milimetro ... sem
incorrer em erros! O cálculo em litros por planta por dia incorreria
em menor erro do que em mm. O uso da área foliar da planta ou
outras informações "fitométricas" são
de grande utilidade para a transferência da informação
(muito melhor do que idade ou dias após o plantio). Concordo
que há necessidade de melhor discutirmos os vários aspectos
ligados a estimativa de kc e, principalmente, sobre a adoção
da nova metodologia da FAO. Bom final de semana à todos. Flávio
Arruda Pesquisador Científico IAC
Concurso para PqC I no IAC
Data: Fri, 15 Aug 2003 17:50:09 -0300
De: Regina Célia de Matos Pires <rcmpires@iac.sp.gov.br>
CONCURSO PARA PqC I NOS INSTITUTOS DA APTA
Saiu publicado no D.O. de 13/8/2003, Seção I, páginas
45 a 54 a abertura de inscrições para o concurso. Para
o IAC teremos 69 vagas nas seguintes áreas: Manejo de Culturas
( 20) : Cana -6; Citros - 1; Frutas - 3; Horticultura - 6; Café
- 2 e Grãos e Fibras - 2. Melhoramento Vegetal (23) : Cana -
3; Citros - 1; Frutas - 6; Horticultura - 3; Café - 3; Grãos
e Fibras - 7. Biologia Molecular Vegetal (7) Hidrometeorologia e Análises
de Risco (5) Tecnologia de Pós-colheita (6) Solos e Recursos
Agroambientais (8). inscrições de 22/9 a 10/10. Todas
as informações para o concurso no IAC e demais Institutos
de Pesquisa da APTA - Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo estão disponíveis no site - www.apta.sp.gov.br
kc é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 22:22:21 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Joao, Sem dúvidas 'os finalmente' deverão ser feitos pessoalmente
por um grupo Mas deveríamos adiantar bem o assunto aqui na lista.
Prestigiariamos o Fernando, a lista e teríamos muitos mais 'palpiteiros'
q nos ajudariam muito com suas idéias conforme eu e Fernando
temos batalhado muito a grande serventia de listas como esta é
recolher o maior numero de ideias sobre determinado assunto. Sugiro
como o assunto é polemico e terá q ter sem dúvidas
muitas discussoes técnicas q alguem se ofereça a coordenador
do assunto pela lista. Seu trabalho será arquivar todos os emails
a respeito e depois fazer um resumo das opiniões de todos e convocar
os voluntários depois para a reunião final Nao esqueçam
, qq opinião sobre o assunto deve ser feito através das
listas assim todos podem partilhar, aprovando ou sugerindo outros caminhos.
A braços a todos.
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Mon, 18 Aug 2003 17:39:06 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos da lista...acredito que já é concenso entre
nós a importancia de criarmos uma metodologia para determinação
de Kc para plantas isoladas...escrevo isso, devido a discussão
gerada sobre esse assunto durante as duas últimas semanas...estou
certo que juntos poderemos discutir e chegar a bons resultados... Achei
fantástica a propósta do amigo Galbiati em fazermos uma
reunião para discutirmos o assunto...porém, todos nós
sabemos da dificuldade que temos para deslocarmos de nossas cidades,
deixando nossos afazeres e etc e etc...diante disso, não discarto
a possibilidade de um dia fazermos essa reunião, mas, acredito
que muita coisa pode ser discutida e criada virtualmente utilizando
essa Lista...Eu proponho ser o intermediador da discussão...E
para isso achei melhor e mais organizado montar um questionário
inicial com peguntas básicas, para iniciarmos as discussões...os
interessados deverão se identificar e responder logo abaixo de
cada pergunta no próprio editor de texto do email...Todos poderão
contestar a resposta do outro...quando as discussões esfriarem,
um resumo geral sobre o primeiro questionário será lançado
por mim, assim como uma nova série de perguntas...assim sendo
segue as 03 três primeiras:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada?
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta
dentro do lisímetro? Qual sistema e frequência da irrigação?
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar
do mundo?
Jose Alves Junior
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Mon, 18 Aug 2003 22:39:07 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Prezado José Alves, Aqui vai a minha pequena contribuição
ás suas 3 perguntas:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada?
IDEALMENTE DEVERÁ TER ÁREA SUFICIENTE PARA EXPANSÃO
NORMAL DE SUAS RAIZES, COMO MÍNIMA A ÁREA SOB A PROJEÇÃO
DA COPA E COMO MÁXIMA A MESMA ÁREA JUNTA COM A PROJEÇÃO
DA SOMBRA. SE CERTAS PLANTAS FOREM DEMASIADO GRANDES PARA SE TORNAR
PRÁTICA A MEDIÇÃO, TRABALHE-SE INICIALMENTE COM
PLANTAS DE PORTE ADULTO MENOR.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta
dentro do lisímetro?
COM EQUIPAMENTO DE ASPERSÃO DE COBERTURA HOMOGÊNEA NUMA
DOTAÇÃO COMPATÍVEL COM A CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO
DO TERRENO.
Qual sistema e frequência da irrigação?
ASPERSÃO POR MICRO ASPERSORES CONVENIENTEMENTE LOCALIZADOS E
ESTUDADOS PARA QUE A HOMOGENEIDADE SEJA ASSEGURADA E SEMELHANTE Á
MELHOR CHUVA NATURAL, COM GOTA FINA E MILIMETROS DE PROFUNDIDADE ADEQUADOS.
ENFIM FAZENDO OU TENTANDO FAZER MELHOR QUE A NATUREZA. A FREQUÊNCIA
SERÁ DETERMINADA EM FUNÇÃO DO TEMPO QUE DECORRER
ATÉ AO CONSUMO DE 1/3 DA CAPACIDADE DE CAMPO. QUANDO ATINGIDO
ESSE PONTO, REPOSIÇÃO DESSE VOLUME CONSUMIDO.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar
do mundo?
É AÍ QUE OS ESTUDOS CHEGARÃO. VAMOS RESPONDER DEPOIS
DE ENCONTRARMOS CORRELAÇÃO COM OUTROS LUGARES DO MUNDO
. DE OUTRA FORMA ESTAREMOS GENERALIZANDO, COMO VIMOS FAZENDO COM FÓRMULAS
IMPORTADAS, CHEGANDO Á CONCLUSÃO DE QUE HÁ ALGO
DE ERRADO NESSE REINO.
Atenciosamente, Engº Jorge de Sousa jorge@nortecnet.com.br 0xx3838212224
Fórum_de_Disc ussão_sobre_Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 08:42:38 -0300
De: fcmendon@ig.com.br
Prezado José Alves, Aqui vão meus dez centavos nesta discussão:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada?
