ASSUNTOS DIVULGADOS
NA IRRIGA-L *

Chat sobre o cultivio do abacaxi na regiao de Bauru
Data: Thu, 10 Jul 2003 15:03:19 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos!
Divulgo o chat que será realizado com o Prof. Dr. Aloisio Costa Sampaio, especialista em fruticultura da UNESP Bauru. Tenham todos um bom final de semana! Fernando Tangerino
Chat técnico sobre Abacaxicultura na região de Bauru com:
Com o Prof. Dr. Aloísio Costa Sampaio da UNESP Bauru, Dia 14 de julho de 2003, Horário: 16:00 h
Chat é um bate-papo onde várias pessoas podem participar ao mesmo tempo, neste caso uma pessoa especializada no assunto participará tirando dúvidas relacionadas a Abacaxicultura na região de Bauru e o internauta poderá participar com perguntas. Para entrar no chat é necessário clicar no ícone limão, localizado na parte superior de cada página do Toda Fruta (http://www.todafruta.com.br), digitar um nome e entrar com as dúvidas para que o profissional possa responder. Esclarecimentos podem ser feitos com: cristiane@todafruta.com.br
Quem é o profissional: Aloísio Costa Sampaio Formação Acadêmica/Titulação: 1992 - 1995 Doutorado em Agronomia (Horticultura) (Botucatu] Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brasil. Título: Ação do Nitrogênio, de épocas de plantio e do ácido 2,3-clorofenoxipropiônico sobre a produção do abacaxizeiro e características físico-químicas do fruto, Ano de obtenção: 1995, Orientador: Rubens José Pietsch Cunha 1988 - 1991 Mestrado em Agronomia (Produção Vegetal) [Jaboticabal] Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brasil Título: Efeito da Cobertura do solo com filme plástico preto sobre o desenvolvimento do Abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merril), cv. Smooth Cayenne, Ano de obtenção: 1991 Orientador: Jairo Augusto Campos de Araújo 1984 - 1987 Graduação em Agronomia Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brasil, Ano de obtenção: 1991

Oportunidade de emprego em Novo Horizonte
Data: Fri, 18 Jul 2003 11:39:03 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! A Prefeitura Municipal de Novo Horizonte estará contratando Engenheiro Agronomo. Trata-se de um municipio com uma grande area plantada com limão e laranja e o profissional a ser contratado deverá ter conhecimentos em irrigação desas culturas.Os interessados podem enviar Curriculum ou entrar em contato para maiores informações com Elizabeth Inácio, através do endereco eletronico: beteconsuagro@terra.com.br
Abracos e tenham todos um bom final de semana!

Artigos publicados em jornais sobre irrigacao e água
Data: Thu, 24 Jul 2003 14:39:20 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Boa tarde! Divulgo dois artigos que publicamos recente em jornais:
Água ou petróleo: O que vale mais? http://www.agr.feis.unesp.br/jac15072003.htm
Desenvolvendo com a agricultura irrigada e o agronegócio http://www.agr.feis.unesp.br/ji18062003.htm
Se tiverem tempo, é só conferir.....Tenha uma boa semana!

Reforma da previdência
Data: Fri, 25 Jul 2003 16:06:23 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
O Globo - 21/6/2003 MIRIAM Leitão
Senhor juiz
O Brasil está vendo uma absurda distorção do que os líderes de um poder devem fazer no exercício de sua autoridade. Desde que assumiu a presidência do STF, o ministro Maurício Corrêa tem usado suas declarações na defesa dos interesses da sua corporação. Seu comportamento é tão esquisito quanto se, na Presidência do país, Lula atuasse como presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC. O mesmo padrão de comportamento tem sido seguido por outros integrantes do Judiciário. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, lamentou não poder "pintar a cara e sair por aí pedindo que o governo caia ou gritar 'fora Lula'". O presidente do STJ, Ministro Nilson Naves, disse que o governo estava jogando o Judiciário "na vala comum". O ex-presidente do STF, ministro Marco Aurélio, disse que a previdência só poderia ser alterada com revolução. Nunca se viu tantos líderes de um poder usando tão mal o poder que lhes foi entregue pela sociedade. Eles estão onde estão para que oJudiciário funcione adequadamente, julgue e decida questões do interesse do país ou dos cidadãos. Não foram escolhidos para presidir uma espécie de sindicato supremo do Judiciário. Pelo visto, é assim que se sentem: "A magistratura pode ficar tranqüila porque ela não está nem só nem desamparada", pontifica o ministro Maurício Corrêa. O despropósito atingiu o absurdo nas declarações de juízes publicadas nos jornais de sexta-feira. Um chamou a reforma da Previdência de "canalhice", outro comparou Lula a Hitler. E vários outros pelo país afora em insistentes declarações dos últimos dias fizeram a farsa de sempre: confundir a defesa dos seus interesses com a defesa da democracia; de comparar tudo o que reduz vantagens corporativas com atentados à liberdade. São muitos os números e os fatos que mostram como o Judiciário tem tido privilégios em relação a outros funcionários públicos e aos brasileiros em geral. Na área dos números: durante o governo Fernando Henrique, a despesa anual de pessoal do Executivo, entre ativos e inativos, dobrou;do Legislativo, também dobrou e, do Judiciário, saiu de R$ 2,6 bilhões, em 95, para R$ 10,3 bilhões no ano passado, ou seja quadruplicou. Os juízes têm sessenta dias de férias, salário acima da média do funcionalismo, aposentadoria média muito acima dos outros funcionários, são inamovíveis, vitalícios, estáveis. A estrutura salarial do Judiciário tem inúmeras distorções, criadas exatamente por julgamentos em causa própria, que levam desembargadores a ganharem mais do que o presidente do Supremo. Esse tipo de absurdo será corrigido pela Reforma da Previdência. Há outros erros que a reforma corrigirá. Tribunais superiores têm uma parte dos seus integrantes vindos da OAB. Normalmente profissionais que contribuíram para o INSS durante a maior parte de sua vida e que, com alguns anos nos tribunais, aposentam-se com salários integrais. Eles perderão esse privilégio na Reforma da Previdência. A proposta do governo afeta também advogados que depois de anos do exercício da profissão no campo privado ingressam na magistratura e se aposentam com o último salário integral. São esses os mais irados com as mudanças propostas pelo governo. No comando da gritaria, o presidente do STF, que, em quase todas as declarações publicas que fez, dedicou-se ao exercício da defesa dos interesses corporativos como se fosse a defesa institucional do poder que preside. Contrastado com o fato de que ele próprio tem o privilégio de somar seu salário com dupla aposentadoria, o presidente do Supremo Tribunal Federal emitiu um douto juízo: "Não sou nenhuma mãe Joana para, tendo direito a algo, dizer que não quero." Esta é a tragédia do país. Juízes que julgam em causa própria, presidente de tribunais com linguagem rastaqüera na defesa de direitos impróprios e ilegítimos, elite usando o poder que tem na estrutura do estado para defender interesses pecuniários travestidos de
institucionais. Um dos pontos da reforma contra a qual mais se insurgem determinados magistrados é o do fim da aposentadoria aos 48 anos para a mulher e 53 anos para o homem. Não tem cabimento juízes se aposentarem nesta idade. Em algumas profissões, pode-se até alegar que o tempo trabalha contra e que a idade torna os profissionais inadaptados a determinados rigores físicos do trabalho; mas não é o que acontece no exercício de julgar. O tempo, a experiência e a maturidade, normalmente, aumentam o discernimento dos que julgam. A idade lhes faz bem, senhores juízes! O Brasil está num momento decisivo de sua vida. Tem a chance de reordenar os gastos públicos para reduzir as desigualdades. Isso se faz reduzindo privilégios e ganhos dos que têm mais, para aumentar os gastos com quem recebe menos do Estado. O cortador de cana deve ser sim a preocupação maior do presidente da República e não um desembargador que ganha mais do que o presidente do Supremo, ou um advogado que entrou na magistratura para se aposentar com rendimento maior, profissionais que têm sessenta dias de férias, membros da elite que se aposentam aos 53 anos. Todos se envergonham do fato de o Brasil aparecer freqüentemente como vencedor no campeonato da desigualdade. Poucos se dão conta de que, para mudar isso, é preciso combater combates como o da reforma da Previdência. A desigualdade se perpetua no Brasil porque, nas escolhas do que fazer com o dinheiro público, os mais pobres são sempre esquecidos e os privilégios sempre mantidos.

Paz no Campo....
Data: Fri, 01 Aug 2003 17:58:17 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos...
Segue para conhecimento de todos a Nota Oficial do Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues a respeito de declarações recentes e do acirramento dos ânimos no campo. Segue também carta enviada pela AEASP ao Excelentíssimo Presidente da Republica manifestando apoio ao Ministro. Abracos e bom final de semana a todos! Fernando Tangerino
25/07/2003 NOTA OFICIAL “O CAMPO PRODUZ PAZ”
A sociedade brasileira foi surpreendida com declarações de representantes de movimentos sociais no campo incitando à guerra contra os produtores rurais. Trata-se de um absurdo inconcebível, um equívoco brutal, e uma ameaçadora agressão ao Estado de Direito e à Democracia. Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o Império da Lei, com a Democracia e com a Paz. Tais declarações estão na contramão dos extraordinários avanços econômicos alcançados pelo campo nos últimos tempos. A ameaça feita contra os empresários rurais revela total desconhecimento sobre a verdadeira revolução pacífica vivida pelo agronegócio brasileiro. Basta ler o relatório divulgado pela ONU há duas semanas, prevendo que o Brasil deverá ser o maior produtor agrícola do mundo num prazo de 12 anos. O agronegócio é o mais importante setor da economia nacional, responde por 27% do PIB, gerando 37% do total dos empregos no Brasil e garantindo o saldo da balança comercial: a extraordinária competitividade determinada pela impressionante modernização do campo produziu um saldo comercial nos últimos 12 meses superior a 24 bilhões de dólares. É, na verdade, o setor que mais incorporou tecnologia nos últimos anos: a área plantada desde 1990 cresceu 14%, enquanto a produção em toneladas aumentou 107%. E tudo isto foi feito suportando o peso imenso de ter que garantir a estabilização da economia e o combate à inflação. Não é por outra razão que foi chamado de “âncora verde” no Plano Real e, hoje, é considerado o grande motor da economia. Pois é este setor, que trabalha dia e noite rasgando a fronteira agrícola, enfrentando o protecionismo externo dos países ricos, abastecendo o povo brasileiro, abrindo mercados estrangeiros na base da eficiência e modernidade, que vem sendo ameaçado por declarações que não podem ter mais vez no mundo democrático que todos almejamos. O campo é moderno e competitivo, mas é pacífico e solidário. Sua guerra é contra a fome e a miséria, produzindo comida, empregos e excedentes exportáveis que reduzem nossa dependência de dólares de fora e contribuem para diminuir a vulnerabilidade externa de nossa economia. O campo quer a Paz, sem o quê perde a confiança para investir e continuar a ser a grande alavanca do desenvolvimento nacional, gerando poupança para a promoção de outros setores da economia. O campo precisa da Paz, até porque qualquer guerra não ficará restrita a ele: terminará invadindo as cidades. O campo quer a reforma agrária para promover a justiça social e compensar os excluídos rurais, vítimas de erros passados, de décadas de descaso para com o setor. Mas é absolutamente imprescindível que esta reforma agrária seja feita dentro da legalidade, com o respeito à Constituição, ao direito de propriedade e à intocabilidade das terras produtivas. O Estado de Direito é a única via para o país seguir avançando. A alternativa a ele é a barbárie. Esta situação não interessa à Democracia e muito menos ao cidadão comum, que acaba sendo a grande vítima de uma eventual quebra do Contrato Social. Não se pode continuar atribuindo atraso ao setor que mais se desenvolveu no Brasil, pelo esforço hercúleo dos produtores rurais. O discurso de que o campo é atrasado é muito mais atrasado: estacionou no século passado, enquanto o setor rural avançou rumo ao terceiro milênio. Paz no campo é a verdadeira saída para o desenvolvimento equilibrado. Preservá-la é uma garantia para atrair investimentos externos produtivos. Reforma agrária sim, mas dentro da Lei. Sem violência. Roberto Rodrigues Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento AEASP Nº 0308/03 São Paulo, 30 de Julho de 2003.
Excelentíssimo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva Digníssimo Presidente da República
Senhor Presidente, Tomamos a liberdade de vir à presença de Vossa Excelência, para comentar nota publicada a Folha de São Paulo, de hoje, e repudiar os termos do documento ali noticiado.Com efeito, a matéria publicada reproduz trechos do “Manifesto aos petistas e lutadores sociais, por medidas de urgência contra a fome, para garantir salário, emprego e terra”, assinado, entre outras pessoas, pelos deputados federais Babá, Luciana Genro e João Fontes. Segundo o citado jornal, o texto pede a demissão do Ministro Roberto Rodrigues, além de afirmar “O Ministro da Agricultura, representante do latifúndio no Governo, incentiva a defesa armada das propriedades rurais”. Tais afirmativas são absolutamente extemporâneas, para dizer o menos, na medida em que, recentemente, o Ministro Roberto Rodrigues, em Nota Oficial, intitulada “O Campo Produz Paz”, define claramente sua posição ao afirmar “Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o Império da lei, com a Democracia e com a Paz”. Alguns outros conceitos desse Documento, que teve o apoio integral das entidades ligadas aos Agronegocios, também caminham no mesmo sentido: “O campo é moderno e competitivo, mas é pacífico e solidário. Sua guerra é contra a fome e miséria, produzindo comida, empregos e excedentes exportáveis...; “Paz no campo é a verdadeira saída para o desenvolvimento equilibrado. Preserva-la é uma garantia para atrair investimentos externos produtivos. Reforma Agrária Sim, mas dentro da Lei, sem violência”.Assim, soa completamente absurdo o documento objeto da noticia da olha de São Paulo.Finalmente, Senhor Presidente, queremos afirmar que repudiamos veementemente essa tentativa, baseada em analises tendenciosas, de desestabilizar a gestão do Ministro Roberto Rodrigues, que vem realizando um profícuo trabalho à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, merecendo, portanto, total e firme apoio desta Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo.
Cordialmente, Engº Agrônomo José Cassiano Gomes dos Reis Júnior, Presidente

Nova publicação: oportunidades no Ceará
Data: Sat, 02 Aug 2003 09:40:12 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! Recebo de Haroldo César Frota Bezerra a informação de que o Banco do Nordeste acaba de publicar o documento "Pólo de Desenvolvimento Integrado Baixo Jaguaribe: Informações Estratégicas". Localizado na região semi-árida do Estado do Ceará, este Pólo afigura-se uma das áreas de grande potencial de desenvolvimento da irrigação e do complexo agroindustrial. O Pólo detém recursos naturais e vantagens comparativas significativas para seu crescimento e dinamização de toda a área sob sua influência, atraindo o interesse crescente de governos e de investidores privados, internos e externos, dos vários elos da cadeia produtiva. O documento visa disseminar junto aos parceiros, técnicos, instituições, empresariado e a toda comunidade, informações estratégicas do Pólo Baixo Jaguaribe sobre saúde, educação, população, agricultura, entre outras, para que possamos conhecer melhor o referido Pólo. Disponível para download, a publicação pode ser encontrada a partir de: http://www.bnb.gov.br/irriga
Tenham todos um bom final de semana!

Construção de sondas para TDR
Data: Mon, 4 Aug 2003 20:11:03 -0300
De: "cfsouza" <cfsouza@bol.com.br>
Prezados Colegas, Conforme foi solicitado por alguns participantes no último Conbea eu coloco a disposição o endereço da página que trata de forma bastante simples o tema sobre construção de sondas contínuas para TDR.
http://www.claudineifsouza.hpg.ig.com.br/index.html#TDR1 Um abraço, Claudinei

Essas e outras
Data: Tue, 05 Aug 2003 08:55:14 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Claudinei ... Bom dia
Obrigado pela indicação do site. Já o visitei anteriormente e agora tb. Gostei muito e é uma ótima contribuição. Estamos aguardando o resultado do concurso ...num e?! Abaixo há um anuncio indicando a abertura do proximo concurso. Grande abraço Flávio Arruda
04/08/2003
APTA/SP IRÁ CONTRATAR 176 NOVOS PESQUISADORES A APTA - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, abre, no próximo dia 18 de agosto, as inscrições para o concurso público para o cargo de Pesquisador Científico “Nível I”. Serão 176 vagas para atuação nos Pólos Regionais de Desenvolvimento Tecnológico da Agência, nas áreas de: Qualidade e Sanidade Vegetal, Qualidade e Sanidade Animal, Aquicultura e Pesca Continental, Zootecnia e Produção Animal, Agregação de Valor e Engenharia de Alimentos, Economia do Desenvolvimento Regional, Fitotecnia e Exploração Vegetal. Segundo o Secretário de estado de Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira, com a contratação dos pesquisadores, a pesquisa regional será fortalecida. “A criação dos 15 pólos regionais de desenvolvimento tecnológico dos agronegócios foi baseada na necessidade de ´levar´ a pesquisa para todas as regiões do Estado. Esses novos pesquisadores vão fortalecer o trabalho de pesquisa voltado às vocações e necessidades de cada região”, disse o secretário. As inscrições devem ser realizadas de 18 de agosto a 05 de setembro, nas sedes dos Institutos Agronômico (IAC), de Economia Agrícola (IEA) e Pesca (IP), além do Centro APTA de Pescado Marinho, em Santos, e da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bauru. Em março, a APTA abriu concurso para 30 vagas destinadas a pesquisadores científicos com pelo menos seis anos de experiências. No total, a agência deverá contratar 382 pesquisadores, número que representa 60,7% do quadro de pesquisadores, que conta 629 profissionais.
Para maiores informações, os candidatos podem entrar em contato com a APTA nos telefones (11) 5058-6554/2773, pelo e-mail: concurso@apta.sp.gov.br ou através do site da Agência, que é o www.apta.sp.gov.br. (APTA)

Ainda sobre TDR
Data: Tue, 05 Aug 2003 09:00:44 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Claudinei, já que é pra ficar amolando .... rs Estou lhe enviando a apostila que fizemos para uso de TDR. Tem sido bastante útil para novos usuários, junto com aquela que vc. escreveu para uso em uma aula na FEAGRI. Estamos sem lugar para coloca-la na Internet ... se quiser faze-lo estou lhe mandando uma cópia para sua apreciação (precisa melhorar). Flávio Arruda

Oops e novo e-mail
Data: Tue, 05 Aug 2003 14:45:01 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Prezados colegas de Lista, Desculpe o endereçamento errado de e-mail. Aproveito para informar aos colegas sobre a mudança de meu endereço eletrônico para: farruda@iac.sp.gov.br Obrigado. Flávio Arruda

Concurso Público para Pesquisador - SP
Data: Tue, 05 Aug 2003 15:06:49 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Informo aos interessados que já está disponível na Internet as informações para Pesquisador nivel I para atuar nos
diversos Centros e áreas da Secretaria de Agricultura e Abstecimento do Estado de São Paulo no seguinte endereço: http://www.apta.sp.gov.br/concursos/concurso.htm Não há a especialidade de Irrigação e Drenagem, mas encorajamos enfaticamente para que se inscrevam na área de "Fitotecnia e Exploração Vegetal", pois são 65 vagas num total de 176. Para aqueles que se inscreveram no concurso anterior, verifique se sua inscrição foi homologada pelo seguinte endereço: http://www.apta.sp.gov.br/concursos/pqc3.htm
Abraço à todos, Flávio Arruda, Pesquisador Científico IAC - S. Irrigação

ESALQ/USP
Data: Wed, 06 Aug 2003 19:47:54 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Amigo Jose, Eu em http://www.ruralnet.com.br tambem tenho várias listas de discussão. Várias vezes eu e o Fernando discutimos como incrementar o movimento das listas e chegamos a conclusao q se todos os q se inscrevessem se apresentassem, afinal qdo entramos em um ambiente é de bom tom , comprimentar os q ja lá estao seria uma forma que incrementaria bem o movimento. Quero parabeniza-lo por ter feito algo q nem 3% faz.. Abraços a todos

XX Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola
Data: Thu, 07 Aug 2003 08:46:21 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia! À pedidos, repasso convite para o XX Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola CONEEAGRI). Abracos a todos e tenham um belo dia! Fernando Tangerino
* * CONVITE * *
A União Brasileira dos Estudantes de Engenharia Agrícola (UBEEAGRI) juntamente com o Diretório Acadêmico de Engenharia Agrícola e a Universidade Federal Fluminense (UFF - Niterói), com seus estudantes do curso de Engenharia Agrícola representada por uma Comissão Organizadora, irão promover a realização do XX Congresso Nacional dos Estudantes de Engenharia Agrícola (CONEEAGRI). O XX CONEEAGRI reunirá congressistas, estudantes de engenharia agrícola e profissionais da área de ciências agrárias de todas as regiões do país, para juntos poderem discutir situações, estratégias e metas para o desenvolvimento da Engenharia Agrícola e da agricultura de um modo geral. O evento acontecerá do dia 10 à 16 de Agosto. ( maiores informações www.uff.br/xxconeeagri ) O evento irá constar de cursos e palestras que irão abordas sobre as diversas áreas de atuação do Engenheiro Agrícola, bem como será estimulada a realização de discussões técnicas para proporcionar um melhor relacionamento dos profissionais com as diversas áreas de atuação do Engenheiro Agrícola. As palestras serão proferidas profissionais experientes e atuantes numa das diversas áreas de atuação da Engenharia Agrícola, bem como a ministração dos mini-cursos. As linhas desenvolvidas no congresso serão: Engenharia de Águas e Solos; Máquinas e Mecanização Agrícola; Armazenagem e Processamento de Produtos Agropecuários; Construções Rurais e Ambiência; Eletrificação Rural e Energia Alternativa; Sistema Solo Água Planta Atmosfera Gestão e Tecnologia Ambiental; Sistema de Produção Agroindustrial e Agronegócio. O Congresso está sendo divulgado nacionalmente através de homepages, cartazes, panfletos, televisão, radio, e vários outros meios de comunicação visando atingir 2500 estudantes das 21 faculdades de Engenharia Agrícola e profissionais afins distribuídos ao longo do Brasil. Contudo, teríamos o imenso prazer em convida-los a participar deste evento. A abertura oficial será no dia 11 de Agosto, na Reitoria da UFF.
Gratos, UBEEAGRI www.uff.br/xxconeeagri tel- 2620-7070 R: 222

Água ou petróleo: O que vale mais?
Data: Thu, 7 Aug 2003 23:23:44 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Água ou petróleo: O que vale mais?
http://www.agr.feis.unesp.br/jac15072003.htm
Subsídios para a discussão de tão importantes temas.
Implicitamente somos levados a concluir que a resposta certa é a água. O petróleo teve um momento na História da energia do planeta, tomou o espaço que lhe permitiram, e hoje, ainda com o freio nos dentes, não sabe muito bem se continua, se pára. Sem querer tirar o lustro de tão importante energético, nem das obras que foram possíveis á humanidade com sua utilização, penso que é chegado o momento de ele pensar em se reformar. Porque os estudos mais profundos, bem como as paredes de nossos prédios dizem o mesmo: Basta de tão negra poluição. Outros gritos se ouvem de outras áreas e a mais séria conclusão a que se chega nos tempos que correm é de que esse movimento deve parar. Assim o importante do petróleo é a sua saída de cenário. Saindo do Mundo Como Deveria Ser e entrando no Mundo Como Ele É, tambem sentimos que o problema desta aposentadoria não é fácil, porque se teme não encontrar substituto á altura para as funções que o petróleo vem desempenhando, há décadas de sucesso energético. E assim vamo-nos acomodando sem nada decidir, enquanto alguns persistentes insistem em abrir aqui e ali, mais uns poços de petróleo e umas festivas garrafas de champanhe, como se o ato merecesse absoluta comemoração. Regredindo nesta corrida de queimar os fósseis, estaríamos diretamente prestando um favor ás ações de limpeza das águas e do ar do Planeta, pelo que com apenas essa medida, deixaríamos de sujar, e não teríamos de usar água para limpar, água essa que está restando suja. Ficaria então por resolver o problema energético se pudessemos parar com a extração desses poluentes. Problema insolúvel para uns, difivil para outros e problema ignorado por muitos e temido por alguns poucos. Incómoda essa mudança. Quem não tem parente que vive de posto de gasolina, ou que trabalha na petrobras com bom salario? Quem indiretamente e diretamente não depende de uns litros de combustível para ir diáriamente para o serviço, levar as crianças á escola, correr á farmácia no desespero da noite ou planejar aquelas férias com um belíssimo carango? Ou seja , por enquanto todos temos o dito amarrado ás conveniências diárias e de tão estressados que andamos, não ligamos a mínima para mudanças e tememos os arrojados que intentem esse "perigo". Vai perder o emprego? Comprar briga com as petrolíferas? Morrer asfixiado? No entanto, a mudança chegará. Todas as grandes montadoras têm projetos em desenvolvimento para substituição dos energéticos para seus modelos de motores. Por enquanto seguem pesquisando soluções inviáveis e literalmente escondendo as soluções viáveis, tomando o espaço das palestras, dos simpósios enfim usam o verbo de encher com as soluções paliativas de fraca expressão em relação ao potente modelo de combustíveis fósseis e de seus companheiros de viagem , o álcool e o GLP, assim como todas as soluções que não periguem a hegemonia do cartel hoje no trono do mundo económico ou que estejam tomados pela mesma turma dos petróleos ou dos petrodólares. Como então resolver o problema energético sem continuar com a poluição e aquecimento pelo efeito estufa? A solução mais uma vez é a água. Todos sabem hoje em dia que a água é composta de Hidrogénio e Oxigénio. Sabem também o quanto tem sido combatido esse conhecimento para não afrontar o poder dos petróleos e de outros seguimentos energéticos incluindo as hidreeletricas. Muitos apenas desconfiam que essa é uma possibilidade que depende mais de decidirmos politicamente a quem será dada a vez no SEC. XXI , implicando essa decisão na continuidade da habitabilidade do Planeta Terra. Poucos têm a certeza de que esse é, em curto prazo, o caminho viável, pois a energia contida na água supera muitos milhões de vezes a energia das reservas petrolíferas, mesmo porque, é um recurso renovável e inesgotável, bastando para tanto que não se o suje com petróleo, entre outros poluentes. Alguns apenas sabem que a extração da energia da água é simples e factível por qualquer cidadão ao qual se permita ter acesso a pequenas regras de fisica e quimica, sabidas por esses poucos e, porque não, pelo pessoal da NASA. Resulta daqui que a água é soberana neste pleito. Sei muito mais sobre a água. Você também!
Atenciosamente, Engº Jorge de Sousa jorge@nortecnet.com.br 0xx3838212224

Clipping

Data: Fri, 08 Aug 2003 09:00:58 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Bom dia a todos! Pois é Jorge, mas se não cuidarmos, não teremos água em quantidade e qualidade razoável para atender às nossas necessidades, especialmente às nossas, digo do pessoal que depende dela para fazer a irrigação. Esta semana a Folha de Sao Paulo divulgou uma materia grande sobre a qualidade da agua na regiao metropolitana (ver http://www.agr.feis.unesp.br/fsp04082003.htm) e fala que no oeste paulista temos um oásis de boa qualidade.....Mas o buraco é mais embaixo, pois sofremos muito com o assoreamento e com a falta de tratamento de agua das cidades. Catanduva tem 0% de esgoto tratado, Sao José do Rio Preto 6% e as pequenas cidades, muitas delas, quando dispõem de lagoas de tratamentos, este se mostra deficiente e joga em pequenos cursos....Veja o caso de Marinopolis, onde desenvolvemos um trabalho. Pela primeira vez, o ponto 4 de coleta (em vermelho - mais distante da nascente) apresentou uma vazão inferior à medição a montante (ponto 3, em azul - 2190 metros antes do ponto 4), em função das retiradas de água para irrigação. Soma-se à isso o fato de que 50 metros à montante do ponto 3 temos a lagoa de tratamento de esgoto jogando o seu efluente....... Como compatibilizar isso tudo: esgoto, necessidade de irrigação para ter uma atividade lucrativa, disponibilidade de vazão e ainda conservação do solo...... E olha que estamos falando de pequaneas vazoes, mas essenciais para a sobrevivencia de pequenos agricultores...Somente planejamento e programas consistentes de trabalho = profissionalismo = pessoal treinado e consciente = comprometindo entre a sociedade civil organizada. Vai ainda um pouquinho de tempo, mas chegaremos lá.....Tenham todos um bom final de semana! Fernando Tangerino