Se você for considerar irrigação localizada, a resposta
do Jorge está correta (projeção da copa). Caso
se considere irrigação por aspersão, será
interessante ter uma área descoberta em torno da planta.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta
dentro do lisímetro? A reposição deverá
ser feita a maneira mais semelhante possível ao que o sistema
de irrigação aplica, a fim de imitar as condições
normais de campo. Qual sistema e frequência da irrigação?
Acredito que os sistemas de irrigação por microaspersão
sejam os mais adequados. Porém, pode-se irrigar por aspersão
convencional, sobre a planta, para imitar a irrigação
por pivô ou autopropelido.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar
do mundo? Acredito que não, devido às particularidades
climáticas, tais como efeito oásis em climas semi-áridos,
fotoperíodo, temperatura, ventos e umidade relativa do ar. Portanto,
proponho a interessante idéia de se criar uma rede de pesquisa
sobre consumo de água e determinação de coeficientes
de culturas. Pode parecer mania de grandeza, mas a água é
recurso escasso e merece nosso respeito e consideração.
Atenciosamente, Fernando Campos Mendonça
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 10:05:57 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José, a discussão sobre o consumo de água
de planta isola está um tanto vaga e seria bom que fosse especificado
melhor o problema. Em primeiro lugar seria muito bom que fosse definido
o que é planta isolada, qual espécie vegetal e qual o
objetivo das determinações. São questões
fundamentais pois dão indicativas de como deverão ser
tratados os resultados e qual a precisão necessária. Veja
por exemplo as diferenças que podem produzir: - Planta isolada
com ou sem forração ou plantas invasoras, em área
de terra ou numa calçada. - Árvore, arbusto, etc ... -
Objetiva-se paisagismo, pomar comercial ou outra. Mais importante do
que tudo é a utilização de um modelo que represente
a influência dos principais fatores intervenientes, que expresse
o comportamento da planta e que seja possível utiliza-lo para
estimativas em outros locais. A grande contribuição do
Boletim 56 da FAO é que ele trás algumas formas de se
operacionalizar tudo isso. O recente (2002) livro "Irrigação"
vol. 1, da Soc. Brasileira de Engenharia Agrícola - SBEA - apresenta
dois capitulos sobre evapotranspiração e kc. Todos que
se interessam por kc deveriam aproveitar do conhecimento que lá
está disponibilizado.
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada?
No geral, o suficiente para ser representativo do sistema produtivo
vegetal e para supri água e nutrientes à planta. Não
há necessidade de ser um lisímetro. Métodos de
fluxo de seiva podem produzir os mesmos resultados de maneira muito
mais barata e com boa precisão.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta
dentro do lisímetro?
Tanto faz a forma e o intervalo de aplicação de água
desde que o modelo leve em consideração o molhamento da
superfície do solo e o efeito do estresse hídrico na transpiração
da planta.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar
do mundo?
A rigor, dificilmente uma combinação de situação
de cultivo, umidade do solo, condição ambiental se repete
num mesmo local ... e muito menos em outro. Por isso a necessidade de
uso de modelos. Espero ter trazido alguma luz a esse assunto. Flávio
Arruda Pesquisado Científico - IAC Centro de Ecofisiologia e
Biofísica
Fórum deDiscussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 13:07:46 -0300
De: "cfsouza" <cfsouza@bol.com.br>
Olá Prof. Flávio, Aproveitando sua primeira resposta.
Eu sugiro a consulta deste trabalho sobre fluxo de seiva utilizando
a técnica da TDR. Nadler, A; Raveh, E.; Yermiyahu, U.; Green,
S. R. Evaluation of TDR use to monitor water content in stem of lemon
trees and soil and their response to water stress. Soil Sci. Soc. Am.
J. 67:437-488, 2003. Um abraço, Claudinei
Comentário sobre kc
Data: Tue, 19 Aug 2003 13:31:37 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Jose Alves... Antes de entrar nessa questão (tamanho do lisimetro,
sistema)...gostaria de sugerir.... Por que nao estudarmos somente a
evaporação do solo, via lisimetro sem planta...sob os
sistemas de irrigação...e para dois tipos de solo como
arenoso e argiloso, por exemplo? De posse desse valor conseguiriamos
isolar o componte transpiração no lisimetro??
O que vcs acham?
Respondendo kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 14:36:01 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Jose Alves
Para não fugir da sua pergunta...então respondo...
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada? Qualquer um, desde não
impessa a livre extração de água pela planta
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta
dentr o do lisímetro?
Deve ser de tal maneira que eu consiga saber o quanto vai ser perdido
por apenas a evaporação
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar
do mundo?
Não...pois no kc esta incluso o componete evaporação
que depende do solo e da área molhada (chuva e sistema de irrigação)...que
podera variar...
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 16:18:57 -0300
De: "Luiz Carlos Pavani" <lcpavani@fcav.unesp.br>
Olá pessoal da lista: Estava apreciando a discussão sobre
Kc em plantas chamadas "isoladas" em lisímetro, nesses
dias passados. Concordo com todas as observações feitas
pelo colega Flávio Arruda do IAC. Também acho que falta
muita definição no que está sendo proposto. Uma
planta de laranjeira com apenas dois anos, dentro de um lisímetro
que está no meio de uma área de 10 hectares plantada com
a mesma variedade, da mesma idade, é uma planta isolada? E quando
estas plantas tiverem 15 anos, em que não há mais espaçamento
livre entre plantas na linha, mas há na entre-linha? E a influência
da textura da camada superficial do solo na velocidade de secamento
da superfície? E a influência do próprio lisímetro
no desenvolvimento do sistema radicular em uma condição
e na outra? Que tamanho deverá ter o lisímetro? Quantos
espaçamentos diferentes se usa hoje em dia em pomares de citros
(5 x 4m; 6 x 4m; 7 x 3m; 8 x 4m, etc.), por exemplo? Quantos tipos de
manejo da cobertura vegetal do solo (sem cobertura, com grama, com leguminosas
como adubo verde, com cultura intercalar, etc.)? Quais os métodos
de irrigação que podem ser utilizados: sulcos, bacias
de infiltração, aspersão convencional, autopropelido,
pivô-central, microaspersão, gotejamento com linha simples
ou linha dupla, gotejadores na superfície ou em subsuperfície?
O pomar onde está o lisímetro está sendo nutrido
como, via água de irrigação ou a lanço,
manualmente? Como esta adubação está sendo parcelada?
e ela foi baseada na análise de solo e planta e será aplicada
conforme a curva de exigência nutricional da cultura? E as diferentes
combinações de porta-enxerto/copa? E agora com a subenxertia
em função do Morte Súbita dos Citros? E a CVC,
que antes de se manifestar visualmente já está compromentendo
o fluxo de seiva da raiz para a copa? Como será obtida a ETo:
será medida em lisímetro com grama, com bordadura suficiente
(que no nosso inverno não se mantém nas condições
preconizadas para uma cultura de referência) ao mesmo tempo que
será medida a evapotranspiração diária da
cultur no lisímetro, ou será estimada por meio do método
de Penman-Monteith parametrizado por ALLEN et al. (1998), no Boletim
56 da FAO; ou será estimado pelo método do Tanque Classe
A com valores diários de evaporação, ou com médias
de cinco dias, ou de dez dias, ou mensais; será estimada pelo
método de Hargreaves, Penman ou qualquer outro dos tantos que
existem? E a precisão, exatidão dos sensores e outros
erros embutidos nos métodos, nos sensores e nos equipamentos
utilizados? Vejam que as variáveis que podem estar interferindo
nos valores finais do Kc podem não ser locais e nem serem percebidas.