Pronunciamento do Deputado Mendes Thame
Data: Fri, 08 Aug 2003 18:02:29 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá, boa tarde a todos! Segue anexo o pronunciamento feito na Câmara Federal no em 24 de julho pp. pelo Deputado paulista Antonio Carlos Mendes Thame. Senti falta da irrigação no texto do Deputado Thame. Creio que o Deputado foi muito modesto ao enunciar apenas o Moderfrota como fonte de financiamento no campo. Foi e é um fator de modernização, mas não de aumento de produtividade, como se consegue na irrigação. Poderia ter lembrado que o FINAME financiou muitos dos equipamentos de irrigação que contribuiram para o aumento sim da produtividade das lavouras, agora irrigadas. Mas não tivemos apenas grãos. O Governo FHC formatou e operacionou o PROFRUTA, que muito fez pela modernização da fruticultura brasileira. Será que os recursos alocados para financiamentos agropecuários este ano serão suficientes para repetirmos a performance de 2002/2003? Abracos e tenha um bom final de semana!
Pondo tudo a perder - Antonio Carlos Mendes Thame*
O Governo do PT recebeu uma herança bendita e colhe os louros de uma safra agrícola recorde (120 milhões de toneladas de grãos, segundo o Ministro Roberto Rodrigues), sem que quase nada tivesse sido plantado neste ano. É safra cujo plantio, com exceção da “safrinha” de milho, ocorreu em 2002. Os números do campo impressionam. A agropecuária já responde por 27% do PIB, cria 37% dos empregos e é responsável por 40% das exportações brasileiras. Além disso, é o único setor que gera superávit (mais de 20 bilhões de dólares) na nossa balança comercial. Não fosse o agronegócio, o País estaria em situação crítica. O que está por trás desse extraordinário sucesso? A nosso ver, quatro fatores. O primeiro é a securitização das dívidas. Em 1996, iniciou-se a repactuação, por prazos que superam 20 anos, das dívidas de mais de 300 mil agricultores, dívidas estas herdadas do período de superinflação, quando os indexadores econômicos corrigiram os débitos dos contratos com os bancos em percentuais muito acima da variação dos valores recebidos pela venda da produção, gerando um descasamento que tornava impagáveis os empréstimos. O segundo fator é a pesquisa agrícola. Não é de hoje que ela vem dando extraordinário suporte à produção. Sem a pesquisa, não haveria variedades adaptadas às nossas condições, nem a agricultura de precisão, nem teríamos conseguido incorporar as terras dos cerrados e estaríamos com a fronteira agrícola esgotada. Cerrados que transformam o Brasil hoje na mais vigorosa agricultura tropical do planeta. O terceiro fator é o programa Moderfrota. A agricultura brasileira registrou nos últimos anos um notável crescimento, não somente na produção por hectare, mas também na área cultivada por homem, para o que contribuiu decisivamente o programa Moderfrota, linha de financiamento do BNDES criada para que os produtores, com juros subsidiados entre 9,75% e 12,5% ao ano e prazos de pagamento entre 5 e 6 anos, pudessem adquirir tratores, implementos, colheitadeiras, cultivadores e equipamentos para secagem e beneficiamento de grãos. De março de 2000 a dezembro de 2002, foram aplicados R$5,6 bilhões para financiar a aquisição de quase 50 mil tratores e mais de 12 mil colheitadeiras. Quarto fator: a relativa tranqüilidade de que os agricultores não teriam suas terras invadidas ou desapropriadas com base em critérios meramente políticos, o que só foi conseguido em parte, graças: a) a vigoroso esforço de assentar famílias sem terra; b) à edição de medida provisória, transformada em lei , que impede por 2 anos a desapropriação de áreas invadidas e exclui os invasores, que eram cadastrados, de assentamentos em outras áreas; c) ao cabal cumprimento das decisões judiciais para reintegração de posse de áreas. A reforma agrária feita sem alarde no governo anterior foi o mais ambicioso plano de distribuição de terras já executado de forma democrática em todo o mundo. O governo FHC destinou R$ 13,2 bilhões para retalhar quase 20 milhões de hectares, área maior que o Uruguai, e neles assentou 588.000 famílias. Quase 2 milhões de brasileiros receberam terras, entre 1995 e 2002. Se boa parte dos assentados ainda não prosperou, foi porque só assentar não é suficiente: faltou crédito (nem mesmo os vultosos R$ 14,5 bilhões em 7 anos de PRONAF foram suficientes), faltaram recursos técnicos para cultivar o solo de maneira produtiva e também faltou, em muitos casos, vocação para a vida e o árduo trabalho no campo. De toda forma, o governo FHC mostrou: a) que é possível iniciar e promover no País ampla reforma agrária, sem desrespeitar as leis, superando os longos entraves burocráticos que começam com as vistorias e vão até a imissão na posse de uma área para nela proceder ao assentamento de famílias; b) que não são excludentes (ao contrário, podem e devem coexistir) políticas de apoio ao agronegócio e à agricultura familiar; c) que existe uma crucial diferença entre uma efetiva e desejável reforma agrária (que agrega e promove) e um mero processo de invasões (que desagregam e desestimulam a produção). O que mudou no Governo Lula? Em primeiro lugar, o governo parou de assentar. A meta inicial do Governo do PT era assentar 37 mil famílias neste ano, mas o Orçamento só dispõe de R$250 milhões, suficientes para assentar 27 mil. Meio ano já se passou, e o Governo praticamente assentou ninguém. Somente iniciou a desapropriação de 197 mil hectares de terras, nas quais, quando concluídos os processos, poderão ser assentadas apenas 6 mil famílias. Em segundo lugar, o Governo criou tácitos estímulos às invasões de terras, ao sinalizar que nada fará para impedi-las, ou seja, não aplicará as leis atinentes à matéria. Com isso, desaparecem as ações políticas para levar segurança, assegurar o exercício da justiça e dar estabilidade ao campo, a fim de que possa em paz e continuar a produzir. Em seu lugar, intensificam-se as invasões e inaugura-se uma escalada de crescente desobediência civil, desrespeito ao Estado de Direito, de afronta e enfrentamento, para desmoralizar as autoridades e, o que é pior, as próprias instituições. Nenhum Governo tem condições de impedir completamente as invasões, mas pode e deve desestimulá-las, acelerando os assentamentos, aprimorando as condições de vida dos que já foram assentados e zelando pelo cumprimento das leis e das decisões judiciais. A presente omissão ou ausência de consistente política fundiária pode redundar em tremendo retrocesso e colocar a perder um processo de desenvolvimento social que já está transformando o Brasil num dos principais celeiros de um mundo que tem fome.
*Antonio Carlos Mendes Thame, Deputado Federal (PSDB/SP), é professor (licenciado) do Departamento de Economia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” / USP.

Clipping
Data: Fri, 8 Aug 2003 23:45:15 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Fernando, Se não abrirmos os olhos para as soluções, não resolveremos o problema com choradinhos. Existem soluções e gente que não quer as soluções. Existem problemas, devidamente identificados, como o mau uso da água, mas não se tomam medidas educacionais para conduzir as pessoas ao enquadramento de um uso auto-sustentável. Não ouvi quase ninguém se manifestar contra o mau uso dos mananciais represados, ( com a finalidade de gerar energia) ( uma forma de energia limpa) em que se tira um baixíssimo proveito no atual sistema de usinas turbinadas. Acabo de dizer que, muito embora o Brasil seja prestigiado por ter um dos maiores parques de usinas hidreletricas do Mundo, com todas as qualidades intrinsecas de ser um tipo de energia renovável pelas chuvas e não poluente, tendo em contrapartida hoje quem reclame desse sistema por ter desalojado imensas empresas, fazendas, áreas urbanas etc, para inundação definitiva das bacias de reserva volumétrica, também o Brasil desperdiça muita água por esse mesmo sistema, tido como um dos melhores . Será? Um dos melhores? Já vai o tempo em que a carroça era um excelente veículo principalmente do ponto de vista de quem estava a pé. Os tempos passaram e hoje uma carroça é uma carroça! Significa a comparação que os sistemas de turbinas hidreletricos também devem ser reconvertidos senão não teremos como ultrapassar os apagões. E porquê? Porque o Orçamento de Estado não comporta os investimentos necessários ao crescimento da economia? Também por isso mas fundamentalmente porque esse sistema está obsoleto, caro e nas mãos de quem se dá muito por feliz cobrando de um povo que não reclama. Já divulguei aqui alguns dados que não foram contestados nem retrucados nem por simples curiosidade abordados, a nâo ser pelo Sr. Marcassa que teve curiosidade de mais querer saber. Os dados que indiquei revelam que a energia contida na água pode ser cerca de 36.000 vezes superior á energia potencial que ela exibe do alto das suas represas até ao eixo de suas turbinas. Este valor é aproximado e pode em certas situações ser o par de comparações diferentes mas de uma amplitude que impressiona quem se aprofundar levemente nesse estudo da Fisica. A tecnologia para se obter essa energia é simples e está ao alcance de quem o queira fazer, desde que não tenha medo de lobies afetos ás grandes companhias energéticas. Significa que virtualmente toda a água que se consegue represar poderá ser usada para fazer irrigação , bem como aquela que não se consegue represar , e que sai pelo ladrão, poderia ser transposta para outras regiões como se cogita de fazer com o São Francisco. Sobraria já muita água para termos um folego. A viabilidade desta obras certamente existe, pois temos engenheiros á altura para tais cálculos. Dou-lhe toda a razão quando fala na exigência de controle, planejamento etc, etc, que já nos habituamos a ouvir em quase todos os programas televisivos. A gritaria é igual em todo o Mundo. E ainda bem que todos falamos a mesma linguagem em termos de sobrevivência da Humanidade. Mas o degrau que resolve já não é meramente politico nem estrictamente para a tecnologia atual. Insisto que devem ser postas em pratica outras tecnologias em oposição a algumas que teimam em se perpetuar e que são de enorme grau poluente e têm seus donos acirradamente defensores. Veja o noticiário de hoje á meia noite e comprove a satisfação de tantos "governadores " dos Estados Brasileiros esfregando as mãos de contentamento por terem dividido o bolo dos impostos sobre o consumo de combustíveis. Como podem tantas e diversas personalidades de destaque se harmonizar de olhos fechados numa questão que tem muito para se reflectir quanto aos malefícios que os atuais combustíveis têm para o Mundo? Como se pode esperar que eles não torçam agora e afincadamente por mais uma fatia do bolo como a CPMF que pleiteiam, assim como já estão ventilando a taxação de Exportações? A vertente política está aí á vista de quem quer ver. A vertente tecnológica é mais séria e depende de profissionais sérios e criativos que busquem resolver as carências energéticas em primeira mão como forma de alcançar a viabilidade de outras obras em sequência, como a Educação, a Saúde, a Habitação digna, o Emprego e o Desenvolvimento do Brasil e do Mundo. Por todas estas dicas que espero sirvam para reflectir sobre o problema da água, afirmo de novo que, a falta de água não será tão assustadora se buscarmos novas formas de uso, inclusivé como combustivel substituto dos petróleos, álcool, diesel, gases fósseis, carvão e outros que sejam tão perniciosos quanto, para a Humanidade. Por estas dicas se vê também que o âmbito da Agronomia está sendo solicitado para a compreensão de outras áreas da ciência que não apenas a faculdade de plantar e colher alimentos. Como tributo á discussão recordo que os atuais motores diesel ou ciclo Otto, têm um péssimo rendimento que na média não ultrapassa os 30% da energia liberada na combustão. Sabe-se de há muito que outros dispositivos como as CC Células a Combustível podem chegar a 85% ou mais de rendimentoem módulos de cogeração associada. Sabe-se também que o Hidrogénio é o mais perfeito combustível para essas CC. Sabe-se muito sobre o Hidrogénio e sobre a Àgua donde ele provém. Precisamos querer usar essas tecnologias sem medo. Para termos água limpa também para Irrigação. Atenciosamente Engº Jorge de Sousa jorge@nortecnet.com.br 0xx3838212224

Clipping
Data: Sat, 9 Aug 2003 07:40:52 -0300
De: "Elias Cata Preta" <catapreta@matrix.com.br>
Esta lista é sobre filossofia? Se for considerar que na história da humanidade sobrevive o mais resistente e paciente, em relação aos componentes da classe do poder eles são desenvolvidos com a cultura geral e, muitas vezes só repetem o que ouvem, portanto, se quiseres mudar algo, mude para um local ermo, inicie uma comunidade e passo a passo contrua uma nova sociedade sobre novos paradigmas senão voce ficará dando murro em ponta de faca, melhor discutir sobre tecnologia de sistema de irrigação..

Agricultura no Governo Lula
Data: Sat, 09 Aug 2003 16:08:13 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos! Faz pouco tempo enviamos texto neste Grupo de Discussão contrário ao manifesto do MST que "pedia a cabeça" do nosso Ministro Roberto Rodrigues. Agora, lendo a Exame (6/8/03, pag.39 - 'Não é hora de pôr panos quentes') , no comentário sobre a atuação membros do governo, encontramos o seguinte: "De todos os ministros do governo, apenas um - Roberto Rodrigues, da Agricultura - foi capaz de condenar com clareza e vigor a mais recente e mais explícita convocação do líder nacional do MST, João Pedro Stédile, em favor da violência, ao dizer que suas tropas não podem "descansar"enquanto "não acabarem" com todos os proprietários rurais que têm mais de 2.000 hectares".
Roberto Rodrigues comprou uma briga, com certeza. Mas temos convicção de que vai vencer a parada. Seguem abaixo mais algumas boas noticias da agricultura retiradas na Revista EXAME.....
Um bom fim-de-semana e um Feliz DIA DOS PAIS a todos. Fernando Tangerino
Superávit do agronegócio soma US$ 13,5 bilhões até julho
São Paulo, 6 de agosto (Portal EXAME) - As exportações brasileiras do agronegócio atingiram novo recorde histórico no período compreendido de janeiro a julho deste ano, com o valor de US$ 16,2 bilhões, superando o segundo maior resultado registrado nos sete primeiros meses de 1997, que foi de US$ 14 bilhões. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os gastos com as importações acumulados de janeiro a julho de 2003 foram de US$ 2,7 bilhões. Com isso, o superávit comercial do agronegócio no período atingiu US$ 13,5 bilhões, também recorde histórico e superior em 40,27% ao saldo registrado no mesmo período de 2002 (US$ 9,62 bilhões).O complexo soja (+76,56%), papel e celulose (+55,07%), frutas (+30,6%), carnes (+28,3%) e pescados (+ 26%) lideram o ranking da balança. As exportações aumentaram para todas as regiões: Ásia (74%); Ocenania (55,6%); Oriente Médio (38,5%); União Européia (28,8%); Europa Oriental (23,8%); Mercosul (26,6%); Nafta (20,4%). A União Européia (UE) foi o principal comprador do período, com 36,3% das exportações totais, seguida pela Ásia, com 19%, e Nafta, com 18,3%. No acumulado entre agosto de 2002 a julho de 2003, as exportações brasileiras do agronegócio também atingiram recorde histórico para períodos de doze meses, com o total de U$ 28,781 bilhões. O valor também é 27% acima do total exportado no período de agosto de 2001 e julho de 2002, que foi de US$ 22,6 bilhões. O complexo soja e o grupo papel e celulose foram os principais responsáveis pela elevação no período, com crescimentos de 70% (US$ 7,9 bilhões contra US$ 4,6 bilhões nos doze meses anteriores) e de 42% (US$ 2,6 bilhões contra US$ 1,8 bilhão), respectivamente. As importações no período somaram US$ 4,5 bilhões, um aumento de 1,4% em relação aos doze meses anteriores. Como resultado, a balança do agronegócio no período de agosto de 2002 a julho de 2003 atingiu superávit de US$ 24,2 bilhões, 33% acima dos US$ 18,1 bilhões alcançados nos doze meses anteriores. Julho No mês de julho de 2003 as exportações do agronegócio somaram US$ 2,594 bilhões, o segundo maior valor para esse mês desde julho de 1997 (US$ 2,636 bilhões). As importações totalizaram US$ 378 milhões, o que representa uma redução de 14,6% em relação a julho de 2002. Com estes resultados, a balança comercial do setor atingiu em julho um superávit de US$ 2,216 bilhões, 5,9% acima do saldo alcançado em julho de 2002 e o maior superávit já registrado para os meses de julho.