Por isso muitas pesquisas já foram feitas sobre evapotranspiração
e muitas ainda serão. Como disse Stanhill, se pegarmos todas
as folhas dos trabalhos que já foram publicados sobre evapotranspiração
e as espalharmos sobre a superfície do planeta, cobriríamos
uma grande parte dela e diminuiríamos em muito a evapotranspiração.
Acho que o Boletim 56 da FAO é uma grande contribuição
e um grande passo para um manejo mais inteligente da irrigação.
Como diz o ditado "a perfeição é uma meta".
O grande problema, com a escassez de água batendo à nossa
porta, é de como viabilizarmos operacionalmente o conhecimento
que já temos engavetado, publicados em periódicos científicos
e técnicos, em boletins, em congressos, etc. transformando-os
em programas de extensão. Será que os programas para financiamento
de eauipamentos de irrigação não deveriam exigir
também uma proposta de manejo de irrigação para
a(s) cultura(s) que o irrigante pretende irrigar, assinada por um profissional
competente? Esse programa sendo efetivamente implantado não poderia
servir de desconto na futura (em algumas regiões já é
atual) cobrança pelo uso da água? E olha que a irrigação
será taxada quase que em dobro, pelo volume de água captado
e não devolvido (estimado em + ou - 93% do volume captado). Se
nós conseguíssemos que os irrigantes medissem decentemente
pelo menos a chuva já não seria um grande passo? Sei que
minha intervenção foi muito longa, mas espero ter colocado
mais um pouco de lenha na fogueira para que ela não se apague.
Abraços e continuemos evapotranspirando em busca da solução!
Luiz Carlos Pavani FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal Fone: (0 16) 3209-2637
Fax: (0 16) 3203-3341lcpvani@fcav.unesp.br
kc é igual...
Data: Tue, 19 Aug 2003 17:29:03 -0300
De: "Pedro Cunha" <cunha@ana.gov.br>
Caros colegas da Lista de irrigação; Estamos de pleno
acordo de que deva ter mais pesquisas com as metodologias de calculo
de demanda hídrica e conseguentemente os Kc, fazendo um banco
de dados de valores por região e cultura.Seguem anexo a titulo
de divulgação: 1) a planilha
de calculo de demanda hídrica que usamos aqui na Agência
Nacional de Àguas -ANA - Superintedência de outorga e Cobrança-SOC
em Brasilia-DF, para as outorgas de irrigação, onde entra
os valores mensais de Kc, que se mais precisos podem favorecer um manejo
com maior eficiência do uso da água. 2) algumas instruções
do preenchimento desta e orientações
do encaminhamento do pedido de outorga em mananciais federais 3)
Uma lista dos mananciais federais
principais. Creio tambem que poderia ser viavel o financiamento de pesquisa
deste tema junto aos fundos setoriais como o Fundo Setorial de Recursos
hídricos, que já teve alguns editais com o tema irrigação,
mais informações pode ser encontrada no site da Finep
http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/ct_hidro/ct_hidro_editais.asp
Estamos a disposição para qualquer esclarecimento.
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 19:24:28 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Pavani, Você não se deteve apenas na evapotranspiração
nem nos lisimetros. Deu uma passeada federal no âmbito geral e
lembrou a todos nós que a produção de alimentos
é uma equação muito mais complexa. Vimos como a
discussão de um iten, a evapotranspiração, moveu
a discussão também para a globalidade da questão.
Poderia também ter passado pela abundância atual de alimentos
e poderia ter conjecturado sobre se a fome zero de facto existe na dimensão
politica espanejada, ou se por alguma razão é mais um
degrau para alguns subirem no palco. Por enquanto, parabéns pela
sua abordagem e também parabéns pelo diálogo entre
o grupo que está bem mais aquecido e interessante. Acrescentaria
ainda, sem esquecer que estamos centrados na evapotranspiração
, um reforço á sua ideia de se cuidar da agricultura com
profissionais competentes. Iria mais longe, competentes e bem pagos,
empenhados em profundidade na produtividade, no bem estar social , na
ecologia de sistemas económicos, produtivos auto sustentados.
Mais do que a assinatura fugidia de um profissional competente, a agricultura
exige um esforço maior e mais atento in loco. Mais do que 2%
de comissãop pela assinatura, um empenho premiado com produtividade,
economicidade e representatividade da Agricultura Brasileira no Cenário
Mundial. Mais do que estabelecer as bases teóricas para o calculo
do Kc, será importante que seja o mesmo entendido e aplicado
pela classe de agricultores ou de seus executores de campo, no sentido
do melhor uso da escassa água. Um lembrete: A Agricultura é
séria demais para ser apenas o último reduto empregatício
dos que não encontram emprego nas outras áreas da economia.
Também o facto de se nascer na zona rural não me parece,
tal fato por si só, suficiente para qualificar o cidadão
como agricultor. A terra como a água, é também
um património escasso e em acelerado processo de exaustão
de fertilidade, se não invertermos certos procedimentos exploratórios.
Se não cuidarmos dela com profissionais competentes, talvez sobre
Àgua e falte Terra Abraços a todos. Jorge de Sousa
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 08:36:05 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Claudio, Sua
resposta da pergunta 1) não ficou muito clara, pelo menos para
mim. Agora estou interessado no assunto...1)
Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo
de água de uma planta isolada? Você
respondeu: "qualquer um, desde não impeça a livre
extração de água pela planta". Qual
esta área em m2? Você teria um exemplo para uma cultura
específica? Como vc sabe que determinado lisimetro está
impedindo ou não a extração normal de uma cultura?
Há dados na literatura?
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 09:20:14 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Pavani, Muito
boa sua intervenção sobre o assunto. Então eu começo
a questionar se estamos no caminho certo ou não, ou seja, será
que estamos colocando a "carroças na frente dos bois"?
Trabalhei em um projeto de pesquisa cujo objetivo era definir para os
agricultores a melhor estratégia de manejo de irrigação
por sulco no perímetro irrigado. Acho que não atingiu
os objetivos, pois os agricultores não sabiam construir os sulcos
corretamente do ponto de vista técnico(sistematização).
A informação que ele precisado não era apenas esta.
Acho que as informações tem que chegar até o agricultor,
pois pelo que entendi seria um grande passo se os irrigantes medissem
decentemente pelo menos a chuva. Se parar as pesquisas e melhorar a
extensão rural poderiamos avançar? Então não
vale a pena ficar pesquisando sobre irrigação (Kc, fertirrigação,
salinidade e etc), caso não se resolva o maior problema da agricultura
que é a democratização tecnologia e da terra. Na
minha opinião de nada vale a ciência se não amenizar
a miséria humana. Ou será que isto não faz parte
da lógica do sistema e também não é o objetivo
da universidade ou dos centros de pesquisa?
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 11:16:49 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Olá
Nildo e amigos da lista...A
minha opnião é a de que ate mesmo sob cultivo hidroponico
a cultura poderá ir bem...a unica obrigatoriaedade seria a manutencao
de um nivel otimo de umidade no solo e que o compartimento suportasse
o volume das raizes (que pode se concentrar ou não)...ou dizendo
melhor, não acho que devemos ter tanto rigor quanto a forma da
caixa e sim sabermos separar o componente evaporação da
transpiração...De novo, volto a falar que não conheço
nada a respeito na literatura..falo apenas de experiencia pratica..se
algum colega conhece poderia contribuir...Quanto
ao seu questionamento sobre a assistencia rural, eu penso que há
agricultores bons e ruins, não podemos generalizar...mas em ambos
os casos, em algum momento, as nossas pesquisas irao valer...não
acho que devemos nos preocupar se utilizam ou não agora...nós
jah sabemos a importancia do trabalho...
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 13:23:43 -0300
De: "Camilo L. T. Andrade" <camilo@cnpms.embrapa.br>
Aos interessados
nos lisímetros consultar as seguintes literaturas:
Aboukhaled,
A; Alfaro, A; smith, M. 1982. Lysimeters, FAO irrigation and drainage
paper 39, FAO, Rome, 69p.
Allen, R.
G.; Howell, T. A.; Pruitt, W. O.; Walter, I. A.; Jensen, M. E. 1991a.
Lysimeters for evapotranspiration and environmental measurements.
ASCE, Honolulu, Hawaii, 1991. 444p.
Esta última,
do meu ex-orientador tem várias considerações sobre
os efeitos da forma dos lisímetros, profundidade, borda, bordadura,
área, etc. nos valores de ET. A
teoria por tras de lisímetros é extremamente simples e
direta. Os resultados práticos, todavia, são muitas vezes
desanimadores...Tenho
lisímetros simples de drenagem para estudos de meio ambiente.
Os resultados que tenho obtido, em termos de evapotranspiração,
não são muito bons. Vários erros são cometidos
na medição dos componentes do balanço de água.
Por incrível que pareça, no meu caso, os maiores erros
estão na medição da entrada de água via
chuva ou irrigação. Em segundo lugar a medição
da umidade do solo. Outros colegas (Ricardo Fietz da Embrapa Dourados
e Renato T. Faria do Iapar) têm trabalhado com lisímetros
de balança (pesagem) eletrônicos. Não sei como estão
os resultados deles. Tive
a oportunidade de ver um sistema de manejo na Costa Rica baseado no
monitoramento contínuo do solo que, na verdade, integra os efeitos
da atmosfera sobre a planta. Me pareceu muito bom, mas tem limitações
também, como todos os outros métodos de manejo da irrigação.
A vantegem é que ele não precisa de Kc. A maior desvantagem
é o custo alto do sistema de
monitoramento e o efeito da variabilidade do solo na hora de decidir
onde instalar o sensor de umidade. Espero
não ter confundido ainda mais a platéia! Camilo
de Lelis Teixeira de Andrade
Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 13:42:42 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Nildo,
Parar a pesquisa,
não é necessário, nem conveniente, e diria também
que não seria de todo sensato. Porém
você tem razão quando aponta outros setores das práticas
agricolas que representam desperdícios de água muito maiores
ou falhas na agricultura muito mais significativas que também
urge resolver. Em suma , todo o técnico que não quer errar
muito, vai á prateleira tira um Daker , confere alguns Kc e tira
um azimute médio que lhe permite resolver o projeto de irrigação
com , por exemplo, 8 mm/dia, para uma dada região. Já
estará muito próximo de uma utilização racional
da água, mas queremos mais rigor. Olhando para o que vai no mundo,
e para os agricultores que não têm esses balizamentos da
técnica, a qual ao que parece, ainda tem ferramentas menos precisas
, ou pelo menos por enquanto questionáveis, nos assustamos com
os elevados riscos que a agricultura enfrenta. Significa que não
podemos esquecer os grandes erros que grassam por aí, mas podemos
levar também os pequenos acertos da técnica. Quando tivermos
mais consciência do que representa saber resolver os problemas,
certamente teremos a pulsão de dirigir esse conhecimento á
extensão rural para multiplicar os efeitos benéficos.
No mais a sua postura se assume como um grito de alerta muito oportuno
para o momento. O Kc é muito importante e teremos ao longo do
diálogo muitos e bons subsidios para melhorar essa ferramenta
técnica. Como fabricante de equipamentos de irrigação
e como projetista, sempre contei com aquilo que Cientistas de renome
internacional fizeram para aprimorar o uso da água na irrigação
e posso afirmar que o Kc é fundamental , bem como toda a hidraulica
aplicada á agricultura.
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:12:15 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Obrigado
Camilo pelas citações e comentários....Nos,
ESALQ tambem temos lisimetros de pesagem em dois tamanhos (12,56,
5,72m2) em lima acida tahiti e o mesmo problema que vc tem enfrentado
é o nosso...por isso acho importante o estudo da evaporação...as
plantas aparentemente apresentam o mesmo porte...Valeu
e tb espero ouvir os comentarios dos demais colegas e aprender cada
vez mais...
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:37:46 -0300
De: Edivaldo Casarini <ecasarin@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Camilo
gostei muito das suas informações.... Obrigado
Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:51:37 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Listeiros,
Em primeiro quero parabenizar o Fernando q conseguiu uma verdadeira
discussao em sua lista. Elas servem para isto.Nao
vou palpitar sobre lisimetros pois minha competencia no assunto é
diminuta.Mas
quero chamar atençao dos participantes quanto ao 2 paragrafo
da mensagem do Camilo Há
realmente bons e maus em qq ramo de atividade. Muitos 3% dos visitantes
do Ruralnet vão a página http://www.ruralnet.com.br/artigos/
procurando o q vcs colocaram lá para ter maiores conhecimentos
. Infelizmente ainda temos muito poucos trabalhos, conferencias, defesas
de tese dos senhores para ajudar aos agricultores e pecuaristas que
desejam ter maiores conhecimentos Quem
tem acesso a uma defesa de tese ? a um trabalho colocado em um Congresso
ou Simpósio? É
facinho colocar dêem uma forca. Abraços
a todos
Resumo do Debate sobre Kc...