Agricultura no Governo Lula
Data: Sat, 09 Aug 2003 16:27:56 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Tangerino, Devemos ter em mente que não é somente os MST que usa a violência em defesa da posse da terra, mas a polícia (lembra do massacre de carajás?) e os proprietários de terras devolutas. Não sou a favor da violência no campo, mas os MST é um movimento de famílias excluídas do processo produtivo no nosso país, que vivem abaixo da linha da pobreza, eles querem fazer valer a lei. Será que a população irá perceber que existe exclusão nos no campo sem o MST. A violência não está apenas no campo, mas no meio urbano. Tenhamos um mínimo de sinceridade: o que se fez de consistente em termos de políticas públicas para os milhões que moram nas favelas e nos fundões de nosso pais? Há muita raiva e decepção no meio do povo para com os políticos e o Estado excludente. A ausência culposa do Estado criou um vazio que foi sendo preenchido pelos traficantes. Eles oferecem trabalho, renda, subsistência básica a milhares de jovens para os quais o Estado e a sociedade não oferecem nenhuma alternativa decente. Organizou-se entre eles um outro pacto social, ilícito, outra ordem, outras leis, o "Estado" bandido. Ai há lideres que ditam normas e praticam crimes injustificáveis. O que estão ocorrendo agora é o enfrentamento das duas ordens. A "outra ordem" tomou consciência de que é o injusto, corrupta e hipócrita é a ordem vigente, a nossa. É em nome dela que os policiais sobem às favelas, arrombando portas, batento, atirando, humilhando pessoas, em sua maioria trabalhadora e inocente. Para nosso escândalo, não foi exatamente isso que a Carta do Tráfico disse, em publicação dia 25 de fevereiro? Nela se testemunha o que todos sabemos e tememos reconhecer " que os verdadeiros marginais não estão nas favelas, nem atrás das grades, e sim, no alto escalão da pollítica. Será que entre os presos deste país existe um que tenha cometido um crime mais hediondo do que matar uma nação de fome e na miséria? Então BASTA. Não queremos nossos direitos". E a carta mostra confiança em Lula, pois confessa que "as pessoas humildes e pobres contam com o Sr. para sair desta lama". E se eles tiverem razão???????????????????? Todos nos sentimos aliviados com a transferência de Fernandinho Beira-Mar. Pode ser perigoso, pois nos faz desviar a atenção sobre os mesmos, causa decisiva, embora não única, da desgraça social que produz a marginalidade e os líderes do tráfico. Se não fizermos outro pacto social que inclua a todos, vamos ter, de tempos em tempos, caos social e paralelismo de duas ordens, ambas perversas, cindindo de cima abaixo o único país que temos. Nildo

Clipping
Data: Sat, 09 Aug 2003 17:49:35 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Elias, este é um Grupo de Discussão cujo objetivo maior é agricultura irrigada. Não é fácil fomentar o debate e fazer as pessoas falarem, digo, escreverem..... Qdo o fazem, serão sempre bem vindas, inclusive a sua msg. Este é um espaço democrático e aberto a todas as opiniões e correntes de pensamento. Do meu lado procuro divulgar noticias que possam subsidiar decisoes e promover a disseminação do conhecimento ligados à agricultura e ao desenvolvimento sócio-econômico.Gostaria muito de estar discutindo com mais afinco irrigação, mas enquanto não há a participação maior do grupo, lanço informações gerais que possam contribuir para a discussão. Vc mesmo, poderia ter dado sua contriuição ao debate: ao invés de solicitar informações técnicas sobre a cultura do melão (altamente dependente da irrigação) diretamente à Área de Hidráulica e Irrigação, poderia ter feito o questionamento no IRRIGA-L. Com certeza além de nós daqui da UNESP Ilha Solteira, outras pessoas poderiam ter contribuido com respostas mais complexas ou mais interessantes do que as que respondemos a vc, que poderiam te ajudar a fazer um plantio melhor. Assim, é questão de jogar no IRRIGA-L suas duvidas, que certamente, haverá alguma boa alma disposta a socializar o conhecimento adquirido. Filosofia tb faz parte do crescimento intelectual das pessoal.... Nao vivemos bem somente com conhecimentos tecnicos.......

Clipping
Data: Sat, 09 Aug 2003 19:23:15 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Valeu Tangerino, Muito bom. Você foi muito feliz em falar que a filosofia tb faz parte do crescimento intelectual dos profissionais, principalmente político, pois a crescimento da agricultura do nosso país depende não somente da técnica, mas principalmente de decisões políticas. Nildo da Silva Dias
Rua Dr Paulo Pinto, 2067. Vila Independência. Piracicaba SP. CEP 13418-050. Fone (19) 3434 0741. Sala (19) 3429 42 17 (R 273)
Hans Jonas, o filósofo do "princípio de responsabilidade" formulou assim o imperativo categórico: "aja de tal maneira que as consequências de suas ações não sejam destrutivas da natureza, da vida e da Terra".

Clipping
Data: Sat, 9 Aug 2003 22:38:25 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Valeu Fernando. Quanto mais ecletico melhor. A contribuição do Elias foi mais importante do que talvez ele possa pensar. Foi o grito inconformado de quem necessita muito de conhecimentos sobre a irrigação e que talvez ache que não estamos fazendo nada pela sua economia. Mas certamente, pela negativa não iremos a lado nenhum. Mantenho o que disse e afirmo que tem muito mais bala na agulha em se tratando de novos paradigmas e novas filosofias, ferramentas com as quais se têm criado condições de desenvolvimento também , mas não só, da irrigação. O Brasil é o que é hoje, uma Nação que se orgulha de suas conquistas em todos os campos da Ciência, do Humanismo, fruto de muita Filosofia e de profunda Intelectualidade. Os Brasileiros que impulsionaram o Brasil, foram, são e
serão sem dúvida muito inteligentes e dedicados e entre eles estão sempre muitos e bons Filósofos.
"aja de tal maneira que as consequências de suas ações não sejam destrutivas da natureza, da vida e da Terra". Valeu Nildo!

MIME-Version: 1.0
Data: Tue, 12 Aug 2003 10:41:47 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos da Lista gostaria de convida-los para uma discussão... ...Todos nós que trabalhamos com irrigação sabemos que a técnica da lisimetria pode ser utilizada para se determinar a evapotranspiração das culturas e por sua vez transformar isso em coeficiente de cultura Kc, que é utilizado no manejo correto da irrigação, dimensionamentos hidráulicos e etc. Pois, bem...Alguém tem alguma sugestão a resopeito da determinação da ETc de uma planta (citros, café, roseira e etc) isolada dentro do lisímetro? Quais seriam os procedimentos para a determinação de ETc e Kc ?

MIME-Version: 1.0
Data: Wed, 13 Aug 2003 09:23:19 -0300
De: Tonny Jose Araujo da Silva <tjasilva@carpa.ciagri.usp.br>
Prezado José Alves Júnior, As informações sobre coeficiente de cultivo para culturas isoladas é sem dúvida um parâmetro necessário para o manejo racional da irrigação. Porém, não se tem no mundo uma metodologia definida para a obtenção deste parâmetro em plantas isoladas. Ao contrário de culturas de cobertura total do solo, que elimina significativamente a contribuição da evaporação do solo, o kc é facilmente obtido pela razão entre a ETc e a ETo, sem preocupar-se com a área de exposição do lisímetro, desde que controladas as condições mínimas necessárias para uma boa determinação. Sabemos que esta área de exposição é uma verdadeira fonte para a evaporação do solo nú em lisímetros com plantas isoladas, principalmente no primeiro estágio de evaporação (logo após uma chuva ou irrigação) que as vezes em alguns estudos fornece valores elevados de kc acima dos limites indicados pela FAO "1,2". Depende também do sistema de irrigação utilizado que determina o tamanho da área molhada no solo, da época do ano, direção da linha de plantio, etc. tudo afetando o sombreamento sob copa. De qualquer forma, se uma planta for cultivada em um grande volume de solo ou em um recipiente hidropônico, a genética da espécie não muda, e seu consumo será determinado pela área foliar exposta às condições climáticas. Uma outra informação que deve ser considerada é que não interessa para planta o volume de água que se tem em um grande volume de solo e sim qual a energia como essa água está retida, e esta informação complementa a hipótese de que o tamanho do lisímetro pode ser corrigido trabalhando a frequência da irrigação. Mas ainda não resolvemos o problema da evaporação do solo e esta sem dúvida deve ser objeto de estudo para todos que buscam o kc em plantas isoladas. Acredito que a solução mais coerente seria trabalharmos com a área foliar de uma cultura isolada comparada com a área foliar da grama (2,89 m2), aproximando-se da transpiração, e corrigindo o consumo através da área molhada promovida pelo sistema de irrigação e tipo de solo (evaporação). Cabe a todos nós, principalmente todos os envolvidos nesta lista, discutirmos em busca do amadurecimento no que se referere a determinação do kc. Parabéns, José Alves por preocupar-se com o tema. Gostei da iniciativa.

Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Wed, 13 Aug 2003 10:57:11 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Caro Tonny.... Tambem concordo com a questão de que não importa o tamanho do lisimetro desde que a umidade esteja suficientemente adequada para as raizes mas sabemos que esta area disponivel para molhamento (chuva e irrigação) vai afetar a evaporação...e como o lisimetro registra a evaporação + a transpiração os resultados obidos irão variar muito com a dimensão do mesmo. A separação dos termos parece ser a mais coerente mesmo, pois haveria uma maior pluralidade na utilização dos valores...mas como faze-lo dentro do lisimetro? Abraços...

Lancamento do Agrofaz
Data: Wed, 13 Aug 2003 14:29:48 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá boa tarde a todos! Divulgo que será realizado em Jales - região noroeste do Estado de São Paulo - neste proximo dia 22 de agosto, as 19:00 horas o lançamento oficial do Fórum Regional do Desenvolvimento do Agronegócio Hortifrutícola, que compõe o PROJETO AGROFAZ. Local: Câmara Municipal de Jales

Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Wed, 13 Aug 2003 14:33:13 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Mais um "ingrediente" para essa equação: considerando que a area do lisimetro é limitada, será que o consumo de água pela planta (evapotranspiracao) + evaporação do solo será a mesma se irrigarmos o lismitro por aspersao (area total) ou por gotejamento (bulbo umido no interior do lisimetro) será o mesmo? Creio que não..... Neste caso como separar as partes? Outros lisimetros sem cultura, mas com sistemas de irrigacao diferentes? Bom trabalho a vcs! Fernando Tangerino

kc
Data: Wed, 13 Aug 2003 15:09:41 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Sr Claudio, Se não existe uma metodologia definida para a obtenção do kc em plantas isoladas, o que se tem de trabalho para solucionar este problema? ou melhor qual seria as condições de contorno para determinar o kc nestas condições? Esta é a principal limitação do uso de lisímetros? Encontrei um trabalho no CONBEA 2003 sobre perfil de umidade em solos irrigado por gotejamento (bulbo), não sei se isto teria influência. Sou leigo no assunto. Nildo

Por que?
Data: Wed, 13 Aug 2003 15:18:50 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Natal, 12 de agosto de 2003
Por que? Escrevo este artigo para defender um brasileiro que sempre sonhou por fazer de seu país, um país mais justo, sem tantas desigualdades sociais, sem tanta pobreza. País este que é muito rico, porém que possui uma população pobre e miserável. Pobre em rendimentos econômicos, pobre em conhecimento, pobre em cidadania. Defendo Lula, por que nunca neste país se viu um presidente com tanta disposição para negociar com todas as classes trabalhistas e empresariais, como ele, infelizmente algumas poucas classes partidárias de nosso país, em defesa do que existe de mais atrasado e mais conservador, em defesa de um corporativismo que privilegia apenas uma classe de trabalhadores em detrimento a toda uma nação de trabalhadores, se arma com paus, bandeiras, pedras e gritos de ordem cheios de ódio, e vão para as ruas em passeatas tidas por pacificais, porém que sempre terminam em promoção de quebra-quebra e baderna, o que vem a envergonhar o povo brasileiro nos tablóides nacionais e internacionais. Sou a favor das Reformas de Lula, não por que elas
realmente sejam o melhor para o Brasil, por que não o são (pelo menos para o funcionalismo público!), más porque pela primeira vez em nossa história recente, um presidente tomou a iniciativa de tentar diminuir as grandes desigualdades existentes entre os mais pobres e os mais ricos, (só é uma pena que esteja nivelando por baixo, uma vez que não concordo com um teto tão baixo, que punirá, por exemplo, professores mestres e doutores que deram sua vida em detrimento do conhecimento científico e do crescimento do país). Sou a favor da política de Lula, por que pela primeira vez na história da República Federativa do Brasil um presidente recebeu em sua sala os 72 reitores das Universidades Federais para discutir a situação de cada uma destas instituições de ensino superior e da pesquisa científica produzida por elas. Reitores que enquanto eram recebidos pelo presidente para negociar sua situação frente às universidades públicas, tinham parte de seus funcionários fazendo greve e marchando à Brasília para quebrar o Congresso Nacional; Enquanto o intransigente poder Judiciário negociava com o governo sobre a reforma da previdência do judiciário para não fazer greve, alguns docentes das universidades públicas em greve, ao invés de tentar dialogar com o governo chamando-o para um debate mais aprofundado, dirigiram-se ao Congresso Nacional para jogar pedra nas janelas, quando não se jogar por elas, deixando um prejuízo para a nação brasileira pagar de R$ 30 mil; estranho que se costuma dizer que são nas universidades onde encontramos as elites pensantes deste país (ou seria melhor dizer, alguns bárbaros pensantes deste país). Defendo o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, porque pela primeira vez no Brasil, destes 40 milhões de brasileiros que serão beneficiados com aposentadoria de um salário mínimo depois das reformas previstas nas previdências públicas e privadas, pelo menos 75% correspondem a trabalhadores do campo nacional, estes mesmos brasileiros que vivem de capinar o solo e plantar as hortaliças que nós comemos no conforto de nossas casas. São estes brasileiros que acordam às 4h da manhã, e sem tomar café vão para a roça trabalhar pela sua sobrevivência e para produzir a comida de outros 120 milhões de brasileiros que não querem reconhecer o seu sacrifício. São estes brasileiros, faça chuva ou faça sol, que chegam a trabalhar 12h por dia (de 04h às 16h) sem direito a final de semana, a uma carteira de trabalho assinada, ao gozo de férias premio, sem direito a décimo terceiro salário e também sem direito a uma aposentadoria que seja. Estes são os 40 milhões de brasileiros a quem Lula quer levar o mínimo de direito regido no Art. 06 da Constituição Federal, e aos quais o funcionalismo público está contra. Agora me pergunto, Por que?

kc
Data: Wed, 13 Aug 2003 16:58:23 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Nildo...Até onde eu conheço não sei de nenhuma metodologia sobre isso na literatura internacional, acredito que o assunto é recente...com certeza a área molhada é influenciada pelo sistema...a grande questao é como isolar isso no lisimetro...e depois determinar esses valores para cada tipo de solo e sistema...sugestões???

Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Thu, 14 Aug 2003 11:18:39 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Tangerino...sem dúvida o sitema de irrigação irá influenciar no consumo de água do "lisímetro" (planta + solo)...Se molharmos a área total do lisímetro, estaremos molhando também a porção de área periférica dentro do lisímetro que é constituida de solo nú 100% exposta ao sol, e que em um primeiro momento contribui muito com a diferença de peso total do lisímetro de um dia para outro devido a sua elevada taxa evaporativa. E o que é pior, quanto mais jovem for a planta dentro do lisimetro, maior será essa área periférica. Ela refere-se a toda área dentro do lisímetro que não está sobre influencia do sistema radicular da planta. Portanto, seu consumo não deve ser considerado, deve ser descartado de alguma forma. Para não mascarar o verdadeiro consumo da planta, que é constituido da transpiração+ evaporação do solo sobre influencia do sistema radicular da cultura. Portanto fica a pergunta: Como descontar o consumo de água dessa área evaporante, que não está sobre influencia da planta? Tangerino, por outro lado, se usarmos irrigação localizada (gotejamento principalmente) estaremos molhando somente a região do sistema radicular. Toda aquela área periférica e evaporante dentro do lisímetro estará seca, com uma pequena taxa evaporativa. Dessa forma, o sistema localizado, isolaria seu efeito, tornando a diferença de peso do lisímetro de um dia para outro, como o verdadeiro consumo de água da planta (transpiração+ evaporação de água do solo onde tem raízes = evapotranspiração da cultura). Mas, fica a pergunta: Quantos gotejamentos devemos usar? Pois, quanto maior a área molhada maior será a taxa evaporativa. Mas, deve ser uma área molhada tal, que consiga deixar a planta sem restrições hídricas. Para colocar mais lenha na fogueira... Vamos imaginar que o problema relatado acima tivesse resolvido. Dessa forma conseguiríamos determinar o consumo de água (em litros) de uma planta isolada dentro de um lisímetro. Como transformar essa evapotranspiração da cultura em litros para milímetros???? Jose Alves Junior

kc
Data: Thu, 14 Aug 2003 11:37:23 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Nildo... Acredito que o problema que o Cláudio levantou é o seguinte: se não existe uma métodologia para se determinar o consumo de água de plantas isoladas, então vamos cria-la. O que não podemos é continuar irrigando pomares, e dimensionando sistemas de irrigação, e até mesmo discutindo outorga de uso de água para agricultura, se não sabemos o quanto de água que as culturas consomem...Não podemos tampar nossos olhos para esse problema e continuar usando coeficientes que não sabemos como foi determinados, em que tipo de solo, em que parte do mundo e para que variedade, como é o caso dos Kc da (FAO). Diante disso que sugiro a criaçao de uma metodologia utilizando a técnica da lisimetria. Mas, para isso precisamos do envolvimento de todos...acredito que os profissionais dessa lista são suficientemente capazes de gerar as discussões necessárias e chegar ao resultado...obrigado pela sua contribuição...Jose Alves Junior

Necessidade de pesquisa
Data: Fri, 15 Aug 2003 08:42:33 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Será que ninguém quer discutir sobre determinação de Kc? Por que?Já que a pesquisa gera tantos trabalhos nessa área. Será que estamos determinando-os de forma correta? Jose Alves Junior

kc é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 11:15:08 -0300
De: Tonny Jose Araujo da Silva <tjasilva@carpa.ciagri.usp.br>
Segue abaixo minha sugestão referente a convocação do José Alves Júnior. Bom final de semana para todos do irriga-L.
Prezado José Alves Júnior. A utilização da evapotranspiração de referência para determinar o coeficiente de ajuste (kc) para uma cultura inclui os componentes de evaporação do solo e transpiração da planta, como já discutido por nós (Prof. Tangerino, Cláudio, Nildo, etc). Como a separação destes dois componentes é difícil, porque não estabelecer uma relação entre as superfícies expostas aos fatores climáticos, sendo estas a área foliar da grama parametrizada pela FAO-56 e a área foliar da cultura. Dessa forma não dependeremos da evaporação do solo para obtenção do kc. Não estou falando em desprezar a evaporação abaixo da copa, mas esta deverá ser computada como um percentual adicionado à lâmina de acordo com a eficiência do sistema. Será que funcionaria? O problema ainda está em determinar a área foliar das culturas de modo não destrutivo, para acompanhar a evolução dos estádios fenológicos de desenvolvimento. Gostei de sua convocação para discutirmos sobre kc. É verdadeira sua afirmação de que muitos trabalhos de kc são gerados sem que possamos comparar sua metodologia. E o que é pior, são utilizados no manejo da irrigação. Será que estamos utilizando de forma racional??? Quando vejo a tabela do boletim 56-FAO acho muito linda e gostaria MUITO!!! de aprender a magia negra para obter aqueles números.

Injeção de Cloro
Data: Fri, 15 Aug 2003 12:03:15 -0300
De: "Marcos Alves" <alves@uflanet.com.br>
Caros colegas, gostaria de saber informações e/ou sugestões sobre a tecnica de cloração em sistemas de irrigação localizada, com o intuito de limpeza do sistema atacado por altos teores de Ferro. Atualmente estamos mandando uma proposta para um cliente que terá as seguintes condições:
a) Area total = 15 ha b) Gotejador: RAM (Netafim) autocompensante c) Tipo de injeção: hipoclorito de sodio. Concentração na água de irrigação 15 ppm (tratamento de choque) com duração de 4 horas/injeção. Numero de injeção: 5 para cada setor. Curiosidade: o gotejador citado apresentou um aumento de vazão quando "entupido". Segundo tecnicos da empresa esta situaçào é possível `(e é caracteristica) em gotejadores auto-compensantes, uma vez que a "sujeira" calça a membrana responsável pela compensação. Este aumento de vazão foi comprovado atraves de ensaio de vazão no campo, seguindo metodologia para gotejadores. Agradeço desde ja as sugestões. Tenham todos um otimo fim de semana Marcos Alves

Injeção de Cloro
Data: Fri, 15 Aug 2003 14:30:10 -0300
De: Ronaldo Souza Rezende <rsrezend@carpa.ciagri.usp.br>
Observe que, diferentemente do cálculo de concentração de soluções salinas, a concentração final de cloro livre na água a ser tratada (cloro livre é o que interessa) não é função direta da quantidade calculada de cloro (para atingir, p.ex., 15ppm). O cálculo deve levar em conta a demanda intrínsica da água, por cloro. O ponto porém é outro; o cloro é um oxidante e sua ação em águas com teor de ferro seria a de oxidar esse elemento ainda em estado solúvel (Fe+2) para uma forma de menor solubilidade (Fe+3), precipitando-o.... se o sistema já foi afetado, a eficiência do tratamento fica comprometida, pois o ferro já passou para estado de Fe+3. Realmente o aumento de vazão é comum nesse tipo de emissor, pelo motivo que lhe foi explicado. Eng. Agro. Ronaldo S. Resende Embrapa Tabuleiros Costeiros (79) 217-1300 R-1354 Aracaju-Se

kc é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 15:37:29 -0300
De: João Antonio Galbiatti <galbi@fcav.unesp.br>
Caros amigos Não vou entrar nesta "briga", mas gostaria de sugerir uma reunião específica sobre este assunto, onde poderíamos discutir os problemas e elaborarmos um projeto temático para futuras pesquisas. Abraços João Antonio Galbiatti

Coeficiente de Cultivo em plantas isoladas
Data: Fri, 15 Aug 2003 17:05:04 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Prezados Colegas da Irriga-L O Boletim n. 56 da FAO, encontrado gratuitamente em http://www.fao.org/docrep/x0490e/x0490e00.htm#Contents trás alguma informação (pag. 184-185) sobre a correção de plantas em condições não-tipicamente agrícolas. A determinação do kc em plantas isoladas é algo que demanda atenção redobrada. Nos anos 60 o IAC tinha uma planta adulta de café sendo monitorada num lisímetro de pesagem, aqui em Campinas, SP. A excessiva exposição daquela unica planta (isolada) ao sol (ao ambiente) e o cálculo do consumo de água sendo baseado na pequena área do lisímetro produziu valores de evapotranspiração maiores do que 10 mm. Planta isolada não adimite a terminologia milimetro ... sem incorrer em erros! O cálculo em litros por planta por dia incorreria em menor erro do que em mm. O uso da área foliar da planta ou outras informações "fitométricas" são de grande utilidade para a transferência da informação (muito melhor do que idade ou dias após o plantio). Concordo que há necessidade de melhor discutirmos os vários aspectos ligados a estimativa de kc e, principalmente, sobre a adoção da nova metodologia da FAO. Bom final de semana à todos. Flávio Arruda Pesquisador Científico IAC

Concurso para PqC I no IAC
Data: Fri, 15 Aug 2003 17:50:09 -0300
De: Regina Célia de Matos Pires <rcmpires@iac.sp.gov.br>
CONCURSO PARA PqC I NOS INSTITUTOS DA APTA
Saiu publicado no D.O. de 13/8/2003, Seção I, páginas 45 a 54 a abertura de inscrições para o concurso. Para o IAC teremos 69 vagas nas seguintes áreas: Manejo de Culturas ( 20) : Cana -6; Citros - 1; Frutas - 3; Horticultura - 6; Café - 2 e Grãos e Fibras - 2. Melhoramento Vegetal (23) : Cana - 3; Citros - 1; Frutas - 6; Horticultura - 3; Café - 3; Grãos e Fibras - 7. Biologia Molecular Vegetal (7) Hidrometeorologia e Análises de Risco (5) Tecnologia de Pós-colheita (6) Solos e Recursos Agroambientais (8). inscrições de 22/9 a 10/10. Todas as informações para o concurso no IAC e demais Institutos de Pesquisa da APTA - Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estão disponíveis no site - www.apta.sp.gov.br

kc é igual...
Data: Fri, 15 Aug 2003 22:22:21 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Joao, Sem dúvidas 'os finalmente' deverão ser feitos pessoalmente por um grupo Mas deveríamos adiantar bem o assunto aqui na lista. Prestigiariamos o Fernando, a lista e teríamos muitos mais 'palpiteiros' q nos ajudariam muito com suas idéias conforme eu e Fernando temos batalhado muito a grande serventia de listas como esta é recolher o maior numero de ideias sobre determinado assunto. Sugiro como o assunto é polemico e terá q ter sem dúvidas muitas discussoes técnicas q alguem se ofereça a coordenador do assunto pela lista. Seu trabalho será arquivar todos os emails a respeito e depois fazer um resumo das opiniões de todos e convocar os voluntários depois para a reunião final Nao esqueçam , qq opinião sobre o assunto deve ser feito através das listas assim todos podem partilhar, aprovando ou sugerindo outros caminhos. A braços a todos.

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Mon, 18 Aug 2003 17:39:06 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos da lista...acredito que já é concenso entre nós a importancia de criarmos uma metodologia para determinação de Kc para plantas isoladas...escrevo isso, devido a discussão gerada sobre esse assunto durante as duas últimas semanas...estou certo que juntos poderemos discutir e chegar a bons resultados... Achei fantástica a propósta do amigo Galbiati em fazermos uma reunião para discutirmos o assunto...porém, todos nós sabemos da dificuldade que temos para deslocarmos de nossas cidades, deixando nossos afazeres e etc e etc...diante disso, não discarto a possibilidade de um dia fazermos essa reunião, mas, acredito que muita coisa pode ser discutida e criada virtualmente utilizando essa Lista...Eu proponho ser o intermediador da discussão...E para isso achei melhor e mais organizado montar um questionário inicial com peguntas básicas, para iniciarmos as discussões...os interessados deverão se identificar e responder logo abaixo de cada pergunta no próprio editor de texto do email...Todos poderão contestar a resposta do outro...quando as discussões esfriarem, um resumo geral sobre o primeiro questionário será lançado por mim, assim como uma nova série de perguntas...assim sendo segue as 03 três primeiras:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada?
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta dentro do lisímetro? Qual sistema e frequência da irrigação?
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo?
Jose Alves Junior

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Mon, 18 Aug 2003 22:39:07 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Prezado José Alves, Aqui vai a minha pequena contribuição ás suas 3 perguntas:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada?
IDEALMENTE DEVERÁ TER ÁREA SUFICIENTE PARA EXPANSÃO NORMAL DE SUAS RAIZES, COMO MÍNIMA A ÁREA SOB A PROJEÇÃO DA COPA E COMO MÁXIMA A MESMA ÁREA JUNTA COM A PROJEÇÃO DA SOMBRA. SE CERTAS PLANTAS FOREM DEMASIADO GRANDES PARA SE TORNAR PRÁTICA A MEDIÇÃO, TRABALHE-SE INICIALMENTE COM PLANTAS DE PORTE ADULTO MENOR.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta dentro do lisímetro?
COM EQUIPAMENTO DE ASPERSÃO DE COBERTURA HOMOGÊNEA NUMA DOTAÇÃO COMPATÍVEL COM A CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO DO TERRENO.
Qual sistema e frequência da irrigação?
ASPERSÃO POR MICRO ASPERSORES CONVENIENTEMENTE LOCALIZADOS E ESTUDADOS PARA QUE A HOMOGENEIDADE SEJA ASSEGURADA E SEMELHANTE Á MELHOR CHUVA NATURAL, COM GOTA FINA E MILIMETROS DE PROFUNDIDADE ADEQUADOS. ENFIM FAZENDO OU TENTANDO FAZER MELHOR QUE A NATUREZA. A FREQUÊNCIA SERÁ DETERMINADA EM FUNÇÃO DO TEMPO QUE DECORRER ATÉ AO CONSUMO DE 1/3 DA CAPACIDADE DE CAMPO. QUANDO ATINGIDO ESSE PONTO, REPOSIÇÃO DESSE VOLUME CONSUMIDO.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo?
É AÍ QUE OS ESTUDOS CHEGARÃO. VAMOS RESPONDER DEPOIS DE ENCONTRARMOS CORRELAÇÃO COM OUTROS LUGARES DO MUNDO . DE OUTRA FORMA ESTAREMOS GENERALIZANDO, COMO VIMOS FAZENDO COM FÓRMULAS IMPORTADAS, CHEGANDO Á CONCLUSÃO DE QUE HÁ ALGO DE ERRADO NESSE REINO.
Atenciosamente, Engº Jorge de Sousa jorge@nortecnet.com.br 0xx3838212224

Fórum_de_Disc ussão_sobre_Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 08:42:38 -0300
De: fcmendon@ig.com.br
Prezado José Alves, Aqui vão meus dez centavos nesta discussão:
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada?
Se você for considerar irrigação localizada, a resposta do Jorge está correta (projeção da copa). Caso se considere irrigação por aspersão, será interessante ter uma área descoberta em torno da planta.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta dentro do lisímetro? A reposição deverá ser feita a maneira mais semelhante possível ao que o sistema de irrigação aplica, a fim de imitar as condições normais de campo. Qual sistema e frequência da irrigação? Acredito que os sistemas de irrigação por microaspersão sejam os mais adequados. Porém, pode-se irrigar por aspersão convencional, sobre a planta, para imitar a irrigação por pivô ou autopropelido.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo? Acredito que não, devido às particularidades climáticas, tais como efeito oásis em climas semi-áridos, fotoperíodo, temperatura, ventos e umidade relativa do ar. Portanto, proponho a interessante idéia de se criar uma rede de pesquisa sobre consumo de água e determinação de coeficientes de culturas. Pode parecer mania de grandeza, mas a água é recurso escasso e merece nosso respeito e consideração. Atenciosamente, Fernando Campos Mendonça

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 10:05:57 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José, a discussão sobre o consumo de água de planta isola está um tanto vaga e seria bom que fosse especificado melhor o problema. Em primeiro lugar seria muito bom que fosse definido o que é planta isolada, qual espécie vegetal e qual o objetivo das determinações. São questões fundamentais pois dão indicativas de como deverão ser tratados os resultados e qual a precisão necessária. Veja por exemplo as diferenças que podem produzir: - Planta isolada com ou sem forração ou plantas invasoras, em área de terra ou numa calçada. - Árvore, arbusto, etc ... - Objetiva-se paisagismo, pomar comercial ou outra. Mais importante do que tudo é a utilização de um modelo que represente a influência dos principais fatores intervenientes, que expresse o comportamento da planta e que seja possível utiliza-lo para estimativas em outros locais. A grande contribuição do Boletim 56 da FAO é que ele trás algumas formas de se operacionalizar tudo isso. O recente (2002) livro "Irrigação" vol. 1, da Soc. Brasileira de Engenharia Agrícola - SBEA - apresenta dois capitulos sobre evapotranspiração e kc. Todos que se interessam por kc deveriam aproveitar do conhecimento que lá está disponibilizado.
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada?
No geral, o suficiente para ser representativo do sistema produtivo vegetal e para supri água e nutrientes à planta. Não há necessidade de ser um lisímetro. Métodos de fluxo de seiva podem produzir os mesmos resultados de maneira muito mais barata e com boa precisão.
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta dentro do lisímetro?
Tanto faz a forma e o intervalo de aplicação de água desde que o modelo leve em consideração o molhamento da superfície do solo e o efeito do estresse hídrico na transpiração da planta.
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo?
A rigor, dificilmente uma combinação de situação de cultivo, umidade do solo, condição ambiental se repete num mesmo local ... e muito menos em outro. Por isso a necessidade de uso de modelos. Espero ter trazido alguma luz a esse assunto. Flávio Arruda Pesquisado Científico - IAC Centro de Ecofisiologia e Biofísica

Fórum deDiscussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 13:07:46 -0300
De: "cfsouza" <cfsouza@bol.com.br>
Olá Prof. Flávio, Aproveitando sua primeira resposta. Eu sugiro a consulta deste trabalho sobre fluxo de seiva utilizando a técnica da TDR. Nadler, A; Raveh, E.; Yermiyahu, U.; Green, S. R. Evaluation of TDR use to monitor water content in stem of lemon trees and soil and their response to water stress. Soil Sci. Soc. Am. J. 67:437-488, 2003. Um abraço, Claudinei

Comentário sobre kc
Data: Tue, 19 Aug 2003 13:31:37 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Jose Alves... Antes de entrar nessa questão (tamanho do lisimetro, sistema)...gostaria de sugerir.... Por que nao estudarmos somente a evaporação do solo, via lisimetro sem planta...sob os sistemas de irrigação...e para dois tipos de solo como arenoso e argiloso, por exemplo? De posse desse valor conseguiriamos isolar o componte transpiração no lisimetro??
O que vcs acham?

Respondendo kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 14:36:01 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Jose Alves
Para não fugir da sua pergunta...então respondo...
1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada? Qualquer um, desde não impessa a livre extração de água pela planta
2) Como deve ser a reposição de água dessa planta dentr o do lisímetro?
Deve ser de tal maneira que eu consiga saber o quanto vai ser perdido por apenas a evaporação
3) O Kc determinado em Piracicaba pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo?
Não...pois no kc esta incluso o componete evaporação que depende do solo e da área molhada (chuva e sistema de irrigação)...que podera variar...

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 16:18:57 -0300
De: "Luiz Carlos Pavani" <lcpavani@fcav.unesp.br>
Olá pessoal da lista: Estava apreciando a discussão sobre Kc em plantas chamadas "isoladas" em lisímetro, nesses dias passados. Concordo com todas as observações feitas pelo colega Flávio Arruda do IAC. Também acho que falta muita definição no que está sendo proposto. Uma planta de laranjeira com apenas dois anos, dentro de um lisímetro que está no meio de uma área de 10 hectares plantada com a mesma variedade, da mesma idade, é uma planta isolada? E quando estas plantas tiverem 15 anos, em que não há mais espaçamento livre entre plantas na linha, mas há na entre-linha? E a influência da textura da camada superficial do solo na velocidade de secamento da superfície? E a influência do próprio lisímetro no desenvolvimento do sistema radicular em uma condição e na outra? Que tamanho deverá ter o lisímetro? Quantos espaçamentos diferentes se usa hoje em dia em pomares de citros (5 x 4m; 6 x 4m; 7 x 3m; 8 x 4m, etc.), por exemplo? Quantos tipos de manejo da cobertura vegetal do solo (sem cobertura, com grama, com leguminosas como adubo verde, com cultura intercalar, etc.)? Quais os métodos de irrigação que podem ser utilizados: sulcos, bacias de infiltração, aspersão convencional, autopropelido, pivô-central, microaspersão, gotejamento com linha simples ou linha dupla, gotejadores na superfície ou em subsuperfície? O pomar onde está o lisímetro está sendo nutrido como, via água de irrigação ou a lanço, manualmente? Como esta adubação está sendo parcelada? e ela foi baseada na análise de solo e planta e será aplicada conforme a curva de exigência nutricional da cultura? E as diferentes combinações de porta-enxerto/copa? E agora com a subenxertia em função do Morte Súbita dos Citros? E a CVC, que antes de se manifestar visualmente já está compromentendo o fluxo de seiva da raiz para a copa? Como será obtida a ETo: será medida em lisímetro com grama, com bordadura suficiente (que no nosso inverno não se mantém nas condições preconizadas para uma cultura de referência) ao mesmo tempo que será medida a evapotranspiração diária da cultur no lisímetro, ou será estimada por meio do método de Penman-Monteith parametrizado por ALLEN et al. (1998), no Boletim 56 da FAO; ou será estimado pelo método do Tanque Classe A com valores diários de evaporação, ou com médias de cinco dias, ou de dez dias, ou mensais; será estimada pelo método de Hargreaves, Penman ou qualquer outro dos tantos que existem? E a precisão, exatidão dos sensores e outros erros embutidos nos métodos, nos sensores e nos equipamentos utilizados? Vejam que as variáveis que podem estar interferindo nos valores finais do Kc podem não ser locais e nem serem percebidas. Por isso muitas pesquisas já foram feitas sobre evapotranspiração e muitas ainda serão. Como disse Stanhill, se pegarmos todas as folhas dos trabalhos que já foram publicados sobre evapotranspiração e as espalharmos sobre a superfície do planeta, cobriríamos uma grande parte dela e diminuiríamos em muito a evapotranspiração. Acho que o Boletim 56 da FAO é uma grande contribuição e um grande passo para um manejo mais inteligente da irrigação. Como diz o ditado "a perfeição é uma meta". O grande problema, com a escassez de água batendo à nossa porta, é de como viabilizarmos operacionalmente o conhecimento que já temos engavetado, publicados em periódicos científicos e técnicos, em boletins, em congressos, etc. transformando-os em programas de extensão. Será que os programas para financiamento de eauipamentos de irrigação não deveriam exigir também uma proposta de manejo de irrigação para a(s) cultura(s) que o irrigante pretende irrigar, assinada por um profissional competente? Esse programa sendo efetivamente implantado não poderia servir de desconto na futura (em algumas regiões já é atual) cobrança pelo uso da água? E olha que a irrigação será taxada quase que em dobro, pelo volume de água captado e não devolvido (estimado em + ou - 93% do volume captado). Se nós conseguíssemos que os irrigantes medissem decentemente pelo menos a chuva já não seria um grande passo? Sei que minha intervenção foi muito longa, mas espero ter colocado mais um pouco de lenha na fogueira para que ela não se apague. Abraços e continuemos evapotranspirando em busca da solução! Luiz Carlos Pavani FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal Fone: (0 16) 3209-2637 Fax: (0 16) 3203-3341lcpvani@fcav.unesp.br

kc é igual...
Data: Tue, 19 Aug 2003 17:29:03 -0300
De: "Pedro Cunha" <cunha@ana.gov.br>
Caros colegas da Lista de irrigação; Estamos de pleno acordo de que deva ter mais pesquisas com as metodologias de calculo de demanda hídrica e conseguentemente os Kc, fazendo um banco de dados de valores por região e cultura.Seguem anexo a titulo de divulgação: 1) a planilha de calculo de demanda hídrica que usamos aqui na Agência Nacional de Àguas -ANA - Superintedência de outorga e Cobrança-SOC em Brasilia-DF, para as outorgas de irrigação, onde entra os valores mensais de Kc, que se mais precisos podem favorecer um manejo com maior eficiência do uso da água. 2) algumas instruções do preenchimento desta e orientações do encaminhamento do pedido de outorga em mananciais federais 3) Uma lista dos mananciais federais principais. Creio tambem que poderia ser viavel o financiamento de pesquisa deste tema junto aos fundos setoriais como o Fundo Setorial de Recursos hídricos, que já teve alguns editais com o tema irrigação, mais informações pode ser encontrada no site da Finep http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/ct_hidro/ct_hidro_editais.asp
Estamos a disposição para qualquer esclarecimento.

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Tue, 19 Aug 2003 19:24:28 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Pavani, Você não se deteve apenas na evapotranspiração nem nos lisimetros. Deu uma passeada federal no âmbito geral e lembrou a todos nós que a produção de alimentos é uma equação muito mais complexa. Vimos como a discussão de um iten, a evapotranspiração, moveu a discussão também para a globalidade da questão. Poderia também ter passado pela abundância atual de alimentos e poderia ter conjecturado sobre se a fome zero de facto existe na dimensão politica espanejada, ou se por alguma razão é mais um degrau para alguns subirem no palco. Por enquanto, parabéns pela sua abordagem e também parabéns pelo diálogo entre o grupo que está bem mais aquecido e interessante. Acrescentaria ainda, sem esquecer que estamos centrados na evapotranspiração , um reforço á sua ideia de se cuidar da agricultura com profissionais competentes. Iria mais longe, competentes e bem pagos, empenhados em profundidade na produtividade, no bem estar social , na ecologia de sistemas económicos, produtivos auto sustentados. Mais do que a assinatura fugidia de um profissional competente, a agricultura exige um esforço maior e mais atento in loco. Mais do que 2% de comissãop pela assinatura, um empenho premiado com produtividade, economicidade e representatividade da Agricultura Brasileira no Cenário Mundial. Mais do que estabelecer as bases teóricas para o calculo do Kc, será importante que seja o mesmo entendido e aplicado pela classe de agricultores ou de seus executores de campo, no sentido do melhor uso da escassa água. Um lembrete: A Agricultura é séria demais para ser apenas o último reduto empregatício dos que não encontram emprego nas outras áreas da economia. Também o facto de se nascer na zona rural não me parece, tal fato por si só, suficiente para qualificar o cidadão como agricultor. A terra como a água, é também um património escasso e em acelerado processo de exaustão de fertilidade, se não invertermos certos procedimentos exploratórios. Se não cuidarmos dela com profissionais competentes, talvez sobre Àgua e falte Terra Abraços a todos. Jorge de Sousa

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 08:36:05 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Claudio, Sua resposta da pergunta 1) não ficou muito clara, pelo menos para mim. Agora estou interessado no assunto...1) Qual o tamanho ideal de lisímetro para se determinar o consumo de água de uma planta isolada? Você respondeu: "qualquer um, desde não impeça a livre extração de água pela planta". Qual esta área em m2? Você teria um exemplo para uma cultura específica? Como vc sabe que determinado lisimetro está impedindo ou não a extração normal de uma cultura? Há dados na literatura?

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 09:20:14 -0300
De: Nildo da Silva Dias <nisdias@carpa.ciagri.usp.br>
Pavani, Muito boa sua intervenção sobre o assunto. Então eu começo a questionar se estamos no caminho certo ou não, ou seja, será que estamos colocando a "carroças na frente dos bois"? Trabalhei em um projeto de pesquisa cujo objetivo era definir para os agricultores a melhor estratégia de manejo de irrigação por sulco no perímetro irrigado. Acho que não atingiu os objetivos, pois os agricultores não sabiam construir os sulcos corretamente do ponto de vista técnico(sistematização). A informação que ele precisado não era apenas esta. Acho que as informações tem que chegar até o agricultor, pois pelo que entendi seria um grande passo se os irrigantes medissem decentemente pelo menos a chuva. Se parar as pesquisas e melhorar a extensão rural poderiamos avançar? Então não vale a pena ficar pesquisando sobre irrigação (Kc, fertirrigação, salinidade e etc), caso não se resolva o maior problema da agricultura que é a democratização tecnologia e da terra. Na minha opinião de nada vale a ciência se não amenizar a miséria humana. Ou será que isto não faz parte da lógica do sistema e também não é o objetivo da universidade ou dos centros de pesquisa?

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 11:16:49 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Olá Nildo e amigos da lista...A minha opnião é a de que ate mesmo sob cultivo hidroponico a cultura poderá ir bem...a unica obrigatoriaedade seria a manutencao de um nivel otimo de umidade no solo e que o compartimento suportasse o volume das raizes (que pode se concentrar ou não)...ou dizendo melhor, não acho que devemos ter tanto rigor quanto a forma da caixa e sim sabermos separar o componente evaporação da transpiração...De novo, volto a falar que não conheço nada a respeito na literatura..falo apenas de experiencia pratica..se algum colega conhece poderia contribuir...Quanto ao seu questionamento sobre a assistencia rural, eu penso que há agricultores bons e ruins, não podemos generalizar...mas em ambos os casos, em algum momento, as nossas pesquisas irao valer...não acho que devemos nos preocupar se utilizam ou não agora...nós jah sabemos a importancia do trabalho...