Data: Thu, 21 Aug 2003 14:50:55 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos
debatedores sobre o tema: "Kc é igual?"...apresento-lhes
o resumo do debate da semana (14 a 21/08/2003)...onde
foi apresentado aos senhores um questionário contendo 03 (três)
perguntas básicas sobre o tema. Questões essas, suficientemente
capazes de gerar muita discussão. Dessa maneira, classifico
o debate como bastante produtivo...e ainda estou certo que poderemos
gerar muitas outras discussões, somando experiências
e conhecimentos no intuito de nos aproximarmos cada vez mais da metodologia
ideal de determinação de consumo de água e Kc.
Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 21 Aug 2003 14:54:53 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Para essa
nova etapa do debate, proponho mais 03 (três) perguntas a respeito
do tema:
Situação: "Determinação do consumo
de água e Kc com uso de lisimetria de pesagem". - Cultura:
Lima Ácida "Tahiti" (Citrus latifolia TAN); - Copa
/porta-enxerto: IAC5 / Citromelo Swingle - Espaçamento: 7x4m
entre linhas e entre plantas, respectivamente. - Irrigação:
Gotejamento com 4 gotejadores (4 l/h) eqüidistantes entri si
localizados sob a copa. - Lisímetro: É utilizado 1 lisímetros
de pesagem eletrônica, com 5,72 m2 de área e 1,8 m de
profundidade. 1) Esse tamanho de lisímetro é suficiente
para se determinar o consumo de água e gerar Kc para essa cultura?
2) Como transformar o consumo diário de água em litros
para milímetros? 3) O Kc gerado, poderá ser utilizado,
para se fazer manejo da irrigação em pomares que são
irrigados por outros sistemas? Ou o Kc será específico
para gotejamento? Boa semana a todos... Jose Alves Junior
Kc? novas
perguntas...
Data: Thu, 21 Aug 2003 17:32:54 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José Alves Junior, Respondendo as suas perguntas ...1)
Esse tamanho de lisímetro é suficiente para se determinar
o consumo de água e gerar Kc para essa cultura?
A área do lisímetro parece ser bem adequada. Ainda mais
se considerar que a irrigação por gotejamento atenderá
a necessidade de água da cultura.
2) Como transformar o consumo diário de água em litros
para milímetros?
Divida o consumo de litros por planta pelo valor do espaçamento
(m2 por planta).
3) O Kc gerado, poderá ser utilizado, para se fazer manejo
da irrigação em pomares que são irrigados por
outros sistemas? Ou o Kc será específico para gotejamento?
Se o gotejamento for enterrado e a superfície do solo se mantiver
seca, então os valores de kc servirão para outras situações
similares de tamanho de planta (entenda índice de área
foliar). Nesses casos haverá necessidade de fazer a simulação
das perdas de água por evaporação. Veja a tese
de mestrado de minha ex-orientada Ana Cláudia Araújo
de Mello, aí mesmo na ESALQ, defendida em 1992. Flávio
Arruda
Kc? novas perguntas...
Data: Fri, 22 Aug 2003 00:47:36 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Flavio, Vou respondendo usando seu texto. Espero que contribua para
algum esclarecimento. Em
relação á sua resposta em 1) , penso que se deve
levar em atenção a possibilidade de ocorrerem deficiências
de micro ou oligo elementos quando se limita de alguma forma a expansão
radicular. Casos há em que as raízes mais significativas
da estrutura das plantas se desenvolvem sob a copa sombreada, mas
algumas se escapam para mais longe na busca de sabe-se lá o
quê. Casos especiais revelaram que essas raizes especiais, foram
responsáveis por diferenciais significativos de pujança
vegetal pois se relacionaram com depósitos de nutrientes localizados
em maiores distâncias. Ao se restringir a dimensão da
liberdade de qualquer raiz, pelo menos deve-se considerar a possibilidade
de alguma planta não se desenvolver dentro de um espaço
confinado por falta de sabe-se lá o quê, que pode ser
um dos nutrientes limitantes de harmonioso crescimento, mascarando
o fraco desenvolvimento com conclusões não corretas.
Será interessante nestes casos, prover um estudo paralelo de
nutrição que assegure todos os micro, oligo e macro
nutrientes, tanto dentro do lisimetro como fora nas áreas testemunha
de comparação. Embora esta minha argumentação
vá ao encontro de uma menor probabilidade de ocorrênias,
devo dizer que a prática em pomares de Espanha e Portugal tinha
como suficiente para a nutrição de pomares industriais
de maçã, pera, pêssego ameixa, etc., a área
de 25% molhada e fertilizada por sistema de gotejamento, ou seja uma
faixa molhada contínua com gotejadores de 1m x 1m ou menos,
0,75 x 0,75m em pomares com espaçamento entre linhas de plantio
de 4 meros. Mas note-se que a fertirrigação completa
estava presente e que a irrigação se fazia diversas
vezes ao dia com curtos periodos de 1/2 a 1 hora, variando conforme
textura do solo. Em
2) penso que está correto Em
3) penso que o Kc deve ser específico para cada tipo de irrigação.
Pelo menos por isto : Se não há evaporação,
porquê mentir para nós que existe? Quem faz projetos
de irrigação conhece que o cálculo de cada sistema
é diferente. Até é comum que quem sabe fazer
projetos com aspersão convencional não seja prático
em gotejamento ou em Pivot Central ou auto propelido ou micro aspersão.
Não apenas porque as fórmulas sejam diferentes mas por
tudo o que envolve cada metodo e suas ferramentas, fórmulas
e materiais. Estima-se assim que gotejamento tenha 5% de evaporação
cujo responsável seria a mancha molhada de entrada no solo
com cercad de 20 a 50 cm de diâmetro, mais alguma auréola
a certa profundidade escondida por estreita lâmina de terreno
aparentemente seco. Se os gotejadores forem enterrados e não
houver continuidade capilar que transmigre vapores evaporados por
essa estrutura de um terreno abatido com alguma chuva, poderemos considerar
que a água do gotejamento vá diretamente ás raizes
ou seja percolada quando em excesso mas tenha sua subida dificultada.Isto
pode acontecer onde os terrenos sejam cultivados na faixa superficial
em certos climas quentes para dificultar a capilaridade, empoeirando
o solo superficial, mas esses mesmos solos tendem a re-estabelecer
a capilaridade após alguma chuva que volte a abater a camada
solta cultivada anteriormente. Temos assim situações
diversas no mesmo sistema em que a função nossa de encontrar
soluções tem mais coisas em que pensar. Quando coloca
a questão de ausência de evaporação, em
função do que apresento pergunto: existe essa condição
tão simplesmente ? penso que não . Há sempre
aquecimento em profundidade do solo que tende a vaporizar e secar
a água que estará subindo por capilaridade até
certa altura do perfil embora não vejamos esse como outros
fenómenos que ocorrem. O indice de área foliar ou as
diferenças de indices podem ter sido provocados também
pelo exposto acima, pelo que penso merecer muita cautela a análise
do que acontece supostamente sob influencia da água ou de suas
variações sem se considerarem nesse processo á
máxima exaustão possível, os fatores aleatórios
de peso, o que demanda um conhecimento global da cultura, dos solos
, da nutrição em presença, bem como de doênças
e intoxicações. Obrigado
pela atenção, Jorge de Sousa
Discussão sobre kc.
Data: Fri, 22 Aug 2003 17:12:25 -0300
De: Luiz Sergio Vanzela <lsv@agr.feis.unesp.br>
Saudações
cordiais aos amigos da lista. A fim de dar uma contribuição
aos questionamentos sobre a determinação do kc, como
determinar o que realmente é evaporação do solo?
Particularmente eu já trabalhei com sonda de nêutrons
e acho que seria um ótimo método para quantificar a
evaporação de água em um certo tipo de solo (sem
nehuma cultura). Depois de determinar a evaporação da
água no solo irrigado com um certo sistema de irrigação,
paralelamente a determinação do consumo de água
por uma cultura em lisímetros nas mesmas condições,
talvez poderia-se separar as componentes evaporação
e transpiração. Nunca realizei um experimento desses,
só estou tentando dar uma idéia. Por isso espero a opinião
dos outros integrantes da lista.
Kc? novas
perguntas...
Data: Fri, 22 Aug 2003 17:16:35 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro Jorge e José, Há uma série de questões
que devem ser debatidas e estudadas sobre o sistema radicular, adubação,
porcentagem de área molhada, etc. No caso do estudo do José,
parece que a área do lisímetro abrange a copa da planta,
portanto o sistema radicular não estará tão confinado.
Normalmente nos ensaios tem sido feito análises de solo e foliar
para acompanhamento do estado nutricional, além do monitoramento
da umidade (ou tensão) do solo. Tenho, ainda, como sugestão
que periodicamente seja medido a resistência estomática
das folhas no meio do dia para verificar se não está
ocorrendo redução na transpiração em relação
ás plantas bem irrigadas fora do lisímetro. Bom final
de semana à TODOS. Flávio Arruda
Injeção de Cloro
Data: Sat, 23 Aug 2003 16:57:49 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá Marcos, olá Ronaldo! Na situação lembrada
pelo Ronaldo, em que o ferro insoluvel já se depositou na tubulação
(ver exemplo de situacao real no campo em http://www.agr.feis.unesp.br/acagua.htm),
a sua retirada deve ser feita por processo fisico, com o tratamento
de choque nao seria suficiente. Outro aspecto a ser levado em conta
é que o cloro em baixas concentraçoes funciona com biocida,
enquanto que em altas concentrações funcionaria como
agente oxidante. A concentração de 15 ppm, como proposto
pelo Marcos, seria entao muito baixa, mais para biocida do que para
oxidante. Problemas com alga tem sido tratado com concentrações
de 1-2 ppm (contínuo) ou 10-12 ppm (intermitente). Como agente
oxidante (tratamento de choque) a concentração a ser
empregada deveria ser 100ppm ou mais. Mas cuidado: se certifique que
a reação tenha sido completada antes do filtro para
que tenha eficácia na retirada do ferro, caso contrário,
se a reação se der após o filtro, vc estaria
potencializando o problema. Abracos e bom final de semana! Fernando
Tangerino
MIME-Version: 1.0
Data: Sat, 23 Aug 2003 18:45:41 -0300
De: Denis Cesar Cararo <dccararo@carpa.ciagri.usp.br>
Olá Marcos, Com relação a deposição
de ferro nos emissores, uma vez constatado que a água apresenta
alto risco a entupimento por ferro, seria interessante, além
do uso continuo de 1ppm de cloro residual livre, também o uso
de algum dispositivo de oxigenação para precipitar o
ferro antes dos filtros. Um exemplo de aerador é mostrado na
publicação da UFV: "Principais causas de obstruções
de gotejadores e possíveis soluções" de
Élio de Almeida Cordeiro, Gustavo Haddad Souza Vieira e Everardo
Chartuni Mantovani, Viçosa : Associação dos Engenheiros
Agrícolas de Minas Gerais / UFV, DEA, 2003. 41p. Há
outros tipos de aeradores, inclusive em uso em Fazendas com teor de
ferro na água acima de 0,5 mg/L, ou seja, água com potencial
para obstruir os gotejadores, ou no caso, aumentando a vazão
de gotejadores autocompensantes. Pode-se ter reduções
importantes de ferro dissolvido na água com um sistema de aeração
seguido de lagoa de deposição e filtragem. Espero ter
contribuido com informações úteis aos colegas.
Bom final de semana a todos, Denis Cesar Cararo Doutorando em Irrigação
e Drenagem ESALQ / USP
MIME-Version: 1.0
Data: Sat, 23 Aug 2003 19:11:51 -0300
De: Fernando Campos Mendonça <fcmendon@ig.com.br>
Olá Marcos e demais colegas da lista. Gostaria de acrescentar
apenas uma coisa às respostas de Ronaldo, Tangerino e Denis:
é necessário que haja um reservatório ou uma
caixa de sedimentação para que o Fe+3 se deposite no
fundo. A velocidade de escoamento nesse reservatório deve ser
bem baixa para otimizar a sedimentação. O valor de 0,1
m/s pode ser utilizado como referência, mas é interessante
fazer testes in loco. Abraço a todos, as discussões
estão muito interessantes. Fernando Campos Mendonça
Injeção de Cloro
Data: Mon, 25 Aug 2003 08:02:28 -0300
De: Ronaldo Souza Rezende <fcmendon@ig.com.br>
Olá caro Tangerino, por me reconhecido como um grande incentivador,
vc. colocou propriamente as questões relativas ao processo
de clorãção....somente repetiria um ponto: devemos
ter em mente que no tratamento contínuo, principalmente, o
teor de 1 a 2ppm deve ser de " cloro livre"....a quantidade
de cloro a ser usada para atingir esse valor irá depender da
concentração de elemetos redutores na água (Mn,
S, carga orgânica e o ferro, naturalmente). è comum precisarmos
calcular de 8 a 10ppm para atingirmos 1-2ppm. Um outro ponto: uma
das hipótese p/ explicar a ação biocida do cloro
é que ele age como oxidante de constituintes da parede celular...ao
que sei isso ainda não é um consenso. Mais um ponto:
quanto 'a tubulação, a ação física
é possível....quando no interior do gotejador (principalmente
tubogotejador), a coisa muda Um abraço a todos Ronaldo
Injeção de Cloro e desenvolvimento
Data: Mon, 25 Aug 2003 08:42:43 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
OK Ronaldo! Foi muito oportuna a sua complementação....Aproveito
para divulgar que ontem (domingo) saiu na Folha de São Paulo
(pagina B9) um materia muito interessante sobre a relação
matriz insumo-produto. A mesma autora de um trabalho anterior que
gosto de divulgar (Emprego e Crescimento Econômico: uma Contradição?,
1996, Sheila Najberg do BNDES - Textos para Discussão 48) agora
pegou R$ 10 milhoes e injetou no setor produtivo (antes ela gastava
R$ 1 milhão, ou seja, comprava produtos e verificava qtos empregos
havia por trás dos produtos comprados, agora ela investe na
produção) e verificou o potencial de criação
de empregos diretos, indiretor e o efeito na renda. Estamos preparando
os graficos para disponibilizar no Portal da Area de Hidraulica e
Irrigação (uma vez que estes estão disponiveis
apenas no jornal impresso), mas vcs podem conferir on line (se tiverem
acesso ao UOL) em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2408200316.htm
Para nós que labutamos com agricultura é bom saber que
(dados oficiais): Os trabalhadores em atividade agrícola representam
20,6% do pessoal ocupado em 2001. Em 2002, participavam com 28,3%.