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 13:23:43 -0300
De: "Camilo L. T. Andrade" <camilo@cnpms.embrapa.br>
Aos interessados nos lisímetros consultar as seguintes literaturas:
Aboukhaled, A; Alfaro, A; smith, M. 1982. Lysimeters, FAO irrigation and drainage paper 39, FAO, Rome, 69p.
Allen, R. G.; Howell, T. A.; Pruitt, W. O.; Walter, I. A.; Jensen, M. E. 1991a. Lysimeters for evapotranspiration and environmental measurements.
ASCE, Honolulu, Hawaii, 1991. 444p.
Esta última, do meu ex-orientador tem várias considerações sobre os efeitos da forma dos lisímetros, profundidade, borda, bordadura, área, etc. nos valores de ET. A teoria por tras de lisímetros é extremamente simples e direta. Os resultados práticos, todavia, são muitas vezes desanimadores...Tenho lisímetros simples de drenagem para estudos de meio ambiente. Os resultados que tenho obtido, em termos de evapotranspiração, não são muito bons. Vários erros são cometidos na medição dos componentes do balanço de água. Por incrível que pareça, no meu caso, os maiores erros estão na medição da entrada de água via chuva ou irrigação. Em segundo lugar a medição da umidade do solo. Outros colegas (Ricardo Fietz da Embrapa Dourados e Renato T. Faria do Iapar) têm trabalhado com lisímetros de balança (pesagem) eletrônicos. Não sei como estão os resultados deles. Tive a oportunidade de ver um sistema de manejo na Costa Rica baseado no monitoramento contínuo do solo que, na verdade, integra os efeitos da atmosfera sobre a planta. Me pareceu muito bom, mas tem limitações também, como todos os outros métodos de manejo da irrigação. A vantegem é que ele não precisa de Kc. A maior desvantagem é o custo alto do sistema de
monitoramento e o efeito da variabilidade do solo na hora de decidir onde instalar o sensor de umidade.
Espero não ter confundido ainda mais a platéia! Camilo de Lelis Teixeira de Andrade

Fórum de Discussão sobre Kc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 13:42:42 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Nildo, Parar a pesquisa, não é necessário, nem conveniente, e diria também que não seria de todo sensato. Porém você tem razão quando aponta outros setores das práticas agricolas que representam desperdícios de água muito maiores ou falhas na agricultura muito mais significativas que também urge resolver. Em suma , todo o técnico que não quer errar muito, vai á prateleira tira um Daker , confere alguns Kc e tira um azimute médio que lhe permite resolver o projeto de irrigação com , por exemplo, 8 mm/dia, para uma dada região. Já estará muito próximo de uma utilização racional da água, mas queremos mais rigor. Olhando para o que vai no mundo, e para os agricultores que não têm esses balizamentos da técnica, a qual ao que parece, ainda tem ferramentas menos precisas , ou pelo menos por enquanto questionáveis, nos assustamos com os elevados riscos que a agricultura enfrenta. Significa que não podemos esquecer os grandes erros que grassam por aí, mas podemos levar também os pequenos acertos da técnica. Quando tivermos mais consciência do que representa saber resolver os problemas, certamente teremos a pulsão de dirigir esse conhecimento á extensão rural para multiplicar os efeitos benéficos. No mais a sua postura se assume como um grito de alerta muito oportuno para o momento. O Kc é muito importante e teremos ao longo do diálogo muitos e bons subsidios para melhorar essa ferramenta técnica. Como fabricante de equipamentos de irrigação e como projetista, sempre contei com aquilo que Cientistas de renome internacional fizeram para aprimorar o uso da água na irrigação e posso afirmar que o Kc é fundamental , bem como toda a hidraulica aplicada á agricultura.

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:12:15 -0300
De: "Claudio Ricardo da Silva" <csilva@esalq.usp.br>
Obrigado Camilo pelas citações e comentários....Nos, ESALQ tambem temos lisimetros de pesagem em dois tamanhos (12,56, 5,72m2) em lima acida tahiti e o mesmo problema que vc tem enfrentado é o nosso...por isso acho importante o estudo da evaporação...as plantas aparentemente apresentam o mesmo porte...Valeu e tb espero ouvir os comentarios dos demais colegas e aprender cada vez mais...

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:37:46 -0300
De: Edivaldo Casarini <ecasarin@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Camilo gostei muito das suas informações.... Obrigado

Perguntandokc...
Data: Wed, 20 Aug 2003 14:51:37 -0700
De: Guilherme Lacerda <ggls@rgm.com.br>
Listeiros, Em primeiro quero parabenizar o Fernando q conseguiu uma verdadeira discussao em sua lista. Elas servem para isto.Nao vou palpitar sobre lisimetros pois minha competencia no assunto é diminuta.Mas quero chamar atençao dos participantes quanto ao 2 paragrafo da mensagem do Camilo Há realmente bons e maus em qq ramo de atividade. Muitos 3% dos visitantes do Ruralnet vão a página http://www.ruralnet.com.br/artigos/ procurando o q vcs colocaram lá para ter maiores conhecimentos . Infelizmente ainda temos muito poucos trabalhos, conferencias, defesas de tese dos senhores para ajudar aos agricultores e pecuaristas que desejam ter maiores conhecimentos Quem tem acesso a uma defesa de tese ? a um trabalho colocado em um Congresso ou Simpósio? É facinho colocar dêem uma forca. Abraços a todos

Resumo do Debate sobre Kc...
Data: Thu, 21 Aug 2003 14:50:55 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caros amigos debatedores sobre o tema: "Kc é igual?"...apresento-lhes o resumo do debate da semana (14 a 21/08/2003)...onde foi apresentado aos senhores um questionário contendo 03 (três) perguntas básicas sobre o tema. Questões essas, suficientemente capazes de gerar muita discussão. Dessa maneira, classifico o debate como bastante produtivo...e ainda estou certo que poderemos gerar muitas outras discussões, somando experiências e conhecimentos no intuito de nos aproximarmos cada vez mais da metodologia ideal de determinação de consumo de água e Kc.

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 21 Aug 2003 14:54:53 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Para essa nova etapa do debate, proponho mais 03 (três) perguntas a respeito do tema:
Situação: "Determinação do consumo de água e Kc com uso de lisimetria de pesagem". - Cultura: Lima Ácida "Tahiti" (Citrus latifolia TAN); - Copa /porta-enxerto: IAC5 / Citromelo Swingle - Espaçamento: 7x4m entre linhas e entre plantas, respectivamente. - Irrigação: Gotejamento com 4 gotejadores (4 l/h) eqüidistantes entri si localizados sob a copa. - Lisímetro: É utilizado 1 lisímetros de pesagem eletrônica, com 5,72 m2 de área e 1,8 m de profundidade. 1) Esse tamanho de lisímetro é suficiente para se determinar o consumo de água e gerar Kc para essa cultura? 2) Como transformar o consumo diário de água em litros para milímetros? 3) O Kc gerado, poderá ser utilizado, para se fazer manejo da irrigação em pomares que são irrigados por outros sistemas? Ou o Kc será específico para gotejamento? Boa semana a todos... Jose Alves Junior

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 21 Aug 2003 17:32:54 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José Alves Junior, Respondendo as suas perguntas ...1) Esse tamanho de lisímetro é suficiente para se determinar o consumo de água e gerar Kc para essa cultura?
A área do lisímetro parece ser bem adequada. Ainda mais se considerar que a irrigação por gotejamento atenderá a necessidade de água da cultura.
2) Como transformar o consumo diário de água em litros para milímetros?
Divida o consumo de litros por planta pelo valor do espaçamento (m2 por planta).
3) O Kc gerado, poderá ser utilizado, para se fazer manejo da irrigação em pomares que são irrigados por outros sistemas? Ou o Kc será específico para gotejamento?
Se o gotejamento for enterrado e a superfície do solo se mantiver seca, então os valores de kc servirão para outras situações similares de tamanho de planta (entenda índice de área foliar). Nesses casos haverá necessidade de fazer a simulação das perdas de água por evaporação. Veja a tese de mestrado de minha ex-orientada Ana Cláudia Araújo de Mello, aí mesmo na ESALQ, defendida em 1992. Flávio Arruda

Kc? novas perguntas...
Data: Fri, 22 Aug 2003 00:47:36 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
Flavio, Vou respondendo usando seu texto. Espero que contribua para algum esclarecimento.
Em relação á sua resposta em 1) , penso que se deve levar em atenção a possibilidade de ocorrerem deficiências de micro ou oligo elementos quando se limita de alguma forma a expansão radicular. Casos há em que as raízes mais significativas da estrutura das plantas se desenvolvem sob a copa sombreada, mas algumas se escapam para mais longe na busca de sabe-se lá o quê. Casos especiais revelaram que essas raizes especiais, foram responsáveis por diferenciais significativos de pujança vegetal pois se relacionaram com depósitos de nutrientes localizados em maiores distâncias. Ao se restringir a dimensão da liberdade de qualquer raiz, pelo menos deve-se considerar a possibilidade de alguma planta não se desenvolver dentro de um espaço confinado por falta de sabe-se lá o quê, que pode ser um dos nutrientes limitantes de harmonioso crescimento, mascarando o fraco desenvolvimento com conclusões não corretas. Será interessante nestes casos, prover um estudo paralelo de nutrição que assegure todos os micro, oligo e macro nutrientes, tanto dentro do lisimetro como fora nas áreas testemunha de comparação. Embora esta minha argumentação vá ao encontro de uma menor probabilidade de ocorrênias, devo dizer que a prática em pomares de Espanha e Portugal tinha como suficiente para a nutrição de pomares industriais de maçã, pera, pêssego ameixa, etc., a área de 25% molhada e fertilizada por sistema de gotejamento, ou seja uma faixa molhada contínua com gotejadores de 1m x 1m ou menos, 0,75 x 0,75m em pomares com espaçamento entre linhas de plantio de 4 meros. Mas note-se que a fertirrigação completa estava presente e que a irrigação se fazia diversas vezes ao dia com curtos periodos de 1/2 a 1 hora, variando conforme textura do solo. Em 2) penso que está correto Em 3) penso que o Kc deve ser específico para cada tipo de irrigação. Pelo menos por isto : Se não há evaporação, porquê mentir para nós que existe? Quem faz projetos de irrigação conhece que o cálculo de cada sistema é diferente. Até é comum que quem sabe fazer projetos com aspersão convencional não seja prático em gotejamento ou em Pivot Central ou auto propelido ou micro aspersão. Não apenas porque as fórmulas sejam diferentes mas por tudo o que envolve cada metodo e suas ferramentas, fórmulas e materiais. Estima-se assim que gotejamento tenha 5% de evaporação cujo responsável seria a mancha molhada de entrada no solo com cercad de 20 a 50 cm de diâmetro, mais alguma auréola a certa profundidade escondida por estreita lâmina de terreno aparentemente seco. Se os gotejadores forem enterrados e não houver continuidade capilar que transmigre vapores evaporados por essa estrutura de um terreno abatido com alguma chuva, poderemos considerar que a água do gotejamento vá diretamente ás raizes ou seja percolada quando em excesso mas tenha sua subida dificultada.Isto pode acontecer onde os terrenos sejam cultivados na faixa superficial em certos climas quentes para dificultar a capilaridade, empoeirando o solo superficial, mas esses mesmos solos tendem a re-estabelecer a capilaridade após alguma chuva que volte a abater a camada solta cultivada anteriormente. Temos assim situações diversas no mesmo sistema em que a função nossa de encontrar soluções tem mais coisas em que pensar. Quando coloca a questão de ausência de evaporação, em função do que apresento pergunto: existe essa condição tão simplesmente ? penso que não . Há sempre aquecimento em profundidade do solo que tende a vaporizar e secar a água que estará subindo por capilaridade até certa altura do perfil embora não vejamos esse como outros fenómenos que ocorrem. O indice de área foliar ou as diferenças de indices podem ter sido provocados também pelo exposto acima, pelo que penso merecer muita cautela a análise do que acontece supostamente sob influencia da água ou de suas variações sem se considerarem nesse processo á máxima exaustão possível, os fatores aleatórios de peso, o que demanda um conhecimento global da cultura, dos solos , da nutrição em presença, bem como de doênças e intoxicações. Obrigado pela atenção, Jorge de Sousa

Discussão sobre kc.
Data: Fri, 22 Aug 2003 17:12:25 -0300
De: Luiz Sergio Vanzela <lsv@agr.feis.unesp.br>
Saudações cordiais aos amigos da lista. A fim de dar uma contribuição aos questionamentos sobre a determinação do kc, como determinar o que realmente é evaporação do solo? Particularmente eu já trabalhei com sonda de nêutrons e acho que seria um ótimo método para quantificar a evaporação de água em um certo tipo de solo (sem nehuma cultura). Depois de determinar a evaporação da água no solo irrigado com um certo sistema de irrigação, paralelamente a determinação do consumo de água por uma cultura em lisímetros nas mesmas condições, talvez poderia-se separar as componentes evaporação e transpiração. Nunca realizei um experimento desses, só estou tentando dar uma idéia. Por isso espero a opinião dos outros integrantes da lista.

Kc? novas perguntas...
Data: Fri, 22 Aug 2003 17:16:35 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro Jorge e José, Há uma série de questões que devem ser debatidas e estudadas sobre o sistema radicular, adubação, porcentagem de área molhada, etc. No caso do estudo do José, parece que a área do lisímetro abrange a copa da planta, portanto o sistema radicular não estará tão confinado. Normalmente nos ensaios tem sido feito análises de solo e foliar para acompanhamento do estado nutricional, além do monitoramento da umidade (ou tensão) do solo. Tenho, ainda, como sugestão que periodicamente seja medido a resistência estomática das folhas no meio do dia para verificar se não está ocorrendo redução na transpiração em relação ás plantas bem irrigadas fora do lisímetro. Bom final de semana à TODOS. Flávio Arruda

Injeção de Cloro
Data: Sat, 23 Aug 2003 16:57:49 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Olá Marcos, olá Ronaldo! Na situação lembrada pelo Ronaldo, em que o ferro insoluvel já se depositou na tubulação (ver exemplo de situacao real no campo em http://www.agr.feis.unesp.br/acagua.htm), a sua retirada deve ser feita por processo fisico, com o tratamento de choque nao seria suficiente. Outro aspecto a ser levado em conta é que o cloro em baixas concentraçoes funciona com biocida, enquanto que em altas concentrações funcionaria como agente oxidante. A concentração de 15 ppm, como proposto pelo Marcos, seria entao muito baixa, mais para biocida do que para oxidante. Problemas com alga tem sido tratado com concentrações de 1-2 ppm (contínuo) ou 10-12 ppm (intermitente). Como agente oxidante (tratamento de choque) a concentração a ser empregada deveria ser 100ppm ou mais. Mas cuidado: se certifique que a reação tenha sido completada antes do filtro para que tenha eficácia na retirada do ferro, caso contrário, se a reação se der após o filtro, vc estaria potencializando o problema. Abracos e bom final de semana! Fernando Tangerino

MIME-Version: 1.0
Data: Sat, 23 Aug 2003 18:45:41 -0300
De: Denis Cesar Cararo <dccararo@carpa.ciagri.usp.br>
Olá Marcos, Com relação a deposição de ferro nos emissores, uma vez constatado que a água apresenta alto risco a entupimento por ferro, seria interessante, além do uso continuo de 1ppm de cloro residual livre, também o uso de algum dispositivo de oxigenação para precipitar o ferro antes dos filtros. Um exemplo de aerador é mostrado na publicação da UFV: "Principais causas de obstruções de gotejadores e possíveis soluções" de Élio de Almeida Cordeiro, Gustavo Haddad Souza Vieira e Everardo Chartuni Mantovani, Viçosa : Associação dos Engenheiros Agrícolas de Minas Gerais / UFV, DEA, 2003. 41p. Há outros tipos de aeradores, inclusive em uso em Fazendas com teor de ferro na água acima de 0,5 mg/L, ou seja, água com potencial para obstruir os gotejadores, ou no caso, aumentando a vazão de gotejadores autocompensantes. Pode-se ter reduções importantes de ferro dissolvido na água com um sistema de aeração seguido de lagoa de deposição e filtragem. Espero ter contribuido com informações úteis aos colegas. Bom final de semana a todos, Denis Cesar Cararo Doutorando em Irrigação e Drenagem ESALQ / USP