O Setor é importante ou não? Confira o texto principal
abaixo...Abracos e aproveitem bem a semana! Fernando Tangerino
Kc? novas perguntas...
Data: Tue, 26 Aug 2003 18:16:07 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro amigo Flávio Arruda ...hoje mesmo li a dissertação
de mestrado (da sua orientada Mello, 1992) sugerida por vc...achei
muito interessante o trabalho e diante do que foi lido por mim gostaria
que vc me ajudasse a definir o que seria o Kcb de uma planta isolada
como o citrus...A minha sugestão é a seguinte: O Kcb
do citrus é o consumo de água da planta extraída
por transpiração e por evaporação na região
da saia da planta (projeção da copa), dividido pela
ETo. Esse Kcb determinado seria o próprio Kc já multiplicado
por um Kr (coeficiente de cobertura). Kcb esse que seria utilizado
para dimensionamentos e manejos de sistemas de irrigação
localizados. E quanto a sua resposta do questionário eu gostaria
de contestar o seguinte: Eu acredito que não devemos dividir
o consumo de água em litros pela área total do espaçamento.
Pois, dessa forma estaremos diluindo o consumo de água localizado
em área total. Acredito ainda, que o consumo em litros deve
ser dividido pela área de influencia do sistema radicular.
A evapotranspiração da cultura (ETc) determinada dessa
forma, por mim sugerido, garante a reposição correta
de água na área de influencia do sistema radicular,
através da aplicação dessa lamina por qualquer
sistema de irrigação. Enquanto que da forma sugerido
por vc isso não aconteceria, o consumo de água da planta
seria espalhado em toda área do espaçamento, caindo
pouca água onde realmente interessa. Faríamos dessa
forma uma irrigação com déficit. José
Júnior
Kc? novas perguntas...
Data: Wed, 27 Aug 2003 15:12:26 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José, O coeficiente de cultura basal (kcb) é a
parte do kc que permite calcular a transpiração da cultura,
na condição de superfície do solo seca, mas sem
deficiência hídrica que induza à fechamento de
estomatos e restrição à transpiração
da planta. O uso de Kr foi uma tentativa feita no passado para
considerar mais a transpiração da planta nos projetos
de irrigação por gotejamento. Por favor, observe que
na literatura internacional recente não se usa Kr para tal
fim. Modernamente utiliza-se a terminologia resumida no boletim 56
da FAO ... etc ... etc ... e a separação da evaporação
e transpiração. Acho que Kr nunca foi bem explicado
cientificamente na literatura. Quanto ao uso de "mm"...
O consumo de água pode ser expresso em milimetro, mm por dia,
litros por dia por planta, acre-pé ou hectare-mm, m3 por ha,
etc. O importante é expressar de uma forma compativel ao uso
que se vai dar ao valor obtido. Acho que vc. deveria conversar sério
com seu orientador sobre esse assunto, pois não consigo entender
via e-mail esse conceito de "planta isolada" dentro de um
pomar. Grande abraço à todos Flávio Arruda
Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 08:16:37 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Caro José e amigos do IRRIGA-L, bom dia! Na minha opiniao se
utilizarmos o espacamento entre plantas teremos obrigatoriamente que
utilizar o Kr, pois senão estariamos pegando toda a agua que
seria dada à area cultivada e simplesmente dividindo igualitariamente
pelas plantas cosntantes desta area, ou seja, a água que na
aspersao estaríamos dando para o "mato" das entre
linhas, estaríamos entregando no "pé da planta"
e neste caso corremos o risco de provocarmos lixiviação,
que ocorreria em maior intensidade, uma vez que partirmos do pressuposto
que em condicoes de irrigacao localizada está sendo feito fertirrigacao.
Assim, se utilizarmos a projeção da copa ou a area efetiva
das raizes, poderiamos entao deixar de lado o Kr, que em termos praticos
é uma outra fonte de confusao para o irrigante. Projecao da
copa ou area efetiva de raizes????? A projeção da copa
é fácil de medir e lembre-se que o Kr é calculado
atraves da propria projecao da copa, havendo ao menos tres equacoes
para calcular o Kr. Creio que o mais adequado seria trabalhar com
a area efetiva das raizes, mas quem tem estas informaçoes?
Havendo diferente comportamento das raizes em funcao da combinação
copa/cavalo e até mesmo do sistema de irrigacao utilizado,
como saber na pratica qual é o valor correto? O irrigante teria
que abrir trincheiras em suas lavouras? Existem poucos estudos comraizes
na cultura da laranja e até mesmo sobre o manejo da irrigação
na cultura? Qual a duração do stress hidrico que se
deve dar à Pera Rio para que se tenha uma otima produção?
E em outras copas? O porta-enxerto afetaria a duração
do stress? Realmente, a laranja é uma cultura de grande expressao
economica, cada vez mais dependerá da irrigação
(uma vez que o limão cravo, mesmorustico, tem apresentado problemas
serios com a morte subita) e devemos ter condicoes de oferecer respostas
adequadas para que a tecnologia da irrigação seja usada
eficientemente. Voltando: pela praticidade e no momento atual, a base
de conversao de mm para litros e vice-versa, creio deverá ser
a projecao da copa. No futuro, quando dispusermos de informações
confiáveis e em quantidade sobre o comportamento do sistema
radicular em varias combinações de copa/cavalo, tipo
de solo e equipamento de irrigação, faríamos
a adequação para a area efetiva do sistema radicular.
Abracos a todos e tenham um bom finla de semana! Fernando Tangerino
Kc? novas
perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 09:49:45 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José e demais colegas: A questão não é
propriamente a transformação para mm, mas a separação
entre a evaporação e a transpiração. Tem
razão ao dizer que é problema ter um lisímetro
com área menor que o espaçamento da cultura e que apresenta
evaporação direta do solo. Agora é tarde para
mudar espaçamento ou área do lisímetro! Vejo
duas possibilidades simples: 1. Tratar o consumo de água no
lisímetro como transpiração. Para tanto, vc.
deve impedir a evaporação direta do solo no lisímetro.
2. Continuar fazendo como está, mas medir também a variação
da umidade do solo na área fora do lisímetro. Há
outras soluções mais complexas. Refiro-me a uma modelagem
mais adequada do seu sistema e a medição direta da transpiração
por fluxo de seiva. Sugiro que converse, pessoalmente, com o Prof.
Angelocci sobre esse assunto. Grande abraço à todos
Flávio Arruda
Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 11:56:19 -0300
De: "Roberto T. Atarassi" <rtataras@esalq.usp.br>
Caros participantes do Irriga-l, Estive lendo os comentários
sobre Kc na lista. Acredito que algo que devamos considerar é
o que é exatamente Kc e Kr, qual o objetivo destes coeficientes.
Talvez muito do que está se discutindo e nunca se chegar a
um consenso é a falta de uma padronização do
que estamos discutindo. Me parece que o Kc para um não é
o mesmo para outro. Não adianta tentarmos determinarmos algo
que não sabemos o que é. Atenciosamente, Roberto
Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 15:49:01 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Flávio e demais colegas da lista: Concordo plenamente
que esta questão estará resolvida se conseguirmos separar
a evaporação de água do solo da transpiração
de água pela planta...Mas, como fazer isso? Como sugerido pelo
Flávio, esse problema poderia ser resolvido, cobrindo o lisímetro
com plástico e isolando a evaporação. Apesar
de muito interessante a ideia, existe trabalhos que mostram que o
plástico aumenta a temperatura do solo, aumentando assim, a
transpiração da planta...Mas, gostaria de saber mais
sobre o uso desse plástico e não descarto a possibilidade
do seu uso. Mas, acho que teríamos que tomar alguns cuidados
e ter conciência dos possíveis erros...Outra saída
sugerida pelo Flávio, foi o uso de Fluxo de Seiva. Esse método
tem sido bastante estudado aqui na EsalQ, mas ainda precisa de calibrações
mais confiáveis para se recomendar esse método para
estimativa da transpiração. Eu sugiro o seguinte: Podemos
instalar dois lisímetros na área, um com a planta de
interesse, e outro lisímetro com solo nú. Dessa forma,
sabendo o consumo de água de um solo nú, por diferença
podemos separar, dentro do lisímetro com planta, a evaporação,
da transpiração... extrapolando o consumo de água
do solo nú para toda área do espaçamento da cultura
(28 m2) teremos o consumo evaporado em toda área do espaçamento...somando
o valor evaporado com a transpiração, teremos a tão
sonhada evapotranspiração da cultura em litros...que
se dividida pela área do espaçamento, teremos a ETc
em mm. Feito isso, Kc=ETc/ETo E digo mais...com o estudo de solo nú,
teremos o que a FAO chama de Ke (consumo de água evaporado
do solo dividido também pela ETo)...Como Kc=Ke+Kcb, por diferença
termos o valor de Kcb (consumo de água por transpiração)...José
Júnior
Kc?
novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 20:46:58 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
José,
Penso que
resolvendo detalhes um por um, se chegará a uma composição
que dará seus resultados.Falou
em plástico para cobertura do solo, que seria uma boa idéia
SE, ...não aquecesse o solo. Que tal reunir algumas coisas
que se sabem sobre o plástico? talvez removamos a inconveniência
que hoje sabemos ter de aquecimento do solo quando usado de certa
forma. Bom aqui vai:
Plástico Negro absorve os raios solares e transmite calorias
em profundidade no solo; Plástico Cinzento deixa passar mais
raios solares e a penetração de calor é mais
direta;Plastico Transparente, como sabem é usado justamente
para aquecer estufas etc. Até
aqui, se estamos pensando em aplicar o plástico como vedante
da transpiração, conforme se faz no multching de morangos
por exemplo, nesta forma não resolvemos o problema pois de
todas as maneiras aquecemos o solo. Mas
existem outros tipos de plástico especiais por suas caracteristicas
de isolamento térmico, enquanto outros são refletores
dos raios solares; Existem mantas de isolamento térmico com
sandwiche de fibra de vidro ou isopor, enfim, as indústrias
de refrigeradores e de construção de ambientes refrigerados
, câmaras refrigeradoras, telhados refletores de calor etc,
terão certamente um acervo de informação de materiais
climatizantes. Afinal pretende-se uma sombra, que não aqueça
um plastico, o qual deve segurar a transpitação. È
aparentemente um problema fácil de resolver em climatologia.
Temos aqui um grupo de funções que pode ser conseguido
por exemplo com as seguintes camadas: Primeira camada de plastico
impermeável justaposto ao solo com suas bandas enterradas de
modo a vedar a saida da evaporação; Segunda camada aplicada
sobre esta com um espaço de uns 20 ou 30 cm sobre a primeira
com o objetivo de promover sombra pelo que teria de ser opaca, talvez
uma lona dupla de cor negra por baixo e cor branca por cima; O espaço
entre as duas serviria para manter uma temperatura ambiente igual
ao restante ambiente sombreado, permitindo uma varredura de eventuais
calorias, pelo vento; Existe plástico espelhado que reflete
práticamente 100% dos raios sollares mas talvez seja já
um exagero pois aumenta a insolação na parte inferior
da planta o que pode até danificar a planta e comprometer o
resultado. Outra idéia para a parte exposta ao sol seria de
uma manta que tivesse o mesmo coeficiente de absorção
e reflexão do solo, pelo que não seria de todo estranho
uma lâmina de plástico coberta por colagem de terra ou
substrato vegetal seco. Assim o calor absorvido pelos materiais de
cima seria arrastado em parte pelo vento na proporção
normal de outro terreno exposto ao sol; A camada de solo em experiência
não seria aquecida, como se de fato estivesse completamente
sombreada pela planta; e a evaporação seria retida pela
lâmina impermeável e sombreada. A fixação
das lonas superiores seria feita por arames finos esticados sobre
estacas ou o plastico seria apoiado em pequenos cavaletes que não
transmitissem calor ao solo. Se isto resolver o isolamento e o não
aquecimento, poderá distribuir a água por um sistema
de gotejamento numa malha suficientemente densa para atingir uma uniformidade
desejada. Depois disso, resolver os detalhes seguintes que se apresentem.
Obrigado Engº Jorge de Sousa
Kc? novas perguntas..(correção)
Data: Thu, 28 Aug 2003 23:34:47 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
CORREÇÃO:
ONDE ESCREVI TRANSPIRAÇÃO, POR FAVOR CONSIDERE EVAPORAÇÃO
Para
se inscrever na Irriga-L, acesse: http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm
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