MIME-Version: 1.0
Data: Sat, 23 Aug 2003 19:11:51 -0300
De: Fernando Campos Mendonça <fcmendon@ig.com.br>
Olá Marcos e demais colegas da lista. Gostaria de acrescentar apenas uma coisa às respostas de Ronaldo, Tangerino e Denis: é necessário que haja um reservatório ou uma caixa de sedimentação para que o Fe+3 se deposite no fundo. A velocidade de escoamento nesse reservatório deve ser bem baixa para otimizar a sedimentação. O valor de 0,1 m/s pode ser utilizado como referência, mas é interessante fazer testes in loco. Abraço a todos, as discussões estão muito interessantes. Fernando Campos Mendonça

Injeção de Cloro
Data: Mon, 25 Aug 2003 08:02:28 -0300
De: Ronaldo Souza Rezende <fcmendon@ig.com.br>
Olá caro Tangerino, por me reconhecido como um grande incentivador, vc. colocou propriamente as questões relativas ao processo de clorãção....somente repetiria um ponto: devemos ter em mente que no tratamento contínuo, principalmente, o teor de 1 a 2ppm deve ser de " cloro livre"....a quantidade de cloro a ser usada para atingir esse valor irá depender da concentração de elemetos redutores na água (Mn, S, carga orgânica e o ferro, naturalmente). è comum precisarmos calcular de 8 a 10ppm para atingirmos 1-2ppm. Um outro ponto: uma das hipótese p/ explicar a ação biocida do cloro é que ele age como oxidante de constituintes da parede celular...ao que sei isso ainda não é um consenso. Mais um ponto: quanto 'a tubulação, a ação física é possível....quando no interior do gotejador (principalmente tubogotejador), a coisa muda Um abraço a todos Ronaldo

Injeção de Cloro e desenvolvimento
Data: Mon, 25 Aug 2003 08:42:43 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
OK Ronaldo! Foi muito oportuna a sua complementação....Aproveito para divulgar que ontem (domingo) saiu na Folha de São Paulo (pagina B9) um materia muito interessante sobre a relação matriz insumo-produto. A mesma autora de um trabalho anterior que gosto de divulgar (Emprego e Crescimento Econômico: uma Contradição?, 1996, Sheila Najberg do BNDES - Textos para Discussão 48) agora pegou R$ 10 milhoes e injetou no setor produtivo (antes ela gastava R$ 1 milhão, ou seja, comprava produtos e verificava qtos empregos havia por trás dos produtos comprados, agora ela investe na produção) e verificou o potencial de criação de empregos diretos, indiretor e o efeito na renda. Estamos preparando os graficos para disponibilizar no Portal da Area de Hidraulica e Irrigação (uma vez que estes estão disponiveis apenas no jornal impresso), mas vcs podem conferir on line (se tiverem acesso ao UOL) em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2408200316.htm
Para nós que labutamos com agricultura é bom saber que (dados oficiais): Os trabalhadores em atividade agrícola representam 20,6% do pessoal ocupado em 2001. Em 2002, participavam com 28,3%. O Setor é importante ou não? Confira o texto principal abaixo...Abracos e aproveitem bem a semana! Fernando Tangerino

Kc? novas perguntas...
Data: Tue, 26 Aug 2003 18:16:07 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro amigo Flávio Arruda ...hoje mesmo li a dissertação de mestrado (da sua orientada Mello, 1992) sugerida por vc...achei muito interessante o trabalho e diante do que foi lido por mim gostaria que vc me ajudasse a definir o que seria o Kcb de uma planta isolada como o citrus...A minha sugestão é a seguinte: O Kcb do citrus é o consumo de água da planta extraída por transpiração e por evaporação na região da saia da planta (projeção da copa), dividido pela ETo. Esse Kcb determinado seria o próprio Kc já multiplicado por um Kr (coeficiente de cobertura). Kcb esse que seria utilizado para dimensionamentos e manejos de sistemas de irrigação localizados. E quanto a sua resposta do questionário eu gostaria de contestar o seguinte: Eu acredito que não devemos dividir o consumo de água em litros pela área total do espaçamento. Pois, dessa forma estaremos diluindo o consumo de água localizado em área total. Acredito ainda, que o consumo em litros deve ser dividido pela área de influencia do sistema radicular. A evapotranspiração da cultura (ETc) determinada dessa forma, por mim sugerido, garante a reposição correta de água na área de influencia do sistema radicular, através da aplicação dessa lamina por qualquer sistema de irrigação. Enquanto que da forma sugerido por vc isso não aconteceria, o consumo de água da planta seria espalhado em toda área do espaçamento, caindo pouca água onde realmente interessa. Faríamos dessa forma uma irrigação com déficit. José Júnior

Kc? novas perguntas...
Data: Wed, 27 Aug 2003 15:12:26 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José, O coeficiente de cultura basal (kcb) é a parte do kc que permite calcular a transpiração da cultura, na condição de superfície do solo seca, mas sem deficiência hídrica que induza à fechamento de estomatos e restrição à transpiração da planta. O uso de Kr foi uma tentativa feita no passado para
considerar mais a transpiração da planta nos projetos de irrigação por gotejamento. Por favor, observe que na literatura internacional recente não se usa Kr para tal fim. Modernamente utiliza-se a terminologia resumida no boletim 56 da FAO ... etc ... etc ... e a separação da evaporação e transpiração. Acho que Kr nunca foi bem explicado cientificamente na literatura. Quanto ao uso de "mm"... O consumo de água pode ser expresso em milimetro, mm por dia, litros por dia por planta, acre-pé ou hectare-mm, m3 por ha, etc. O importante é expressar de uma forma compativel ao uso que se vai dar ao valor obtido. Acho que vc. deveria conversar sério com seu orientador sobre esse assunto, pois não consigo entender via e-mail esse conceito de "planta isolada" dentro de um pomar. Grande abraço à todos Flávio Arruda

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 08:16:37 -0300
De: Fernando Braz Tangerino Hernandez <fbthtang@agr.feis.unesp.br>
Caro José e amigos do IRRIGA-L, bom dia! Na minha opiniao se utilizarmos o espacamento entre plantas teremos obrigatoriamente que utilizar o Kr, pois senão estariamos pegando toda a agua que seria dada à area cultivada e simplesmente dividindo igualitariamente pelas plantas cosntantes desta area, ou seja, a água que na aspersao estaríamos dando para o "mato" das entre linhas, estaríamos entregando no "pé da planta" e neste caso corremos o risco de provocarmos lixiviação, que ocorreria em maior intensidade, uma vez que partirmos do pressuposto que em condicoes de irrigacao localizada está sendo feito fertirrigacao. Assim, se utilizarmos a projeção da copa ou a area efetiva das raizes, poderiamos entao deixar de lado o Kr, que em termos praticos é uma outra fonte de confusao para o irrigante. Projecao da copa ou area efetiva de raizes????? A projeção da copa é fácil de medir e lembre-se que o Kr é calculado atraves da propria projecao da copa, havendo ao menos tres equacoes para calcular o Kr. Creio que o mais adequado seria trabalhar com a area efetiva das raizes, mas quem tem estas informaçoes? Havendo diferente comportamento das raizes em funcao da combinação copa/cavalo e até mesmo do sistema de irrigacao utilizado, como saber na pratica qual é o valor correto? O irrigante teria que abrir trincheiras em suas lavouras? Existem poucos estudos comraizes na cultura da laranja e até mesmo sobre o manejo da irrigação na cultura? Qual a duração do stress hidrico que se deve dar à Pera Rio para que se tenha uma otima produção? E em outras copas? O porta-enxerto afetaria a duração do stress? Realmente, a laranja é uma cultura de grande expressao economica, cada vez mais dependerá da irrigação (uma vez que o limão cravo, mesmorustico, tem apresentado problemas serios com a morte subita) e devemos ter condicoes de oferecer respostas adequadas para que a tecnologia da irrigação seja usada eficientemente. Voltando: pela praticidade e no momento atual, a base de conversao de mm para litros e vice-versa, creio deverá ser a projecao da copa. No futuro, quando dispusermos de informações confiáveis e em quantidade sobre o comportamento do sistema radicular em varias combinações de copa/cavalo, tipo de solo e equipamento de irrigação, faríamos a adequação para a area efetiva do sistema radicular. Abracos a todos e tenham um bom finla de semana! Fernando Tangerino

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 09:49:45 -0300
De: Flavio Arruda <farruda@iac.sp.gov.br>
Caro José e demais colegas: A questão não é propriamente a transformação para mm, mas a separação entre a evaporação e a transpiração. Tem razão ao dizer que é problema ter um lisímetro com área menor que o espaçamento da cultura e que apresenta evaporação direta do solo. Agora é tarde para mudar espaçamento ou área do lisímetro! Vejo duas possibilidades simples: 1. Tratar o consumo de água no lisímetro como transpiração. Para tanto, vc. deve impedir a evaporação direta do solo no lisímetro. 2. Continuar fazendo como está, mas medir também a variação da umidade do solo na área fora do lisímetro. Há outras soluções mais complexas. Refiro-me a uma modelagem mais adequada do seu sistema e a medição direta da transpiração por fluxo de seiva. Sugiro que converse, pessoalmente, com o Prof. Angelocci sobre esse assunto. Grande abraço à todos Flávio Arruda

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 11:56:19 -0300
De: "Roberto T. Atarassi" <rtataras@esalq.usp.br>
Caros participantes do Irriga-l, Estive lendo os comentários sobre Kc na lista. Acredito que algo que devamos considerar é o que é exatamente Kc e Kr, qual o objetivo destes coeficientes. Talvez muito do que está se discutindo e nunca se chegar a um consenso é a falta de uma padronização do que estamos discutindo. Me parece que o Kc para um não é o mesmo para outro. Não adianta tentarmos determinarmos algo que não sabemos o que é. Atenciosamente, Roberto

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 15:49:01 -0300
De: Jose Alves Junior <jalves@carpa.ciagri.usp.br>
Caro Flávio e demais colegas da lista: Concordo plenamente que esta questão estará resolvida se conseguirmos separar a evaporação de água do solo da transpiração de água pela planta...Mas, como fazer isso? Como sugerido pelo Flávio, esse problema poderia ser resolvido, cobrindo o lisímetro com plástico e isolando a evaporação. Apesar de muito interessante a ideia, existe trabalhos que mostram que o plástico aumenta a temperatura do solo, aumentando assim, a transpiração da planta...Mas, gostaria de saber mais sobre o uso desse plástico e não descarto a possibilidade do seu uso. Mas, acho que teríamos que tomar alguns cuidados e ter conciência dos possíveis erros...Outra saída sugerida pelo Flávio, foi o uso de Fluxo de Seiva. Esse método tem sido bastante estudado aqui na EsalQ, mas ainda precisa de calibrações mais confiáveis para se recomendar esse método para estimativa da transpiração. Eu sugiro o seguinte: Podemos instalar dois lisímetros na área, um com a planta de interesse, e outro lisímetro com solo nú. Dessa forma, sabendo o consumo de água de um solo nú, por diferença podemos separar, dentro do lisímetro com planta, a evaporação, da transpiração... extrapolando o consumo de água do solo nú para toda área do espaçamento da cultura (28 m2) teremos o consumo evaporado em toda área do espaçamento...somando o valor evaporado com a transpiração, teremos a tão sonhada evapotranspiração da cultura em litros...que se dividida pela área do espaçamento, teremos a ETc em mm. Feito isso, Kc=ETc/ETo E digo mais...com o estudo de solo nú, teremos o que a FAO chama de Ke (consumo de água evaporado do solo dividido também pela ETo)...Como Kc=Ke+Kcb, por diferença termos o valor de Kcb (consumo de água por transpiração)...José Júnior

Kc? novas perguntas...
Data: Thu, 28 Aug 2003 20:46:58 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
José, Penso que resolvendo detalhes um por um, se chegará a uma composição que dará seus resultados.Falou em plástico para cobertura do solo, que seria uma boa idéia SE, ...não aquecesse o solo. Que tal reunir algumas coisas que se sabem sobre o plástico? talvez removamos a inconveniência que hoje sabemos ter de aquecimento do solo quando usado de certa forma. Bom aqui vai: Plástico Negro absorve os raios solares e transmite calorias em profundidade no solo; Plástico Cinzento deixa passar mais raios solares e a penetração de calor é mais direta;Plastico Transparente, como sabem é usado justamente para aquecer estufas etc. Até aqui, se estamos pensando em aplicar o plástico como vedante da transpiração, conforme se faz no multching de morangos por exemplo, nesta forma não resolvemos o problema pois de todas as maneiras aquecemos o solo. Mas existem outros tipos de plástico especiais por suas caracteristicas de isolamento térmico, enquanto outros são refletores dos raios solares; Existem mantas de isolamento térmico com sandwiche de fibra de vidro ou isopor, enfim, as indústrias de refrigeradores e de construção de ambientes refrigerados , câmaras refrigeradoras, telhados refletores de calor etc, terão certamente um acervo de informação de materiais climatizantes. Afinal pretende-se uma sombra, que não aqueça um plastico, o qual deve segurar a transpitação. È aparentemente um problema fácil de resolver em climatologia. Temos aqui um grupo de funções que pode ser conseguido por exemplo com as seguintes camadas: Primeira camada de plastico impermeável justaposto ao solo com suas bandas enterradas de modo a vedar a saida da evaporação; Segunda camada aplicada sobre esta com um espaço de uns 20 ou 30 cm sobre a primeira com o objetivo de promover sombra pelo que teria de ser opaca, talvez uma lona dupla de cor negra por baixo e cor branca por cima; O espaço entre as duas serviria para manter uma temperatura ambiente igual ao restante ambiente sombreado, permitindo uma varredura de eventuais calorias, pelo vento; Existe plástico espelhado que reflete práticamente 100% dos raios sollares mas talvez seja já um exagero pois aumenta a insolação na parte inferior da planta o que pode até danificar a planta e comprometer o resultado. Outra idéia para a parte exposta ao sol seria de uma manta que tivesse o mesmo coeficiente de absorção e reflexão do solo, pelo que não seria de todo estranho uma lâmina de plástico coberta por colagem de terra ou substrato vegetal seco. Assim o calor absorvido pelos materiais de cima seria arrastado em parte pelo vento na proporção normal de outro terreno exposto ao sol; A camada de solo em experiência não seria aquecida, como se de fato estivesse completamente sombreada pela planta; e a evaporação seria retida pela lâmina impermeável e sombreada. A fixação das lonas superiores seria feita por arames finos esticados sobre estacas ou o plastico seria apoiado em pequenos cavaletes que não transmitissem calor ao solo. Se isto resolver o isolamento e o não aquecimento, poderá distribuir a água por um sistema de gotejamento numa malha suficientemente densa para atingir uma uniformidade desejada. Depois disso, resolver os detalhes seguintes que se apresentem. Obrigado Engº Jorge de Sousa

Kc? novas perguntas..(correção)
Data: Thu, 28 Aug 2003 23:34:47 -0300
De: "Jorge" <jorge@nortecnet.com.br>
CORREÇÃO: ONDE ESCREVI TRANSPIRAÇÃO, POR FAVOR CONSIDERE EVAPORAÇÃO

 

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